Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 8 de setembro de 2012

Amar a Cristo...

Bom Jesus, perdoa-nos se não Te louvamos e glorificamos ao ritmo dos batimentos do nosso coração, mas como bem sabes, existem tantos necessitados de se entregar a Ti e à intercessão da Santíssima Virgem Maria por haverem sido arrebatados para o desespero e a tristeza tornando-se presas fáceis das trevas, que sentimos a necessidade de Te suplicar por eles.

Ajuda-os a abandonarem-se com total confiança e a não cometerem atos de total desespero tomando a própria vida nas suas mãos, a serem fortes e com humildade aceitar as enormíssimas dificuldades porque passam, oferecendo-as pela sua salvação e dos seus familiares.

Obrigado Meu Senhor e Meu Deus por nos ouvires e atenderes!

JPR

N. ‘Spe Deus’: A Direção Geral de Saúde de Portugal alertou ontem o previsível aumento de doenças mentais e suicídios devido à crise económica do país. Notícia AQUI.

Nova Catedral de Karaganda no Cazaquistão dedicada a Nossa Senhora de Fátima será consagrada neste domingo

Catedral de N. Sra. de Fátima
Karaganda
Karlag, ou Karaganda Lager como era conhecida, era uma gigantesca rede de campos de concentração da União Soviética que se situava na república do Cazaquistão. 

A dimensão do espaço prisional corresponde ao tamanho da França. Para além de uma casa central para administração, hospital e celas de tortura havia, espalhados pelas estepes, 26 campos de trabalho forçado, ou gulags, um dos quais reservado para mulheres e crianças. 

Ao todo passaram por Karaganda cerca de 1.3 milhões de prisioneiros e deportados de todas as etnias e de diversas persuasões políticas e crenças religiosas. Pelo menos 500 mil nunca de lá saíram. 

Foi neste contexto e em memória deste sofrimento que nasceu a nova Catedral de Nossa Senhora de Fátima. Além de honrar a própria mensagem da Virgem, que profetizou os erros da Rússia e do Comunismo, a catedral pretende recordar e expiar o terrível sofrimento daquela época. 

A Catedral de estilo neogótico ergue-se agora num dos bairros centrais de Karaganda, com uma estátua da Virgem de Fátima bem visível lá no topo. 

A catedral de Nossa Senhora de Fátima de Karaganda é sagrada amanhã, pelo Cardeal Sodano, enviado pelo Papa.

Rádio Renascença

Jesus tem a Igreja na sua mão

"Jesus tem a Igreja na sua mão, fala-lhe com a força penetrante de uma espada afiada e mostra-lhe o esplendor da sua divindade": a imagem do livro do Apocalipse foi reproposta por Bento XVI durante a audiência geral de quarta-feira 5 de Setembro. Proveniente de Castel Gandolfo, o Papa encontrou-se com os fiéis na sala Paulo VI no Vaticano e retomou com eles as catequeses sobre a oração.

Prezados irmãos e irmãs!

Hoje, após a interrupção das férias, retomamos as Audiências no Vaticano, continuando naquela "escola da oração" que estou a viver juntamente convosco nestas Catequeses de quarta-feira. Hoje gostaria de falar sobre a oração no Livro do Apocalipse que, como sabeis, é o último do Novo Testamento. Trata-se de um livro difícil, mas que contém uma grande riqueza. Ele põe-nos em contacto com a oração viva e palpitante da assembleia cristã, reunida "no dia do Senhor" (Ap 1, 10): com efeito, esta é a linha de fundo na qual o texto se move.

Um leitor apresenta à assembleia uma mensagem confiada pelo Senhor ao evangelista João. O leitor e a assembleia constituem, por assim dizer, os dois protagonistas do desenvolvimento do livro; a eles, desde o início, são dirigidos votos exultantes: "Bem-aventurados aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia" (1, 3). Do diálogo constante entre eles nasce uma sinfonia de oração, que se desenvolve com grande variedade de formas, até à conclusão. Ouvindo o leitor que apresenta a mensagem, escutando e observando a assembleia que reage, a sua oração tende a tornar-se nossa.

