Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Acções de formação para catequistas - AJUDAR A CRESCER - Paróquia de Santa Maria de Belém - Lisboa

1ª. Autonomia e Responsabilidade - 26/10/2012 (Dina Matos Ferreira)

2ª. Afectividade/Sexualidade - 30/11/2012 (Sofia Mendonça)

3°. Relações Familiares: Problemas e Questões - 25/01/2013 (Cristina Cruz Fernandes)

4ª. Fé e Razão - Cristianismo e outras Religiões - 22/02/2013 (Cón. José Manuel Ferreira)

5ª. Razão e Fé - 05/04/2013 (Cón. José Manuel Ferreira)
Local: Rua dos Jerónimos, 3
Horário – 21h30 às 23h00
Entrada Livre



Com os melhores cumprimentos,
Isabel Múrias
Responsável da Catequese da
Paróquia de Santa Maria de Belém
http://www.paroquia-smbelem.pt/

Amar a Cristo ...

Amado Jesus, ajuda a que muitos se juntem a Ti optando pelo Sacramento da Ordem escolhendo numa visão puramente terrena o caminho mais difícil, mas certamente aquele que será mais gratificante. Rogamos-Te ainda, que àqueles que já receberam este Sacramento, que os ajudes a diariamente renovar em oração os seus votos e propósitos de Te servir representando-Te junto dos leigos.

A nós leigos ilumina-nos a melhor servir a Tua Igreja e a estar sempre disponíveis para as tarefas que os sacerdotes e religiosos nos peçam, e sobretudo a sermos bons cristãos no meio da sociedade para que através das nossas acções nos reconheçam como Teus filhos.

Bom Pastor Jesus, faz de todos nós bons guardadores auxiliares do Teu rebanho tendo sempre presente que o importante és Tu e não nós.

JPR

João Gil apresenta «Missa Brevis»

O músico português João Gil vai apresentar hoje em Lisboa a sua ‘missa brevis’ [missa breve], com músicas compostas a partir de textos litúrgicos em latim destinadas a “intervir culturalmente” no Ano da Fé, convocado pelo Papa.

A ‘Missa Brevis de João Gil pelos Cantate’ conta com o apoio da Renascença e a participação do cantor Luís Represas, Manuel Rebelo (voz), Manuel Paulo (piano) e Diana Vinagre (violoncelo), refere um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

A obra vai ser apresentada pelas 18h30 na igreja de São Roque, Largo da Misericordia, com entrada livre.

O cónego João Aguiar Campos, presidente do Conselho de Gerência da Renascença, afirma que “é sempre adequado chamar os artistas a manifestarem, da forma que lhes é própria, a sua fé ou sua busca de sentido”.

“Esta atenção à sensibilidade do mundo contemporâneo para a relação entre fé e arte é uma das indicações pastorais apresentadas para a celebração do Ano da Fé”, acrescenta.

Para João Gil, músico com 37 anos de carreira e cofundador dos Trovante e Ala dos Namorados, entre outras bandas, este é um trabalho único pelas suas características e pelas memórias que invoca.

"Quando me ocorreu compor uma ‘Missa Brevis’, lembrei-me dos tempos em que acolitava ainda muito criança lá na Covilhã, lembrei-me do meu Irmão José Alberto Gil, compositor com quem partilhava o quarto e que me inundava os dias com enxurradas de Mozart e Bach, lembrei-me de minha mãe, pessoa de enorme sensibilidade que nos soube transmitir o bom senso e a compreensão do mundo espiritual”, revela.

O disco é uma edição da Genius y Meios, empresa do grupo r/com - renascença comunicação multimédia, e vai estar disponível a partir de outubro.

O Ano da Fé iniciou-se a 11 de outubro, data em que passaram 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, terminando a 24 de novembro de 2013, último domingo do ano litúrgico.

