Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 2 de março de 2011

«Jesus de Nazaré»: Verdade deve determinar a acção política

Bento XVI alerta para o «domínio do pragmatismo» e pede redescoberta da verdade sobre o homem, para lá do «código genético»

Bento XVI afirma no novo volume da sua obra sobre «Jesus de Nazaré» que a política deve assumir a verdade como “categoria para a sua estrutura”, evitando a “mentira ideológica”.

“Não deve porventura haver critérios comuns que garantam verdadeiramente a justiça para todos, critérios esses subtraídos à arbitrariedade das opiniões mutáveis e à concentração do poder?”, questiona o Papa numa passagem da obra que a Agência ECCLESIA divulga hoje.

Partindo do relato que o Evangelho de São João faz do diálogo entre Jesus e o governador romano Pôncio Pilatos, Bento XVI coloca em confronto os termos “poder” e “verdade”, perguntando se a última pode ser “uma categoria política”.

“O domínio requer um poder; melhor, define-o. Jesus, pelo contrário, qualifica como essência da sua realeza o testemunho da verdade”, diz o Papa.

No capítulo dedicado ao «processo de Jesus», Bento XVI dedica uma longa reflexão à pergunta de Pilatos: «Que é a verdade?».

“Esta pergunta do pragmático, colocada superficialmente e com um certo cepticismo, é uma pergunta muito séria, na qual está efectivamente em jogo o destino da humanidade”, defende.

Para o Papa, “no mundo, verdade e opinião errada, verdade e mentira estão continuamente misturadas e são quase indissociáveis.

“A Verdade, em todas as suas grandeza e pureza, não aparece”, lamenta.

Bento XVI alerta para o “domínio do pragmatismo”, que “faz com que o poder dos fortes se torne o deus deste mundo”.

“Não é verdade que as grandes ditaduras existiram em virtude da mentira ideológica e que só a verdade pôde trazer a libertação?”, pergunta.

O Papa admite que um responsável político questione se “ deve deixar a verdade, enquanto dimensão inacessível, à subjectividade e, pelo contrário, esforçar-se por conseguir estabelecer a paz e a justiça com os instrumentos disponíveis no âmbito do poder”.

“Dado ser impossível um consenso sobre a verdade”, acrescenta, outros podem pensar que “a política, apostando nela”, se tornará “instrumento de certas tradições que, na realidade, não passam de formas de conservação do poder”.

Segundo Bento XVI, não foi apenas Pilatos quem pôs de parte a questão da verdade “como insolúvel e, para a sua função, impraticável”.

“Ainda hoje, tanto na política existente como na discussão acerca da formação do direito, a maioria sente aversão por ela”, precisa.

O Papa alude a uma “verdade funcional acerca do homem” que não revela “a verdade sobre ele mesmo - o que é, donde vem, para que existe, que é o bem ou o mal”.

Bento XVI cita Francis S. Collins, que dirigiu o «Projecto Genoma Humano», quando este afirmou que “a linguagem de Deus foi decifrada”.

“Sim, na grandiosa matemática da criação, que hoje podemos ler no código genético do homem, percebemos verdadeiramente a linguagem de Deus; mas não a linguagem inteira, infelizmente”, observa.

“Sem a verdade, o homem não se encontra a si mesmo; no fim de contas, abandona o campo aos mais fortes”, escreve ainda.

Nesse sentido, indica o texto de Joseph Ratzinger, “«Dar testemunho da verdade» significa pôr em realce Deus e a sua vontade face aos interesses do mundo e às suas potências”.

Em Jesus, prossegue, há uma “realeza da Verdade” e a “instauração desta realeza como verdadeira libertação do homem é o que interessa”.

A segunda parte de «Jesus de Nazaré» é lançada a 10 de Março, no Vaticano, em conferência de imprensa, com a presença do cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os bispos, e de Claudio Magris, escritor e germanista.

OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)



Veja vídeos em espanhol e inglês sobre o lançamento desta obra clicando abaixo.


Boa noite!

