Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Catequese virtual para crianças lançada pela “Arguments” (vídeos em espanhol e inglês)

13 e 14 Janeiro - IV Jornadas Balthasarianas da UCP de Lisboa

Obrigado por Ti querido Jesus...




... pois sem Ti a Virgem Santíssima Tua Mãe não nos haveria sido concedida como nossa Mãe também.

“Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós”

Devoção de Natal. – Não sorrio quando te vejo fazer as montanhas de musgo do Presépio e dispor as ingénuas figuras de barro em volta da gruta. – Nunca me pareceste mais homem do que agora, que pareces uma criança. (Caminho, 557)

Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor tão apoucado, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente Se quis apresentar desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria.

Não conseguiremos jamais o verdadeiro bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele. Insistirei de novo: vedes onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns paninhos, numa gruta. A eficácia redentora das nossas vidas só se pode dar com humildade, deixando de pensar em nós mesmos e sentindo a responsabilidade de ajudar os outros.

É corrente, às vezes até entre almas boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e infecundas!

Cristo foi humilde de coração. Ao longo da sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. (Cristo que passa, 18)

São Josemaría Escrivá

Mensagem do Papa para o XX dia mundial do doente

No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo daquela débil e doente, o cristão manifesta um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo que se dobrou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para o curar. Afirmou o Papa na sua mensagem para o XX dia mundial do doente que será celebrado a 11 de fevereiro.


Bento XVI manifesta a própria proximidade espiritual a todos os doentes que se encontram nos lugares de cura ou que são acudidos nas famílias exprimindo a cada um a solicitude e o afecto da Igreja inteira e recorda como o momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de abandonar-se ao desencorajamento e ao desespero, pode transformar-se num tempo de graça para entrar em si mesmos e como o filho pródigo da parábola evangélica, repensar a própria vida reconhecendo erros e falências, sentir a saudade do abraço do Pai e percorrer de novo o caminho para a sua Casa.


Na sua mensagem o Papa relaciona os “sofrimentos materiais e espirituais do ser humano”, falando num “binómio entre a saúde física e a renovação após as lacerações da alma”.


“Desejo encorajar os doentes e os que sofrem a encontrarem sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, pela oração pessoal e os sacramentos, ao mesmo tempo que convido os pastores a estarem cada vez mais disponíveis para as celebrações pelos doentes”, diz Bento XVI.


A mensagem papal sublinha, a este respeito, a presença dos padres nos hospitais, uma missão “delicada” que deve fazer deles “verdadeiros ministros dos doentes”, e centra a sua reflexão nos chamados ‘sacramentos de cura’, ou seja, a Penitência (confissão) e a Unção dos Doentes.


“O momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de se abandonar ao desânimo e ao desespero, pode transformar-se em tempo de graça para entrar de novo dentro de si próprio”, indica o texto, que tem como tema ‘Levanta-te e vai. A tua fé te salvou’, expressão retirada do Evangelho segundo São Lucas.


Bento XVI frisa a “importância da fé para os que, atingidos pelo sofrimento e a doença, se aproximam do Senhor”, acrescentado que “quem acredita nunca está só”.


“Quem, no seu próprio sofrimento e doença, invoca o Senhor, está certo de que o seu amor nunca o abandona e que também o amor da Igreja nunca falta”, escreve.


Relativamente à Unção dos Doentes [conhecida popularmente como ‘extrema unção’, embora a denominação não seja correta], o Papa espera uma “maior consideração” tanto na reflexão teológica como na “ação pastoral” junto de quem vive uma situação de doença.


“A atenção e o cuidado pastoral para com os doentes é sinal, por um lado, da ternura de Deus para quem está no sofrimento e, por outro, traz vantagem espiritual também ao sacerdote e a toda a comunidade cristã”, assinala.


A mensagem de Bento XVI observa ainda a “importância da Eucaristia”, desejando que as comunidades paroquiais “assegurem aos que, por motivos de saúde ou de idade não pode deslocar-se aos locais de culto, a possibilidade de aceder com frequência à comunhão sacramental”.