OC / Ecclesia

Luis Antonio Tagle, o rosto jovem e alegre da Igreja na Ásia será Cardeal em novembro (vídeos em espanhol e inglês)

Imitação de Cristo, 3, 22, 5 - Da recordação dos inumeráveis benefícios de Deus

Nada, pois, deve alegrar tanto aquele que vos ama e reconhece vossos benefícios, como ver executar-se a seu respeito vossa vontade e o beneplácito de vossas eternas disposições. Tanto deve com isto estar contente e satisfeito, que queira de tão boa vontade ser o menor, como outro desejaria ser o maior; e tão sossegado e contente deve estar no último como no primeiro lugar, tão satisfeito em ser desprezado e abatido, sem nome nem reputação, como se fosse o mais honrado e estimado no mundo. Porque a vossa vontade e o amor de vossa honra deve ser anteposto a tudo, e deve consolar e agradar mais ao vosso servo, que todos os dons presentes ou futuros.

Ele ouve-nos e responde

"Et in meditatione mea exardescit ignis": e na minha meditação ateia-se o fogo. – Para isso mesmo é que fazes oração: para te tornares uma fogueira, lume vivo, que dê calor e luz. Por isso, quando não souberes ir mais longe, quando sentires que te apagas, se não podes lançar ao fogo troncos olorosos, lança os ramos e a folhagem de pequenas orações vocais, de jaculatórias, que continuem a alimentar a fogueira. – E terás aproveitado o tempo. (Caminho, 92)

Quando efectivamente se quer desafogar o coração, se somos francos e simples, procuramos o conselho de pessoas que nos amam, que nos entendem, isto é, fala-se com o pai, com a mãe, com a mulher, com o marido, com o irmão, com o amigo. Isto já é diálogo, ainda que, frequentemente, não se deseje tanto ouvir como desabafar, contar o que nos acontece. Comecemos por nos comportar assim com Deus, certos de que Ele nos ouve e nos responde; e escutá-lo-emos e abriremos a nossa consciência a uma conversa humilde, para lhe referir confiadamente tudo o que palpita na nossa cabeça e no nosso coração: alegrias, tristezas, esperanças, dissabores, êxitos, fracassos e até os pormenores mais pequenos da nossa jornada, porque já então teremos comprovado que tudo o que é nosso interessa ao nosso Pai Celestial.

Desta maneira, quase sem darmos por isso, avançaremos com passos divinos, fortes e vigorosos, saboreando a íntima convicção de que junto do Senhor também são agradáveis a dor, a abnegação, os sofrimentos. Que fortaleza, para um filho de Deus, saber-se tão perto de seu Pai! Por esta razão, aconteça o que acontecer, estou firme e seguro contigo, meu Senhor e meu Pai, que és a rocha e a fortaleza. (Amigos de Deus, 245–246)

