Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mitsuko Uchida interpreta o concerto para piano de Mozart #20

“Fazendo com amor as pequenas coisas”

De longe – além, no horizonte – parece que o céu se une à terra. Não te esqueças de que, na realidade, onde a Terra e o Céu se unem é no teu coração de filho de Deus. (Sulco, 309)

Esta doutrina da Sagrada Escritura, que se encontra, como sabeis, no próprio cerne do espírito do Opus Dei, há-de levar-vos a realizar o vosso trabalho com perfeição, a amar a Deus e os homens fazendo com amor as pequenas coisas da vossa jornada habitual, descobrindo esse quê divino que está encerrado nos pormenores. Que bem se enquadram aqui aqueles versos do poeta de Castela: Devagar, e boa letra;/que fazer as coisas bem/ importa mais que fazê-las

Asseguro-vos, meus filhos, que, quando um cristão realiza com amor a mais intranscendente das acções diárias, ela transborda da transcendência de Deus. Por isso vos tenho repetido, com insistente martelar, que a vocação cristã consiste em fazer poesia heróica da prosa de cada dia. Na linha do horizonte, meus filhos, parecem unir-se o céu e a terra. Mas não; onde se juntam deveras é nos vossos corações, quando viveis santamente a vida de cada dia... (Temas Actuais do Cristianismo, 116)

São Josemaría Escrivá

Murdoch está a ser vítima do monstro que criou

Agora que toda a gente faz pontaria contra Rupert Murdoch, convém não esquecer que o problema da imprensa sensacionalista não é só de métodos, mas também de conteúdos.

O problema da imprensa sensacionalista não reside apenas nos procedimentos mas nos conteúdos: é impossível cozinhar lixo cordon bleu. 


Rupert Murdoch converteu-se em "carne para canhão". Estupefacta e escandalizada, a aldeia global segue com curiosidade mórbida o reality show do magnata. Murdoch está a provar do seu remédio ou, dito de outro modo, está a ser vítima do monstro que criou. E é provável que em tais momentos, já no final da vida, se sinta como William Randolph Hearst, que Orson Welles levou ao grande ecrã sob a máscara de Charles Foster Kane.
Ninguém acredita que o empresário australiano desconhecesse que no News of the World se usavam métodos vergonhosos e reprováveis, tendo-se chegado ao extremo de espiar as mensagens do telemóvel de Milly Dowler, a jovem sequestrada e posteriormente assassinada. Não há proprietário dos media que não esteja a par dos sistemas usados pelos trabalhadores do seu jornal, e mais ainda se estes precisam de gastar quantias significativas em contratação de detectives, escutas utilizando tecnologias sofisticadas, etc. De pouco valeu a Murdoch reconhecer os danos causados pelo ex-director Andy Coulson a quatro mil pessoas espiadas, entre gente anónima e personalidades públicas, e encerrar o semanário. A polémica está servida, pondo em xeque toda a imprensa sensacionalista, e exige apuramento de responsabilidades.
Estaremos a bater no fundo?
A reacção que a notícia gerou na opinião pública é no entanto surpreendente. Semana após semana, os media do mundo inteiro publicam notícias, análises e colunas de opinião sobre este "género", se assim se pode chamar: sobre os métodos usados e as consequências que têm sobre as vítimas e os destinatários. Os mais optimistas vêem nisto indícios de que o sensacionalismo bate no fundo e os leitores e as audiências estão cansados da "programação-lixo" e reagem quando é em demasia. Para outros, o público, ao ser tratado como massa, é manipulável, tanto para o mal como para o bem, e responde com submissão às indicações do regente da orquestra. Dantes aplaudiam, agora assobiam.
Não nos enganemos. As revelações do jornal The Guardian estão mais relacionadas com o medo ao império mediático que com a preocupação pela ética jornalística, o mesmo se passando com as reacções políticas no Parlamento. Como diz Soledad Gallego-Díaz no El País, "a desagradável realidade é que, por muito que digam estar escandalizados, os sucessivos governos britânicos, tanto conservadores como trabalhistas, se entenderam às mil maravilhas com o império Murdoch e nunca se importaram por ele ser em boa parte sensacionalista, coisa considerada quase respeitável; o que os preocupou foi ele ter descambado num verdadeiro jornalismo de pocilga".
O uso de tácticas ilícitas e mesmo criminosas na obtenção de informação trouxe ao magnata proveitos chorudos . Murdoch domina 40% da imprensa britânica, é proprietário de muitos media nos EUA e na Austrália e estava prestes a adquirir 100% da BSkyB, a principal plataforma de televisão paga no Reino Unido, na qual já detinha uma quota de 39%. O seu grupo inclui também diários sérios e respeitados (The Wall Street Journal, The Times), que não são no entanto os que mais lhe alimentam o cômputo dos resultados.
Os tablóides de Murdoch não são os únicos atacados por este cancro na Grã-Bretanha. O mal da imprensa anglo-saxónica é mais extenso e profundo, mesmo que agora se revele em toda a sua crueza e provoque repúdio o que antes se aceitava com mórbido prazer.
Dever-se-á agradecer à opinião pública por exigir responsabilidades à imprensa, à polícia e aos políticos, coisa impensável em países mediterrânicos. A saúde de uma democracia mede-se pela eficácia dos seus instrumentos, pela capacidade de perseguir e castigar a corrupção e por uma sociedade civil que repudia a mentira.