O Papa deixa uma palavra de “agradecimento”, em nome pessoal e de toda a Igreja, a quantos trabalham no mundo da saúde e às famílias dos doentes, “porque, na competência profissional e no silêncio, muitas vezes, também, sem mencionar o nome de Cristo o manifestam concretamente”.


Rádio Vaticano

O Teu nome Jesus


Querido Jesus,

Fica e Reina dentro de mim,

Hoje e sempre,

Ámen.

Uma diplomacia global

Ainda não perderam atualidade, embora as circunstâncias tenham mudado profundamente, e os poderes em confronto ou procurados não sejam necessariamente militares, as sínteses que Harold Nicolson (1938) elaborou sobre as diferentes diplomacias que caracterizavam a Europa, longe ainda de querer a unidade política. Foi dele que se recordou, por exemplo, Boris Biancheri quando (2005) se debruçou sobre a tarefa quase impossível de "conciliar o mundo", numa época que julgou irremediavelmente caótica. Segundo o velho Nicolson, o sistema britânico, já por então em declínio imperial, procurou sempre evitar que um só país domine a Europa, e hoje poderíamos sensatamente admitir que o seu afastamento é menos da Europa do que do detestado predomínio alemão, na visão reformulada, para muitos observadores, pela intervenção da atual chanceler, de facto a protagonista dominante do processo seguido até à ultima cimeira; tratar-se-ia de um sistema oposto ao francês que considera os adversários e aliados como intercambiáveis, em vez de procurar garantir aliados permanentes contra inimigos permanentes, na tradução do mesmo autor. Dedica ainda esforços no sentido de qualificar o método italiano, em busca de equilíbrios alternáveis pela diplomacia, mas talvez hoje apenas à procura de rumo e de um governo que o assuma com credibilidade. Porque é sobretudo alarmante como uma análise que ganhou circulação e prestígio há tão poucos anos, e notabilizou o seu autor, pareça tender para ser substituída pela indagação generalizada no sentido de encontrar uma via diplomática de convergência para um conceito de unidade estratégica europeia comum, mais com heranças diferentes do que com diferenças quanto aos resultados desejados. Talvez com exceção da Inglaterra, cujo primeiro-ministro vacila na ida e volta da travessia do canal, olhando agora não para cada potência europeia, mas para a Europa unida com eventuais, embora não desejáveis, proeminências internas excessivas. Provavelmente é ainda necessário, e duradoira a persistência, que os intervenientes mais notados do processo atualizem a relação entre convicções históricas que lhes moldaram a identidade, e a realidade que mudou em termos de ser a outra coisa que não estava prevista nos seus planos por vezes seculares. É a isto que Blancheri chama "a necessidade de conciliar o mundo", já nem sequer bipolar estrategicamente, mais bipolar do ponto de vista da balança económica e financeira, mas de qualquer modo a exigir redefinir a conciliação entre a política de imagem e a política consistente, entre a reserva de soberania e a interdependência, entre um paradigma ético global e um pragmatismo de conciliação. Realmente colocar o diálogo diplomático construtivo e criador no lugar da competição de interesses contraditórios e inconciliáveis, que dominaram a história não apenas europeia, mas mundial. O processo europeu cedo levou a avaliar as exigências da querida unidade, não apenas de mercado, mas política, na área diplomática, ficando célebre o depoimento de fim de carreira do diplomata italiano Roberto Ducci, o qual terminava com um - Good bye to all that, ao imaginar que a cooperação dentro da comunidade europeia implicaria uma reformulação total da relação da nova estrutura dessa unidade com o mundo. O fecho de consulados e embaixadas, que também praticamos, tem menos que ver com esta prevista evolução do que com a ideologia de orçamento e contenção, imposta pelo desastre financeiro e económico global. Mas em qualquer caso, uma estrutura específica para realidades específicas de cada membro da União, articulável com a unidade desta, exige engenho e arte que a preserve e torne eficaz, porque se trata das janelas de liberdade a que nenhum país vai renunciar. Um mundo ideal não é necessariamente um mundo simplificado, em que valores e interesses se agregam num só resumo participado por todas as comunidades ao redor da terra. Conciliar o mundo não é uniformizar o mundo.