A primeira parte do Apocalipse (1, 4-3, 22) apresenta, na atitude da assembleia que reza, três fases sucessivas. A primeira (1, 4-8) é constituída por um diálogo que - único caso no Novo Testamento - se realiza entre a assembleia que acaba de se reunir e o leitor, que lhe dirige votos de bênçãos: "Graça e paz vos sejam dadas" (1, 4). O leitor continua, sublinhando a proveniência destes votos: eles derivam da Trindade: do Pai e do Espírito Santo e de Jesus Cristo, unidos na promoção do projecto criativo e salvífico para a humanidade. A assembleia escuta e, quando ouve mencionar Jesus Cristo, tem como que um sobressalto de alegria e responde com entusiasmo, elevando a seguinte prece de louvor: "Àquele que nos ama e que com o seu sangue nos lavou dos nossos pecados e nos fez reis e sacerdotes para Deus, seu Pai, glória e poder para todo o sempre. Amém!" (1, 5b-6). A assembleia, envolvida pelo amor de Cristo, sente-se livre das cadeias do pecado e proclama-se "reino" de Jesus Cristo, que pertence totalmente a Ele. Reconhece a grande missão que com o Baptismo lhe foi confiada, de levar ao mundo a presença de Deus. E conclui esta sua celebração de louvor olhando de novo directamente para Jesus e, com entusiasmo crescente, reconhece "a sua glória e o seu poder" para salvar a humanidade. O "amém" final conclui o hino de louvor a Cristo. Já estes primeiros quatro versículos contêm uma grande riqueza de indicações para nós; dizem-nos que a nossa oração deve ser antes de tudo escuta de Deus que nos fala. Submergidos por tantas palavras, estamos pouco habituados a ouvir, sobretudo a predispormo-nos interior e exteriormente para o silêncio a fim de estarmos atentos ao que Deus nos quer dizer. Além disso, tais versículos ensinam-nos que a nossa oração, que muitas vezes é só de pedido, antes de tudo deve ser de louvor a Deus pelo seu amor, pelo dom de Jesus Cristo, que nos deu força, esperança e salvação.

Maria, farol luminoso da nossa vida cristã

Fátima 12 de maio 2010
Bento XVI recebeu na manhã deste sábado cerca de 350 participantes do 23º Congresso Mariológico Mariano Internacional, a decorrer em Roma.

No seu discurso, mencionou o tema deste Congresso, “A mariologia a partir do Concílio Vaticano II. Recepção, balanço e perspectivas”, ressaltando a iminência da celebração pelos 50 anos de abertura do Concílio. Essa celebração, no próximo dia 11 de outubro, será feita em concomitância com a inauguração do Ano da Fé, convocada com o Motu proprio “Porta fidei”, em que apresenta Maria como modelo de fé.

Como jovem participante do Concílio, Bento XVI recordou a oportunidade que teve de conhecer os vários modos de enfrentar as temáticas acerca da figura e do papel de Nossa Senhora na história da salvação. 

Na segunda sessão do Concílio, explicou, um grupo de padres pediu que a questão fosse tratada dentro da Constituição sobre a Igreja, enquanto outro grupo afirmava a necessidade de um documento específico sobre a dignidade e o papel de Maria. Com a votação de 19 de outubro de 1963, optou-se pela primeira proposta, e o esquema da Constituição Dogmática sobre a Igreja foi enriquecido com o capítulo sobre a Mãe de Deus, em que a figura de Maria aparece em toda a sua beleza e inserida nos mistérios fundamentais da fé cristã.

Maria, de quem se destaca antes de tudo a fé, é compreendida no mistério de amor e de comunhão da Santíssima Trindade; é um modelo e um ponto de referência para a Igreja, que Nela reconhece a si mesma, a própria vocação e a própria missão. A religiosidade popular, que sempre se dirigiu a Maria, resulta enfim nutrida por referências bíblicas e patrísticas.

Certamente, o texto conciliar não esgota todas as problemáticas relativas à figura da Mãe de Deus, mas constitui o horizonte hermenêutico essencial para qualquer reflexão, seja de caráter teológico, seja de caráter mais estritamente espiritual e pastoral. 

