Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Frederic CHOPIN: Ballada No.1 Op.23 - intérprete Krystian ZIMERMAN

“Ajuda-os sem que o notem”

O pensamento da morte ajudar-te-á a cultivar a virtude da caridade, porque talvez esse instante concreto de convivência seja o último em que estás com este ou com aquele... Eles, ou tu, ou eu, podemos faltar em qualquer momento. (Sulco, 895)

Dir-me-ás talvez: e porque havia eu de me esforçar? Não sou eu quem te responde, mas S. Paulo: o amor de Cristo urge-nos. Todo o espaço de uma existência é pouco para alargar as fronteiras da tua caridade. Desde os primeiríssimos começos do Opus Dei, manifestei o meu grande empenho em repetir sem cessar, para as almas generosas que se decidam a traduzi-lo em obras, aquele grito de Cristo: nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Conhecer-nos-ão precisamente por isso, porque a caridade é o ponto de arranque de qualquer actividade de um cristão. (…)

Queria fazer-vos notar que, após vinte séculos, ainda aparece com toda a pujança de novidade o Mandato do Mestre, que é uma espécie de carta de apresentação do verdadeiro filho de Deus. Ao longo da minha vida sacerdotal, tenho pregado com muitíssima frequência que, desgraçadamente para muitos, continua a ser novo, porque nunca ou quase nunca se esforçaram por praticá-lo. É triste, mas é assim. E não há dúvida nenhuma de que a afirmação do Messias ressalta de modo terminante: nisto vos conhecerão, que vos amais uns aos outros! Por isso, sinto a necessidade de recordar constantemente essas palavras do Senhor. S. Paulo acrescenta: levai os fardos uns dos outros e, desta maneira, cumprireis a lei de Cristo. Momentos perdidos, talvez com a falsa desculpa de que te sobra tempo... Se há tantos irmãos, amigos teus, sobrecarregados de trabalho! Com delicadeza, com cortesia, com um sorriso nos lábios, ajuda-os, de tal maneira que se torne quase impossível que o notem; e que nem se possam mostrar agradecidos, porque a discreta finura da tua caridade fez com que ela passasse inadvertida. (Amigos de Deus, 43–44)

São Josemaría Escrivá

Psalms 23 (O Senhor é o meu Pastor...)


1*Salmo de David.

O SENHOR é meu pastor: nada me falta.


2 Em verdes prados me faz descansar
e conduz-me às águas refrescantes.


3 Reconforta a minha alma
e guia-me por caminhos rectos, por amor do seu nome.


4 Ainda que atravesse vales tenebrosos,
de nenhum mal terei medo
porque Tu estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me confiança.


5 *Preparas a mesa para mim
à vista dos meus inimigos;
ungiste com óleo a minha cabeça;
a minha taça transbordou.


6 Na verdade, a tua bondade e o teu amor 
hão-de acompanhar-me todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do SENHOR
para todo o sempre.

Médicos salvam bebé de grávida morta a tiro dentro de uma Igreja. Louvado seja Deus Nosso Senhor e o Seu Espírito presente na médica que agiu prontamente!

Uma mulher, grávida, morreu depois de ter sido baleada por um homem, na noite passada, numa igreja de Madrid. Após os disparos, o agressor ajoelhou-se em frente ao altar e suicidou-se.

A vítima, que se encontrava num avançado estado de gestação, não resistiu aos ferimentos, mas a equipa médica conseguiu salvar o bebé após uma cesariana de emergência, feita na Igreja. A criança foi transportada para o Hospital da Paz, em Madrid, onde permanece nos Cuidados Intensivos.



Uma segunda vítima dos disparos sofreu uma ferida no tórax, encontrando-se internada em estado grave, mas consciente. A mãe da mulher grávida, que se encontrava na igreja com a filha, sofreu um ataque de ansiedade no momento do incidente.

Segundo uma testemunha, citada pelo diário espanhol "El Mundo", o homem, de 34 anos, entrou na igreja por volta das 20 horas e disparou à queima roupa contra duas pessoas, pouco antes do início da missa.


José María Bravo, vigário episcopal da zona, referiu ao jornal espanhol que o agressor tinha sido visto ao largo da igreja no decorrer da tarde.


As cerca de 40 pessoas que se encontravam dentro da igreja foram acompanhadas pelos psicólogos da equipa médica que acorreu ao local. O presidente da Assembleia de Madrid, José Ignacio Echeverría, decretou cinco minutos de silêncio, ao meio-dia desta sexta-feira, para assinalar o evento.

(Fonte: JN online)

S. Jerónimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV

Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Mundo a mais

A Igreja tem mundo a mais e conversão a menos.


A frase caiu que nem uma bomba, durante a visita do Papa à Alemanha: com o passar dos anos, a fé dá lugar à rotina, a estrutura esmaga o espírito, uma certa “fachada cristã” bloqueia o acesso à bondade de Deus, os critérios mundanos tomam conta do coração, os fardos do poder e das coisas materiais distorcem as verdadeiras prioridades... E, assim, gradualmente, a Igreja cai na tentação de se achar auto-suficiente.