Adriano Moreira in DN online

Nem todas as crenças são dignas de respeito

O comentário de Furedi foi motivado pelo caso de um homem que trabalhava no departamento de ambiente de uma companhia imobiliária. Firmemente convencido de que a Terra está gravemente ameaçada pelas mudanças climáticas, tinha conflitos com os chefes, que censurava por não tomarem a sério o problema, e negou-se a fazer uma viagem de avião, que considerava supérflua, para não contribuir para o respectivo consumo de combustível. Por estes motivos, há um ano e meio foi despedido pela empresa. Recorreu aos tribunais, e finalmente um juiz declarou que o despedimento era contrário à lei da igualdade laboral, que proíbe discriminar os empregados pela sua religião ou crenças filosóficas. Segundo a sentença, a opinião do despedido sobre a mudança climática é uma crença filosófica que merece a protecção legal.

Furedi começa por fazer afirmações duvidosas comparando a fé com a ciência. No final do seu longo artigo refere-se às teses implícitas no veredicto do juiz como sintoma de uma tendência mais generalizada a "sacralizar os estilos de vida". O empregado despedido está firmemente convencido de que a mudança climática põe em perigo a humanidade e todo o planeta, tornando-se absolutamente necessário e urgente reduzir drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa, mudando radicalmente a economia e convencendo toda a gente a adoptar um regime de vida de baixo consumo energético. Segundo Furedi, esta posição, a que a sentença concede a mesma protecção que à fé religiosa, não é em si uma filosofia, mas o que se chama um estilo de vida: ideias e práticas de motivação moral sobre o modo como se deve viver.

"Tomamos muito a sério o nosso estilo de vida: o que comemos, o nosso aspecto, como viajamos ou com quem compartilhamos a cama define a identidade de muitos. Mas num mundo em que uma enorme multiplicidade de estilos de vida cobrou importância de relevo, não é possível tratá-los como quase-religiões".

Para uma crença filosófica merecer protecção, a lei de igualdade laboral exige que seja "mantida com boa-fé", que se refira a um aspecto "relevante e substancial" da experiência humana, tenha "seriedade, coerência e importância", e seja "digna de respeito numa sociedade democrática". E, pergunta Furedi, quem decide que uma firme convicção seja digna de tal respeito? "As nossas elites jurídicas e culturais têm decerto ideias muito claras sobre as opiniões que são dignas de respeito e sobre as que não são. Assim, ficámos a saber na semana passada que, segundo uma nova proposta do governo do New Labour, os pais que se opõem a que os filhos recebam educação sexual na escola não são ‘dignos de respeito', apesar de as suas opiniões se fundamentarem em sinceras e profundas convicções; ser-lhes-á portanto negada a possibilidade de retirar os seus filhos das aulas de educação sexual.

"Há estilos de vida que são protegidos, ou pelo menos sacralizados pela lei, enquanto outros são estigmatizados. Assim, os cristãos que, de acordo com as suas crenças, recusarem celebrar casamentos homossexuais têm pouca probabilidade de obter protecção, embora a sua posição seja expressão de convicções religiosas tradicionalmente reconhecidas. Pelo contrário, aqueles a quem a consciência não permitir viajar na Ryanair gozarão desde agora de privilégios e isenções que não se concedem aos seus colegas moralmente inferiores. A sacralização de estilos de vida aprovados pelas elites cria dois pesos e duas medidas, contradizendo directamente as normas democráticas".

Um exemplo que Furedi aponta é a indulgência com que às vezes são tratados os activistas que, no decurso de actos de protesto contra actividades por eles consideradas prejudiciais para o ambiente, invadem e danificam propriedades alheias. "Hoje em dia, quem tem firmes convicções ecologistas goza inclusivamente de uma concessão semioficial para violar a lei. Os que protestam contra os alimentos transgénicos ou contra a energia nuclear são frequentemente etiquetados como jovens idealistas que actuam ‘em nome de todos'. Na realidade, como fazem parte da oligarquia política britânica, têm uma liberdade para protestar que se costuma negar ao comum dos mortais. Por isso, estes activistas que violam a lei são muitas vezes tratados com simpatia nos julgamentos e absolvidos".

