Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Amar a Cristo...

Amigo e Companheiro Jesus, Tu que nos acompanhas as 24 horas de cada dia ajuda-nos a jamais esquecê-lo fazendo-nos esquecer de nós próprios.

Tantos pequenos e ridículos detalhes do nosso dia a dia que nos fazem egocêntricos, vaidosos e teimosos, quando se de facto nos estivéssemos a entregar a Ti eles nem surgiriam, mas pior ainda Senhor Jesus, quantas vezes nos contentamos com nós próprios num vil ato de soberba, esquecendo-nos de tudo Te oferecer.

Dai-nos pois um coração e discernimento de total humildade e de amor por Ti, pelo Pai e pelo Espírito Santo que sois um só Deus, o Deus que muito amamos e que queremos louvar e glorificar.

JPR

Soldados são baptizados e iniciam-se no catolicismo na frente de combate graças a carismático sacerdote

O Pe. Francisco Muñoz, capelão da Brigada Paraquedista espanhola destacada no Afeganistão, vai celebrar 35 batismos, comunhões e crismas nos próximos meses entre os militares espanhóis. Ao ser perguntado sobre estes atos respondeu com humildade: "Sou um sacerdote muito normal. Isto também faz qualquer padre de aldeia".

Oriundo de Ribera del Fresno, na Extremadura, e capelão desde 1983, o Pe. Francisco tornou-se capelão militar há doze anos. "Eu sempre quis ser missionário, monge ou mártir, e fiquei em militar, que também começa por 'm' e tenho algo dos três", relata desde a província afegã de Badghis.

Conforme informou o jornal espanhol El Mundo, o sacerdote é conhecido entre os militares pelo seu grande carisma e capacidade para chegar ao próximo. "Deus me deu o dom da simpatia", limita-se a responder.

Esta capacidade de "ser simpático" ajudou-o a conseguir faz quatro anos, que 37 soldados, também no Afeganistão, se batizassem e recebessem a Comunhão. E há dois anos, quando esteve no Líbano, foram cinquenta e cinco os que confirmaram a sua fé.

Nesse sentido, o capelão recusa que em Espanha haja uma crise de fé. Indicou que o problema está na forma de chegar às pessoas, pois "o espanhol normal é discretamente religioso (…), e aqui, no Afeganistão, há mais tempo para refletir".

Uma anedota lhe ocorreu no ano passado devido ao seu afã de converter mais pessoas. Aos seus 54 anos o Pe. Francisco fez o curso de paraquedista porque um militar lhe prometeu batizar-se se ele fizesse o curso. "Foi uma experiência religiosa porque se reza muito", recorda com humor ao referir-se às aulas nas quais inclusive terminou lesionado.

"Tem que ser um "descerebrado" para fazer o curso com essa idade", afirmou, e recordou que ao terminar o curso, disse ao militar: "Se já tens fé ou não, não me importa, mas agora vais-te batizar!".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)

Imitação de Cristo, 3, 9, 3 - Tudo se deve referir a Deus como ao fim último

É esta a verdade que afugenta toda a vanglória. E se entrar em teu coração a graça celestial e a verdadeira caridade, não sentirás mais inveja alguma, nem aperto de coração, nem haverá mais lugar para o amor-próprio. Porque tudo vence a divina caridade, e multiplica as forças da alma. Se és verdadeiramente sábio, só em mim te alegrarás e porás a tua confiança; porque ninguém é bom senão Deus (Mt 19,17), só Ele cumpre seja louvado e bendito em tudo, acima de todas as coisas.

Sê alma de Eucaristia!

Sê alma de Eucaristia! – Se o centro dos teus pensamentos e esperanças está no Sacrário, filho, que abundantes os frutos de santidade e de apostolado! (Forja, 835)
 
Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.
Ficou, sabendo como o receberiam os homens... e como o recebes tu.
Ficou, para que o comas, para que o visites e lhe contes as tuas coisas e, falando intimamente com Ele na oração junto do Sacrário e na recepção do Sacramento, te apaixones cada dia mais e faças com que outras almas – muitas! – sigam o mesmo caminho.(Forja, 887)
 