O Papa dirigiu-se de seguida aos participantes deste Congresso, pedindo que ofereçam suas contribuições para que o Ano da Fé possa representar para todos os fiéis em Cristo um verdadeiro momento de graça, em que a fé de Maria nos preceda e nos acompanhe como farol luminoso e como modelo de plenitude e maturidade cristã para onde olhar com confiança e do qual extrair entusiasmo e alegria para viver com sempre maior empenho e coerência a nossa vocação de filhos de Deus, irmãos em Cristo, membros vivos do seu Corpo que é a Igreja.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 10, 4 - Como, desprezando o mundo, é doce servir a Deus

Que vos darei eu por esses benefícios sem conta, Oh! se pudera servir-vos todos os dias da minha vida! Se pudera, ainda que um só dia, prestar-vos condigno serviço! Na verdade, sois digno de todo serviço, de toda honra e glória eterna. Vós sois verdadeiramente meu Senhor, eu vosso pobre servidor, obrigado a servir-vos com todas as minhas forças, sem me cansar jamais de vos dar louvores. Assim o quero, assim o desejo: dignai-vos, Senhor, suprir o que me falta.

Maria, Filha de Deus Pai

Quanta vilania na minha conduta e quanta infidelidade à graça! – Minha Mãe, Refúgio dos pecadores, roga por mim, que nunca mais entorpeça a obra de Deus na minha alma. (Forja, 178)

Mãe nossa, nossa Esperança!, como estamos seguros, pegadinhos a Ti, ainda que tudo cambaleie. (Forja, 474)


Como gostam os homens de que lhes recordem o seu parentesco com personagens da literatura, da política, do exército, da Igreja!... – Canta diante da Virgem Imaculada, recordando-Lhe:
Ave, Maria, Filha de Deus Pai; Ave, Maria, Mãe de Deus Filho; Ave, Maria, Esposa de Deus Espírito Santo... Mais do que tu, só Deus! (Caminho, 496)


Diz: Minha Mãe (tua, porque és seu por muitos títulos), que o teu amor me prenda à Cruz do teu Filho; que não me falte a Fé, nem a valentia, nem a audácia, para cumprir a vontade do nosso Jesus. (Caminho, 497) 


São Josemaría Escrivá

«Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos»

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão 49, 1º para o 12º domingo depois da Trindade

Temos de examinar de perto o que torna um homem surdo. Por ter escutado as insinuações do inimigo, por ter ouvido as suas palavras, o primeiro casal dos nossos antepassados foi o primeiro a ficar surdo. E nós também, a seguir a eles, de modo que já não conseguimos ouvir ou compreender as inspirações amorosas do Verbo Eterno. E, no entanto, sabemos bem que o Verbo Eterno está no fundo do nosso ser, mais inefavelmente perto de nós e em nós do que o nosso próprio ser, na nossa própria natureza, nos nossos pensamentos; nada do que podemos nomear, dizer ou compreender está tão perto de nós e nos está tão intimamente presente como o Verbo Eterno. E o Verbo fala sem cessar no homem. Mas o homem não consegue ouvir, devido à grande surdez que o aflige. [...] Do mesmo modo, foi de tal maneira atingido nas suas outras faculdades que também se tornou mudo e já não se conhece a si próprio. Se quisesse falar do seu interior, não conseguiria fazê-lo, pois não sabe qual é a sua situação e não reconhece o seu próprio modo de ser. [...]

O que é então esse murmurar incomodativo do inimigo? É toda a desordem cujo reflexo ele te mostra e te persuade a aceitar, servindo-se do amor ou da procura das coisas criadas, deste mundo e de tudo o que lhe está ligado: bens, honrarias, até mesmo amigos e pais, até a tua própria natureza, resumindo, tudo o que te traz o gosto dos bens deste mundo decaído. É disso tudo que é composto o seu murmurar. [...]

Então vem Nosso Senhor: mete o Seu dedo sagrado no ouvido do homem, aplica-lhe saliva na língua, permitindo-lhe recuperar a palavra.

(Fonte Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de domingo dia 9 de setembro de 2012

Jesus, deixando o território de Tiro, foi novamente por Sidónia para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-Lhe um surdo-mudo, e pediam-Lhe que lhe impusesse as mãos. Então, Jesus, tomando-o à parte de entre a multidão, meteu-lhe os dedos nos ouvidos, e tocou-lhe com saliva a língua. Depois, levantando os olhos ao céu, deu um suspiro e disse-lhe: «Effathá», que quer dizer «abre-te». Imediatamente se lhe abriram os ouvidos, se lhe soltou a prisão da língua e falava claramente. Ordenou-lhes que a ninguém o dissessem. Porém, quanto mais lho proibia mais o divulgavam. E admiravam-se sobremaneira, dizendo: «Tudo fez bem! Faz ouvir os surdos e falar os mudos!». 

