Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O verdadeiro crente

«Um crente que se deixa formar e conduzir na fé da Igreja deveria ser, com todas as suas fraquezas e todas as suas dificuldades, uma janela para a luz de Deus vivo, e se verdadeiramente o crê também o é de facto. Contra as forças que sufocam a verdade, contra este muro de preconceitos que em nós bloqueia o olhar para Deus, o crente deveria ser uma força antagonista.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Ave Maria - Charles Aznavour & Les Petits Chanteurs à la Croix de Bois

Bento XVI celebrou uma Missa por intenção da América Latina no dia da Virgem de Guadalupe sua Padroeira (vídeos em espanhol e inglês)

Arcebispo de Los Angeles chama a evangelizar junto da Virgem de Guadalupe

O Arcebispo de Los Angeles, D. José Gómez, convidou os fiéis a evangelizar de mãos dadas a Nossa Senhora de Guadalupe, que nos "chama a edificar uma Igreja e uma sociedade que reflita a verdade de que somos uma família de Deus".

"Enquanto seguimos trabalhando na nova evangelização das Américas, precisamos nutrir-nos tanto da mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe como do testemunho missionário do humilde servo, São Juan Diego", afirmou em sua coluna publicada no passado dia 1 de dezembro na revista Vida Nova.

Nesse sentido, destacou a Missa que a 12 de Dezembro (esta tarde) o Papa Bento XVI celebrou na Basílica de São Pedro em honra à Virgem de Guadalupe, com o qual "quer mostrar sua solidariedade com as nações do que ele chama ‘Continente da Esperança’, onde vivem aproximadamente 40 por cento de todos os católicos do mundo".

D. Gómez afirmou que a Virgem "chama-nos a contar, a compartilhar com que nos estão próximo a boa nova de que são filhos de Deus, filhos e filhas do nosso Pai celestial que os ama".

Para isso, "devemos abrir nossos corações à conversão, para que, assim como no manto milagroso, possa ficar impressa em nossos corações a imagem da Virgem e de seu Filho".

O Arcebispo de Los Angeles destacou a humildade do índio São Juan Diego e disse que "a nova evangelização não é necessariamente um assunto de fazer coisas extraordinárias. Trata-se de viver a nossa fé plenamente e de dar testemunho dela na vida diária, nas nossas famílias, nos nossos estudos, no trabalho e entre os nossos amigos e conhecidos".

"E o podemos fazer com plena segurança. O que a Virgem do Tepeyac prometeu a Juan Diego, promete também a cada um de nós. ‘Que não se atribule teu coração. Acaso não estou aqui eu, que sou tua mãe? Não estás sob minha sombra? Não sou sua saúde? O que mais te falta?’", afirmou.

D. Gómez assinalou que "a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe, - ser Guadalupanos - significa ser fiéis a Deus e sair do nosso caminho para compartilhar a mensagem de Guadalupe e para ajudar a fazer da América o continente da esperança".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Missa pela América Latina deixou apelos contra a violência e a corrupção

Bento XVI revelou esta segunda-feira a sua “intenção” de visitar o México e Cuba, em 2012, antes da Páscoa [8 de abril], num anúncio feito durante a missa pelos países da América Latina, na basílica de São Pedro, Vaticano.

O Papa disse na sua homilia que a viagem apostólica, terceira ao continente americano [Brasil (2007) e Estados Unidos da América (2008)], visa “proclamar a Palavra de Cristo” e reforça a “convicção de que este é um tempo precioso para evangelizar”.

A celebração, promovida pelo Vaticano, associa-se às comemorações do bicentenário da independência dos países da América Latina, festejadas entre 2010 a 2014, com exceção do Peru e do Brasil (2020-2022).

Bento XVI alertou para a defesa da “vida humana desde a sua conceção até ao seu fim natural” e à promoção da paz, para superar “a miséria, o analfabetismo e a corrupção” e “erradicar toda a injustiça, violência, criminalidade, insegurança urbana, narcotráfico e extorsão”.

Para o Papa, é necessário “fomentar cada vez mais iniciativas concertadas e programas efetivos que proporcionem a reconciliação e a fraternidade, incrementem a solidariedade e o cuidado com o meio ambiente”.