Quando receberes Nosso Senhor na Eucaristia, agradece-lhe com todas as veras da tua alma essa bondade de estar contigo.
– Nunca te detiveste a considerar que passaram séculos e séculos, para que viesse o Messias? Os patriarcas e os profetas a pedir, com todo o povo de Israel: "A terra tem sede, Senhor, vem!".
Oxalá seja assim a tua espera de amor. (Forja, 991)
 
Agiganta a tua fé na Sagrada Eucaristia. Pasma ante essa realidade inefável!: temos Deus connosco, podemos recebê-lo cada dia e, se quisermos, falamos intimamente com Ele, como se fala com o amigo, como se fala com o irmão, como se fala com o pai, como se fala com o Amor. (Forja, 268)
 
São Josemaría Escrivá

Carta aberta de uma sobrinha do Cardeal Martini que o acompanhou na hora da morte (texto em italiano publicado no Corriere Della Sera de hoje)

Fotografia NÃO corresponde à
realidade narrada
Caro zio,
zietto come mi piaceva chiamarti negli ultimi anni quando la malattia ha fugato il tuo naturale pudore verso la manifestazione dei sentimenti questo è il mio ultimo, intimo saluto.
Quando venerdì il tuo feretro è arrivato in Duomo la prima persona, tra i fedeli presenti, che ti è venuta incontro era un giovane in carrozzina, mi è parso affetto da Sla.
D'improvviso sono stata colta da una profondissima commozione, un'onda che saliva dal più profondo e mi diceva: «Lo devi fare per lui» e per tutti quei tantissimi uomini e donne che avevano iniziato a sfilare per darti l'estremo saluto, visibilmente carichi dei loro dolori e protesi verso la speranza.
Lo sento, Tu vorresti che parlassimo dell'agonia, della fatica di andare incontro alla morte, dell'importanza della buona morte.
Morire è certo per noi tutti un passaggio ineludibile, come d'altro canto il nascere e, come la gravidanza dà, ogni giorno, piccoli nuovi segni della formazione di una vita, anche la morte si annuncia spesso da lontano. Anche tu la sentivi avvicinare e ce lo ripetevi, tanto che per questo, a volte, ti prendevamo affettuosamente in giro.
Poi le difficoltà fisiche sono aumentate, deglutivi con fatica e quindi mangiavi sempre meno e spesso catarro e muchi, che non riuscivi più a espellere per la tua malattia, ti rendevano impegnativa la respirazione. Avevi paura, non della morte in sé, ma dell'atto del morire, del trapasso e di tutto ciò che lo precede.
Ne avevamo parlato insieme a marzo e io, che come avvocato mi occupo anche della protezione dei soggetti deboli, ti avevo invitato a esprimere in modo chiaro ed esplicito i tuoi desideri sulle cure che avresti voluto ricevere. E così è stato. Avevi paura, paura soprattutto di perdere il controllo del tuo corpo, di morire soffocato. Se tu potessi usare oggi parole umane, credo ci diresti di parlare con il malato della sua morte, di condividere i suoi timori, di ascoltare i suoi desideri senza paura o ipocrisia.
Con la consapevolezza condivisa che il momento si avvicinava, quando non ce l'hai fatta più, hai chiesto di essere addormentato. Così una dottoressa con due occhi chiari e limpidi, una esperta di cure che accompagnano alla morte, ti ha sedato.
Seppure fisicamente non cosciente - ma il tuo spirito l'ho percepito ben presente e recettivo - l'agonia non è stata né facile, né breve. Ciò nonostante, è stato un tempo che io ho sentito necessario, per te e per noi che ti stavamo accanto, proprio come è ineludibile il tempo del travaglio per una nuova vita.
È di questo tempo dell'agonia che tanto ci spaventa, che sono certa tu vorresti dire e provo umilmente a dire per te. La chiave di volta - sia per te che per noi - è stata l'abbandono della pretesa di guarigione o di prosecuzione della vita nonostante tutto. Tu diresti «la resa alla volontà di Dio». 
A parte le cure palliative di cui non ho competenza per dire è l'atmosfera intorno al moribondo che, come avevo già avuto modo di sperimentare, è fondamentale.
Chi era con te ha sentito nel profondo che era necessaria una presenza affettuosa e siamo stati insieme, nelle ultime ventiquattro ore, tenendoti a turno la mano, come tu stesso avevi chiesto. Ognuno, mentalmente, credo ti abbia chiesto perdono per eventuali manchevolezze e a sua volta ti abbia perdonato, sciogliendo così tutte le emozioni negative.
In alcuni momenti, mentre il tuo respiro si faceva, con il passare delle ore, più corto e difficile e la pressione sanguigna scendeva vertiginosamente, ho sperato per te che te ne andassi; ma nella notte, alzando gli occhi sopra il tuo letto, ho incontrato il crocefisso che mi ha ricordato come neppure il Gesù uomo ha avuto lo sconto sulla sua agonia.
Eppure quelle ore trascorse insieme tra silenzi e sussurri, la recita di rosari o letture dalla Bibbia che stava ai piedi del tuo letto, sono state per me e per noi tutti un momento di ricchezza e di pace profonda.
Si stava compiendo qualcosa di tanto naturale ed ineludibile quanto solenne e misterioso a cui non solo tu, ma nessuno di coloro che ti erano più vicini, poteva sottrarsi. Il silenzio interiore ed esteriore i movimenti misurati l'assenza di rumori ed emozioni gridate - ma soprattutto l'accettazione e l'attesa vigile - sono stati la cifra delle ore trascorse con te.
Quando è arrivato l'ultimo respiro ho percepito, e non è la prima volta che mi accade assistendo un moribondo, che qualcosa si staccava dal corpo, che lì sul letto rimaneva soltanto l'involucro fisico. Lo spirito, la vera essenza, rimaneva forte, presente seppure non visibile agli occhi. Grazie Zio per averci permesso di essere con te nel momento finale. Una richiesta: intercedi perché venga permesso a tutti coloro che lo desiderano di essere vicini ai loro cari nel momento del trapasso e di provare la dolce pienezza dell'accompagnamento.
Giulia Facchini Martini
http://milano.corriere.it/milano/notizie/cronaca/12_settembre_4/cosi-voleva-essere-addormantato-2111678973083.shtml