Mas a Igreja sem Deus não existe. Por isso, precisa de se converter.


Só que, como o próprio Bento XVI também alertou, a Igreja não é só o Papa, os bispos e os pastores. A Igreja somos todos nós. Por isso, somos todos nós que temos mundo a mais e conversão a menos!


Aura Miguel in RR online

Silêncio e Palavra: caminho de evangelização, tema do dia mundial das comunicações de 2012

A extraordinária abundância de estímulos da sociedade da comunicação traz em primeiro plano um valor que à primeira vista pareceria até mesmo em antítese com ela. É o silencio, de facto o tema no centro do próximo dia mundial das comunicações sociais, Silêncio e Palavra: caminho de evangelização.


No pensamento do Papa Bento XVI o silencio não é apresentado simplesmente como uma forma de contraposição a uma sociedade caracterizada pelo fluxo constante e incessante da comunicação, mas como um elemento necessário de integração. De facto o silencio precisamente porque favorece a dimensão do discernimento e do aprofundamento pode ser visto como um primeiro grau de acolhimento da palavra. Portanto nenhum dualismo, mas a complementaridade de duas funções que no seu justo equilíbrio enriquecem o valor da comunicação e a tornam um elemento irrenunciável ao serviço da nova evangelização. Emerge portanto com uma certa evidencia o desejo do Santo Padre de sintonizar o tema do próximo dia mundial com a celebração do Sínodo dos Bispos que terá como tema precisamente a Nova Evangelização para a transmissão da Fé cristã.


Rádio Vaticano

A limpeza e a santidade - G. K. Chesterton (original escrito em 1909)

De todos os sinais de modernidade que se parecem traduzir em algum tipo de decadência, nenhum é mais ameaçador e perigoso do que a exaltação de normas de conduta pequenas e secundárias, à custa das grandes e primárias, à custa dos laços eternos e da trágica moralidade humana.

Desse modo, costuma considerar-se mais injurioso acusar um homem de mau gosto do que de má ética. Hoje em dia, já não se associa a limpeza à santidade, visto que a limpeza se converteu em algo essencial, ao passo que a santidade se converteu em algo ofensivo.

(...) O grande perigo para a nossa sociedade está em que todo o seu mecanismo se possa tornar cada vez mais fixo, à medida que o espírito se torna mais inconstante.

Os pequenos actos de um homem deveriam ser livres, flexíveis, criativos; o que deveria permanecer inalterado são os seus princípios, os seus ideais.

Mas connosco o contrário é que é a verdade: os nossos pontos de vista alteram-se constantemente,mas o nosso almoço permanece inalterado.

"Tremendas trivialidades" p. 61
ALETHEIA Editores, 2010

Agradecimento 'É o Carteiro'

SPORTS DAY para a Família - 23 de Outubro - Monsanto / Lisboa


SPORTS DAY?

O SPORTS DAY é um dia de DESPORTO PARA TODOS,
uma iniciativa de famílias e jovens do
Movimento de Schoenstatt de Lisboa. 

De manhã Jogos de Competição (Rugby, Futebol, Volei e Atletismo).
À tarde muitos dos tradicionais Jogos de Famílias, para todos os gostos e idades. 
No final, depois das 17h, teremos MISSA.

23 de Outubro de 2011, em Monsanto,
no Complexo Desportivo do Grupo Desportivo de Direito.


Será um GRANDE DIA DE DESPORTO E DE JOGOS EM FAMÍLIA. 
Tanto mais divertido – e competitivo – quantos mais famílias.



Inscrições até 20 de Outubro

A pensar na sua família nos seus amigos.
Saudações desportivas,
A Equipa Organizadora


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Faça aqui a sua inscrição

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Tenho uma verdadeira monomania de pedir orações: a religiosas e sacerdotes, a leigos piedosos, aos meus doentes, a todos peço a esmola de uma oração, pelas minhas intenções, que são, naturalmente, a Obra de Deus e vocações para ela”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§ 1713. O homem é obrigado a seguir a lei moral, que o impele a «fazer [...] o bem e a evitar o mal». Esta lei ressoa na sua consciência.

O Divine Redeemer de Charles Gounod

Passo-a-rezar.net (clique no título para ouvir uma meditação, o Evangelho do dia e respectiva meditação e reflectir. Obrigado!)

«Quem vos ouve é a Mim que ouve»

Alguém que ouvira o versículo «Oferece a Deus um sacrifício de louvor» (Sl 49,14), pensou: «Todos os dias, ao acordar, irei à igreja e aí entoarei um hino da manhã; ao final do dia, um hino da noite; e depois, em minha casa, um terceiro e um quarto hinos. Deste modo, farei todos os dias um sacrifício de louvor que oferecerei ao meu Deus». Fazer isto é bom, se realmente o fizeres, mas livra-te de ficares tranquilo com o que fazes e vê que, enquanto a tua língua fala bem perante Deus, a tua vida não fale mal à Sua frente. [...] Toma cuidado e não vivas mal enquanto falas bem.


