Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Divorciam-se por estarem fartos um do outro

Do filme 'Away from her'
Num artigo publicado no The Daily Telegraph’, a jornalista Angela Neustatter faz uma série de reflexões sobre a influência que a atitude emocional actual tem nos projectos duradouros e que leva pessoas a quebrarem os seus compromissos conjugais quando desaparece o encanto dos começos.

Neustatter apoia-se nas conclusões de um inquérito realizado pela empresa Grant Thornton - Reino Unido, especializada em consultadoria. Depois de entrevistar 101 advogados da área da família, o relatório conclui que o tédio do dia-a-dia se converteu no grande perigo para os casais permanecerem juntos.

A infidelidade, que antigamente estava em primeiro lugar na lista das principais razões que levavam a rupturas conjugais, foi agora ultrapassada por outra causa: a dos que afirmam que já não se amam ou que se foram afastando.

Estas conclusões estão em sintonia com as estatísticas dos divórcios no Reino Unido, dados a que Neustatter tem acesso: afirma que, em média, os casais se separam, cerca de 11 anos depois. E também está de acordo com a influência da atitude emocional nas relações amorosas.

Esta tendência, já foi posta em destaque por Malcolm Brynin, co-editor de Changing Relationships, um estudo polémico publicado pelo Economic and Social Research Council em 2009, em que se afirma que as pessoas se juntam e permanecem unidas enquanto obtêm vantagens pessoais.

Um "romantismo" curioso

Já se sabe que numa relação amorosa o romantismo vai e vem. O mérito da One Poll, empresa especializada em sondagens, foi ter conseguido "medir" a sua duração. Pelos vistos, o encanto esvai-se - em média - passados dois anos, seis meses e 25 dias depois de contrair matrimónio. Isto é que é precisão!

De toda a maneira, diz Neustatter, o desaparecimento do romantismo no matrimónio - facto que certamente se terá dado em todos os tempos - causará mais ou menos estragos conforme a atitude dos cônjuges. Quando as expectativas de uma pessoa são apenas sentir em todo o momento o agrado do marido ou da mulher, é de prever que não haja "romantismo" que valha.

Segundo Angela Neustatter a via adequada para a falta de romantismo no casamento é trabalharem em conjunto - marido e mulher - a relação conjugal. Resistir, lado a lado, nos momentos de adversidade. E voltar a dar brilho à vida do casal com pequenos gestos.

Crise superada

"Chegou o momento de falar na primeira pessoa" escreve Angela Neustatter. "Olly, o meu marido, e eu batemos no "fundo" da nossa relação quando os nossos filhos saíram de casa. Naquela situação nada nos parecia bem e não acabávamos de nos adaptar às novas circunstâncias; parecia que estávamos cada vez mais irritados um com o outro, e afastávamo-nos cada vez mais um do outro. Sem dúvida que estávamos a atingir aquele ponto de perplexidade em que tudo parece aconselhar-nos uma separação".

Chegados aqui pararam em seco. Que aconteceria se cada um fosse para o seu lado? O mais provável é que depois de duas décadas e meia de convívio, mais tarde ou mais cedo acabariam por ter saudades um do outro e do lar que ambos tinham construído.

Foi assim que puseram mãos à obra. "Começamos a actuar como no princípio da nossa relação, a fazer refeições especiais um para o outro, escapadelas ao cinema, férias curtas para os dois, refeições com os nossos filhos aos Domingos uma vez por mês. E enquanto nos íamos aproximando, pudemos falar do que nos tinha afastado e da alegria de voltar a crescer juntos".

O que Neustatter nos mostra aqui da sua intimidade não tem nada a ver com um reality show. É apenas um breve testemunho que reforça a afirmação que vem a seguir: "As investigações actuais revelam que se uma pessoa consegue lidar e resistir aos contratempos, dirige a sua atenção para o que tem e reparte com o outro, em vez de se fixar no que está a perder e os benefícios psicológicos e físicos são enormes".

"Não é uma questão de moralidade versus narcisismo - como se fosse preciso escolher entre subir a um cume ou ficar na cama a auto-comprazer-se -, mas de entender o que é que afinal nos faz felizes".

Fonte: The Daily Telegraph 

Aceprensa

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