Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Brahms: Excerto Concerto No.1 para Piano

Boa noite!

Dado que o mundo oferece muitos bens, apetecíveis para este nosso coração, que reclama felicidade e busca ansiosamente o amor, talvez alguns perguntem: nós, os cristãos, em que devemos esperar? Além disso, queremos semear a paz e a alegria às mãos cheias, não ficamos satisfeitos com a consecução da prosperidade pessoal e procuramos que estejam contentes todos os que nos rodeiam.

Por desgraça, alguns, com uma visão digna mas rasteira, com ideais exclusivamente caducos e fugazes, esquecem que os anelos do cristão se hão-de orientar para cumes mais elevados: infinitos. O que nos interessa é o próprio Amor de Deus, é gozá-lo plenamente, com um júbilo sem fim. Temos comprovado, de muitas maneiras, que as coisas da terra hão-de passar para todos, quando este mundo acabar; e já antes, para cada um, com a morte, porque nem as riquezas nem as honras acompanham ninguém ao sepulcro. Por isso, com as asas da esperança, que anima os nossos corações a levantarem-se para Deus, aprendemos a rezar: in te Domine speravi, non confundar in æternum, espero em Ti, Senhor, para que me dirijas com as tuas mãos agora e em todos os momentos pelos séculos dos séculos.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 209)

O afecto e encorajamento do Papa Bento XVI numa Carta aos seminaristas


Queridos Seminaristas,

Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.

O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.

1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.

2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.

3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.

4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».

5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar “a razão” (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.

6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.

7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.

Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.

Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor

Benedictus PP XVI

(Fonte: site Rádio Vaticana)

Pedido de orações

Há quase dois anos, mais concretamente no dia 10 de Dezembro de 2010 o Spe Deus publicava o testemunho abaixo, ora sucede, que esta manhã fui informado que esta jovem Mãe foi internada de urgência tendo-lhe sido diagnosticada uma Leucemia, pelo que vos peço a incluam nas vossas orações para que possa cuidar da filha com quem vive sozinha. Não preciso de vos falar do poder da oração e quão bom e misericordioso o Senhor é.
Bem-haja!

Testemunho pungente

Em comentário ao texto do Pe. Rodrigo Lynce Faria “Um Anel Especial” publicado no dia da Imaculada Conceição http://spedeus.blogspot.com/2008/12/um-anel-especial.html, recebi de uma jovem e grande Senhora que conheço o seguinte mail ao qual, para salvaguarda da privacidade da autora, alterei os nomes próprio excepto o meu e o país em que ocorreu.

“Olá João Paulo!

Fico muito feliz por si...ao ler estas suas palavras!

Hoje, para mim, é também um dia muito especial...

Há pouco mais de 11 anos atrás, em França, engravidei do Jean-Pierre...o pai da Geraldine. A primeira pergunta que me fizeram quando fiz uma ecografia para verificar se estava, de facto, grávida, foi: "quer abortar"? Isto chocou-me deveras... a história não foi muito diferente daquela que li aqui em baixo... O Jean-Pierre quis que eu abortasse (e, aliás, não me poupou ocasiões de me "atirar à cara" que eu não quis abortar e quis ter esta filha por minha inteira vontade, contra a sua vontade..).

Como sabe, ele deixou-nos quando a Geraldine tinha acabado de fazer 3 anos...aliás, eu estava em Fátima, a fazer um grupo da …. quando recebi, por telefone, a notícia que ele nos deixava, pois "estava farto de viver para a família"...nem vou comentar...não há comentário possível que possa ser feito a esta situação e à noite que passei, na Capelinha, a tentar entender o que tinha acontecido...

Também eu tenho sido mãe e pai ao longo destes mais de 7 anos...com maiores ou menores sacrifícios, com mais ou menos alegrias, a Geraldine tem crescido em altura, conteúdo, fé...como ser humano!! NUNCA me arrependerei de Não ter abortado apesar da lei francesa (vide nota introdutória) mo permitir e quase aconselhar por eu "ser muito nova" (tinha 24 anos quando a Geraldine nasceu!!!).