Porquê? Porque Deus disse ao pecador: «Que tens tu de recitar os Meus mandamentos, com a Minha aliança na boca [, tu que rejeitas as Minhas palavras por trás]?» (v. 16-17) Eis o temor com que devemos falar. [...] Vós, meus irmãos, estais em segurança: se ouvirdes dizer coisas boas, é Deus que ouvis, qualquer que seja a boca que fala convosco. Mas Deus não quis deixar de repreender aqueles que falam, com receio de que adormeçam em segurança numa vida de desordem, afirmando que falam do bem e pensando: «Deus não quererá condenar-nos, pois foi através de nós que quis dizer coisas tão boas ao Seu povo». Portanto, vós que falais, quem quer que sejais, escutai o que dizeis; vós que quereis ser ouvidos, ouvi-vos em primeiro lugar. [...] Possa eu ser o primeiro a ouvir, possa eu ouvir, e ouvir melhor do que todos, «aquilo que o Senhor Deus diz em mim, pois Ele diz palavras de paz ao Seu povo» (Sl 84,9).


Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Salmo 49, §23

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Setembro de 2011

«Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado as maravilhas que se têm operado em vós, há muito tempo que teriam feito penitência vestidas de cilício e jazendo sobre a cinza. Por isso haverá, no dia de juízo, menos rigor para Tiro e Sidónia que para vós. E tu, Cafarnaum, “que te elevas até ao céu, serás abatida até ao inferno”. Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou».


Lc 10, 13-16

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Actriz expulsa de avião por beijar a namorada

A actriz norte-americana que ficou conhecida pela sua participação na série The L Word (A Letra L) foi expulsa de um avião da Southwest Airlines, uma das mais conhecidas companhias low cost dos EUA.


Leisha Hailey foi abordada por uma comissária de bordo no momento em que deu um beijo à namorada Camila Grey, depois de um tripulante se ter queixado e pedido para que elas parassem de trocar beijos "numa companhia aérea familiar".


De acordo com o que a actriz de 40 anos escreve no Twitter, foi-lhe dito "que esse tipo de atitudes não eram permitidas por se tratar de uma companhia familiar".


Na rede social, Leisha - que tal como Camila Grey faz parte da banda "Uh Huh Her" - acusa a Southwest Airlines de "homofobia" e sugere a uma boicote à companhia.


Já em comunicado, a Southwest reconheceu que os comissários do voo, que ia de Baltimore, Maryland, para St. Louis, Missouri, abordaram o casal, mas "apenas por causa de seu comportamento, e não por sua orientação sexual", após outros passageiros terem reclamado.


Recorde-se que no início do mês, Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, publicou no Twitter que foi expulso de um voo da mesma empresa porque a calça "estava muito baixa".


(Fonte: JN online)

Nós Somos a Igreja Católica unidos ao sucessor de Pedro a quem Jesus disse "e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela" (Mt 16, 18)



Este vídeo convida-te a conhecer um pouco mais sobre a Igreja Católica e o que ela tem feito pela Humanidade ao longo dos séculos

Händel: Oratorio Judas Macabeo HWV 63

“Pede a São Rafael”

Ris-te porque te digo que tens "vocação matrimonial"? – Pois é verdade: assim mesmo, vocação. Pede a São Rafael que te conduza castamente ao termo do caminho, como a Tobias. (Caminho, 27)

Dizes-me que tens no teu peito fogo e água, frio e calor, paixõezinhas e Deus...; uma vela acesa a São Miguel, e outra ao Diabo.

Tranquiliza-te; enquanto quiseres lutar, não haverá duas velas acesas no teu peito, mas uma só, a do Arcanjo. (Caminho, 724)

Como te rias, nobremente, quando te aconselhei a pores os teus anos moços sob a protecção de S. Rafael!; para que te leve a um matrimónio santo, como ao jovem Tobias, com uma mulher que seja boa e bonita e rica – disse-te, gracejando.

E depois, que pensativo ficaste quando continuei a aconselhar-te que te pusesses também sob o patrocínio daquele Apóstolo adolescente, João, para o caso de o Senhor te pedir mais! (Caminho, 360)

A Virgem Santa Maria, Mestra da entrega sem limites! Lembras-te? Com um louvor dirigido a Ela, Cristo afirmou: "Quem cumpre a vontade de Meu Pai, esse – essa – é Minha mãe!...".

Pede a esta boa Mãe que na tua alma ganhe força – força de amor e de libertação – a sua resposta de generosidade exemplar: "Ecce ancilla Domini!", eis aqui a escrava do Senhor! (Sulco, 33)

São Josemaría Escrivá

Supremo Tribunal não consegue aprovar o aborto no México, numa grande vitória da VIDA

O Supremo Tribunal do México não alcançou a maioria legal de votos para abolir as reformas constitucionais que blindaram a vida ante o aborto no México. Com quatro votos contra, o projeto abortista do juiz Fernando Franco foi chumbado numa histórica jornada para a defesa da vida no país.

Ontem quarta-feira, no terceiro dia do debate sobre o projeto de Franco, a Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) escutou a decisiva opinião do juiz Jorge Pardo quem manifestou sua oposição à iniciativa anti-vida e somou o quarto voto contra. O projeto necessitava oito de onze votos para impor o aborto no país até o nono mês de gestação.