Pede ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, e à tua Mãe, que te façam conhecer-te e chorar por esse montão de coisas sujas que passaram por ti, deixando – ai! – tanto depósito... E ao mesmo tempo, sem quereres afastar-te dessa consideração, diz-lhe: – Dá-me, Jesus, um Amor como fogueira de purificação, onde a minha pobre carne, o meu pobre coração, a minha pobre alma, o meu pobre corpo se consumam, limpando-se de todas as misérias terrenas... E, já vazio de todo o meu eu, enche-o de Ti: que não me apegue a nada daqui de baixo; que sempre me sustente o Amor.

(São Josemaría Escrivá - Forja, 41)

O Senhor ouve-nos para intervir, para Se meter na nossa vida, para nos livrar do mal e encher-nos de bem: eripiam eum et glorificabo eum, Eu o livrarei e o glorificarei, diz do homem. Portanto: esperança do Céu. E aqui temos, como doutras vezes, o começo desse movimento interior que é a vida espiritual. A esperança da glorificação acentua a nossa fé e estimula a nossa caridade. E, deste modo, as três virtudes teologais – virtudes divinas que nos assemelham ao nosso Pai, Deus – põem-se em movimento. (...)

Não é possível deixar-se ficar imóvel. É necessário avançar para a meta que S. Paulo apontava: não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim. A ambição é alta e nobilíssima: a identificação com Cristo, a santidade. Mas não há outro caminho, se se deseja ser coerente com a vida divina que, pelo Baptismo, Deus fez nascer nas nossas almas. O avanço é o progresso na santidade; o retrocesso é negar-se ao desenvolvimento normal da vida cristã. Porque o fogo do amor de Deus precisa de ser alimentado, de aumentar todos os dias arreigando-se na alma; e o fogo mantém-se vivo queimando novas coisas. Por isso, se não aumenta, está a caminho de se extinguir.

(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 57–58)

«Jesus de Nazaré»: Traição continua na história da Igreja, diz Bento XVI

Papa analisa figura de Judas e alerta para o «poder das trevas»

O novo livro de Bento XVI, «Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição», classifica o discípulo Judas como um “traidor”, afirmando que essa traição continua na história da Igreja.

“Com a traição de Judas, não terminou o sofrimento pela deslealdade”, escreve o Papa, para quem “a ruptura da amizade chega mesmo à comunidade sacramental da Igreja, onde há sempre de novo pessoas que partilham «o seu pão»” e atraiçoam Jesus.

Numa passagem deste segundo volume da obra de Joseph Ratzinger, que a Agência ECCLESIA divulga hoje, o actual Papa fala no «mistério do traidor» que antecedeu a morte de Cristo.

“Naquela hora, Jesus carregou a traição de todos os tempos, o sofrimento que deriva de ser atraiçoado em cada tempo, suportando assim até ao fundo a miséria da história”, observa.

“Quem rompe a amizade com Jesus, quem se recusa a carregar o seu «jugo suave» não chega à liberdade, não se torna livre, antes pelo contrário torna-se escravo de outras potências; ou mesmo: o facto de atraiçoar essa amizade já resulta da intervenção de outro poder, ao qual se abriu”, sublinha.

Partindo do Evangelho segundo João, Bento XVI diz que o “anúncio da traição suscita, compreensivelmente, agitação e, ao mesmo tempo, curiosidade entre os discípulos”, reunidos para a “Última Ceia”.

A intervenção de Jesus, diz o Papa, segue o seu “estilo característico”: “Com palavras da Escritura, alude ao seu destino, inserindo-o ao mesmo tempo na lógica de Deus, na lógica da história da salvação”.

“Jesus tem de experimentar a incompreensão, a infidelidade até no âmbito do círculo mais íntimo dos amigos e assim «cumprir a Escritura»”, acrescenta.

Neste ponto, Bento XVI centra a sua atenção em Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, o qual, segundo os Evangelhos, traiu Jesus a troco de dinheiro, denunciando-o às autoridades judaicas.