São Josemaría Escrivá

Mais generosos, mais satisfeitos com o seu casamento

Servir com pequenos gestos, mostrar afeto de forma habitual e perdoar, chave para enriquecer a convivência num casal
Um casal generoso tem mais possibilidades de ser feliz. Foi a esta conclusão que chegaram dois investigadores dos Estados Unidos num ensaio (1) publicado por The Family Watch. As suas conclusões permitem compreender como é que pequenos atos de serviço, frequentes demonstrações de afeto e de perdão tendem a melhorar a convivência entre os esposos.
Nalgumas colunas dedicadas a relações de casais é frequente que, por um lado, se exaltem as emoções intensas e, por outro, se faça um elogio dos vínculos frágeis. Cada um deles teria direito a viver romances apaixonados, sempre que se reserve ao mesmo tempo a possibilidade de os desfazer e evitar assim a sensação de estar submetido a compromissos demasiado asfixiantes.
Tal e como é descrita pelo sociólogo Zygmunt Bauman no seu livro Amor líquido, a nova norma que estes conselheiros recomendam aos seus leitores é "que prestem mais atenção à sua capacidade interior para a satisfação e prazer, e estejam menos ‘dependentes' dos outros, e menos atentos às exigências dos outros, com maior distanciamento e frieza na altura de avaliar perdas e ganhos".
Esta norma liga-se ao modelo individualista de casamento que, segundo os autores do estudo (1), parece estar a introduzir-se entre muitos norte-americanos. Foi a partir dos anos setenta do século passado que "o casamento começou a ver-se como um instrumento para satisfazer necessidades pessoais, mais do que ser uma oportunidade para servir o outro cônjuge na vida quotidiana, o que é bom para ambos", explica W. Bradford Wilcox, professor de sociologia da Universidade da Virginia, autor da investigação conjunta com Jeffrey Dew.
Uma contrapartida desta visão é constituída pelos hábitos de generosidade e sacrifício, que requerem que ambos os cônjuges ponham as necessidades do outro à frente das próprias. Sem essa renúncia de ambas as partes, quebra-se o equilíbrio e desmorona-se a estabilidade matrimonial.
Para estudar o modo como estes hábitos influem na satisfação dos esposos no seu casamento, os autores basearam-se na Survey of Marital Generosity. Trata-se de um inquérito feito com uma amostra nacional representativa de indivíduos casados (1705 homens e 1745 mulheres; dos quais, 1630 estavam casados entre si) que foram entrevistados entre 2010 e 2011. Os inquiridos tinham entre 18 e 45 anos, embora os cônjuges do participante principal pudessem ter até 55 anos.
Três formas de generosidade
No estudo em questão a generosidade é definida como a virtude que leva a dar coisas boas ao outro cônjuge, livremente, e em abundância". Valorizam-se três comportamentos concretos: os pequenos atos de serviço (por exemplo, fazer o pequeno almoço); as frequentes demonstrações de afeto; e o perdão. Nenhum destes três atos é uma obrigação estritas do casamento, como são a fidelidade, a ajuda mútua e o apoio económico.
Segundo os autores, o comportamento generoso é tão decisivo na vida conjugal porque "envia ao outro a mensagem de que se quer manter a relação". No caso dos atos de serviço, por exemplo, pressupõe conhecer as preferências do cônjuge; além disso, são ocasião para fazer novas surpresas e "tendem a provocar um sentido de gratidão no cônjuge que os recebe; gratidão que, por sua vez, está vinculada a emoções positivas" como a felicidade.
Por seu lado, as frequentes demonstrações de afeto favorecem a empatia e a comunicação. Pode parecer evidente, mas geralmente estas manifestações passam-se por alto quando as pessoas andam muito ocupadas com outros assuntos. Às vezes acontece que, ao chegarem a casa, os esposos se entretêm com as redes sociais ou com a televisão. Ou então entregam-se aos filhos com tal dedicação que ficam com pouco tempo para cultivar o seu casamento.
Perdoar é um ato especial de generosidade porque, sem que possa ser exigido, absolve a culpa do cônjuge pela ofensa recebida ou por não ter estado à altura das circunstâncias.
Cuidar o que é pequeno
O estudo destaca, como primeira conclusão, que a generosidade de um dos cônjuges favorece que ambos os esposos - tanto o que dá como o que recebe - se sintam melhor no casamento, o que por sua vez afasta a probabilidade de divórcio.
Um casal generoso dá lugar a um "círculo virtuoso", de modo que a entrega de um dos cônjuges acaba por atrair a entrega do outro. O estudo destaca como pequenos sacrifícios podem aumentar os sentimentos de auto-estima do membro do casal que deles beneficia, assim como avivar o seu sentido de gratidão e apreço pelo que os realiza.
Ora bem, como os próprios autores realçam na discussão das conclusões, o comportamento generoso não deve ser visto como um anzol para conquistar o favor do marido ou da mulher. De fato, "a generosidade costuma estar motivada pelo desejo de beneficiar o outro, e não pelo facto de receber algo em troca. Uma conduta baseada no esquema ‘dou para que me dês' não parece compatível com a ideia da generosidade".
Outra conclusão interessante é que para melhorar a convivência entre os esposos não é preciso recorrer a grandes gestos de generosidade, mas frequentemente bastarão pequenas ações positivas que geram mais novidade no casamento.
Juan Meseguer


Notas
(1) Jeffrey Dew e W. Bradford Wilcox. "¿Da y recibirás? Generosidad, sacrificio y calidad conyugal". 1 septiembre 2012. IFFD PAPERS nº 12. Produzido por The Family Watch.
Aceprensa

A FÉ por Joaquim Mexia Alves

Posso acreditar num deus só por mim, só pela minha razão?

Por exemplo, ao olhar para o universo, para a terra, para as plantas, os animais, a vida, os homens, posso com alguma facilidade acreditar que existe um ser superior, a quem posso chamar deus, que tudo criou do nada, o tudo que depois foi evoluindo.

De alguma forma, a minha razão de pessoa comum, (mais correcta ou menos correcta), leva-me a acreditar que esse ser superior, esse deus, tem que existir, para que tudo tenha sido criado e evoluído.

