Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Querido Jesus, obrigado pelo Teu filho e Teu santo de nome Agostinho que hoje festejamos, pela sua belíssima conversão, pelo extraordinário relato da sua vida que nos deixou na sua obra maior Confissões, pelos diferentes textos cheios de amor a Ti e de firmeza de fé.

Faz de nós bons Agostinhos e bons conversos, não deixes que o nosso passado se sobreponha ao amor que Te temos e ajuda-nos a evitar o pecado.

Na Tua infinita misericórdia auxilia-nos a sermos nada, para assim sermos tudo em Ti.

JPR

Imitação de Cristo, 3, 7, 4 - Como se há de ocultar a graça sob a guarda da humildade

Quem se dá por muito seguro no tempo de paz, muitas vezes se revela tímido e covarde em tempo de guerra. Se te souberes conservar sempre humilde e pequeno no teu conceito, e governar com moderação teu espírito, não cairás tão depressa na tentação e no pecado. É de aconselhar, quando sentes fervor de espírito, meditar no que será de ti, retirando-se esta graça. E quando isto de facto acontecer, pensa que a luz pode voltar, que ta tirei por algum tempo, para tua cautela e minha glória.

Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti

Para que não o imites, copio de uma carta este exemplo de covardia: "Antes de mais, agradeço-lhe muito que se lembre de mim, porque necessito de muitas orações. Mas também lhe agradeço que, ao suplicar ao Senhor que me faça “apóstolo”, não se esforce em pedir-Lhe que me exija a entrega da liberdade". (Sulco, 11)

Precisamente por isso, percebo muito bem aquelas palavras do Bispo de Hipona (Santo Agostinho), que soam como um cântico maravilhoso à liberdade: Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti, porque cada um de nós, tu, eu, temos sempre a possibilidade – a triste desventura  de nos levantarmos contra Deus, de rejeitá-lo – talvez só com a nossa conduta  ou de exclamar: não queremos que reine sobre nós . (...)

Queres pensar – pela minha parte também farei o meu exame  se manténs imutável e firme a tua escolha da Vida? Se, ao ouvires essa voz de Deus, amabilíssima, que te estimula à santidade, respondes livremente que sim? Dirijamos o olhar para o nosso Jesus, quando falava às multidões pelas cidades e campos da Palestina. Não pretende impor-se. Se queres ser perfeito..., diz ao jovem rico. Aquele rapaz rejeitou o convite e o Evangelho conta que abiit tristis ,que se retirou entristecido. Por isso, alguma vez lhe chamei a ave triste: perdeu a alegria, porque se negou a entregar a liberdade a Deus. (Amigos de Deus, 23–24)

São Josemaría Escrivá

Catequeses de Bento XVI sobre Santo Agostinho de Hipona

Sermos exemplo

«Tratemos pois, irmãos, não só de viver bem, mas de portar-nos bem diante dos outros. Procuremos que não tenha que repreender-nos nada a nossa consciência, e, além disso, tendo em conta a nossa fragilidade, pondo todo o cuidado que possamos, evitemos que possa pensar mal irmão menos formado»

(Sermo 47, 14 – Santo Agostinho)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)


§ 1487. Quem peca, ofende a honra de Deus e o seu amor, a sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus, e o bem-estar espiritual da Igreja, da qual cada fiel deve ser pedra viva.

Santo Agostinho em banda desenhada (vídeos em inglês e espanhol)

Laudate Dominum (W. A. Mozart)



Laudate Dominum omnes gentes;
Laudate eum, omnes populi.
Quoniam confirmata est
Super nos misericordia ejus,
Et veritas Domini manet in aeternum.
Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio, et nunc, et semper.
Et in saecula saeculorum. Amen.

Pobrezas

Uma das pobrezas mais profundas que o homem pode experimentar é a solidão. Vistas bem as coisas, as outras pobrezas, incluindo a material, também nascem do isolamento, de não ser amado ou da dificuldade de amar. As pobrezas frequentemente nascem da recusa do amor de Deus, de uma originária e trágica reclusão do homem em si próprio, que pensa que se basta a si mesmo ou então que é só um facto insignificante e passageiro, um «estrangeiro» num universo formado por acaso.

Caritas in veritate [V – 53 (a)] – Bento XVI

Santo Agostinho um dos Santos da minha devoção

Conjuntamente com S. Paulo, Santa Catarina de Sena, São Tomás Moro e São Josemaría Escrivá, recorro em oração frequentemente a Santo Agostinho pedindo-lhe que interceda para que tenha humildade de aumentar o meu amor ao Senhor e consequentemente ser sempre teocêntrico.