“Dentro de Caravaggio” documentário de Vittorio Storaro (vídeos em espanhol e inglês)

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

S. Josemaría nesta data em 1940

Encontra-se em León pregando um retiro a sacerdotes. Daí, escreve uma carta aos fiéis do Opus Dei que estão em Madrid: “Tenho, neste retiro, cento e vinte sacerdotes. Muito trabalho, como são admiráveis, mal se nota o cansaço”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Te Deum Laudamus

Carta ao Santo Cura de Ars no seu 150º Aniversário em 2009 de Fernando Sena Esteves

Meu Caro João Maria Vianney

Muitos parabéns pelo 150º aniversário do teu falecimento, em 4 de Agosto de 1859. Não é costume felicitar ninguém pela sua morte, mas a morte dos santos é uma festa, como bem sabes, quando nesse dia te encontraste com o teu Senhor a quem servistes tão fielmente durante os teus 73 anos de vida. E fizeram festa todos os santos, como aqueles que no Céu te aguardavam depois de os teres ajudado, nesta vida, a encontrar o caminho, do qual muitos andavam afastados.

Nasceste numa família do campo em Dardilly, perto de Lião, tendo vivido os tempos da Revolução Francesa e os da ascensão e queda de Napoleão. Eras criancita de escassos anos quando teus pais albergavam padres que se tinham recusado a prestar o juramento a que os queriam obrigar a constituição civil, com risco de morte, e muitos fiéis que se queriam manter ligados à Igreja tinham de frequentar missas clandestinas, como foi aquela em que recebeste a primeira comunhão. 

Foste crescendo, a situação da Igreja apaziguou-se com a concordata de Pio VII com Napoleão e surgiu-te a vocação ao sacerdócio, mas foi um tormento tê-lo conseguido, pois não tinhas grande jeito para os estudos, e então o Latim era um tormento. Até que te deixaram estudar por textos em Francês, e com a ajuda de um bom pároco, lá conseguiste que te ordenassem aos 28 anos, e em 1818 confiaram-te a aldeia de Ars, a Norte de Lião.

Era uma terra de uns 250 habitantes, em que aos Domingos havia bailes e bebedeiras, mas na igreja escassas mulheres e crianças apareciam. Arregaçaste as mangas e aos poucos tudo mudou. Começaste por devolver à condessa de Garets que vivia no castelo, uns móveis que tinha oferecido e ficaste com o mínimo de mobília, incluindo uma cama bem dura. Depois foram as escassas dietas, que incluíam uma panela de batatas cozidas que comias com pouco mais dias a fio, as esmolas, roupas e sapatos que davas aos pobres, as visitas aos paroquianos, a catequese às crianças e as homilias em que apelavas a uma vida melhor e à fuga dos maus costumes. Uma das tuas lutas eram os bailes e nem o castelo escapou às tuas críticas quando se soube que se lá se preparava um baile... que a boa castelã veio a cancelar.

Era patente o contraste entre a tua vida austera e o carinho com que tratavas das coisas do culto: para o Senhor, tudo te parecia pouco e era quase um milagre como conseguias para tal fim coisas bem ricas e, espantosamente, de um bom gosto que não era de esperar de um homem criado no campo. E depois a tua dedicação ao confessionário, onde chegavas a passar 18 horas por dia e a atender mais de 200 pessoas, que vinham de toda a França e de todas as categorias sociais e que, mesmo assim, passavam dias em Ars e nas redondezas à espera. E também não faltavam milagres que iam sucedendo, e que tu, modestamente, atribuías a Santa Filomena. Ainda tiveste maneira de organizar uma escola e um orfanato para meninas, a que deste o nome de “Providência”, e que era o teu enlevo.