E isso é ter Fé?

Não, de modo nenhum!
Isso é ter uma crença, porque é algo que nos é ditado apenas por argumentos mais ou menos racionais que, fazendo-me acreditar que esse ser superior existe, não implica uma adesão de vida a esse ser, que neste “acreditar” não tem mais qualquer impacto na minha vida a não ser esse mesmo: acreditar que existe, ou existiu!

A Fé, ou melhor o Dom da Fé, é algo que vai muito para além desse “acreditar”, porque não se limita a acreditar, mas a crer implicando uma adesão de vida que reconhece em Deus o Criador Supremo, aquele a Quem tudo pertence, aquele a Quem tudo é devido.

É que a Fé vai para além do racional, (embora a razão não seja incompatível com a Fé, antes pelo contrário), porque a Fé é crer num Deus que se dá a conhecer aos homens em toda a Sua Revelação, desde os tempos mais antigos até à Sua revelação final em Jesus Cristo.

A Fé envolve o mistério e o mistério não é “resolvido” pela razão, por isso mesmo implica uma adesão que vai para além da capacidade humana, ou seja, o homem precisa de ser iluminado pelo próprio Deus para alcançar essa total adesão à Revelação de Deus.

Mas a Fé implica também, para além da adesão, um viver, que não é “estático” como numa crença, (acredito e pronto!), mas sim uma resposta, uma relação entre aquele que tem a Fé, e aquele que é objecto da Fé, Aquele que doa ao homem o Dom da Fé.

É possível explicar pela ciência a Encarnação do Filho de Deus, Jesus Cristo, no seio de Maria, sem ela ter “conhecido” homem?
É possível explicar pela ciência a Ressurreição de Jesus Cristo, morto e sepultado depois de três dias?
É possível explicar pela ciência a Presença Real de Jesus Cristo na Hóstia consagrada?

Claro que não, que a ciência não consegue explicar estes e outros mistérios do cristianismo, que apenas podem ser acreditados e aceites pelo homem a quem o próprio Deus concedeu o Dom da Fé.

E isso torna a ciência incompatível com a Fé?
Também não, porque para além de outros factores, a ciência pode demonstrar, por exemplo, que nos milagres eucarísticos estudados, a “matéria” guardada em relíquia é carne de coração humano, ou que no Santo Sudário há coisas inexplicáveis para a própria ciência, o que ajuda o homem a perceber, (se quiser, iluminado pela Fé), a mão de Deus nesses acontecimentos, ou seja, a presença de Deus no meio dos homens.

O acreditar do homem em Deus, como Dom da Fé, é sempre iluminado pelo próprio Deus, mas é sempre também ajudado pela inteligência do homem e pela sua experiência vivencial desse mesmo Dom da Fé, nessa relação pessoal e comunitária com o Deus que se faz presente na vida do homem.

Sabemos bem como as palavras que o homem usa são finitas, isto é, não conseguem muitas vezes descrever tudo aquilo que o homem sente e vive.
Quantos autores já tentaram descrever o amor, em prosa e verso, na pintura e na música, enfim em tudo aquilo que é possível ao homem.
Algum verdadeiramente já o conseguiu descrever do modo como cada um o sente, em toda a sua plenitude?
Não, porque há sempre algo que o homem sente e é impossível de descrever, porque as palavras não chegam, embora, no entanto, o homem ao viver o amor saiba que o está a viver, e disso tenha a certeza.

Como podemos nós então descrever a Fé?
Podemos ir ao Catecismo da Igreja Católica, ou aos documentos da Igreja, ou aos autores cristãos, e mesmo assim, aquele que tem o Dom da Fé e a vive verdadeiramente, nunca a consegue ver inteiramente retratada nas palavras que lê ou ouve.

Porque o Dom da Fé faz parte integrante da plenitude do homem que quer encontrar Deus e a quem Deus chama ao Seu encontro.
E leva a uma relação tão pessoal e íntima com Deus, que se torna impossível de descrever em palavras humanas, mas que pode e deve ser testemunhada, e por isso mesmo o Dom da Fé se “completa” na sua dimensão comunitária.