A homilia deixou ainda apelos a “tutelar a família na sua genuína natureza e missão”, intensificando, “ao mesmo tempo, uma vasta e capilar tarefa educativa que prepara retamente as pessoas”.

A missa contou com a presença do embaixador português junto da Santa Sé, Manuel Tomás Fernandes Pereira, que se uniu a responsáveis eclesiais e governamentais da América Latina, Caraíbas, Espanha, EUA e Canadá.

Falando em português, Bento XVI disse que “Deus é aquele que merece toda a honra e glória, o Poderoso que fez maravilhas por sua fiel servidora e que hoje continua mostrando o seu amor por todos os homens, particularmente aqueles que enfrentam duras provas”.

Antes da celebração, os participantes estiveram reunidos num momento de oração, com reflexões sobre a Virgem de Guadalupe, cuja memória litúrgica hoje se comemora, e sobre o bicentenário das independências, enquanto desfilavam, pelo corredor central da basílica de São Pedro, dois jovens de cada nação latino-americana levando a bandeira do seu país.

Bento XVI destacou os avanços no “caminho de integração” da América Latina, que lhe permite um “novo protagonismo emergente no contexto mundial”.

“Nestas circunstâncias, é importante que os seus povos salvaguardem o rico tesouro de fé e o seu dinamismo histórico-cultural”, disse o Papa, que utilizou uma plataforma móvel para fazer o trajeto da procissão de entrada entre a sacristia e o altar central da basílica.

OC

Agência Ecclesia

Grande seminário internacional sobre comunicações na Igreja será realizado em Roma

A Faculdade de Comunicação Social Institucional da Pontifícia Universidade da Santa Cruz anunciou a realização do 8º Seminário Profissional dos Gabinetes de Comunicação da Igreja intitulado "Comunicação da Igreja: rostos, pessoas, histórias", que realizar-se-á em Roma de 16 a 18 abril de 2012.

O encontro tem como finalidade permitir aos profissionais da comunicação católica refletir e aprofundar sobre as distintas maneiras de apresentar a vitalidade da fé num mundo cada vez mais globalizado e no qual os órgãos de informação deverão adaptar-se cada vez melhor aos novos paradigmas da chamada "cultura digital".

Entre os apresentadores estão D. Luis Romera, Reitor da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, o Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, D. Claudio Maria Celli; Mark Riedemann, Diretor do CRTN (Alemanha); Mary Shovlain, produtora no canal católico EWTN.

Também participarão o diretor do interessante projeto britânico Catholic Voices, Jack Valero, que formou a um grupo de leigos para escrever na imprensa durante a visita do Papa ao Reino Unido; o jornalista Mario Calabresi, Diretor do diário La Stampa; assim como os diretores de comunicação de diversas arquidioceses europeias.

Por outra lado, o Prefeito do Tribunal Supremo da Assinatura Apostólica, Cardeal Raymond Burke falará sobre os casos legais polémicos.

Os participantes serão recebidos em audiência pelo 
Papa Bento XVI no dia 18 de abril pela manhã,  seguida de uma uma conversa com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé o Pe. Federico Lombardi.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

VEJA O PROGRAMA EM ITALIANO:

Jesus quis realmente fundar uma Igreja? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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“Tudo pode e deve levar-nos a Deus”

É urgente difundir a luz da doutrina de Cristo. Entesoura formação, enche-te de clareza de ideias, de plenitude da mensagem cristã, para poder depois transmiti-la aos outros. Não esperes umas iluminações de Deus, que não tem porque dá-las, já que dispões de meios humanos concretos: o estudo, o trabalho. (Forja, 841)

O cristão precisa de ter fome de saber. Desde o estudo dos saberes mais abstractos até à habilidade do artesão, tudo pode e deve conduzir a Deus. Efectivamente não há tarefa humana que não seja santificável, motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para colaborar com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve estar no fundo do vale, mas no cume da montanha para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.

Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Investigar assim é oração. Nunca saímos afinal do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar a nossa intimidade contínua com Ele, da manhã à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração e todo o trabalho que é oração é apostolado. Deste modo, a alma fortalece-se numa unidade de vida simples e forte.