A nova evangelização – O método II (continua)

(continuação)

Vamos avançar mais um pouco. Jesus pregava de dia e orava de noite, mas isso não é tudo. Toda a sua vida, como mostra de uma maneira muito bela o Evangelho de São Lucas, foi um caminho para a cruz, uma subida a Jerusalém. Jesus não redimiu o mundo com palavras bonitas, mas com o seu sofrimento e com a sua morte. A sua paixão é inesgotável fonte de vida para o mundo; a paixão sustenta a sua palavra.

O próprio Senhor, estendendo e ampliando a parábola do grão de mostarda, formulou essa lei da fecundidade na parábola do grão de trigo que cai na terra e morre (cfr. Jo 12, 24). Também essa lei é válida até o fim do mundo e, junto com o mistério do grão de mostarda, é uma lei fundamental para a nova evangelização. Toda a História assim o demonstra. Seria fácil demonstrá-lo na história do cristianismo. Gostaria de recordar aqui somente o início da evangelização na vida de São Paulo.

O êxito da sua missão não foi fruto da retórica ou da prudência pastoral; a sua fecundidade dependeu do seu sofrimento, da sua união com a paixão de Cristo (cfr. 1 Cor 2, 1-5; 2 Cor 5, 7; 11, 10 e segs.; 11, 30; Gál 4, 12-14). Não lhes será dado outro sinal senão o do profeta Jonas (Lc 1 29), disse o Senhor. O sinal de Jonas é Cristo crucificado, são as testemunhas que completam o que falta à paixão de Cristo (Col 1, 24). As palavras de Tertuliano cumpriram-se em todas as épocas da História: o sangue dos mártires é semente de novos cristãos.

Santo Agostinho diz o mesmo de um modo muito bonito, mostrando no Evangelho de São João a íntima relação entre a profecia do martírio de São Pedro e o mandato de apascentar, ou seja, o seu primado (cfr. Jo 21, 16). Comenta Santo Agostinho:
"Apascenta as minhas ovelhas, isto é, sofre pelas minhas ovelhas" (Sermo 32: PL 2, 640). Uma mãe não pode dar à luz sem sofrer. Todo o parto implica sofrimento, é sofrimento, e chegar a ser cristão é um parto. Digamo-lo mais uma vez com palavras do Senhor: O reino de Deus exige violência (Mt 11, 12; Lc 10, 16), mas a violência de Deus é o sofrimento, a cruz. Não podemos dar vida aos outros sem dar a nossa vida. O processo de renúncia ao próprio eu, a que antes me referia, é a forma concreta (manifestada de diversas maneiras) de dar a própria vida. Já o disse o Salvador: Quem perder a sua vida por mim e pelo Evangelho, salvá-la-á (Mc 8, 35).