“João não nos oferece nenhuma interpretação psicológica do comportamento de Judas; o único ponto de referência que nos dá é a alusão ao facto de que Judas, como tesoureiro do grupo dos discípulos, teria roubado o seu dinheiro”, refere o Papa.

Para o evangelista João, diz Bento XVI, “aquilo que aconteceu a Judas já não é explicável psicologicamente”.

O Papa cita outras passagens dos Evangelhos para indicar o discípulo se arrependeu do seu comportamento, mas voltou a errar por não “conseguir acreditar num perdão”.

Várias teorias sobre a acção deste discípulo têm surgido, ao longo da história, procurando ilibá-lo do seu comportamento ou mesmo inserir o seu gesto de traição no «plano» de Jesus.

Joseph Ratzinger opta por sublinhar as opções tomadas pelo discípulo e frisa a carga simbólica que teve a saída da sala onde decorria a ceia, observando que Judas “vai para fora num sentido mais profundo: entra na noite, vai-se embora da luz para a escuridão”.

“O «poder das trevas» apoderou-se dele”, conclui.

Em 2006, no Vaticano, o Papa falara da traição de Judas, afirmando que para este “só o poder e o sucesso são realidades, o amor não conta”.

A segunda parte da obra «Jesus de Nazaré» é lançada no Vaticano, a 10 de Março, e vai ser apresentada em várias dioceses de Portugal, a partir de dia 11.

O primeiro volume tinha sido publicado em 2007 e era dedicado à vida de Cristo (desde o Baptismo à Transfiguração) e uma terceira parte está a ser escrita por Bento XVI.

OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Leia as páginas do livro relativas a este tema clicando no link abaixo.


Evgeni Bozhanov Waltz Aflat Major op.42 Chopin

11 Março - 18h30 - Apresentado o II volume do Livro de Bento XVI "Jesus de Nazaré"

Em mais uma demonstração da sua humildade Bento XVI em «Jesus de Nazaré» (II) reformula posição sobre data da «Última Ceia»

Papa coloca de lado a hipótese de um calendário comum aos ascetas de Qumran

Bento XVI reformulou a sua posição sobre a data da “Última Ceia”, no novo volume da obra «Jesus de Nazaré», colocando de lado a hipótese de ter sido usado um calendário comum aos ascetas de Qumran.

Numa passagem deste segundo volume, que a Agência ECCLESIA divulga hoje, o actual Papa aborda a contradição entre os relatos do Evangelho de João e o dos chamados sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas) quanto ao momento em que teve lugar esta ceia.

Bento XVI destaca as “tentativas para conciliar as duas cronologias”, em particular o trabalho da estudiosa francesa Annie Jaubert, que tem vindo a desenvolver a sua tese, desde 1953, numa série de publicações.

Jaubert considera que Jesus celebrou a Páscoa segundo um calendário sacerdotal, diferente do das autoridades judaicas.

Bento XVI considera ser “pouco verosímil o uso, por parte de Jesus, de um calendário difundido principalmente em Qumran”, local da Palestina, na margem noroeste do Mar Morto, em que viveu uma comunidade de ascetas judeus.

“Não negaria a esta tese qualquer probabilidade, mas, tendo em consideração os seus problemas, penso que não é pura e simplesmente possível acolhê-la”, assinala.

Em 2007, falando no Vaticano, o Papa tinha afirmado que Jesus “celebrou a Páscoa com os seus discípulos, provavelmente, segundo o calendário de Qumran, portanto, pelo menos um dia antes" do que é narrado nos Evangelho sinópticos.

Bento XVI assinala agora a “multiplicidade e a complexidade do mundo judaico no tempo de Jesus: um mundo que, não obstante o considerável aumento dos nossos conhecimentos das fontes, podemos reconstituir apenas de modo insuficiente”.

No seu novo livro, Bento XVI escreve que a cronologia sinóptica (do grego «visto conjunta¬men¬te», expressão que sublinha a semelhança entre os textos) está “comprometida” pelo facto de situarem o processo e a crucifixão de Jesus “na festa da Páscoa”, muito importante para os judeus.