Entre a segunda-feira e a terça-feira oito ministros pronunciaram-se: cinco a favor do projeto abortista e três contra. 

Conforme informa o diário Milénio, Pardo disse que o debate não se deve centrar na despenalização do aborto mas na constitucionalidade de uma norma a nível estatal.

Além disso considerou que o direito à vida reconhecido no artigo 7º da Constituição de Baja California está de acordo com o artigo 1º da Constituição Federal.

Além disso, precisou que a Constituição federal outorga direitos ao "concebido não-nascido" e negou que se esteja criando "direitos novos".

Pardo também disse que uma legislatura local (estatal) pode precisar um direito reconhecido pela Constituição: "As entidades federativas em uso de sua liberdade de configuração podem estabelecer este ponto de início do direito à vida", explicou.

No total são 18 os estados que reformaram suas constituições para blindar o direito à vida desde a concepção até a morte natural, diante de ameaças como o aborto.

Além de Baja California e San Luis Potosí, os estados que têm feito estas modificações foram Chiapas, Veracruz, Querétaro, Chihuahua, Campeche, Colima, Puebla, Durango, Jalisco, Nayarit, Quintana Rôo, Guanajuato, Yucatán, Sonora, Morelos e Oaxaca.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição de JPR)

‘Caminho’ publicado nesta data em 1939

Hoje, 29 de Setembro de 2011 celebram-se 72 anos da primeira edição de ‘Caminho’, primeiro livro de São Josemaría Escrivá, obra fundamental para entender todo o seu carisma e o Opus Dei, diríamos mesmo obra prima da contemporaneidade espiritual (vídeo em espanhol)

Caminho, fruto do trabalho sacerdotal que São Josemaría Escrivá tinha iniciado em 1925, aparece pela primeira vez em 1934 (em Cuenca, Espanha) com o título de "Consideraciones Espirituales". Na edição seguinte -realizada em Valência em1939 -, o livro, notavelmente ampliado, recebe já o seu título definitivo. Desde então difundiu-se com um ritmo contínuo e progressivo. Actualmente, publicaram-se de Caminho cerca de 4.500.000 exemplares em 43 idiomas. Caminho tem um estilo directo, de diálogo sereno, em que o leitor se encontra frente às exigências divinas num ambiente de confiança e amizade. Quando se publicou em Itália, L'Osservatore Romano comentou: "Mons. Escrivá de Balaguer escreveu mais que uma obra mestra, escreveu inspirando-se directamente no coração, e ao coração chegam directamente, um a um, os parágrafos que formam Caminho ."

Os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael (excertos homilia de Bento XVI em 2007)

Celebramos a festa dos três Arcanjos que a sagrada Escritura menciona pelo seu nome próprio: Miguel, Gabriel e Rafael. Mas, o que é um anjo? A sagrada Escritura e a tradição da Igreja fazem-nos descobrir dois aspectos.


Por um lado, o Anjo é uma criatura que está diante de Deus, orientada, com todo o seu ser para Deus. Os três nomes dos Arcanjos terminam com a palavra "El", que significa "Deus". Deus está inscrito nos seus nomes, na sua natureza. A sua verdadeira natureza é a existência em vista d'Ele e para Ele.


Explica-se precisamente assim também o segundo aspecto que caracteriza os Anjos: eles são mensageiros de Deus. Trazem Deus aos homens, abrem o céu e assim abrem a terra. Exactamente porque estão junto de Deus, podem estar também muito próximos do homem. De facto, Deus é mais íntimo a cada um de nós de quanto o somos nós próprios.


Como um anjo para os outros
Os Anjos falam ao homem do que constitui o seu verdadeiro ser, do que na sua vida com muita frequência está velado e sepultado. Eles chamam-no a reentrar em si mesmo, tocando-o da parte de Deus. Neste sentido também nós, seres humanos, deveríamos tornar-nos sempre de novo anjos uns para os outros anjos que nos afastam dos caminhos errados e nos orientam sempre de novo para Deus.


Se a Igreja antiga chama os Bispos "anjos" da sua Igreja, pretende dizer precisamente o seguinte: "os próprios Bispos devem ser homens de Deus, devem viver orientados para Deus. "Multum orat pro populo" "Reza muito pelo povo", diz o Breviário da Igreja a propósito dos santos Bispos. O Bispo deve ser um orante, alguém que intercede pelos homens junto de Deus. Quanto mais o fizer, tanto mais compreende também as pessoas que lhe estão confiadas e pode tornar-se para elas um anjo um mensageiro de Deus, que as ajuda a encontrar a sua verdadeira natureza, a si mesmas, e a viver a ideia que Deus tem delas.