Mc 7, 31-37

Natividade da Virgem Santa Maria Mãe de Deus

Pintura de Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1618 — Cádiz, 3 de abril de 1682)

OS CONTEÚDOS ESSENCIAIS DA NOVA EVANGELIZAÇÃO – Jesus Cristo (continua)

Com essa reflexão, o tema de Deus já se ampliou e concretizou no tema de Jesus Cristo.

Apenas em Cristo e por Cristo o tema de Deus se faz realmente concreto: Cristo é o Emmanuel, o Deus connosco, a concretização do Eu sou, a resposta ao deísmo. Hoje é muito forte a tentação de reduzir Jesus Cristo, o Filho de Deus, unicamente a um Jesus histórico, a um mero homem. Não é que se negue a sua divindade, mas usam-se certos métodos para destilar da Bíblia um Jesus à nossa medida, um Jesus possível e compreensível segundo os parâmetros da nossa historiografia. Mas esse "Jesus histórico" é uma invenção, a imagem dos seus autores, e não a imagem de Deus vivo (cfr. 2 Cor 4, 4 e segs.; Col 1, 15). O Cristo da fé não é um mito; o assim chamado "Jesus histórico" é que é uma figura mitológica, inventada por diversos intérpretes. Os duzentos anos de história do "Jesus histórico" refletem fielmente a história das filosofias e ideologias desse período.

Seria impossível tratar nesta conferência de todos os conteúdos do anúncio do Salvador.

Gostaria de mencionar apenas dois aspectos importantes. O primeiro é o seguimento de Cristo. Cristo apresenta-se como caminho da minha vida.

O seguimento de Cristo não significa imitar o homem Jesus. Essa tentativa fracassaria necessariamente; seria um anacronismo. O seguimento de Cristo tem uma meta muito mais elevada: identificar-se com Cristo, isto é, chegar à união com Deus. Esta palavra talvez choque os ouvidos do homem moderno. Mas, na realidade, todos temos sede de infinito, de uma liberdade infinita, de uma felicidade ilimitada. Só assim se explica toda a história das Revoluções dos últimos dois séculos. Só assim se explica a droga. O homem não se contenta com soluções que não cheguem à divinização. Mas todos os caminhos oferecidos pela "serpente" (cfr. Gén 3, 5), isto é, a sabedoria mundana, fracassam. O único caminho é a identificação com Cristo, realizável na vida sacramental. Seguir Cristo não é um assunto de moralidade, mas um tema "mistérico", um conjunto em que intervêm a acção divina e a nossa resposta.

Neste tema do seguimento de Cristo, encontra-se o outro centro da cristologia, ao qual gostaria de aludir: o mistério pascal, a Cruz e a Ressurreição. Ordinariamente, o tema da Cruz carece de significado nas reconstruções do "Jesus histórico". Numa interpretação "burguesa", transforma-se num acidente de per si evitável, sem valor teológico; numa interpretação revolucionária, converte-se na morte heróica de um rebelde. Mas a verdade é muito diferente. A Cruz pertence ao mistério divino; é a expressão do seu amor até o extremo (cfr. Jo 13,1). O seguimento de Cristo é a participação na sua Cruz, a união com o seu amor, a transformação da nossa vida, que se converte no nascimento do homem novo, criado segundo Deus (cfr. Ef 4, 24). Quem omite a Cruz, omite a essência do cristianismo (cfr. 1 Cor 2, 2).

(Cardeal Joseph Ratzinger excerto conferência pronunciada no Congresso de catequistas e professores de religião, Roma, 10.12.2000, e publicada no ‘L’Osservatore romano’ de 19.01.2001)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1973

Natividade da Virgem Maria. “Nesta manhã considerava na minha meditação que a Igreja dispôs, desde há séculos, que se celebrem a maioria das invocações da Virgem. E eu dizia à minha Mãe que queria – e quero – contemplá-la em todas as ermidas e Santuários do mundo. Estas coisas são coisas de amor, e como nós somos almas de amor, mantemos uma conversa constante com Maria e José e, depois, com eles, passamos a tratar a Jesus e, com os três, o Pai e o Espírito Santo. Meus filhos, vida de fé!, pedindo diariamente adauge nobis fidem! [aumenta-nos a fé!]”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA de Joaquim Mexia Alves

Ana estreitava a menina nos braços
e sorria.
Sorria porque uma indizível alegria
percorria todo o seu ser.
Joaquim olhava embevecido
aquela criança,
enrolada nos braços de sua mãe.
Olharam uma para o outro,
e nesse olhar,
houve um entendimento,
uma centelha,
um falar silencioso
que a ambos dizia:
bem aventurada,
entre as mulheres.

