Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Oh Holy night - Celine Dion

Adeste Fideles (Andrea Bocelli)



Adeste fideles læti triumphantes,
venite, venite in Bethlehem.
Natum videte Regem angelorum.
Venite adoremus (ter)
Dominum.


En grege relicto humiles ad cunas,
vocati pastores adproperant,
et nos ovanti gradu festinemus.
Venite adoremus (ter)
Dominum.


Æterni Parentis splendorem æternum,
velatum sub carne videbimus,
Deum infantem pannis involutum.
Venite adoremus (ter)
Dominum.


Pro nobis egenum et fœno cubantem
piis foveamus amplexibus;
sic nos amantem quis non redamaret?
Venite adoremus (ter)
Dominum.

Por que se celebra o nascimento de Jesus a 25 de Dezembro?

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“Deus humilha-se”

E, em Belém, nasce o nosso Deus: Jesus Cristo! Não há lugar na pousada: num estábulo. – E Sua Mãe envolve-O em paninhos e reclina-O no presépio (Lc 11, 7) . Frio. – Pobreza. – Sou um escravozito de José. – Que bom é José! Trata-me como um pai a seu filho. – Até me perdoa, se estreito o Menino entre os meus braços e fico, horas e horas, a dizer-Lhe coisas doces e ardentes!... E beijo-O – beija-O tu – e embalo-O e canto para Ele e chamo-Lhe Rei, Amor, meu Deus, meu Único, meu Tudo!... Que lindo é o Menino... e que curta a dezena! (Santo Rosário, mistérios gozosos, 3)

Começa por estar nove meses no seio de sua Mãe, como qualquer outro homem, com extrema naturalidade. Sabia o Senhor de sobra que a Humanidade padecia de uma urgente necessidade d'Ele. Tinha, portanto, fome de vir à terra para salvar todas as almas; mas não precipita o tempo; vem na Sua hora, como chegam ao mundo os outros homens. Desde a concepção ao nascimento, ninguém, salvo S. José e Santa Isabel, adverte esta maravilha: Deus veio habitar entre os homens!

O Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos Anjos. E mais tarde os sábios do Oriente. Assim acontece o facto transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao homem!

Como é possível tanta dureza de coração que cheguemos a acostumar-nos a estes episódios? Deus humilha-Se para que possamos aproximar-nos d'Ele, para que possamos corresponder ao seu Amor com o nosso amor, para que a nossa liberdade se renda, não só ante o espectáculo do seu poder, como também ante a maravilha da sua humildade.

Grandeza de um Menino que é Deus! O Seu Pai é o Deus que fez os Céus e a Terra, e Ele ali está, num presépio, quia non erat eis locus in diversorio, porque não havia outro sítio na Terra para o dono de toda a Criação! (Cristo que passa, 18)

São Josemaría Escrivá

'O Senhor está connosco' de John Travenor

«Eu hoje Te gerei»

Em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o próprio Deus Se fez homem. É a Ele que o Pai diz: «Tu és Meu Filho». O hoje eterno de Deus desceu ao hoje efémero do mundo e arrasta o nosso hoje passageiro para o hoje eterno de Deus.


Deus é tão grande que Se pode fazer pequeno. Deus é tão poderoso que Se pode tornar fraco e vir ao nosso encontro como Menino indefeso, para que O possamos amar. Deus é bom ao ponto de renunciar ao Seu esplendor divino e descer ao estábulo para que O possamos encontrar e para que, assim, a Sua bondade chegue também a nós, se nos comunique e continue a agir por nosso intermédio.


O Natal é isto: «Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei». Deus tornou-Se um de nós, para que nós pudéssemos estar com Ele, tornar-nos semelhantes a Ele. Como próprio sinal, escolheu o Menino no presépio: Deus é assim. Deste modo, aprendemos a conhecê-Lo. E em todo o menino brilha algo da luz daquele hoje, da proximidade de Deus que devemos amar e à qual nos devemos submeter – em todo o menino, mesmo naquele que ainda não nasceu.


Bento XVI
Homília de 25/12/05


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 25 de Dezembro de 2011 - Natal do Senhor

No princípio existia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele; e sem Ele nada foi feito. N'Ele estava a vida, e a vida era a luz dos homens, e a luz resplandeceu nas trevas, mas as trevas não O receberam. Apareceu um homem enviado por Deus que se chamava João. Veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que vindo a este mundo ilumina todo o homem. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, mas o mundo não O conheceu. Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a todos os que O receberam, àqueles que crêem no Seu nome, deu poder de se tornarem filhos de Deus; eles que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.  E o Verbo fez-Se carne, e habitou entre nós; e nós vimos a Sua glória, glória como de Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d'Ele e clama: «Este era Aquele de Quem eu disse: O que há-de vir depois de mim é mais do que eu, porque existia antes de mim». Todos nós participamos da Sua plenitude, e recebemos graça sobre graça; porque a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade foram trazidas por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Unigénito de Deus, que está no seio do Pai, Ele mesmo é que O deu a conhecer.