Não admira que no teu falecimento 100.000 chorassem a tua morte em Ars – como o teu Senhor também chorou a morte do seu amigo Lázaro, em Betânia – e que Pio XI te canonizasse em 1925 e te declarasse depois padroeiro de todos os párocos do mundo. Ou que Bento XVI, comemorando os 150 anos do teu falecimento, tenha estabelecido um “Ano Sacerdotal”, tendo citado uma das tuas famosas saídas: “O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus”. Bem sabes como tanto precisamos de mais e de bons sacerdotes, e vê lá se dás um jeito, está bem?

Fernando Sena Esteves

Seguir o exemplo do Santo Cura d'Ars

“Os sacerdotes são um grande dom para a Igreja e para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a tornar-se presente e a santificar. Como o Santo Cura d’Ars, sejam generosos na distribuição dos tesouros da graça que Deus colocou em nossas mãos.»


Bento XVI - Audiência Geral do dia 5 de Maio de 2010

S. João Maria Vianney, Santo Cura d’Ars

Conhecido também como Cura d’Ars, S. João Maria Vianney nasceu em Dardilly, na França, em 1786. Era um camponês de mente rude e, segundo contam, tinha poucos dotes pessoais. Teve que se esconder por algum tempo por haver desertado do exército napoleónico na marcha para a Espanha. Nem sequer soube a gravidade desse acto, que se deveu ao facto de não ter conseguido acertar o passo com o seu batalhão.


Os seus mestres de seminário ficavam muito desanimados com o seu péssimo desempenho mental. Mas devido ao modelo de piedade que era, o Vigário geral resolveu aprová-lo e deixar que a providência se encarregasse do resto.


Em 1815, deram-lhe as ordens sagradas. Porém havia uma condição: não poderia confessar, por julgarem-no incapaz de guiar as consciências.


Após um ano de aprendizagem com o abade Balley, em Ecculy, foi para Ars, primeiramente com o título de vigário capelão e depois veio a ser vigário ou cura.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)


Nota: São João Maria Vianney foi um exemplar pároco e confessor e foi erigido em 2010 pelo Santo Padre como Padroeiro dos Sacerdotes.

«Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja; e as portas do abismo nada poderão contra ela.»

Outrora, era uma fonte de perplexidade para quem crê, como lemos nos salmos e nos profetas, ver que os maus tinham êxito onde os servos de Deus pareciam fracassar. E o mesmo se passa ao tempo do Evangelho. E no entanto a Igreja possui este privilégio especial, que mais nenhuma outra religião tem, de saber que, tendo sido fundada aquando de primeira vinda de Cristo, não desaparecerá antes do Seu regresso.

Contudo, em cada geração, parece que sucumbe e que os seus inimigos triunfam. O combate entre a Igreja e o mundo tem isto de particular: parece sempre que o mundo a vence, mas é Ela que de facto ganha. Os seus inimigos triunfam constantemente, dizendo-a vencida; os seus membros perdem frequentemente a esperança. Mas a Igreja permanece. [...] Os reinos fundam-se e desmoronam; as nações espraiam-se e desaparecem; as dinastias começam e terminam; os príncipes nascem e morrem; as coligações, os partidos, as ligas, os ofícios, as corporações, as instituições, as filosofias, as seitas e as heresias fazem-se e desfazem-se. Elas têm o seu tempo, mais a Igreja é eterna. E contudo, no seu tempo, elas parecerem ter uma grande importância. [...]

Neste momento, muitas coisas põem a nossa fé à prova. Não vemos o futuro; não vemos que o que parece agora ter êxito não durará muito tempo. Hoje, vemos filosofias, seitas e clãs alastrarem, florescentes. A Igreja parece pobre e impotente. [...] Peçamos a Deus que nos instrua: temos necessidade de ser ensinados por Ele, estamos cegos. Quando as palavras de Cristo puseram os apóstolos à prova, eles pediram-Lhe: «Aumenta a nossa fé» (Lc 17.5). Procuremo-Lo com sinceridade: nós não nos conhecemos; temos necessidade da Sua graça. Qualquer que seja a perplexidade a que o mundo nos induza [...], procuremo-Lo com um espírito puro e sincero. Peçamos humildemente que nos mostre o que não compreendemos, que suavize o nosso coração quando ele se obstina, que nos dê a graça de O amarmos e de Lhe obedecermos fielmente na nossa procura.

Beato John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermões sobre os temas do dia, nº 6, «Fé e Experiência», 2.4

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Do Evangelho de hoje

E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus, e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus». (Mt 16, 18-19)
Leitura completa - Mt 16, 13-23