Frank Furedi

(Fonte: Spiked AQUI via Aceprensa)

A oração como arma

«A oração é, sem dúvida, a arma poderosíssima pela qual o Senhor nos dá a vitória contra todas as paixões malvadas e tentações infernais; mas esta oração deve fazer-se com espírito, isto é, não só verbalmente mas de coração. Deve, além disso, ser continua e em todas as circunstâncias da vida, porque assim como as batalhas são contínuas, assim há-de sê-lo também a oração (…).».

(Reflexões sobre a Paixão, cap. 9,3 – Santo Afonso Maria de Ligório)

Maria caminho seguro e curto para chegar a Cristo

A veneração de Maria é o caminho mais seguro e curto para nos levar à intimidade com Cristo. Na meditação da sua vida em todas as suas fases aprendemos o que significa viver para Cristo e com Cristo, no quotidiano, de uma forma concreta que não comporta qualquer exaltação mas que introduz a uma intimidade perfeita. Contemplando a existência de Maria, nós pomo-nos à disposição, mesmo na obscuridade infligida à nossa fé, mas aprendemos como se deve estar a postos quando Jesus subitamente pede algo.

(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

S. Josemaría Escrivá sobre a Festividade do Santíssimo Nome de Jesus

Festa do Santíssimo Nome de Jesus.


“Perde o medo de chamar o Senhor pelo seu nome – Jesus – e de Lhe dizer que o amas”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/3-1-5)

Chris Tomlin - Name of Jesus (legendado em inglês)

Santíssimo Nome de Jesus

"Deram-lhe o nome de Jesus" (Lc 2, 21)


Ainda que seja inefável o nome santíssimo de Jesus que foi imposto na Circuncisão a Cristo Senhor, Redentor do género humano, todavia para não nos calarmos completamente em tão grande solenidade, alguma coisa apresentaremos em louvor e glória de tão grande nome, diante do qual "todo o joelho se dobra nos Céus, na Terra e nos Infernos" (Fil 2, 10). Porque tão grande é a consolação da alma que se alegra em Cristo, que a pobreza se torna como riquezas, a aspereza como delícias e a vileza como honras, e pelo seu nome todos os suplícios se fazem para eles doces.


Na verdade, diz-se por causa deste nome: "Saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do nome de Jesus" (Act 5, 41). Portanto, se mergulha na tua mente o negrume da tristeza, se está eminente uma grave e violenta tempestade, se as costas do mar ribombam com terrível e honroso mugido, se são batidas as praias do oceano, e se também a nau está invadida pelas ondas, invoca Jesus, que se julga estar a dormir nas navios, mas é um Jesus que nem dorme nem dormita; e com toda a fé diz-lhe: "Levanta-te, Senhor Jesus".


Oh nome de Jesus exaltado acima de todo o nome, oh gozo dos Anjos, oh alegria dos justos, oh pavor dos condenados: em Vós está a esperança de qualquer perdão, em Vós toda a esperança da indulgência, em Vós toda a expectativa de glória. Oh nome dulcíssimo, Vós dais o perdão aos pecadores, renovais os costumes, encheis os corações de doçura divina. Oh nome desejável, nome admirável, nome venerável, Vós, nome de rei Jesus, assim levantais ao mais alto dos céus os espíritos, que todos os que principam a ter devoção a este nome, graças a ele encontram a glória e a salvação, por Jesus Cristo nosso Senhor.