Tão frágil,
e no entanto,
desprendia-se daquela criança
uma simplicidade,
uma humildade,
que dava força ao seu ser.

Juntos,
de mãos dadas,
baixaram as cabeças,
e em oração,
disseram:
Obrigado,
oh Deus,
por esta graça imensa
que nos concedeste.
Desde a concepção desta menina,
que Te a oferecemos,
e agora o queremos confirmar.
É Tua,
Senhor nosso Deus!
Que nela,
seja sempre feita a Tua vontade.

A menina estremeceu,
nos braços de sua mãe!
Parecia-lhes,
que tinha entendido,
a oração que tinham feito.
Ana estreitou-a,
ainda mais no seu peito,
e Joaquim
fazendo-lhe uma terna festa,
enunciou um pedido:
Que por vontade do Senhor,
sejas sempre
a Sua mais humilde serva.

Olharam-se nos olhos,
deram-se as mãos,
e o seu olhar era alegria.
Pegaram na menina,
elevaram-na ao Céu,
e disseram:
Abençoada sejas,
Maria!

Monte Real, 8 de Setembro de 2010

Joaquim Mexia Alves

http://queeaverdade.blogspot.com/2010/09/natividade-da-virgem-santa-maria.html

Salve Regina – Coro da Catedral de Einsiedeln

Maria - Tenda da primeira Igreja

«Deus não está ligado a pedras, mas liga-se a pessoas vivas. O “sim” Maria abre-lhe espaço em que pode erguer a sua tenda. Ela torna-se para Deus a tenda, e assim é o início da Santa Igreja que, por seu lado, é antecipação da nova Jerusalém, em que já não há Templo porque o próprio Deus nela habita»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Natividade de Nossa Senhora – São Josemaría Escrivá

“Exultemos de alegria no Senhor, ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria, da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.”

(Da Missa da Natividade da Virgem Maria)

A nossa Mãe é modelo de correspondência à graça e, ao contemplarmos a sua vida, o Senhor dar-nos-á luz para que saibamos divinizar a nossa existência vulgar. Durante o ano, quando celebramos as festas marianas, e cada dia em várias ocasiões, nós, os cristãos, pensamos muitas vezes na Virgem. Se aproveitamos esses instantes, imaginando como se comportaria a nossa Mãe nas tarefas que temos de realizar, iremos aprendendo a pouco e pouco, até que acabaremos por nos parecermos com Ela, como os filhos se parecem com a sua mãe.

Imitar, em primeiro lugar, o seu amor. A caridade não se limita a sentimentos: há-de estar presente nas palavras e, sobretudo, nas obras. A Virgem não só dissefiat, mas também cumpriu essa decisão firme e irrevogável a todo o momento. Assim, também nós, quando o amor de Deus nos ferir e soubermos o que Ele quer, devemos comprometer-nos a ser fiéis, leais, mas a sê-lo efectivamente. Porque nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus, esse entrará no reino dos Céus.

Temos de imitar a sua natural e sobrenatural elegância. Ela é uma criatura privilegiada na História da Salvação, porque em Maria o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Foi testemunha delicada, que soube passar inadvertida; não foi amiga de receber louvores, pois não ambicionou a sua própria glória. Maria assiste aos mistérios da infância de seu Filho, mistérios, se assim se pode dizer, cheios de normalidade; mas à hora dos grandes milagres e das aclamações das massas desaparece. Em Jerusalém, quando Cristo - montado sobre um jumentinho - é vitoriado como Rei, não está Maria. Mas reaparece junto da Cruz, quando todos fogem. Este modo de se comportar tem o sabor, sem qualquer afectação, da grandeza, da profundidade, da santidade da sua alma!

Procuremos aprender, seguindo também o seu exemplo de obediência a Deus, numa delicada combinação de submissão e de fidalguia. Em Maria, nada existe da atitude das virgens néscias, que obedecem, sim, mas como insensatas. Nossa Senhora ouve com atenção o que Deus quer, pondera aquilo que não entende, pergunta o que não sabe. Imediatamente a seguir, entrega-se sem reservas ao cumprimento da vontade divina: eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa palavra. Vedes esta maravilha? Santa Maria, mestra de toda a nossa conduta, ensina-nos agora que a obediência a Deus não é servilismo, não subjuga a consciência, pois move-nos interiormente a descobrirmos a liberdade dos filhos de Deus (Cristo que passa 173).