Pode alguém descrever inteiramente um momento de união mística suscitada, por exemplo, num momento de oração ou de comunhão, em que a presença de Deus se torna tão real, que o mundo, (com tudo o que ele representa), desaparece nesse instante?
Vários Santos descreveram momentos desses, testemunhando-os com uma força tal, que nos apetece por vezes sentir transportados para viver esses momentos!
Mas se os experimentamos em nós próprios, não percebemos então que as suas palavras não conseguiram afinal descrever a plenitude de tais momentos?

Esses testemunhos, bem como aqueles que vimos e ouvimos no dia-a-dia das nossas vidas, nas comunidades em que vivemos, devem levar-nos a procurar cada vez mais viver o Dom da Fé com que fomos agraciados, para encontrarmos a plenitude da vida que nos foi dada, em Deus e por Deus.

«Felizes os que crêem sem terem visto» Jo 20,29, disse Jesus a Tomé, perante a sua incredulidade, que logo foi vencida pela Fé que o levou a exclamar a primeira profissão de fé na divindade de Cristo: «Meu Senhor e meu Deus» jo 20,28

Ou ainda como nos escreve São Pedro na sua primeira Carta:
«Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas.» 1 pe 1, 8-9

E não é exactamente isso que nós experimentamos, quando vivemos o Dom da Fé que Deus nos concede?

Nas alegrias, na saúde, no bem-estar, mas também, apesar das provações, das dificuldades, das tristezas, de tudo o que a vida no mundo nos proporciona, a nossa confiança, a nossa esperança, a nossa certeza, reside em Deus, no Seu amor por nós, que o Dom da Fé, vivido intimamente e em comunidade, nos confirma nos nossos corações.

Por isso é tão verdadeira e bela a frase do nosso Bispo D. António Marto, na sua Nota Pastoral deste ano:
«A fé é bela porque torna bela a vida e é fonte de autêntica alegria» “O Tesouro da Fé, Dom para Todos”.

Joaquim Mexia Alves AQUI
Marinha Grande, 15 de Outubro de 2012

Nota:
Texto meu publicado no Boletim da Paróquia da Marinha Grande, "Grãos de Areia", este mês.

Os falsos deuses – Mon. Hugo de Azevedo

Na primeira sessão do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, a 11 de Outubro de 2010, o Santo Padre referiu-se ao vasto drama religioso da História, que consiste na sucessiva e incessante queda dos «falsos deuses», isto é, das potências terrenas que vão surgindo e caindo em luta com o verdadeiro Deus; falsos deuses que identificou hoje com os capitais anónimos, as ideologias terroristas, a droga e a vida (des)orientada pela mera opinião pública.

São deuses transitórios certamente, mas que envenenam o mundo enquanto duram, dando lugar a outros e a outros, sem parar, com o que se há-de contar até ao fim dos séculos. As ideologias materialistas e ateias que cobriram o mundo de sangue, e a cuja queda já assistimos, são o mais recente exemplo desta realidade. Aliás, como Chesterton afirmava em 1927 a propósito do comunismo, instalado dez anos antes na Rússia, não há maior certeza do fracasso de uma utopia do que pondo-a em prática. Para ele, o grande perigo seguinte seria o da sobreprodução e do consumismo, que deixaria o homem cego e surdo para os valores maiores da vida. E assim aconteceu.

Mas eis que a sobreprodução cambaleia e cai estrepitosamente diante dos nossos olhos. Porque preferimos as coisas ao homem, aos homens, à vida humana. A pirâmide populacional engrossou, desequilibrou-se, e a economia perdeu todo o seu élan.

De facto, os nossos modelos económicos baseiam-se no crescimento de população, na previsão de desenvolvimento geracional e crescentes necessidades humanas; e eis que se fecham as escolas e se multiplicam os asilos… O presente é desastroso quando se perde o futuro. Sentimo-lo agora na pele. O próprio deus do capital vai perdendo força, pois não tem onde aplicar-se. «Vagueia por lugares áridos», como diz Cristo do demónio, «em busca de repouso, e não o encontra»... Correrá para os outros deuses, do terrorismo, da droga, da exploração mediática? O provável é que se deixe arrastar, mais do que governar o mundo.

O Santo Padre não queria ser pessimista; queria avisar-nos simplesmente de que esta fuga de Deus é perene; e de que o cristão sabe por onde deve caminhar, sem sustos nem desfalecimento.