São Miguel: dar lugar a Deus no mundo
Tudo isto se torna ainda mais claro se olharmos agora para as figuras dos três Arcanjos cuja festa a Igreja celebra hoje. Antes de tudo está Miguel. Encontramo-lo na Sagrada Escritura sobretudo no Livro de Daniel, na Carta do Apóstolo São Judas Tadeu e no Apocalipse. Deste Arcanjo tornam-se evidentes nestes textos duas funções. Ele defende a causa da unicidade de Deus contra a soberba do dragão, da "serpente antiga", como diz João. É a perene tentativa da serpente de fazer crer aos homens que Deus deve desaparecer, para que eles se possam tornar grandes; que Deus é um obstáculo para a nossa liberdade e que por isso devemos desfazer-nos dele.


Mas o dragão não acusa só Deus. O Apocalipse chama-o também "o acusador dos nossos irmãos, que os acusava de dia e de noite diante de Deus" (12, 10). Quem põe Deus de lado, não enobrece o homem, mas priva-o da sua dignidade. Então o homem torna-se um produto defeituoso da evolução. Quem acusa Deus, acusa também o homem. A fé em Deus defende o homem em todas as suas debilidades e insuficiências: o esplendor de Deus resplandece sobre cada indivíduo.


É tarefa do Bispo, como homem de Deus, fazer espaço para Deus no mundo contra as negações e defender assim a grandeza do homem. E o que se poderia dizer e pensar de maior sobre o homem a não ser que o próprio Deus se fez homem? A outra função de Miguel, segundo a Escritura, é a de protector do Povo de Deus (cf. Dn 10, 21; 12, 1). Queridos amigos, sede verdadeiramente "anjos da guarda" das Igrejas que vos serão confiadas! Ajudai o povo de Deus, que deveis preceder na sua peregrinação, a encontrar a alegria na fé e a aprender o discernimento dos espíritos: a acolher o bem e a recusar o mal, a permanecer e tornar-se sempre mais, em virtude da esperança da fé, pessoas que amam em comunhão com Deus-Amor.


São Gabriel: Deus que chama
Encontramos o Arcanjo Gabriel sobretudo na preciosa narração do anúncio a Maria da encarnação de Deus, como nos refere São Lucas (1, 26-38). Gabriel é o mensageiro da encarnação de Deus. Ele bate à porta de Maria e, através dela, o próprio Deus pede a Maria o seu "sim" para a proposta de se tornar a Mãe do Redentor: dar a sua carne humana ao Verbo eterno de Deus, ao Filho de Deus.


Repetidas vezes o Senhor bate às portas do coração humano. No Apocalipse diz ao "anjo" da Igreja de Laodiceia e, através dele, aos homens de todos os tempos: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele" (3, 20). O Senhor está à porta à porta do mundo e à porta de cada um dos corações. Ele bate para que o deixemos entrar: a encarnação de Deus, o seu fazer-se carne deve continuar até ao fim dos tempos.


Todos devem estar reunidos em Cristo num só corpo: dizem-nos isto os grandes hinos sobre Cristo na Carta aos Efésios e na Carta aos Colossenses. Cristo bate.
Também hoje Ele tem necessidade de pessoas que, por assim dizer, lhe põem à disposição a própria carne, que lhe doam a matéria do mundo e da sua vida, servindo assim para a unificação entre Deus e o mundo, para a reconciliação do universo.


Queridos amigos, compete-vos bater à porta dos corações dos homens, em nome de Cristo. Entrando vós mesmos em união com Cristo, podereis também assumir a função de Gabriel: levar a chamada de Cristo aos homens.


São Rafael: recobrar a vista
São Rafael é-nos apresentado sobretudo no Livro de Tobias como o Anjo ao qual é confiada a tarefa de curar. Quando Jesus envia os seus discípulos em missão, com a tarefa do anúncio do Evangelho está sempre ligada a de curar. O bom Samaritano, acolhendo e curando a pessoa ferida que jaz à beira da estrada, torna-se silenciosamente uma testemunha do amor de Deus. Este homem ferido, com necessidade de curas, somos todos nós. Anunciar o Evangelho, já em si é curar, porque o homem precisa sobretudo da verdade e do amor.


Do Arcanjo Rafael são referidas no Livro de Tobias duas tarefas emblemáticas de cura. Ele cura a comunhão importunada entre homem e mulher. Cura o seu amor. Afasta os demónios que, sempre de novo, rasgam e destroem o seu amor. Purifica a atmosfera entre os dois e confere-lhes a capacidade de se receberem reciprocamente para sempre. Na narração de Tobias esta cura é referida com imagens legendárias.


No Novo Testamento, a ordem do matrimónio, estabelecido na criação e ameaçado de muitas formas pelo pecado, é curado pelo facto de que Cristo o acolhe no seu amor redentor. Ele faz do matrimónio um sacramento: o seu amor, que por nós subiu à cruz, é a força restauradora que, em todas as confusões, dá a capacidade da reconciliação, purifica a atmosfera e cura as feridas. Ao sacerdote é confiada a tarefa de guiar os homens sempre de novo ao encontro da força reconciliadora do amor de Cristo. Deve ser o "anjo" curador que os ajuda a ancorar o seu amor no sacramento e a vivê-lo com empenho sempre renovado a partir dele.


Em segundo lugar, o Livro de Tobias fala da cura dos olhos cegos. Todos sabemos quanto estamos hoje ameaçados pela cegueira para Deus. Como é grande o perigo de que, perante tudo o que sabemos sobre as coisas materiais e que somos capazes de fazer com elas, nos tornamos cegos para a luz de Deus.