(Fonte: site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/natividade-de-nossa-senhora)

Natividade de Nossa Senhora - Assim se exprimiu o Padre António Vieira sobre esta celebração

"Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o Nascimento de Maria? Vede o para que nasceu. Nasceu para que d’Ela nascesse Deus. (...) Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança. Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz; os desencaminhados, para Senhora da Guia; os cativos, para Senhora do Livramento; os cercados, para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes, para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus"

(Sermão do Nascimento da Mãe de Deus)

Tributo a Santa Maria Mãe de Deus

Oração de júblio pela Natividade da Virgem Santíssima


Santíssima Virgem Mãe,
Toda Pureza, eternamente imaculada,
livre de todo o pecado em vida,
glorificada pela Trindade Santa em Morte,
assumpta em dormição,
o seu corpor incorruptível preservado,
em união com a sua alma!
Glória do Altíssimo,
Regina Coelis onde vive
"no lugar preparado por Deus",
em contemplação do seu Filho Glorificado
o Deus Filho glorificado na Cruz,
que a olha embevecido,
como a mais santa e pura das criaturas humanas.

Qual de nós não glorificaria assim a sua Mãe,
e qual de nós é tão ingrato,
que não agradeça a Cristo aquela frase
"Mulher, Eis o Teu Filho"
Proclamada do Alto da Cruz?
Em que a mais alta Medianeira e Intercessora
nos foi dada e concedida
como Mãe!
Qual de nós não se orgulha, de tão pura e ditosa Mãe,
sem igual entre os humanos,
livre do mal,
encarnação das bem aventuranças,
templo do Verbo Encarnado,
arca da Nova Aliança,
de madeira incorruptível
como incorruptível foi o seu corpo,
exaltada em glória pelos Santos,
exaltada em glória pelos Anjos,
A nova Eva,
vitoriosa na plena resistência ao maligno,
derrotando o pecado, pois nunca cedendo,
nunca se irando, nunca se corrompendo,
obdecendo sem vacilar ao Pai,
nunca duvidando,
Ecce Ancilla Domine,
Fiat Mihi Secundum Verbum Tuum!

Ditosa Mãe da Igreja,
Sacrário Vivo,
Rosa Mística.
Priviligiada Mãe, a quem a Trindade se Revelou,
e o nome do Pai ficou claro,
muito antes do que para todos os outros!
Amantíssima Virgem Maria,
Nossa Mãe,
eternamente prevista,
desde antes de todas as coisas,
para nos dar o Salvador!
Ditosa entre todas as mulheres,
mais pura que todos os homens,
raínha coroada com doze estrelas
como as doze tribos de Israel,
ou os doze apóstolos do Senhor,
Raínha, radiante como o Sol,
pois a luz do Cordeiro de Deus,
emana de dentro de Ti,
Alva brancura, da mais alva e inimitável pureza virginal,
A única que não teve que ser lavada com o Sangue do Cordeiro!
Imutável ao longo dos Milénios,
como imutável é a Igreja Santa,
Esposa do Espírito Santo,
continuamente gerando Filhos ao teu Filho,
apesar das Fases da Lua que mudam a teus Pés.

Oh Mãe, Amo-te,
Amo-te, Amo-te,
sem saber como te posso amar com dignidade
de forma a corresponder ao teu amor santo e maternal,
a essa capa da pureza livre de pecado,
Mãe do Cordeiro meu Salvador,
e que o Cordeiro fez minha mãe!
Mater Dolorosa aos pés da Cruz,
alma atravessada pela espada das dores,
Mãe, Amo-te!
Ajuda-me a amar-te como te devo amar,
ajuda-me a seguir tudo o que Cristo nos disse,
como os servos em Canã,
pois ninguém te pode amar sem fazer
"Tudo o que Ele vos disser!"

Desespero de angústia e rejubilo de alegria,
pois Mãe vêm aí a tua natividade
que nenhum Cristão se esqueça de a celebrar,
a natividade da Mãe de Cristo,
a natividade da primeira discípula de Cristo,
a natividade da Mater Ecclesia!
Que a glória com que Deus te cobriu
nos revista contra o pecado,
todo o pecado
e qualquer pecado
e que nessa luta contra o Maligno,
de que és a nossa maior aliada,
me ajudes a vencer,
pois só assim saberei seguir Cristo,
e só amando infinitamente como amaste,
poderei amar-te com dignidade!