Vimos a realidade da vocação cristã, ou seja, como o Senhor confiou em nós para levar as almas à santidade, para as aproximar d'Ele, para as unir à Igreja e estender o reino de Deus a todos os corações. O Senhor quer-nos entregues, fiéis, dedicados, com amor. Quer-nos santos, muito seus.. (Cristo que passa, 10–11)

São Josemaría Escrivá

18 Dez - 18h30 - Bênção das Grávidas na Basílica dos Mártires [Lisboa]

O Angelus do dia 11 de Dezembro de 2011 (versão original e integral)

Os Museus Capotilinos em Roma disponibilizam informação detalhada de cada obra no telemóvel / celular ‘smartphones’ dos visitantes (vídeos em espanhol e inglês)

Cavaco e a culpa da crise

A intelectualidade portuguesa cria por vezes certas frases, que ninguém sabe bem de onde vêm mas que se tornam certezas consensuais sem que se questione a veracidade. Ultimamente, várias luminárias põem um ar grave para assegurar ao público, como resultado de profunda investigação, que a origem da actual crise está nas decisões de Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro. Será que faz sentido?
A acusação é prova de um dos maiores vícios das nossas elites, a tendência para fulanizar os assuntos. Embora ostentem referências sociológicas e até marxistas, grande parte dos nossos comentadores não consegue resistir à tendência individualista de atribuir forças históricas a personagens particulares. Como pode um homem só, por poderoso que seja, ser culpado de um fenómeno desta dimensão? A evidente inanidade do raciocínio não desarma o opinador, até porque o paradoxo aumenta o picante da descoberta. Quanto mais improvável, mais profunda parece a análise.
O mesmo se diga do anacronismo. Será possível um consulado terminado em Outubro de 1995 ser responsável pela situação de 2011? O poder já passou por cinco primeiros-ministros, boa parte do partido opositor e dois deles por mais de seis anos. Por graves que fossem as malfeitorias praticadas em finais dos anos 1980 e inícios dos 90, houve mais que tempo para serem emendadas.
Mais curioso é ver os dados objectivos. A causa directa desta crise é financeira. Mas em 1995 a dívida externa bruta de Portugal era 55% do PIB, tendo subido entretanto para 220%. O défice da balança corrente e capitais era nulo (0,1% do PIB), começando só no ano seguinte a descida fatal que o trouxe até aos 10% em 2001, que nos arruínam desde então. Nas contas públicas, o desequilíbrio era alto, 6% do PIB, como costuma na nossa democracia, mas a dívida andava nos 54%, metade do que entretanto se acumulou. O buraco que nos entregou à troika é sem dúvida posterior a Cavaco.
A acusação decisiva, no entanto, não é financeira mas económica. O Governo do actual Presidente, diz-se, conseguia acertar as contas graças aos dinheiros de Bruxelas, mas entretanto arruinava a produção nacional. Toda a gente sabe que foi ele quem deu cabo da nossa agricultura, pescas e indústria, até com subsídios para não se produzir.
Por que razão teria seguido um plano tão sinistro e suicida? Aí os intelectuais são mais vagos, mas ouvem-se alusões a pressões europeias, a que o bom aluno cavaquista cedeu ingenuamente. Entretanto os milhares de empresários e trabalhadores desses sectores não contam senão como vítimas apáticas e inocentes da perversa maquinação política, enquanto o interesse que a Europa teria em nos arruinar permanece um mistério.
Tem graça que a indústria, supostamente destruída pelo cavaquismo, tenha crescido um total acumulado de 30% nesse consulado e mais 20% nos seis anos seguintes. Estagnou de 2001 a 2008 e foi só depois, na actual crise, que já caiu uns 10%. A agricultura manteve a produção na década cavaquista e para em seguida começar a cair, também 10% acumulados. Estes especialistas, que tanto lamentam os sectores fundamentais, nunca lá vão nem conhecem quem o faça. Os poucos que entendem essas actividades sabem que o estrangulamento está na falta de trabalhadores e capitais interessados. O País só quer trabalhar em escritórios, virou as costas às fábricas, quintas e navios, mas descarrega a consciência pesada numa mirabolante política antiprodutiva.
O consulado Cavaco Silva, com defeitos como todos, constitui o último período de crescimento saudável e o único da democracia portuguesa. Logo depois, o projecto euro embebedou empresas e Estado em crédito barato, causando o colapso financeiro de 2011 e a década perdida que o antecedeu. Uma acusação nominal para uma orientação geral é sempre injusta, mas a fazê-lo seria mais plausível acusar a tendência Guterres-Sócrates. Uma coisa, porém, é comum há décadas e permanece: uma intelectualidade displicente que nunca se esforça por fundamentar com rigor as teorias que impõe por inércia.