(Cardeal Joseph Ratzinger excerto conferência pronunciada no Congresso de catequistas e professores de religião, Roma, 10.12.2000, e publicada no ‘L’Osservatore romano’ de 19.01.2001)

MORAS EM TODO O LADO, SENHOR de Joaquim Mexia Alves

Levanto os olhos para o céu
e pergunto-Te em oração:
onde moras Tu, Senhor?
Fico assim a olhar,
para cima,
para o alto,
ouvidos à escuta,
coração aberto,
mas nada me responde,
nada me aponta,
o caminho certo.
Mas eu não desisto,
nem se cansa o meu esperar,
quero ser paciente,
disponível,
todo aberto para Ti,
o coração e a mente,
o corpo,
todo o meu ser,
porque sei,
e acredito,
que Tu me vais responder.
Passa o tempo,
(para mim claro),
porque Tu não tens tempo,
ou melhor,
Tu és o tempo,
que se faz sempre presente,
e cheio do Teu amor,
pergunto mais uma vez:
onde moras Tu, Senhor?
É então que me recordo,
daqueles vestidos de banco,
que disseram aos Teus Apóstolos:
«porque estais assim a olhar para o céu?» *
Percebo a Tua resposta!
Procuro-Te inacessível,
quando Tu estás disponível.
Procuro-te no mais longe,
quando Tu és o mais perto.
Falo para Ti no exterior,
quando Te devia ouvir,
no interior.
Procuro-Te no fim,
quando Tu caminhas comigo.
Procuro-Te em todo o lado,
quando afinal estás em mim.
E quando afinal eu percebo,
que estás em mim e comigo,
também perceber me é dado,
que reconhecendo-Te Senhor,
já sei onde Tu moras:
afinal moras em todos,
moras no céu e na terra,
moras em todo o lado.

*Act 1,11

Monte Real, 1 de Setembro de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/09/moras-em-todo-o-lado-senhor.html

Memórias de um emigrante italiano no Brasil - Quando íamos em busca da "Merica"

Os descendentes dos italianos que vivem no Brasil actualmente, com frequência, ocupam altos cargos da sociedade local: ministros, profissionais liberais, jornalistas e empresários. Mas os seus antepassados (avôs e bisavôs), que entre o final do século XIX e início do XX escolheram emigrar além-mar, viveram odisseias não muito mais alegres das que hoje sofrem os africanos que, todos os dias, tentam chegar à Itália. Recordar-nos este facto o livro Memorie di un emigrante italiano de Giulio Lorenzoni (Viella, 2008), publicado graças à intervenção do Instituto para as Pesquisas de História Social e Religiosa de Vicenza e editado por Emilio Franzina, professor na Universidade de Verona e certamente o historiador mais competente sobre o fenómeno migratório.

Na introdução, o editor narra-nos quem foi Lorenzoni com um texto muito rico de sugestões e aprofundamentos, o qual constitui um livro no livro. Ele nasceu em 1863 nos arredores de Maróstica, na região de Vicenza. O pai era marceneiro e proprietário de um pequeno lote de terra. Vida pobre, ganhos escassos e propaganda dos agentes de emigração que iam de aldeia em aldeia das áreas rurais italianas enaltecendo a América como se fosse um paraíso terrestre aos camponeses ignorantes, induziram a família a vender tudo e a seguir um grupo de compatriotas que tinha decidido partir para o Brasil. Estas memórias, escritas muitos anos depois da chegada à terra americana, começam justamente da partida, a 15 de Novembro de 1877. O seu valor consiste no facto de que o autor, o que era raro nas zonas rurais vénetas da época, tinha feito os superiores, era dotado de uma discreta cultura e de uma boa veia narrativa. Isto permitiu-lhe escrever um texto que inclusive hoje se lê com rapidez e com prazer. Raramente as peripécias migatórias daqueles anos foram narradas com tanta exactidão, de modo que as lembranças de Lorenzoni se tornam quase emblemáticas, de tantas histórias análogas, sobretudo de quantos decidiram ir colonizar os Estados meridionais do Brasil, em particular o Rio Grande do Sul, onde a família Lorenzoni chegou - a Porto Alegre, na época uma cidade com pouco menos de 50.000 habitantes - no início do mês de Abril.