Curar esta cegueira mediante a mensagem da fé e o testemunho do amor, é o serviço de Rafael confiado dia após dia ao sacerdote e de modo especial ao Bispo. Assim, somos espontaneamente levados a pensar também no sacramento da Reconciliação, no sacramento da Penitência que, no sentido mais profundo da palavra, é um sacramento de cura. A verdadeira ferida da alma, de facto, o motivo de todas as outras nossas feridas, é o pecado. E só se existe um perdão em virtude do poder de Deus, em virtude do poder do amor de Cristo, podemos ser curados, podemos ser remidos.
"Permanecei no meu amor", diz-nos hoje o Senhor no Evangelho (Jo 15, 9). No momento da Ordenação episcopal Ele di-lo de modo particular a vós, queridos amigos. Permanecei no seu amor! Permanecei naquela amizade com Ele cheia de amor que Ele neste momento vos doa de novo! Então a vossa vida dará fruto um fruto que permanece (Jo 15, 16).


Bento XVI


(Fonte: site de São Josemaría Escrivá em http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/os-arcanjos-miguel2c-gabriel-e-rafael)

Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)





§ 1712. «A verdadeira liberdade é, no homem, o sinal privilegiado da imagem de Deus».

Um conselho de São Josemaría Escrivá para o dilema entre família e trabalho profissional



Pergunta a S. Josemaría Escrivá, no Chile


Padre, a alguns acontece-nos que todos os dias ao chegar a tarde nos sentimos simultaneamente puxados para continuar a trabalhar para aproveitar as horas mais calmas, e para irmos para casa para estar com os filhos e cuidar da família. Que nos recomenda fazer para agir bem, como Deus quer, perante este dilema?
Sei que vós, homens deste país, sois muito práticos, e que a ti te interessa fazer o mais importante; e o melhor negócio que tens é.. é educar os filhos. Portanto, vai ter com a tua mulher e com os teus filhos. Se for necessário, põe-te de gatas com os pequenos, e brincas com um comboio, ou com soldadinhos..
Já não se fazem soldadinhos de chumbo!, que pena, não é?
Faz-te amigo dos teus filhos, este é o grande conselho.
Vós, meninos e meninas, os que ainda são pequenos: a vossa melhor amiga é a Mãe, embora às vezes se aborreça e se se aborrecer, é porque lhe dais motivo para isso, e o vosso melhor amigo é o Pai.

São Josemaría Escrivá sobre a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael

A Igreja celebra a festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael. Referindo-se aos Anjos, S. Josemaría escreve no ponto 339 de Forja: “Não podemos ter a pretensão de que os Anjos nos obedeçam… Mas temos a absoluta segurança de que os Santos Anjos nos ouvem sempre”.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael

São Miguel Arcanjo

Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.



São Gabriel

"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.

É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".

Arcanjo São Rafael

"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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«Bendizei o Senhor todos os Seus anjos, [...] que executais a Sua vontade» (Sl 102,20-21)

Celebramos hoje a festa dos santos anjos. [...] Mas que podemos dizer destes espíritos angélicos? Eis o que nos diz a fé: acreditamos que eles gozam da presença e da visão de Deus, que possuem uma felicidade sem fim, os bens do Senhor que «nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passaram pelo pensamento do homem» (1Cor 2,9). O que pode um simples mortal dizer sobre este assunto a outros mortais, ele que é incapaz de conceber tais coisas? [...] Se é impossível falar da glória dos santos anjos em Deus, podemos pelo menos falar da graça e do amor que eles manifestam relativamente a nós, pois gozam, não apenas de uma dignidade incomparável, mas também de um espírito de serviço cheio de bondade. [...] Não podendo compreender a sua glória, deixamo-nos prender tanto mais fortemente à misericórdia de que estão cheios estes familiares de Deus, cidadãos do céu e príncipes do paraíso.


O próprio apóstolo Paulo, que contemplou com os seus olhos a corte celestial e que conheceu os seus segredos (2Cor 12,2), atesta que todos os anjos são «espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação» (2Cor 12,2). Não tomeis tal afirmação por inconcebível, pois o Criador, o próprio Rei dos anjos, «não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Que anjo desdenharia pois tal serviço, onde o precedeu Aquele que os anjos servem no céu com pressa e alegria?


São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja
1º Sermão para a festa de São Miguel


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Setembro de 2011

Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento». Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira». Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel». Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».


Jo 1, 47-51 

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Daniel Barenboim & Lang Lang Mozart Sonata 4 Hands K381

“Estando Ele connosco nada há a temer”

O chamamento do Senhor – a vocação – apresenta-se sempre assim: "Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-Me". Sim, a vocação exige renúncia, sacrifício. Mas que agradável acaba por ser o sacrifício ("gaudium cum pace", alegria e paz), se a renúncia é completa! (Sulco, 8)

Se consentires que Deus seja o senhor da tua nave, que Ele seja o amo, que segurança!..., mesmo quando a tempestade se levanta no meio das trevas mais escuras e parece que Ele se ausenta, que está a dormir, que não se preocupa. S. Marcos relata que os Apóstolos se encontravam nessas circunstâncias; e Jesus, vendo-os cansados de remar (porque o vento lhes era contrário), cerca da quarta vigília da noite foi ter com eles, andando sobre o mar... Tende confiança, sou eu, não temais. E subiu para a barca, para junto deles e cessou o vento.