Jo 1, 1-18

Pedido ao Menino Jesus

Querido Menino Jesus,

Ainda não nasceste e já Te venho pedir pelo Teu filho Joseph e nosso amado pastor que com os seus 84 anos Te representa tão dignamente e tão bem. Coloca-lhe pois uma prenda muito especial no sapatinho, a SAÚDE E O MERECIDO DESCANSO para que nos possa continuar a guiar na doçura e na firmeza da Fé, da Esperança e da Caridade.

Sabes, querido Menino Jesus, ele pelo grande amor que Te tem não se poupa a nada, mas os anos passam e certamente que lhe pesam, concede-lhe pois a Tua graça de o proteger de todo o mal.

Olha, o meu coração diz-me, que a sua acção para continuar a sua incansável tarefa de Te divulgar e de denunciar os que Te rejeitam e vilipendiam, é de extraordinária importância.

Desculpa-me se te estou sempre a pedir pelo Papa, mas Tu, que tudo sabes, também sabes que o faço pelo infinito amor que Te tenho e pela infindável estima que lhe tenho.

Obrigado por me ouvires e que hoje muitos através da celebração do Teu nascimento Te descubram e venerem.

João Paulo Reis

Lisboa, 24 de Dezembro de 2011

Resposta de Bento XVI a preso seropositivo numa cadeia de Roma (agradecimento ‘É o Carteiro!’)

Que podem pedir os presos doentes e seropositivos ao Papa? Fala-se muito pouco de nós, e por vezes de uma forma tão feroz que parece que nos querem eliminar da sociedade. Fazem que nos sintamos infrahumanos.


Temos que suportar que alguns falem mal de nós. Também falam mal do Papa e, no entanto, vamos para a frente. Creio que é importante alentar todos para que pensem bem, para que entendam que vocês sofrem, para que compreendam que têm de vos ajudar a levantar-vos. Eu farei todo o possível para convidar a pensar de forma justa - não com desprezo mas com humanidade - que todos podemos cair, mas Deus quer que todos cheguemos a Ele, e que podemos cooperar, com espírito de fraternidade e reconhecendo a nossa fragilidade, neste processo para que os que caíram se levantem e prossigam a sua vida com dignidade.

Querido Menino Jesus, esperamos ansiosamente por Ti

Lo He Comes With Clouds Descending



Lo! He comes with clouds descending,
Once for favoured sinners slain;
Thousand thousand saints attending,
Swell the triumph of His train:
Hallelujah! Hallelujah!
God appears on earth to reign


Every eye shall now behold Him
Robed in dreadful majesty;
Those who set at naught and sold Him,
Pierced and nailed Him to the tree,
Deeply wailing, deeply wailing,
Shall the true Messiah see.


The dear tokens of His passion
Still His dazzling body bears;
Cause of endless exultation
To His ransomed worshippers;
With what rapture, with what rapture
Gaze we on those glorious scars!


Yea, amen; let all adore thee,
High on thine eternal throne;
Saviour, take the power and glory;
Claim the kingdoms for thine own:
Hallelujah! Hallelujah!
Thou shalt reign, and thou alone.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1963

Pronuncia uma homilia, publicada anos mais tarde em Cristo que passa: “Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor tão pouca coisa, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente quis apresentar-Se desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Textos de S. Josemaría Escrivá sobre o Natal

Quando chega o Natal, gosto de contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor tão apoucado, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente Se quis apresentar desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria.


Não conseguiremos jamais o verdadeiro bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele. Insistirei de novo: vedes onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns paninhos, numa gruta. A eficácia redentora das nossas vidas só se pode dar com humildade, deixando de pensar em nós mesmos e sentindo a responsabilidade de ajudar os outros. É corrente, às vezes até entre almas boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e infecundas!


Cristo foi humilde de coração. Ao longo da Sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. Começa por estar nove meses no seio de Sua Mãe, como qualquer outro homem, com extrema naturalidade. Sabia o Senhor de sobra que a Humanidade padecia de uma urgente necessidade d’Ele. Tinha, portanto, fome de vir à terra para salvar todas as almas; mas não precipita o tempo; vem na Sua hora, como chegam ao mundo os outros homens. Desde a concepção ao nascimento, ninguém, salvo S. José e Santa Isabel, adverte esta maravilha: Deus veio habitar entre os homens!