João César das Neves in DN online

A Historia de Nossa Senhora de Guadalupe (locução em português)

Relação com Deus

«O conhecimento de Deus postula vigilância interna, interiorização, coração aberto, que se torna pessoalmente consciente no silencioso recolhimento da sua imediatez com o Criador. Mas ao mesmo tempo é verdade que Deus não se abre ao seu isolado, que exclui o fechamento individualista. A relação com Deus está ligada à relação, à comunhão com os nossos irmãos e com as nossas irmãs»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

Saber perdoar

Cristo deu a Sua vida por ti e tu continuas a detestar aquele que é um servo como tu? Como podes avançar em direcção à mesa da paz? O teu Mestre não hesitou em suportar por ti todos os sofrimentos, e tu recusas-te a renunciar sequer à tua cólera? [...] «Aquele ofendeu-me com gravidade, dizes tu, foi tantas vezes injusto para comigo, chegou mesmo a ameaçar-me de morte!» O que é isto? Ele ainda não te crucificou, como os inimigos do Senhor O crucificaram.Se não perdoas as ofensas do teu próximo, o teu Pai que está nos céus também não te perdoará as tuas faltas (Mt 6, 15). O que te diz a tua consciência quando pronuncias estas palavras: «Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o Vosso nome» e o que se segue? Cristo não fez diferenças: Ele derramou o Seu sangue por aqueles que derramaram o Dele. Serias capaz de fazer algo semelhante? Quando te recusas a perdoar ao teu inimigo, é a ti que causas mal, não a ele [...]; o que tu preparas é o teu próprio castigo no dia do julgamento.

[...]Escuta o que diz o Senhor: «Quando fores apresentar a tua oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão e depois volta para apresentar a tua oferta». [...] Porque o Filho do homem veio ao mundo para reconciliar a humanidade com o Pai. Como diz São Paulo: «Agora Deus reconciliou consigo todas as coisas» (Col 1, 22); «pela cruz [...], levando em Si próprio a morte à inimizade» (Ef 2, 16).


(Homilia sobre a traição de Judas, 2, 6 - São João Crisóstomo)

Perdoar

Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo.

(Efésios 4, 31 – S. Paulo)


Saber perdoar é um dos maiores actos de humildade que podemos praticar e permito-me acreditar, que é também uns dos actos mais gratificantes para Jesus Cristo Deus Nosso Senhor, pois ao ver-nos praticá-lo, constata que os Seu sofrimento por nós na Cruz não foi em vão, saibamos pois ser dignos Dele e seguir os conselhos de S. Paulo.

JPR

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Ontem almocei em casa dos Guevara. Estando ali, sem fazer oração, dei comigo – como outras vezes – dizendo: “Inter medium montium pertransibunt aquae”. Creio que, nestes dias tenho tido outras vezes na minha boca essas palavras, porque sim, mas não lhes dei importância. Ontem disse-as com tanta força, que senti o desejo de as anotar: entendi-as”. Anos mais tarde, esclarecerá: “Eu recordo o consolo de uma alma que tinha de fazer algo que estava acima das forças do homem e ouviu dizer na intimidade do seu coração: Inter medium montium pertransibunt aquae; não te preocupes, as águas passarão através dos montes”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

"Devoção à Santíssima Virgem Maria" pelo Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr.

