Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

«A Assunção indica-nos o futuro da humanidade»

Nesta quarta-feira, 15, quando a Igreja celebra a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, Bento XVI rezou a oração mariana do Angelus junto aos fiéis que foram a Castel Gandolfo neste dia feriado em Itália e na Europa.

Antes da oração, explicou que a festa da Assunção é uma realidade que toca também a nós, porque nos indica de modo luminoso nosso destino, o da humanidade e da história. Retomando amplamente o que já havia ilustrado na Missa desta manhã, o Papa sintetizou a ideia que depois da morte, não há o vazio, mas o abraço amoroso de Deus. Por isso, a festividade de hoje, para o cristão, é “estritamente ligada à Ressurreição”. 

Bento XVI recordou aos mais de 3 mil fiéis reunidos no pátio da residência que a proclamação do dogma da Assunta ocorreu em 1950 com o Papa Pio XII, e brevemente, citou a tradição das Igrejas ortodoxas russas, que fala de ‘Dormição’ e não de Assunção. 

Encerrando, o Papa lembrou um trecho da Constituição conciliar Lúmen Gentium: “Maria, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Ela cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada”.

Após a oração, o Papa fez breves saudações em algumas línguas. Hoje foi a vez também do português: 

“Saúdo cordialmente os fiéis brasileiros de Umuarama e Paranavaí e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide com Deus”.

Rádio Vaticano edição para o Brasil

Totus Tuus Maria

Imitação de Cristo, 3, 5, 3 - Dos admiráveis efeitos do amor divino

Jesus: Grande coisa é o amor! E um bem verdadeiramente inestimável que por si só torna suave o que é difícil e suporta sereno toda a adversidade. Porque leva a carga sem lhe sentir o peso e torna o amargo doce e saboroso. O amor de Jesus é generoso, inspira grandes ações e nos excita sempre à mais alta perfeição. O amor tende sempre para as alturas e não se deixa prender pelas coisas inferiores. O amor deseja ser livre e isento de todo apego mundano, para não ser impedido no seu afeto íntimo nem se embaraçar com algum incômodo. Nada mais doce do que o amor, nada mais forte, nada mais delicioso, nada mais perfeito ou melhor no céu e na terra; porque o amor procede de Deus, e em Deus só pode descansar, acima de todas as criaturas.

Adormeceu a Mãe de Deus

Esta é a chave para abrir a porta e entrar no Reino dos Céus: "qui facit voluntatem Patris mei qui in coelis est, ipse intrabit in regnum coelorum" – quem faz a vontade de meu Pai..., esse entrará! (Caminho, 754)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!
 
Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.
 
Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.
 
– Matias substituiu Judas.
 
E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.
 
Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.
 
A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? (Santo Rosário, 4º mistério Glorioso)
 

São Josemaría Escrivá

Angelus Domini


 
- Angelus Domini nuntiavit Mariae.
- Et concepit de Spiritu Sancto.
 
Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum;
benedicta tu in mulieribus,
et benedictus fructus ventris tui, Jesus.
Sancta Maria, Mater Dei,
ora pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora mortis nostrae. Amen.
 
- Ecce ancilla Domini.
- Fiat mihi secundum verbum tuum.
- Ave Maria...
 
- Et verbum caro factum est.
- Et habitavit in nobis.
- Ave Maria...
 
- Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
- Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
 
Oremus
Gratiam tuam, quaesumus, Domine, mentibus nostris infunde, ut qui, angelo nuntiante, Christi Filii tui Incarnationem cognovimus, per Passionem eius et Crucem ad resurrectionis gloriam perducamur. Per eundem Christum Dominum nostrum. Amen.

"Sem Deus, o mundo só pode piorar"

«Maria não veio de uma Galáxia desconhecida, mas de Deus» (Catholic News Service, palavras de Bento XVI não referidas na notícia abaixo)

Como já é tradição no dia 15 de agosto, Bento XVI deixou esta manhã a residência de Castel Gandolfo, onde descansa no verão – e foi à Paróquia de Santo Tomás de Vilanova, para presidir a missa da celebração da Assunção da Beata Virgem Maria. 
 
O Papa foi acolhido com entusiasmo por um grupo de cidadãos e turistas da pequena cidade. Participaram da missa seu irmão Mons. Georg Ratzinger, o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, os Cardeais Giuseppe Bertello e Domenico Calcagno, Prefeito e Regente da Casa Pontifícia, D. James Harvey e Pdre Leonardo Sapienza, o bispo de Albano, D. Marcello Semeraro, e o pároco de Castel Gandolfo, Pe. Pietro Diletti.
 