Glória, Glória Nos Céus e na Terra
à Natividade de Maria,
que cumpriu com o Seu Fiat,
o que Deus dela quis
desde o princípio dos tempos,
e que levou a Maternidade Virginal e Divina,
ao Cenáculo, para que nascesse a Igreja!

Gloriosa natividade celebramos,
uma semana antes da Festa da Sagrada Cruz Salvífica,
Íntima Senhora da Cruz,
Única que a Ela se abraçou,
desde o primeiro ao último momento,
Senhora da Salvação!
Não sou digno de ser Teu Filho,
mas faz-me digno, ajuda-me
para que te possa contemplar no Reino.
Amén


Carlos Santos


(Fonte: página do autor no Facebook em http://www.facebook.com/spedeus#!/notes/carlos-santos/oracao-de-jublio-pela-natividade-da-virgem-santissima-festa-a-8-de-setembro/429197002244)

Natividade de Nossa Senhora

A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.

No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus". (Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Hoje desponta a aurora da salvação

Santo André de Creta (660-740), monge e bispo
Homilia 1, para a Natividade da Santa Mãe de Deus; PG 97, 805


Já não vivemos sob a escravidão dos elementos do mundo, como diz o apóstolo Paulo. Já não estamos submetidos à letra da Lei (Col 2, 8; Rom 7, 6). Com efeito, é nisto que consiste o essencial das graças de Cristo; é aqui que o mistério se manifesta e que a natureza é renovada: Deus fez-se homem e a humanidade assim assumida é divinizada. Foi, portanto, necessário que a esplêndida habitação de Deus, tão visível entre os homens, fosse precedida por uma introdução à alegria, de que decorreria para nós o magnífico dom da salvação. Tal é o objecto da festa que celebramos: o nascimento da Mãe de Deus inaugura o mistério que tem por conclusão e termo a união do Verbo com a carne. [...]
 
Agora que a Virgem acaba de nascer e se prepara para ser Mãe do Rei universal de todos os séculos [...], é o momento em que recebemos do Verbo uma dupla mercê: somos conduzidos à verdade e libertados da vida de escravidão sob a letra da Lei. Como? Por que forma? Sem dúvida nenhuma, porque as sombras se desvanecem com a chegada da luz, porque a graça faz com que a liberdade substitua a letra. A festa que celebramos está nesta fronteira, porque faz a ligação entre a verdade e as imagens que a prefiguram, substitui o que era velho por coisas novas. [...]
 
Que toda a criação cante e dance e dê o seu melhor contributo para a alegria deste dia! Que o céu e a terra formem hoje uma única assembleia! Que tudo o que está no mundo e acima do mundo se una no mesmo concerto de festa. Com efeito, hoje o santuário criado eleva-se até onde residirá o Criador do universo. E uma criatura é preparada, por esta disposição inteiramente nova, para oferecer ao Criador uma morada santa.

O Evangelho do dia 8 de setembro de 2012

Genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão. Abraão gerou Isaac, Isaac gerou Jacob, Jacob gerou Judá e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara, Farés gerou Esron, Esron gerou Aram. Aram gerou Aminadab, Aminadab gerou Naasson, Naasson gerou Salmon. Salmon gerou Booz de Raab, Booz gerou Obed de Rut, Obed gerou Jessé. Jessé gerou o rei David. David gerou Salomão daquela que foi mulher de Urias. Salomão gerou Roboão, Roboão gerou Abias, Abias gerou Asa. Asa gerou Josafat, Josafat gerou Jorão, Jorão gerou Ozias. Ozias gerou Joatão, Joatão gerou Acaz, Acaz gerou Ezequias. Ezequias gerou Manassés, Manassés gerou Amon, Amon gerou Josias. Josias gerou Jeconias e seus irmãos, na época da deportação para Babilónia. E, depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel, Salatiel gerou Zorobabel. Zorobabel gerou Abiud, Abiud gerou Eliacim, Eliacim gerou Azor. Azor gerou Sadoc, Sadoc gerou Aquim, Aquim gerou Eliud. Eliud gerou Eleazar, Eleazar gerou Matan, Matan gerou Jacob, e Jacob gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo, e não querendo expô-la a difamação, resolveu repudiá-la secretamente. Pensando ele estas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”.

Mt 1,1-16.18-23