«Veio Jesus ter com João para ser baptizado por ele [...]. João opunha-se, dizendo: 'Eu é que tenho necessidade de ser baptizado por Ti!'» (Mt 3, 13-14)

«Muitos profetas e justos desejaram ver o que estais a ver, e não viram» (Mt 13, 17). Estas santas personagens, com efeito, cheios do Espírito de Deus para anunciar a vinda de Cristo, desejavam com ardor gozar da Sua presença sobre a terra, se assim fosse possível. Foi por essa razão que Deus adiou a partida de Simeão deste mundo; queria que ele pudesse contemplar, na pessoa de uma criança recém-nascida, Aquele por Quem o mundo foi criado (Lc 2, 25 ss.). [...] Simeão viu-O com feições de menino; João, ao contrário, viu-O quando Ele já ensinava e escolhia os Seus discípulos. Onde? Nas margens do rio Jordão. [...] 

É aí, neste baptismo de preparação que Lhe abria caminho, que encontramos um símbolo e uma aproximação do baptismo de Jesus Cristo: «preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3, 3). O próprio Senhor quis ser baptizado pelo Seu servo para fazer compreender a graça que recebem àqueles que recebem o baptismo em nome do Senhor. Foi aí que começou o Seu reino, como que a cumprir a profecia: «dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra» (Sl 72 (71), 8). Nas margens do rio onde o domínio de Cristo começa viu João o Salvador: viu-O, reconheceu-O e prestou-Lhe testemunho. João humilhou-se perante a grandeza divina a fim de merecer que a sua humildade fosse ressalvada pela mesma grandeza. Declara-se o amigo do esposo (Jo 3, 29). Que amigo? Aquele que caminha em pé de igualdade? Longe disso! Qual é a distância que ele guarda? Diz ele: «não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias» (Mc 1, 7).



Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (norte de África) e Doutor da Igreja 
Sermão 288

Aparições da Virgem de Guadalupe ocorreram há 480 anos (vídeos em espanhol e inglês)

Nossa Senhora de Guadalupe

Num sábado, no ano de 1531, a Virgem Santíssima apareceu a um indígena que, de seu lugarejo, caminhava para a cidade do México a fim de participar da catequese e da Santa Missa enquanto estava na colina de Tepeyac, perto da capital. Este índio convertido chamava-se Juan Diego (canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002).

Nossa Senhora disse então a Juan Diego para que fosse até o Bispo, pedindo que naquele lugar fosse construído um santuário para a honra e glória de Deus.

O Bispo local, usando de prudência, pediu um sinal da Virgem ao indígena que, somente na terceira aparição, foi concedido. Foi quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente: "Escute, meu filho, não há nada que temer, não fiques preocupado nem assustado; não temas esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a teu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Acaso não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que desejas mais do que isto? Não permitas que nada te aflija e te perturbe. Quanto à doença do teu tio, ela não é mortal. Eu te peço, acredita agora mesmo, porque ele já está curado. Filho querido, essas rosas são o sinal que irás levar ao Bispo. Diz-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Tu és meu embaixador e mereces a minha confiança. Quando chegares diante dele, desdobra a sua "tilma" (manto) e mostra-lhe o que carrega, porém, só na sua presença. Diz-lhe tudo o que viste e ouvistes, nada omitas..."

O Bispo viu não somente as rosas, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, pintada prodigiosamente no manto do humilde indígena. Ele levou o manto com a imagem da Virgem para a capela, e ali, em meio às lágrimas, pediu perdão a Nossa Senhora. Era o dia 12 de dezembro de 1531.

Uma linda confirmação deu-se quando Juan Diego visitou o tio, que sadio narrou:"Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou comigo. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac e que sua imagem seria chamada de 'Santa Maria de Guadalupe', embora não tenha explicado o porquê". Diante de tudo isto muitos se converteram e o Santuário foi construído.

O grande milagre de Nossa Senhora de Guadalupe é a sua própria imagem. O tecido, feito de cacto, não dura mais de 20 anos e este já dura há mais de quatro séculos e meio. Durante 16 anos, a tela esteve totalmente desprotegida, sendo que a imagem nunca foi retocada e até hoje os peritos em pintura e química não encontraram na tela nenhum sinal de corrupção.