No relato de São João, pelo contrário, “processo e crucifixão têm lugar no dia antes da Páscoa, na parasceve, a «preparação», e não na própria festa”.

João, precisa Joseph Ratzinger, “tem o cuidado de não apresentar a Última Ceia como ceia pascal”.

O Papa segue o trabalho do exegeta católico John P. Meier, padre dos EUA, para quem “é preciso escolher entre a cronologia sinóptica e a joanina”, afirmando que a decisão “deve ser favorável a João”.

Meier é autor da obra «Um Judeu Marginal: Repensar o Jesus da História», publicada desde 1991, em quatro volumes e cerca de 3000 páginas.

Bento XVI cita o autor, escrevendo que Jesus “convidou os seus para uma Última Ceia de carácter muito particular, uma Ceia que não pertencia a nenhum rito judaico determinado, mas era a sua despedida, na qual Ele deu algo novo, isto é, Se deu a Si mesmo como o verdadeiro Cordeiro, instituindo assim a sua Páscoa”.

O novo livro fala também do sentido da ceia de Jesus e os seus discípulos, em relação com a tradição pascal judaica.

“Mesmo se esta refeição de Jesus com os Doze não foi uma ceia pascal segundo as prescrições rituais do judaísmo, num olhar retrospectivo tornou-se evidente, com a morte e a ressurreição de Jesus, o significado intrínseco do todo: era a Páscoa de Jesus”, pode ler-se.

«Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição» é lançado no Vaticano, a 10 de Março, e vai ser apresentado em várias dioceses de Portugal, a partir de dia 11.

OC

(Fonte: site Agência Ecclesia)

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Assassinado o ministro paquistanês para as minorias: promovia o diálogo entre as religiões e era católico



O ministro paquistanês para as Minorias, Shahbaz Bhatti, um reformista no seio do Governo, foi hoje assassinado a tiro por um grupo de homens armados em Islamabad.Bhatti – de 42 anos e o único cristão no Executivo paquistanês – acabara de sair de casa, quando o carro em que seguia, numa zona residencial de Islamabad, foi violentamente baleado por quatro homens que prontamente fugiram do local. O ministro foi declarado morto já no hospital de Shifa, foi confirmado por fontes médicas e policiais.

O ministro recebera várias ameaças de morte por defender a reforma das leis de blasfémia no Paquistão, segundo as quais o insulto ao Islão incorre na pena de morte e que muitos dos seus críticos apontam como sendo usada para perseguir as minorias religiosas no país. Ainda em Janeiro passado, o então governador da influente província de Punjab Salman Taseer – outro importante defensor do fim da lei da blasfémia – foi assassinado, este por um dos seus guarda-costas.

Este ataque a Bhatti não foi ainda reivindicado por nenhum grupo, mas no local onde o ministro foi assassinado a polícia encontrou panfletos, supostamente feitos pelo Tehrik-i-Taliban Punjab, um grupo dos taliban paquistaneses com ligação à Al-Qaeda, em que é dado um aviso de morto a todos quantos criticam a lei da blasfémia.

Para a Santa Sé é mais um atentado à liberdade religiosa. “O assassinato de Shabbaz Bhatti demonstra como têm sido acertadas as sucessivas intervenções do Papa, a propósito da violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral” declarou o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé.

“À oração pela vítima, à condenação de tão inqualificável acto de violência, se une um lamento para que todos se dêem conta da urgência da defesa da liberdade religiosa” realçou o Padre Lombardi, que reforçou ainda a proximidade do Vaticano com todos os cristãos paquistaneses.

Recordamos que Shabbaz Bhatti, de 42 anos, foi o primeiro católico a ocupar um cargo político desta relevância, no Paquistão, uma nação maioritariamente muçulmana.

Grande defensor de um compromisso em favor da convivência pacífica, entre as comunidades religiosas do seu país, ficou célebre por se opor à “lei da blasfémia”, decreto presente no Código Penal paquistanês, e que prevê a pena de morte para actos que enxovalhem o profeta Maomé.