Salvaguardadas as devidas diferencias, que começam na minha pouca formação e ignorância, Santo Agostinho teve dois Anjos da Guarda na terra, sua mãe, Santa Mónica, e Santo Ambrósio, Bispo de Milão, pessoalmente não pude, a partir dos dezassete anos de idade, usufruir da intercessão terrena da minha mãe, mas João Paulo II, que me cativou logo na cerimónia da sua coroação quando se levantou para abraçar o seu amigo e mentor o Cardeal Stefan Wyszynski (1901/1981) e posteriormente na dignidade e amor à Igreja como viveu a sua enfermidade, foi o Anjo que me ajudou a abrasar o coração, embora o meu regresso à Igreja se tenha verificado cerca de dezoito meses após a sua partida para a Casa do Pai.

Insistindo, sobretudo por respeito, admiração e veneração, que longe de mim comparar-me a esse grande Doutor da Igreja que foi Santo Agostinho, também à sua semelhança andei totalmente perdido, sendo que no caso dele se pode intuir do seu legado escrito, que sempre procurou a Deus, nem sempre pelas melhores vias, mas a sua alma tinha fome e sede do Senhor, enquanto eu cheio de soberba e fingida sabedoria, que mais não era do que pura e total ignorância, sentia-me “rei” de mim mesmo e do mundo. Que figuras tristíssimas fazem os que assim procedem!

É, penso dentro da minha pouca formação, a sua mais conhecida obra, refiro-me a “Confissões”, que em boa hora perguntei a um Sacerdote amigo se já me encontraria preparado para ler, compreender e absorver, tendo a resposta sido positiva, bem-haja Pe. ASL, porque me fez muito bem à alma e me ajudou e ajuda na minha luta diária para tentar ser digno das promessas de Cristo e consequentemente pela minha santificação. Tanto caminho que ainda me falta meu Deus!

Bem-haja Santo Agostinho, e que por tua intercessão eu possa um dia, se for essa a vontade do Senhor, entrar no Seu Reino para conjuntamente contigo, os Anjos e todos os Santos O poder servir e glorificar.

JPR em Agosto de 2010

Santo Agostinho, Bispo de Hipona, Doutor da Igreja

Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã. Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Andou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Esta mulher anónima, que Santo Agostinho amava e por ela era amado, e da qual nem sequer nos legou o nome, retornou à África e certamente não foi menor em sua oblação.

Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o baptismo em Milão. Quem o baptizou foi o célebre Bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mónica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito Bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de "Confissões", escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de Agosto de 430.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Limpa antes o interior do copo»

Catecismo da Igreja Católica 
§§ 1455-1458


A confissão (a acusação) dos pecados, mesmo de um ponto de vista simplesmente humano, liberta-nos e facilita nossa reconciliação com os outros. Pela confissão, o homem encara de frente os pecados de que se tornou culpado; assume a sua responsabilidade e, desse modo, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, para tornar possível um futuro diferente. 

A confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento da Penitência: [...] «Quando os cristãos se esforçam para confessar todos os pecados de que se lembram, não se pode duvidar de que os apresentam todos ao perdão da misericórdia divina. Os que procedem de modo diverso, e conscientemente ocultam alguns, esses não apresentam à bondade divina nada que ela possa perdoar por intermédio do sacerdote. Porque, 'se o doente tem vergonha de descobrir a sua ferida ao médico, a medicina não pode curar o que ignora'» (Concílio de Trento; S. Jerónimo).

Segundo o mandamento da Igreja, «todo o fiel que tenha atingido a idade da discrição, está obrigado a confessar fielmente os pecados graves, ao menos uma vez ao ano». [...] Sem ser estritamente necessária, a confissão das faltas quotidianas (pecados veniais) é contudo vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más inclinações, a deixarmo-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo com maior frequência, neste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (Lc 6,36): «[...] Quando começas a detestar o que fizeste, é então que começam as tuas boas obras, porque acusas as tuas obras más. O princípio das obras boas é a confissão das más. Praticaste a verdade e vens à 1uz» (St. Agostinho; Jo 12,13).

O Evangelho do dia 28 de agosto de 2012

«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã e do endro e do cominho, e descuidais as coisas mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! São estas coisas que era preciso praticar, sem omitir as outras. Condutores cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que limpais o que está por fora do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de imundície! Fariseu cego, purifica primeiro o que está dentro do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo.

Mt 23, 23-26