No ano de 1971, alguns peritos inadvertidamente deixaram cair ácido nítrico sobre toda a pintura. Pois nem a força de um ácido tão corrosivo estragou ou manchou a imagem. Com a invenção e ampliação da fotografia descobriu-se que, assim como a figura das pessoas com as quais falamos se reflete em nossos olhos, da mesma forma a figura de Juan Diego, do Bispo e do intérprete refletiu-se e ficou gravada nos olhos do quadro de Nossa Senhora. Cientistas americanos chegaram à conclusão de que estas três figuras estampadas nos olhos de Nossa Senhora não são pintura, mas imagens gravadas nos olhos de uma pessoa viva.

Disse o Papa Bento XIV, em 1754: "Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros... uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja... Deus não agiu assim com nenhuma outra nação".

Coroada em 1875 durante o Pontificado de Leão XIII, Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada "Padroeira de toda a América" pelo Papa Pio XII a 12 de outubro de 1945.

No dia 27 de janeiro de 1979, durante sua viagem apostólica ao México, o Papa João Paulo II visitou o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e consagrou à Mãe Santíssima toda a América Latina, da qual a Virgem de Guadalupe é Padroeira.

Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!

(Fonte: ‘Canção Nova’ com adaptação de JPR)

«Porque não lhe destes crédito?»

Os profetas foram enviados com Moisés para curar Israel; mas cuidavam de Israel chorando, sem conseguirem dominar o mal, como disse um deles: «Ai de mim! Desapareceram da terra os justos» (Mq 7,1-2). [...] Grande era a ferida da humanidade; «desde a planta dos pés até ao alto da cabeça, não há nada de são em vós. Tudo são feridas, contusões, chagas vivas, que não foram curadas, nem ligadas, nem suavizadas com azeite» (Is 1,6). Os profetas, esgotados pelas lágrimas, diziam: «Quem dera que viesse de Sião a salvação de Israel!» (Sl 13,7) [...] E outro profeta suplicava nestes termos: «Senhor, abaixa os céus e desce» (Sl 143,5). As feridas da humanidade excedem os nossos remédios. «Derrubaram os Teus altares e assassinaram os Teus profetas.» (1R 19,10). A nossa miséria não pode ser curada por nós; é de Ti que necessitamos para nos reerguemos.


O Senhor satisfez a oração dos profetas. O Pai não desprezou a nossa raça mortificada; enviou do céu o Seu próprio Filho como médico. «O Senhor que procurais virá brevemente» disse um profeta. Onde? «No Seu santuário» (Ml 3,1), onde apedrejastes o Seu profeta (2Cr 24,21). [...] O próprio Deus disse ainda: «Eis que Eu venho para morar no meio de ti, e muitas nações se unirão ao Senhor» (Zc 2,14-15). [...] Agora venho reunir todos os povos de todas as línguas, porque «veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam» (Jo 1,11).


Vens; e que dás Tu às nações? «Eu virei para reunir os povos e colocarei no meio deles um sinal» (Is 66,18-19). Com efeito, na sequência do Meu combate na cruz, cada um dos Meus soldados levará sobre a fronte o selo real (Ap 7,3). E outro profeta disse: «Inclinou os céus e desceu, com densas nuvens debaixo dos Seus pés». (Sl 17,10). Mas a Sua descida dos céus permaneceu desconhecida dos homens.


São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja
Catequese baptismal 12, 6-8


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 12 de Dezembro de 2011

Tendo ido ao templo, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo aproximaram-se d'Ele, quando estava a ensinar, e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes estas coisas? E quem Te deu tal direito?». Jesus respondeu-lhes: «Também Eu vos farei uma pergunta; se Me responderdes, Eu vos direi com que direito faço estas coisas. Donde era o baptismo de João? Do céu ou dos homens?». Mas eles reflectiam consigo: «Se Lhe dissermos que é do céu, Ele dirá: “Então porque não crestes nele?”. Se Lhe dissermos que é dos homens, tememos o povo» ; porque todos tinham João como um profeta. Portanto, responderam a Jesus: «Não sabemos». Ele disse-lhes também: «Pois  então nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas».


Mt 21, 23-27