(Homilia de S.Bernardino de Sena, o grande promotor da devoção ao SS. Nome de Jesus)

«Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo»

«Cantai, ó céus, a obra do Senhor! Exultai de alegria, ó profundezas da terra! Saltai de júbilo, vós, montanhas, e tu, bosque, com todas as tuas árvores, porque o Senhor resgatou Jacob, manifestou a Sua glória em Israel» (Is 44, 23). Pode-se facilmente concluir desta passagem de Isaías que a remissão dos pecados, a conversão e redenção dos homens, anunciada pelos profetas, se cumpre em Cristo nos últimos dias. Com efeito, quando Deus, o Senhor, nos apareceu, quando Se fez homem, vivendo com os habitantes da terra, Ele, o verdadeiro Cordeiro que tira o pecado do mundo, Ele, a vítima totalmente pura, que grande motivo de júbilo para as forças do alto e os espíritos celestiais, para todas as ordens dos santos anjos! Eles cantavam, eles cantavam o Seu nascimento segundo a carne: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado» (Lc 2, 14). 

Se é verdade, conforme a palavra do Senhor – e é absolutamente verdade –, que «haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte» (Lc 15, 7), como duvidar de que haja alegria e júbilo nos espíritos do alto, quando Cristo traz à terra inteira o conhecimento da verdade, chama à conversão, justifica pela fé, torna brilhante de luz pela santificação? «Os céus rejubilam porque Deus teve misericórdia», não apenas para com Israel segundo a carne, mas para com Israel compreendido segundo o espírito. «Os fundamentos da terra», ou seja, os ministros sagrados da pregação do Evangelho, «tocaram a trombeta». A sua voz retumbante chegou a toda a parte; como as trombetas sagradas, ela ressoou em todas as partes. Eles anunciaram a glória do Salvador por todos os lugares, chamaram ao conhecimento de Cristo tanto os judeus como os pagãos.



São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja 
Sobre Isaías, IV, 2

'Behold the Lamb of God' - Händel

«É Aquele que baptiza com o Espírito Santo»

«Brotará uma vara do tronco de Jessé (pai de David) e um rebento brotará das suas raízes. Sobre ele repousará o espírito do Senhor» (Is 11,1-2). Esta profecia diz respeito a Cristo. [...] Os judeus interpretam a vara e a flor que brotam do tronco de Jessé como sendo o próprio Senhor: para eles, a vara é o símbolo do ceptro real e a flor o da Sua beleza. Nós, os cristãos, vemos na vara que brota do tronco de Jessé a santa Virgem Maria, a quem ninguém se uniu para a fecundar. Era a Ela que se referia anteriormente o mesmo profeta: «Olhai: a jovem está grávida e dará um filho» (7,14). E na flor reconhecemos o Senhor nosso Salvador, que diz no Cântico dos cânticos: «Eu sou o narciso de Saron, o lírio dos vales» (Ct 2,1). [...]


Sobre esta flor que brota subitamente do tronco e da raiz de Jessé através da Virgem Maria, vai repousar o Espírito do Senhor, pois «n'Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade» (Col 2,9). Não de um modo fragmentado como nos outros santos, mas [...] segundo o que se lê no evangelho de Mateus: «Aqui está o Meu servo, que escolhi, o Meu amado em Quem pus todo o Meu enlevo. Derramarei sobre Ele o Meu espírito e Ele anunciará a verdadeira fé às nações» (Mt 12,18; Is 42,1). Aplicamos esta profecia ao Salvador, sobre Quem o Espírito do Senhor veio repousar, o que significa que estabeleceu n'Ele a Sua morada eterna. [...] Como testemunha João Baptista, desce para ficar sobre Ele sem cessar: «Vi o Espírito que descia do céu como uma pomba e permanecia sobre Ele. E eu não o conhecia, mas Quem me enviou a baptizar com água é que me disse: 'Aquele sobre quem vires descer o Espírito e poisar sobre Ele, é o que baptiza com o Espírito Santo'». [...] Este Espírito chama-se «Espírito de sabedoria e entendimento, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de ciência e de temor do Senhor» (Is 11,2). [...] Ele é a única e mesma fonte de todos os dons.


São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
Sobre Isaías, cap. 11


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Janeiro de 2012

No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo. Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, eu não O conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousou sobre Ele. Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que baptiza no Espírito Santo. Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus».


JO 1, 29-34