S. Francisco e os Sacerdotes - Pe. Nuno Serras Pereira

O recurso humano

A verdade é que o maior recurso a valorizar nos países que são assistidos no desenvolvimento é o recurso humano: este é o autêntico capital que se há-de fazer crescer para assegurar aos países mais pobres um verdadeiro futuro autónomo. Há que recordar também que, no campo económico, a principal ajuda de que têm necessidade os países em vias de desenvolvimento é a de permitir e favorecer a progressiva inserção dos seus produtos nos mercados internacionais, tornando possível assim a sua plena participação na vida económica internacional.

Caritas in veritate [58] – Bento XVI

Nossa Senhora Consoladora

A devoção para com Nossa Senhora Consolata (ou Consoladora dos Aflitos) surgiu em Turim (norte da Itália), na metade do século V. Segundo uma tradição alicerçada em sólidos fundamentos, o quadro de Nossa Senhora Consolata foi trazido da Palestina por Santo Eusébio, Bispo de Vercelli, que o doou a São Máximo, Bispo de Turim. São Máximo, por sua vez, no ano 440, expôs o quadro à veneração dos fiéis de Turim, num altarzinho erguido no interior da igreja do Apóstolo Santo André.
 
O povo, a convite do seu Bispo, começou a venerar a efígie daquele quadro com grande fé e devoção. E Maria começou a distribuir muitas graças, inclusive graças extraordinárias, sobretudo em favor das pessoas doentes e sofredoras. Sensibilizados com o amor misericordioso da Virgem Maria, o Bispo e o povo começaram então a invocá-la com os títulos de “Mãe das Consolações”, “Consoladora dos Aflitos”, e “Consolata” (Consolata é a forma popular de Consoladora).

O quadro de Nossa Senhora Consolata permaneceu exposto à veneração dos fiéis sem sofrer nenhum transtorno, durante quatro séculos consecutivos.
 
Por volta do ano 820 penetrou na cidade de Turim a funesta heresia dos iconoclastas (pessoas que quebravam e destruíam toda e qualquer imagem ou quadro religioso expostos ao culto). Em tal circunstância, temendo que o quadro da Consolata fosse destruído, os religiosos que tomavam conta da igreja de Santo André resolveram tirá-lo do altar do oratório e escondê-lo nos subterrâneos da igreja, esperando que passasse a onde devastadora dos iconoclastas. Mas a perseguição se prolongou por longos anos. As pessoas que haviam escondido o quadro morreram sem revelar o lugar do seu esconderijo. Assim, o quadro ficou desaparecido pelo espaço de um século. Este facto fez com que os fiéis deixassem de frequentar o oratório e perdessem, aos poucos, a lembrança da Virgem Consoladora.
 
Mas a Divina Providência velava. No ano 1014, Nossa Senhora apareceu a Arduíno, Marquês de Ivréia, gravemente enfermo, e pediu-lhe que construísse três capelas em sua honra: uma em Belmonte, outra em Crea e a terceira em Turim, esta última junto às ruínas da antiga igreja de Santo André, cuja torre ainda permanecia de pé. O Marquês Arduíno milagrosamente curado por Nossa Senhora, logo mandou construir as três capelas.
 
Ao fazerem as escavações para os alicerces da capela de Turim, os operários encontraram no meio dos escombros o quadro de Nossa Senhora Consolata, ainda intacto, apesar de ser uma pintura em tela. O facto encheu de alegria a população da cidade e a devoção à Mãe das Consolações renasceu mais forte que antes. Parecia que nunca mais se apagaria, mas não foi assim. 
 