Meus filhos, acontecem tantas coisas na terra...! Podia pôr-me a falar de penas, de sofrimentos, de maus tratos, de martírios – não tiro nem uma letra –, do heroísmo de muitas almas. Aos nossos olhos, na nossa inteligência, surge às vezes a impressão de que Jesus dorme, de que não nos ouve; mas S. Lucas narra como Nosso Senhor se comporta com os seus: Enquanto iam navegando, Jesus adormeceu e levantou-se uma tempestade de vento sobre o lago e a barca enchia-se de água e estavam em perigo. Aproximando-se dele, despertaram-no dizendo: Mestre, nós perecemos! Ele, levantando-se, increpou o vento e as ondas, que acalmaram e veio a bonança. Então disse-lhes: onde está a vossa fé?

Se nos dermos, Ele dá-se-nos. Temos de confiar plenamente no Mestre, temos de nos abandonar nas suas mãos sem mesquinhez; de lhe manifestar, com as nossas obras, que a barca é dele, que queremos que disponha à vontade de tudo o que nos pertence. (Amigos de Deus, 22)

São Josemaría Escrivá

Não há futuro sem Deus! - sublinhou uma vez mais Bento XVI, evocando na Audiência geral a sua viagem à Alemanha

Como seria de esperar, foi à sua viagem à Alemanha que Bento XVI dedicou a audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, recordando as diversas etapas da visita, considerando-a “uma grande festa de fé” e dando graças a Deus pelos “intensos e estupendos dias passados no (seu) país de origem”:


“Antes de mais, dou graças ao Senhor pela possibilidade que me ofereceu de encontrar as pessoas e de falar de Deus, de rezar em conjunto e de confirmar os irmãos e irmãs na fé, segundo o especial mandato que o Senhor confiou a Pedro e aos seus sucessores. Esta viagem, que tinha como lema Onde há Deus, há futuro, foi de facto uma grande festa da fé”.


Bento XVI declarou ter regressado da Alemanha com sentimentos de “profunda gratidão a Deus e real confiança no futuro da Igreja”, evocando com especial destaque o discurso pronunciado no parlamento federal, o Bundestag, frisando que “a democracia e a liberdade nada têm a temer de Deus, princípio de todo o bem; antes, está nele o suporte fundamental para uma convivência estável dos homens na paz e na justiça”. Por isso, quantos crêem em Deus – e, por maioria de razão, todos os cristãos – devem unir as suas forças na única tarefa verdadeiramente urgente e necessária: dar Deus ao mundo de hoje, que, frequentemente, O ignora ou se desinteressa dele. É que não há futuro sem Deus”, insistiu.


O Papa quis agradecer o “caloroso e entusiasta acolhimento” na sua terra natal, tanto por parte da Igreja como das “autoridades políticas e civis”.


Sobre a celebração com os responsáveis da Igreja Evangélica Alemã e a visita ao antigo convento onde viveu Martinho Lutero, antes de promover a reforma que o levou à separação de Roma, o Papa repetiu apelos sobre a necessidade de “caminhar rumo à plena unidade” no cristianismo sem “fabricar” a fé.


Bento XVI quis ainda lembrar o convite deixado no dia final da estadia em Friburgo, sudoeste alemão, relativo à necessidade de libertar a Igreja, numa sociedade secularizada, dos “fardos materiais e políticos”, para que “sejamos cada vez mais transparência de Deus”.


Eis as palavras pronunciadas em português:


"Queridos irmãos e irmãs,
Foi com profunda gratidão a Deus e real confiança no futuro da Igreja que regressei da minha Pátria Alemã, depois da terceira visita que lá efectuei como Sucessor de Pedro. A todos, fui repetindo: «Onde há Deus, há futuro»! Nos vários encontros e colóquios, nas celebrações em geral, mas particularmente na Eucaristia com o povo de Deus, era possível ver de novo como é Deus que dá à nossa vida o sentido mais profundo, a verdadeira plenitude; mais ainda, que só Deus dá a todos nós um futuro. Assim, no Parlamento federal, recordei que a democracia e a liberdade nada têm a temer de Deus, princípio de todo o bem; antes, está n’Ele o suporte fundamental para uma estável convivência dos homens na paz e na justiça. Por isso, quantos crêem em Deus – e, por maior força de razão, todos os cristãos – devem unir as suas forças na única tarefa verdadeiramente urgente e necessária: dar Deus ao mundo de hoje, que, frequentemente, O ignora ou se desinteressa d’Ele. É que não há futuro sem Deus!