(Fonte: site Rádio Vaticano)

Fazer tudo por amor, num tempo que procura a liberdade mesmo com a violência : Bento XVI durante a audiência geral


(vídeo em inglês)

Num tempo como o nosso que procura a liberdade, mesmo com a violência e a inquietação o Papa Bento XVI relançou nesta quarta feira, durante a audiência geral, a actualidade de S. Francisco de Sales, um grande mestre de espiritualidade e de paz que viveu entre os séculos XVI e XVII e que entrega aos seus discípulos o espírito de liberdade, aquela verdadeira, no centro de um ensinamento fascinante e completo sobre a realidade do amor. S. Francisco de Sales – concluiu o Papa é uma testemunha exemplar do humanismo cristão; com o seu estilo familiar, com parábolas que ás vezes atingem a poesia, recorda que o homem traz escrito no profundo de si mesmo a saudade de Deus e que somente n’Ele encontra a verdadeira alegria e a mais plena realização.

Estas as palavras de Bento XVI falando em português:

Queridos irmãos e irmãs,
São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja, é uma testemunha exemplar do humanismo cristão, cujos ensinamentos influenciaram muitos caminhos espirituais e pedagógicos do nosso tempo. Nascido em 1567, passou na juventude por uma crise espiritual que o levou a interrogar-se sobre a própria salvação eterna. Somente encontrou a paz na contemplação da realidade radical e libertadora do amor de Deus: amar-Lhe sem pedir nada em troca e confiar no amor divino. Tal foi o segredo da sua vida. Esta se caracterizou por um incansável apostolado, pela pregação, escritos e, sobretudo, pela sua direcção de almas, dentre as quais se destaca Santa Joana Francisca de Chantal, fundadora com ele da Ordem da Visitação. Suas principais obras são “Introdução à vida devota” e “Tratado do Amor de Deus”. Nelas o nosso Santo dirige a todas as pessoas o convite a serem completamente de Deus, mesmo vivendo no meio do mundo, pelo amoroso cumprimento dos deveres do próprio estado de vida: trata-se daquela consagração das coisas temporais e santificação do quotidiano que, quatro séculos mais tarde, afirmaria insistentemente o Concílio Vaticano II.

* * *
Queridos amigos vindos dos países de língua portuguesa, sede bem-vindos! São Francisco de Sales lembra que cada ser humano traz inscrita no íntimo de si a nostalgia de Deus. Possais todos dar-vos conta dela e por ela orientar as vossas vidas, pois só em Deus encontrareis a verdadeira alegria e a realização plena. Para tal, dou-vos a minha bênção. Ide em paz!

(Fonte: site Rádio Vaticano)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1952





“A tradição cristã descreve os Anjos da Guarda como grandes amigos, colocados por Deus junto de cada homem para o acompanharem nos seus caminhos. E por isso estimula-nos a ganhar intimidade com eles e a recorrer a eles”, diz àqueles que o escutam nesta mesma data.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Médico derruba o mito: A eutanásia não é um pedido dos doentes terminais

Em todos os anos que leva trabalhando com doentes terminais, o médico Jordi Valls - um dos mais destacados peritos espanhóis em cuidados paliativos - nunca recebeu um único pedido de eutanásia.

Numa entrevista concedida ao jornal ABC, Valls relata os desafios de enfrentar diariamente a morte de seus pacientes, todos doentes terminais, da Fundação Instituto São José, dos Irmãos de São João de Deus, onde dirige a equipe de atenção psicossocial para doentes avançados da Obra Social de La Caixa, que já atendeu onze mil pacientes.

Para Valls a eutanásia não é, "de nenhuma forma", um pedido frequente. "Trabalhei durante anos em atenção directa a pacientes terminais, e ninguém jamais me pediu a eutanásia. Costuma-se se dizer que o melhor tratamento contra a eutanásia é um bom cuidado paliativo, pois a maioria dos que dizem 'eu não quero viver' resulta que estão dizendo na verdade: 'eu não quero viver neste estado, e assim que se trata o ‘neste’, habitualmente já se não repete o 'não quero viver'. É preciso ser sensíveis, caridosos, e atender desde o lado mais humanista da medicina", afirma.