As numerosas guerras, as frequentes epidemias que assolavam a região, as invasões, etc., fizeram que muitos habitantes de Turim abandonassem a cidade; com tal situação, a igreja de Santo André e a capela de Nossa Senhora Consolata foram desmoronando aos poucos e tudo acabou novamente num monte de escombros. E o quadro da Consolata, mais uma vez, ficou mergulhado nas ruínas pelo espaço de 80 anos...

Deus intervém de novo, e de forma extraordinária. Em 1104 um cego de Briançon (pequena cidade da França), chamado João Ravache, teve uma visão de Nossa Senhora; a Virgem Maria prometeu devolver-lhe a luz dos olhos se fosse a Turim visitar a sua capela que jazia em ruínas... Lutando contra muitas dificuldades o cego chegou a Turim. O Bispo da cidade, Mainardo, acolheu e ouviu o cego; ciente de que se tratava de um facto real, mandou fazer as escavações no local mencionado pelo cego, de acordo com a indicação que Nossa Senhora lhe dera durante a visão. No dia 20 de Julho de 1104, o quadro da Consolata foi reencontrado sob as ruínas, ainda intacto. O cego, conduzido à presença do quadro, recuperou instantaneamente a vista. O numeroso povo que presenciara ao fato rompeu em brados de alegria. O Bispo Mainardo, comovido, ergueu repetidas vezes esta invocação a Nossa Senhora: “Rogai por nós, Virgem Consoladora!” E o povo respondeu: “Intercedei pelo vosso povo!” 

Este episódio consolidou na alma do povo de Turim a devoção para com Nossa Senhora Consolata. A profunda confiança dos fiéis na poderosa protecção da Mãe das Consolações foi sobejamente premiada ao longo dos séculos. 
 
Hoje, depois de 15 séculos, no local do primeiro oratório, surge o devoto santuário da Consolata, que se tornou o coração mariano de todo o norte da Itália. Foi junto àquele santuário que, no primeiro decénio do século XX, o Beato José Allamano fundou o Instituto dos Missionários e das Missionárias da Consolata. Actualmente, a devoção de Nossa Senhora Consolata é conhecida em muitos países de vários continentes.


(Fonte: Evangelho Quotidiano) 

«A Vossa palavra omnipotente» (Sb 18,15)

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja 
Catequeses baptismais, n°11, 5-10


Deus é espírito (Jo 5,24), e portanto Aquele que é espírito gerou espiritualmente [...], por uma criação simples e incompreensível. O próprio Filho diz do Pai: «O Senhor disse-Me: 'Tu és Meu Filho, hoje mesmo Te gerei'» (Sl 2,7). Este hoje não é recente, mas eterno; este hoje não é deste tempo, mas de todos os séculos. «Desde o dia do Teu nascimento receberás o principado no esplendor sagrado, desde o seio materno, desde a aurora da Tua infância» (Sl 109,3). Crê pois em Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, mas Filho único como afirma o Evangelho: «Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). [...] São João afirma a este propósito: «e nós vimos a Sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade» (Jo 1,14).


Os próprios demónios, tremendo à Sua frente, gritavam: «Ah! Que tens que ver connosco, Jesus de Nazaré? Sei quem Tu és: o Santo de Deus» Ele é portanto Filho de Deus por natureza e não por adopção, pois nasceu do Pai. [...] O Pai, Deus verdadeiro, gerou o Filho à Sua semelhança, Deus verdadeiro. [...] O Pai gerou o Filho de forma diferente de como nos homens o espírito gera a palavra; pois o espírito subsiste em nós, enquanto a palavra, uma vez pronunciada, se desvanece. Nós sabemos que Cristo foi gerado «pela palavra de Deus vivo e eterno» (1Pe 1,23), nascida do Pai eternamente, de modo inexprimível, da mesma natureza que Ele: «No princípio existia o Verbo e o Verbo era Deus» (Jo 1,1). Palavra que contém a vontade do Pai e cria todas as coisas por Sua ordem; Palavra que desce e que volta (cf Is 55,11), [...] Palavra cheia de autoridade e que tudo rege, porque Jesus sabia que o Pai depositara nas Suas mãos todas as coisas (cf Jo 13,3).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 4 de setembro de 2012

Foi a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Admiravam-se da Sua doutrina, porque falava com autoridade. Estava na sinagoga um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz: «Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus». Jesus o repreendeu, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal. Todos se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?» E a Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região.

Lc 4, 31-37