O Papa iniciou a homilia explicando o significado do dogma proclamado em 1950 por Pio XII: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. O dogma se tornou um “ato de louvor e exaltação”, o ato de proclamação da Assunta foi visto como uma “liturgia da fé”. 
 
Citando o Magnificat, Bento XVI afirmou o louvor a Virgem, Mãe de Deus, é da Igreja de todos os tempos e todos os lugares. “É um dever e um compromisso da comunidade cristã de todas as gerações”. 
 
“Por que Maria é glorificada com a assunção ao céu?” – perguntou o Pontífice, respondendo que Ela viveu fielmente e guardou no seu íntimo as palavras de Deus a seu povo e as promessas feitas aos apóstolos. No Magnificat, a Palavra de Deus era a Palavra de Maria, luz de seu caminho. 
 
Na leitura de hoje, do livro de Samuel, o evangelista faz um paralelo: Maria, que tem em seu ventre Jesus, é a Arca Santa que traz em si a presença daquele que é fonte de consolação, de alegria plena: “Maria é a ‘visita’ de Deus que traz alegria”. Também Lucas o diz explicitamente: “Bendito seja o Senhor, porque visitou e redimiu seu povo” - lembrou Bento XVI, falando aos paroquianos.
 
Improvisando, o Papa disse que por ser unida a Deus, “Maria está muito perto de cada um de nós; seu coração é grande, Ela pode ouvir e nos ajudar. Esta presença de Deis em nós é importante para iluminar as tristezas e os problemas do mundo”. 
 
Bento XVI exortou os fiéis a abrirem o seu ser a Deus, para que “Ele possa entrar em nós e ser a força que dá a vida”. “Hoje – acrescentou – muitos esperam um mundo melhor, mas não se sabe quando este mundo melhor vai chegar. O certo é que um mundo que se afasta de Deus só pode piorar”. 
 
Terminando a homilia, o Papa disse que é preciso confiar na materna intercessão de Maria, para que o Senhor reforce a fé na vida eterna e nos ajude a viver bem o tempo que Deus nos oferece com esperança.

Rádio Vaticano edição para o Brasil
 
Vídeo em italiano
 

Seguindo a Palavra do Senhor

Imitemos a Virgem Santíssima, exemplo de pureza e amor, como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 15, 39-56) e louvemos hoje e sempre o Senhor por toda a Sua criação e infinita bondade.

Senhor, que saibamos sempre dar-Te graças e louvores e amar-Te incondicionalmente! 

A Nossa Flor


«E a flor mais linda que germinou da Palavra de Deus é a Virgem Maria. Ela é a primícia da Igreja, jardim de Deus na terra»

Bento XVI – Angelus 6/XII/2009

Perder a vida

Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder sua vida por minha causa, há-de encontrá-la" (Mt 16, 25; Mc 8, 35; Lc 9, 24; cf. Jo12, 25). Esta frase marca a história.
  
A primeira parte repugna a todas as fibras do nosso ser; apesar disso, é manifesta a cada passo. Todos nos esforçamos por ganhar a nossa vida, no amor, profissão, arte, ciência ou prazer. E todos constatamos a cada momento a incapacidade de o fazer. Mantemos o mito de que um dia seja possível, apesar da evidência permanente da vacuidade. Isto é ainda mais patente naqueles que parecem ter salvo a sua vida. Milionários, campeões, governantes, estrelas de cinema, profissionais bem sucedidos são considerados por todos como tendo atingido a felicidade. São eles quem mais sofre a dupla maldição do sucesso.

Ter êxito na vida traz dois problemas graves. Primeiro, o sucesso é caro, raro e nunca perfeito. São muitos os que se esforçam e poucos os que conseguem o que pretendem; e mesmo esses nunca o realizam totalmente. Vemos aquilo que obtiveram, não o que perderam e o que queriam sem conseguir. Os ricos são sempre insatisfeitos.

A segunda maldição é pior. Os que chegam exactamente onde sonharam, enfrentam então a desilusão do sonho. Porque aquilo que brilha tanto à distância rapidamente fenece ao perto. Ao sucesso segue-se sempre o tédio, que alguns iludem na ânsia viciante de novas campanhas. Esses vivem numa ilusão de vitórias até à morte. Quem quiser ganhar a vida, perde-a mesmo.

Como se pode viver sabendo isto? Salvar a vida é a questão central de toda a existência, aquilo que preside a cada passo do nosso quotidiano. Todos queremos sempre ganhar a vida. Os outros animais têm o instinto da auto-preservação; o ser humano, além disso, sente uma ânsia de mais e melhor. Busca incessantemente algo que o ultrapassa. Constatar o falhanço dessa tensão vital não a nega. Além de sobreviver, nós procuramos um desígnio, um propósito, uma finalidade.
  