O Natal também está rodeado de uma simplicidade admirável: o Senhor vem sem aparato, desconhecido de todos. Na Terra, só Maria e José participam na divina aventura. Depois, os pastores, avisados pelos Anjos. E mais tarde os sábios do Oriente. Assim acontece o facto transcendente que une o Céu à Terra, Deus ao homem!


Como é possível tanta dureza de coração que cheguemos a acostumar-nos a estes episódios? Deus humilha-Se para que possamos aproximar-nos d’Ele, para que possamos corresponder ao seu Amor com o nosso amor, para que a nossa liberdade se renda, não só ante o espectáculo do Seu poder, como também ante a maravilha da Sua humildade.


Grandeza de um Menino que é Deus! O Seu Pai é o Deus que fez os Céus e a Terra, e Ele ali está, num presépio, quia non erat eis locus in diversorio, porque não havia outro sítio na Terra para o dono de toda a Criação!


Cristo que passa, 18



Nosso Senhor dirige-se a todos os homens, para que venham ao seu encontro, para que sejam santos. Não chama só os Reis Magos, que eram sábios e poderosos; antes disso tinha enviado aos pastores de Belém, não simplesmente uma estrela, mas um dos seus anjos. Mas tanto uns como outros – os pobres e os ricos, os sábios e os menos sábios – têm de fomentar na sua alma a disposição de humildade que permite ouvir a voz de Deus.


Cristo que passa, 33



"Hoje brilhará sobre nós a luz, porque nos nasceu o Senhor!" Eis a grande novidade que comove os cristãos e que, através deles, se dirige à Humanidade inteira. Deus está aqui! Esta verdade deve encher as nossas vidas. Cada Natal deve ser para nós um novo encontro especial com Deus, deixando que a Sua luz e a Sua graça entrem até ao fundo da nossa alma.


Cristo que passa, 12

Foto: Detalhe Retábulo Oratório Colégio Salcantay - Lima / Peru



(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/index.php?id_cat=1001&id_scat=789 )

«Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador»

Irmãos, informados do milagre, vamos como Moisés ver esta coisa extraordinária (Ex 3, 3): em Maria, o arbusto em chamas não se consome. A Virgem dá ao mundo a Luz mantendo a sua virgindade. [...] Corramos pois a Belém, a cidade da Boa Nova! Se formos verdadeiramente pastores, se permanecermos despertos em guarda, ouviremos a voz dos anjos que anunciam uma grande alegria: [...] «Glória a Deus nas alturas, porque a paz desceu à terra!» Aonde ontem apenas havia maldição, teatros de guerra e exílio, a terra recebe a paz, porque hoje «da terra brotará a lealdade, desde o céu há-de olhar a justiça» (Sl 84, 12). Eis o fruto que a terra dá aos homens, em recompensa pela boa vontade que reina entre eles (Lc 2, 14). Deus une-Se ao homem para elevar o homem às alturas de Deus.

Ao ouvirmos esta novidade, irmãos, partamos para Belém, a fim de contemplarmos [...] o mistério do presépio: uma criança envolta em panos repousa numa manjedoura. Virgem após o parto, a Mãe incorruptível abraça o Filho. Com os pastores, repitamos a palavra do profeta: «Como nos contaram, assim nós vimos na cidade do Senhor dos exércitos» (Sl 47, 9).

Mas por que procura o Senhor refúgio nesta gruta de Belém? Por que dorme numa manjedoura? Por que Se sujeita ao recenseamento de Israel? Irmãos, Aquele que traz a libertação ao mundo vem nascer na nossa submissão à morte. Ele nasce nesta gruta para Se mostrar aos homens, mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Está deitado numa manjedoura porque é Aquele que faz crescer a erva para o gado (Sl 103, 14), porque é o Pão da Vida que alimenta o homem com um alimento espiritual, para que também ele viva pelo Espírito. [...] Haverá festa mais feliz que a de hoje? Cristo, o Sol da Justiça (Mal 3, 20), vem iluminar a nossa noite. Aquele que tinha caído torna a levantar-se, aquele que fora vencido é libertado [...], aquele que tinha morrido regressa à vida. [...] Hoje, cantemos todos a uma só voz em toda a terra: «Por um homem, Adão, veio a morte; por este Homem, vem-nos hoje a salvação» (cf Rom 5, 17).