Pe. Hugo de Azevedo (artigo escrito em 2010)

Fonte: Capelania da AESE em http://www.aese.pt/AESE_P06.aspx?cmnu=Root_SeminarioseSessoesdeContinuidade&cat=Root_SeminarioseSessoesdeContinuidade_ParaumaFormacaoIntegral_BoletimdaCapelania&prod=A000000000026882

Alguns dos que se dizem “crentes” (título da responsabilidade do autor do blogue)

“… vivem no mundo e muitas vezes são mesmo condicionados pela cultura da imagem que impõe modelos e impulsos contraditórios, na negação prática de Deus : já não existe necessidade de Deus, de pensar n’Ele e de voltar a Ele.
Além disso, a mentalidade hedonista e consumista predominante favorece, tanto nos fiéis como nos pastores, uma deriva para a superficialidade e um egocentrismo que prejudica a vida eclesial”

(Discurso Conselho Pontifício para a Cultura – Vaticano / Sala Clementina – 08/03/2008 – Bento XVI)

Fé madura não cai em superstições nem falsas "curas massivas", explica Bispo Argentino (vale a pena ler, reflectir e transmitir)

O Bispo de Posadas, D. Juan Rubén Martínez, advertiu (2010) sobre os "desvios religiosos" que levam os católicos à superstição ou a acreditar em supostas "curas massivas" que não se relacionam com os verdadeiros milagres operados por Deus nem com a fé da Igreja.

O Prelado considerou que é valioso que as pessoas tenham uma forte busca de Deus num ambiente secularizado, mas recordou que se "a religiosidade não for assumida como um caminho ‘de amadurecimento na fé’, pode ficar ancorada em meras devoções, acções rituais esvaziadas de compromissos com a vida e até o risco de gerar desequilíbrios afectivos e psicológicos".

Depois de recordar que "a fé para os cristãos está ligada ao mistério da Encarnação e da Páscoa", considerou "preocupante ver como existem cristãos que vinculam as enfermidades físicas ao pecado e ao Demónio, acentuado por reuniões litúrgicas aonde Deus cuida curas e da saúde".

"É certo que Deus pode obrar milagres, mas estes factos são extraordinários e têm pouco a ver com estes encontros de curas rituais, ordinários e massivos", indicou.

D. Martínez recordou que "muitas vezes a superstição cultural também leva a considerar ‘possessões demoníacas e a necessidade de exorcismos onde na realidade há problemas de enfermidades físicas ou psicológicas’. Em todos os casos não respeitam a justa autonomia das realidades naturais que nos assinala o Concílio Vaticano II, na constituição ‘Gaudium et Spes’".

O bispos esclareceu que "na acção evangelizadora da Igreja, não podemos assumir recursos de espectacularidade ou proselitistas para somar gente. O anúncio evangelizador para que seja salvífico requererá sempre, não evitar a Páscoa ou seja o valor do sofrimento e da cruz para nos encaminhar à vida nova dos filhos de Deus".

"Na minha vida sacerdotal tive que acompanhar muitos doentes que estavam em estado de graça e continuaram estando doentes e nunca duvidei e eles tampouco, que seu sofrimento tinha um sentido redentor. Em todo caso sempre deve ficar claro que nossa oração pelos doentes e a cura espiritual que realizamos respeitam a autonomia da ordem natural e que os milagres que Deus pode obrar são feitos extraordinários e pouco têm que ver com a fé da Igreja estas curas mediáticas e maciças", acrescentou

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

O projecto de Deus não muda

Através dos séculos e das convulsões da história, Ele visa sempre a mesma meta: o Reino da liberdade e da paz para todos. E isso implica a sua predilecção pelos que se encontram privados de liberdade e de paz, por aqueles que foram violados na sua dignidade de pessoas humanas. Pensamos especialmente nos irmãos e irmãs que na África sofrem pobreza, doenças, injustiças, guerras e violências, migrações forçadas.