Nesta questão decisiva existem apenas duas alternativas razoáveis. Ou a realidade não tem sentido, como dizem o budismo e as filosofias pessimistas, ou então Aquele que fez as coisas também lhes deu um propósito. Criou-as com um desígnio. Se esta segunda hipótese, a única aberta e positiva, é verdadeira, então procurar a sentido da realidade e entregar-nos a ele tem de ser a única forma real de ganhar a vida.
  
Todas as filosofias e religiões pretendem isso. Mas na história apenas um homem disse com credibilidade ser Deus. Apenas uma pessoa assumiu ser pessoalmente a resposta à questão vital: "quem perder sua vida por minha causa, há-de encontrá-la". Os discípulos de Cristo, aqueles que Lhe entregaram a vida, saíram de um cantinho miserável do Império Romano para o revolucionar. Desde então, têm influenciado decisivamente toda a história de todas as épocas e povos. Hoje representam um terço da humanidade, o maior dos grupos que busca salvar a vida.
  
Mas a eficácia da resposta não se mede em termos históricos ou estatísticos. Eu tenho essa pergunta hoje, aqui e agora. A resposta só é válida se me salvar. Preciso insistentemente de saber como ganhar a minha vida. Aqui e agora.
  
Os santos, os que estão nos altares e os que vivem próximo, testemunham a profunda alegria de perder assim a vida. Viver cada dia de olhos no Céu, entregue ao Senhor do universo. Deixar os sonhos e projectos pessoais e procurar o Bem. Não fazer o bem, mas buscá-lO, encontrá-lO e deixar que Ele actue por nós. Viver aceitando tudo aquilo que acontece como vindo do Bem e para o Bem. Aceitar o mal que sofremos como aceitamos a vida e o mundo: como caminho para o Bem. Basear a felicidade, não nos acontecimentos, mas na confiança. Na fé.
 
Não é fácil viver assim. Não é fácil perder a vida para a ganhar, porque a cada momento ressurge a tentação de ganhar a vida por si mesmo. Vivendo a vida, repugna perdê-la. Esta entrega tem de ser renovada a cada instante. Aquela vida que perdemos hoje de manhã tem de ser perdida outra vez agora. Por causa d'Ele. Até a salvar de vez.
  
João César das Neves in DN online AQUI

«... para que toda a economia e as finanças sejam éticas»

Um dado é essencial: a necessidade de trabalhar não só para que nasçam sectores ou segmentos «éticos» da economia ou das finanças, mas também para que toda a economia e as finanças sejam éticas: e não por uma rotulagem exterior, mas pelo respeito de exigências intrínsecas à sua própria natureza. A tal respeito, se pronuncia com clareza a doutrina social da Igreja, que recorda como a economia, em todas as suas extensões, seja um sector da actividade humana [113].
 
[113] Cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio (26 de Março de 1967), 14: AAS 59 (1967), 264; João Paulo II, Carta enc.Centesimus annus (1 de Maio de 1991), 32: AAS 83 (1991), 832-833.
 
Caritas in veritate [IV – 45 (b)] – Bento XVI

«Em Cristo, todos serão vivificados, cada qual na sua ordem» (1Cor 15, 22-23)

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
1º Sermão para a Assunção


Hoje a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido sido o regozijo dos anjos e dos santos, quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto, e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o céu, irradiado pelo brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é justificadamente que ecoa nos céus a acção de graças e o louvor.
 
Ora [...], na medida em que o céu exulta da presença de Maria, não seria razoável que o nosso mundo chorasse a sua ausência? Mas não, não nos lastimemos, porque não temos aqui cidade permanente (Heb 13, 14), antes procuramos aquela aonde a Virgem Maria chegou hoje. Se já estamos inscritos no número de habitantes dessa cidade, convém que hoje nos lembremos dela [...], compartilhemos a sua alegria, participemos nesta alegria que hoje deleita a cidade de Deus; uma alegria que depois se espalha como o orvalho sobre a nossa terra. Sim, Ela precedeu-nos, a nossa Rainha, precedeu-nos e foi recebida com tanta glória que nós, seus humildes servos, podemos seguir a nossa Rainha com toda confiança gritando [com a Esposa do Cântico dos Cânticos]:
 
«Arrasta-me atrás de ti. Corramos ao odor dos teus perfumes!» (Ct 1, 3-4) Viajantes sobre a terra, enviamos à frente a nossa advogada [...], a Mãe de misericórdia, para defender eficazmente a nossa salvação.