São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge e bispo 
Sermão sobre o Natal

Vigília de Natal

A liturgia desta noite fala-nos de um Deus que ama os homens; por isso, não os deixa perdidos e abandonados a percorrer caminhos de sofrimento e de morte, mas envia “um menino” para lhes apresentar uma proposta de vida e de liberdade. Esse menino será “a luz” para o povo que andava nas trevas.


A primeira leitura anuncia a chegada de “um menino”, da descendência de David, dom de Deus ao seu Povo; esse “menino” eliminará a guerra, o ódio, o sofrimento e inaugurará uma era de alegria, de felicidade e de paz sem fim.


O Evangelho apresenta a realização da promessa profética: Jesus, o “menino de Belém”, é o Deus que vem ao encontro dos homens para lhes oferecer – sobretudo aos pobres e marginalizados – a salvação. A proposta que Ele traz não será uma proposta que Deus quer impor pela força; mas será uma proposta que Deus oferece ao homem com ternura e amor.


A segunda leitura lembra-nos as razões pelas quais devemos viver uma vida cristã autêntica e comprometida: porque Deus nos ama verdadeiramente; porque este mundo não é a nossa morada permanente e os valores deste mundo são passageiros; porque, comprometidos e identificados com Cristo, devemos realizar as obras d’Ele.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Holy Night : Kings College, Cambridge

«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do Seu agrado»

Céus, escutai! Terra, ouve com atenção! Que todas as criaturas, e sobretudo o homem, sejam arrebatadas de admiração e irrompam em louvores: «Jesus Cristo, Filho de Deus, nasce em Belém da Judeia». [...] Haverá notícia mais bela a anunciar à terra? [...] Alguma vez se ouviu coisa parecida, alguma vez o mundo soube de alguma coisa semelhante? «Em Belém da Judeia nasce Jesus Cristo, o Filho de Deus.» Tão poucas palavras para exprimir a vinda do Verbo, a Palavra de Deus feita criança, mas que doçura nestas palavras! [...] «Jesus Cristo, o Filho de Deus, nasce em Belém.» Nascimento de uma santidade incomparável: honra do mundo inteiro, exaltação de todos os homens devido ao bem imenso que Ele lhes traz, admiração dos anjos por causa da profundidade deste mistério de uma novidade sem paralelo (cf Ef 3,10). [...]


«Jesus Cristo, Filho de Deus, nasce em Belém da Judeia». Vós que estais deitados na poeira, erguei-vos e louvai Deus! Eis o Senhor que chega com a salvação, eis a vinda do Ungido do Senhor, do Seu Messias, ei-Lo que vem na Sua glória. [...] Feliz daquele que se sente atraído por Ele e que «acorre à fragrância dos Seus perfumes» (Ct 1,4 LXX): ele verá «a glória que lhe vem do Pai como Filho único» (Jo 1,14).


Vós que estais perdidos, respirai! Jesus vem salvar o que perecera. Vós, os doentes, voltai a ser saudáveis: Cristo vem estender o bálsamo da Sua misericórdia sobre a chaga dos vossos corações. Estremecei de alegria, todos vós que sentis grandes desejos: o Filho de Deus vem a vós para fazer de vós co-herdeiros do Seu Reino (Rm 8,17). Sim, Senhor, peço-Te, cura-me e ficarei curado; salva-me e serei salvo (Jr 7,14); glorifica-me e ficarei verdadeiramente na glória. Sim, «que a minha alma bendiga o Senhor e que tudo em mim bendiga o Seu santo nome» (Sl 102,1). [...] O Filho de Deus faz-Se homem para fazer dos homens filhos de Deus.


São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e doutor da Igreja
Primeiro sermão para a Vigília de Natal


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 24 de Dezembro de 2011

Naqueles dias, saiu um édito de César Augusto, prescrevendo o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi anterior ao que se realizou quando Quirino era governador da Síria. Iam todos recensear-se, cada um à sua cidade. José foi também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, que se chamava Belém, porque era da casa e família de David, para se recensear juntamente com Maria, sua esposa, que estava grávida. Ora, estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz, e deu à luz o seu filho primogénito, e O enfaixou, e O reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela mesma região, havia uns pastores que velavam e faziam de noite a guarda ao seu rebanho. Apareceu-lhes um anjo do Senhor e a glória do Senhor os envolveu com a sua luz e tiveram grande temor. Porém, o anjo disse-lhes: «Não temais, porque vos anuncio uma boa nova, que será de grande alegria para todo o povo: Nasceu-vos hoje na cidade de David um Salvador, que é o Cristo, o Senhor. Eis o que vos servirá de sinal: Encontrareis um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura». E subitamente apareceu com o anjo uma multidão da milícia celeste louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens, objecto da boa vontade de Deus».


Lc 2, 1-14