O médico sustenta que sua Unidade de Cuidados Paliativos não é um lugar triste. "Ninguém nesta casa nem em nenhum outro centro recebe mais recompensa e cuidados que aqueles que trabalham nela. As pessoas (tanto o doente como seus familiares) sentem-se agradecidas porque os escutam, os acompanham e tornam mais agradável o processo da morte", revela o doutor.

Valls considera que "é injusto morrer sem saber que está morrendo, porque talvez há muitas coisas a serem resolvidas. Cada um gosta de encerrar seus assuntos, e situar a pessoa nesta esfera de realidade pode acrescentar paz à sua morte. Caso, por exemplo, tenha uma irmã com quem não fala há anos e sabe que está morrendo, pois certamente o melhor tratamento que a ser aplicado é ligar para sua irmã, fazer as pazes e ficar tranquilo. Nos cuidados paliativos aprende-se que às vezes o melhor tratamento da dor não é a morfina".

Além disso, recorda que "não só é preciso cuidar dos que vão morrer, mas também prestar atenção aos quem sobrevivem. Essa é uma carência que possivelmente os hospitais têm, onde se faz um trabalho de cuidados físicos muito bom, mas muitas vezes nem as necessidades sociais nem as psicológicas estão atendidas. E muito menos as espirituais, sejam de tipo religioso ou não".

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

A saúde mental dos portugueses

Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.

Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos.

Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos.

Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público.

Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso - Médico psiquiatra

(in ‘Público’ 21-06-2010)

Existe o ioga cristão? - Cardeal Joseph Ratzinger

Mozart Ave Verum Corpus por Leonard Bernstein, coro e Orquestra Sinfónica da ‘Bayerischen Rundfunks‘

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

APRENDER A SERVIR
– O exemplo de Cristo. Servir é reinar.
– Diversos serviços que podemos prestar à Igreja, à sociedade, aos que estão ao nosso lado.
– Servir com alegria sendo competentes na nossa profissão.


Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Efrém (c. 306-373), diácono na Síria, Doutor da Igreja
Comentário ao Diatessaron, 20, 2-7 (a partir da trad. SC 121, pp. 344 ss.)

«O Filho do Homem veio [...] para dar a Sua vida»


O Evangelho do dia 2 de Março de 2011

Evangelho segundo S. Marcos 10,32-45

32 Iam em viagem para subir a Jerusalém; Jesus ia diante deles. E iam perturbados e seguiam-n'O com medo. Tomando novamente à parte os doze, começou a dizer-lhes o que tinha de Lhe acontecer:33 «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; eles O condenarão à morte e O entregarão aos gentios;34 e O escarnecerão, Lhe cuspirão, O açoitarão, e Lhe tirarão a vida. Mas ao terceiro dia ressuscitará».35 Então aproximaram-se d'Ele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: «Mestre, queremos que nos concedas o que Te vamos pedir».36 Ele disse-lhes: «Que quereis que vos conceda?».37 Eles responderam: «Concede-nos que, na Tua glória, um de nós se sente à Tua direita e outro à Tua esquerda».38 Mas Jesus disse-lhes: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber, ou ser baptizados no baptismo com que Eu vou ser baptizado?».39 Eles disseram-Lhe: «Podemos». Jesus disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o cálice que Eu vou beber e haveis de ser baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado;40 mas, quanto a estardes sentados à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo, mas é para aqueles para quem está preparado».41 Ouvindo isto, os dez começaram a indignar-se com Tiago e João.42 Mas Jesus, chamando-os, disse-lhes: «Vós sabeis que aqueles que são reconhecidos como chefes das nações as dominam e que os seus príncipes têm poder sobre elas.43 Porém, entre vós não deve ser assim, mas o que quiser ser o maior, será o vosso servo,44 e o que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.45 Porque também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para redenção de todos».