(Bento XVI - Homilia da Missa de encerramento da II assembleia especial do sínodo dos bispos para a África em 25.10.2009) 

Existência cristã


«A grande expectativa para a existência cristã continua a ser o facto de ela dar Totalmente Outro, que não se encontra em mais nenhuma parte, a comunhão dos santos, e desse modo a cura, inclusivamente da nossa interioridade».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1960

É erigida a Universidade de Navarra que nascera como Estudo Geral uns anos antes, sob o impulso de São Josemaría: “A Universidade de Navarra surgiu em 1952 – depois de rezar durante anos: sinto alegria ao dizê-lo – com a aspiração de dar vida a uma instituição universitária na qual se plasmassem os ideais culturais e apostólicos de um grupo de professores profundamente interessados na missão docente. Desejou então – e deseja agora – contribuir, lado a lado com as outras universidades, para resolver os graves problemas educativos de Espanha e de muitos outros países que necessitam de homens bem preparados para construírem uma sociedade mais justa”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Santo António de Sant'Ana Galvão, religioso brasileiro

Nascido em Guaratinguetá, em 1739, de uma família de muitas posses, descendia dos primeiros povoadores da Capitania e corria em suas veias sangue de bandeirantes. Foi ele próprio chamado "Bandeirante de Cristo", porque tinha na alma a grandeza, o arrojo e fortaleza de um verdadeiro bandeirante. Renunciou a uma brilhante situação no mundo e ingressou na Ordem franciscana. Fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito Santo, o Mosteiro concepcionista de Nossa Senhora da Luz, na cidade de São Paulo. Não somente formou e conduziu nas vias da espiritualidade franciscana e concepcionista as religiosas desse mosteiro, mas também o edificou materialmente, ao longo de quase 50 anos de esforços contínuos. Foi o arquitecto, o engenheiro, o mestre de obras e muitas vezes o operário da sua edificação, que somente se tornou possível porque ele incansavelmente pedia, ao povo fiel, esmolas para a magnífica construção. Entregou sua alma a Deus em 1822 e foi beatificado em 1998. Até hoje sua sepultura, na capela do mosteiro, é visitada por multidões que acorrem a pedir-lhe graças e milagres, e também à procura das famosas e prodigiosas "pílulas de Frei Galvão".

A origem dessas pílulas é contada num folheto distribuído no próprio mosteiro: "Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida. Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: «Post partum Virgo Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis» (Depois do parto, ó Virgem, permanecestes intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós)». Deu-os ao homem, que por sua vez os levou à esposa. Apenas a mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, a criança nasceu normalmente. Caso idêntico deu-se com um jovem que se torcia com dores provocadas por cálculos na vesícula. Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado. Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para as pessoas que têm fé na intercessão do Servo de Deus".

Canonizado por Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Eu vim lançar fogo sobre a terra»

Santo Isaac, o Sírio (século VII), monge em Nínive, perto de Mossul 
Discursos sobre ascese, 1ª série, nº 2


Violenta-te (cf Mt 11,12), esforça-te por imitar a humildade de Cristo, para que se torne cada vez mais forte o fogo que Ele acendeu em ti, esse fogo pelo qual são consumidos todos os impulsos deste mundo que destroem o homem novo e maculam as moradas do Senhor santo e poderoso. Porque eu afirmo com São Paulo que «nós somos o templo do Deus vivo» (2Co 6,16). Por isso, purifiquemos esse templo «como Ele é puro» (1Jo 3,3), para que Ele tenha desejo de aí morar; santifiquemo-lo porque Ele é santo (1Pe 1,16); ornamentemo-lo com todas as obras boas e dignas.

Enchamos o templo do repouso da Sua vontade, como de um perfume, através da oração pura, da oração do coração que é impossível de alcançar se nos entregarmos continuamente aos impulsos deste mundo. Assim, a nuvem da Sua glória cobrirá a nossa alma e a luz da Sua grandeza brilhará no nosso coração (cf 1R 8,10). Todos aqueles que permanecem na casa de Deus serão repletos de alegria e rejubilarão. Mas os insolentes e os ignóbeis desaparecerão sob a chama do Espírito Santo.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 25 de outubro de 2012

Eu vim trazer fogo à terra; e como desejaria que já estivesse ateado! Eu tenho de receber um baptismo; e quão grande é a minha ansiedade até que ele se conclua! Julgais que vim trazer paz à terra? Não, vos digo Eu, mas separação; porque, de hoje em diante, haverá numa casa cinco pessoas, divididas três contra duas e duas contra três. Estarão divididos: o pai contra o filho e o filho contra o pai; a mãe contra a filha e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».

Lc 12, 49-53