Amados peregrinos de língua portuguesa, cordiais saudações para todos vós, de modo especial para os fiéis de Piracicaba e Belo Horizonte, de Bauru e Apucarana: convido-vos a olhar com confiança o vosso futuro em Deus. Com a graça de Cristo, sois capazes de levar ao mundo o fogo do amor de Deus. Sobre vós e vossas famílias desça a minha Bênção."


Rádio Vaticano

Rezando O Evangelho de hoje

Homem no arado de James Tissot
Lucas 9,57-62.


Naquele tempo, enquanto Jesus e os seus discípulos iam a caminho de Jerusalém, alguém disse-Lhe: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.»
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.»
Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.»
Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»


Senhor,
colocas nas minhas mãos o arado,
para que eu lavre a terra,
que Tu queres semear.
E eu quero olhar para trás,
para ver se perco alguma coisa
da vida que Tu me deste.
Mas Tu,
Senhor, dizes-me
que a vida está em frente,
está no arado que me entregas,
para revolver a terra
que me dás para semear.
Segredas aos meus ouvidos
que a alegria,
que a vida,
está em ver crescer em planta,
da semente que semeaste,
na terra que eu arar.
E eu,
prometo-Te que sim,
que não olharei para trás,
que agarrado ao arado que me deste,
apenas Te seguirei,
a lavrar a terra
que Tu me quiseres dar.
Mas se eu olhar para trás,
Senhor,
e eu sei que olharei,
não me retires o arado,
mas com todo o Teu amor,
aponta-me de novo o caminho,
e a Ti retornarei.
Amen.


Fonte: ‘Apenas Oração’ em http://apenasoracao.blogspot.com/2011/09/rezando-o-evangelho-de-hoje_28.html)

Colocar Igreja Católica no topo da agenda informativa é desafio diário do jornalismo religioso

Reportagens não podem ser «catequese» ou formas de «conversão ao cristianismo», dizem profissionais

A inclusão de notícias da Igreja na informação do grupo radiofónico mais ouvido em Portugal e a distinção entre fé e rigor jornalístico na televisão constituem alguns dos reptos do jornalismo religioso produzido nas redações dos media católicos.


“O meu desafio diário é fazer com que em quase todos os noticiários haja uma perspetiva de Igreja”, sublinha a jornalista Ângela Roque, da Renascença, no programa da ECCLESIA na Antena 1 que vai hoje para o ar a partir das 22h45.


Quando há dois anos assumiu o cargo de responsável pela seleção e redação final da informação religiosa, elegeu como prioridade “conseguir que o tema fizesse parte da informação diária e estivesse ao alto da atualidade, como a política, economia e o trabalho, interligando tudo”.


Após mais de duas décadas a trabalhar na emissora católica, onde integrou o noticiário de áreas como política e educação, Ângela Roque, “católica assumida”, diz gostar muito do que faz, “embora seja uma grande responsabilidade, sobretudo na casa em que é”.


Henrique Matos, por seu lado, considera que o “mais difícil” é “ser bom profissional”, para que a informação relativa à Igreja “não seja forçosamente uma catequese” e “uma forma de conversão ao cristianismo”: “Nem sempre é fácil” distinguir entre “crente e jornalista”, e “provavelmente acaba por nunca acontecer”.

O jornalista, um dos rostos dos programas que o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja Católica apresenta na RTP-2, esteve esta segunda-feira na emissão de rádio da ECCLESIA.

O dever de “isenção” e de auscultação de todas as vozes, incluindo as “críticas”, contribui para “credibilizar” o trabalho, considera Henrique Matos, com 15 anos de experiência na secção de religião, área que como as outras exige a avaliação diária “do que é relevante em termos de cobertura jornalística”.

Depois de recolhidos sons e imagens, os repórteres têm de os “condensar” e evitar a linguagem “hermética” que segundo Ângela Roque caracteriza frequentemente o discurso eclesial, procurando “dar notícias sobre a vida da Igreja que todos entendam” e torná-las cativantes mesmo para quem não é crente.

A editora de religião também se depara com a dificuldade de conjugar a urgência da notícia com a espera pelas declarações: “O tempo da Igreja não é o da comunicação social. Em rádio queremos tudo para a hora seguinte e às vezes não é possível obter a reação de um responsável nesse espaço que exigimos”, explica.

Ângela Roque também lamenta a diminuta presença de leigos católicos preparados para comentar a atualidade do mundo e da Igreja: “Faz falta gente que não seja da hierarquia a quem os jornalistas possam recorrer”.

O jornalismo religioso permite “pequenos privilégios”, como a reportagem que Henrique Matos realizou no convento dos Cartuxos, em Évora, onde encontrou um ambiente “algo estranho mas também belo e intenso”: “É como se estivéssemos noutra dimensão”:

“A carteira profissional abre muitas portas mas não as da clausura. É preciso outro género de compromisso e seriedade, que é reconhecida em nós, para que possamos entrar”, assinala.

Na semana em que a Igreja Católica organiza as Jornadas das Comunicações Sociais, agendadas para quinta e sexta-feira em Fátima, o programa da ECCLESIA na Antena 1 dá voz a jornalistas de informação religiosa de televisão, rádio e imprensa escrita.

PRE/RJM

Agência Ecclesia