Como sabe, provenho de uma família muito católica e tive uma educação imbuída do espírito católico. Tento representar essa fé em Cristo nas várias acções quotidianas e extraordinárias da minha vida...o que é uma tarefa (im)possível ... De acordo com esta fé e postura de vida, para mim seria impensável a Geraldine não ser baptizada. E foi por isso que "fiz pressão" ao pai dela, para que ela fosse baptizada...nem vou elencar as inúmeras batalhas que tivemos sobre este argumento... apenas lhe digo que só a consegui baptizar quando a Geraldine já tinha 3 anos e meio...

E qual o dia escolhido para o feliz e importantíssimo evento? o dia 8 de Dezembro! Há 7 anos atrás, mergulhada em 1001 dificuldades e numa tristeza e desespero absoluto, devido ao abandono por parte do pai dela, tive a incomensurável alegria de ver a minha filha ser baptizada no mesmo dia em que o meu irmão celebrava os seus 29 anos de baptismo e se casou...tendo sido EU a madrinha! Portanto, o dia 8 de Dezembro é, por todas estas razões, um dia muito importante e feliz para mim, para a minha família, para a união matrimonial do meu irmão...

O que me leva a escrever-lhe é que gostaria de reiterar os seus votos sobre o seu matrimónio e desejar tantos e tantos anos de uma vida de casal cheia de momentos bonitos vividos num amor profundo...tal como desejo ao meu irmão e cunhada.

Um beijinho grande”

(Autora devidamente identificada e do meu conhecimento, como aliás resulta do texto. Repito que tanto o país aonde ocorreu como os nomes foram alterados para salvaguarda da privacidade da autora)

Termino pedindo-vos que rezem por esta Mãe e filha e por todas as que mantendo-se no anonimato são verdadeiras heroínas no mundo que nos rodeia.

Obrigado!

(JPR)

Os mercados não são parvos

É patético Portugal viver obcecado por uma entidade abstracta e longínqua, os mercados internacionais. O busílis da política nacional é: se o Parlamento reprova o Orçamento, será que os credores se zangam? Os níveis asfixiantes da dívida põem-nos a adivinhar eflúvios da finança mundial, contemplando ânsias e caprichos dessa fluida personalidade planetária, que aliás supinamente desprezamos.

Ninguém domina os movimentos de milhões de credores. A teoria económica explica a razão lógica porque os mercados são imprevisíveis. Mas, por muitos defeitos que tenham, uma coisa é certa: não são estúpidos. As nossas medidas ambíguas, joguinhos de imagem, discursos comoventes e intrigas palacianas não os impressionam.

No passado dia 29 o senhor primeiro-ministro veio à televisão dizer compungido que o País precisava de forte austeridade. Desde então multiplica-se em justificações por todos os canais. Mas o Orçamento do Estado para 2010 foi aprovado apenas a 12 de Março. Bastaram seis meses para o Governo confirmar que perdeu o controlo da situação. A crise, álibi há dois anos, pouco tem a ver com isto. Não só tem sido menos grave do que se temia, como afecta todos os países e todos lidam com ela sem as nossas piruetas. Qualquer pessoa sensata sabia que o Orçamento de Março era supinamente desadequado. O que nenhuma pessoa séria podia era prever o grau de descontrolo destes meses.

A verdade é que José Sócrates, que há um ano afirmou "Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu" (agência Lusa, 22.07.09), nunca compreendeu realmente a questão orçamental. Preocupa-se com ela, fala nela repetidamente, mas não entende a sua natureza. Por isso ela vem sempre assombrar-lhe a governação, apesar dos repetidos e apregoados sucessos do estadista.

A despesa pública não é uma montanha, que precise de terraplanagem a golpes de IVA. É um vulcão que explode tanto mais quanto mais impostos lhe atiram para cima. Não vale a pena cortar-lhe um pedaço, como este Orçamento de 2011 pretende, porque o mal não está no nível mas na tendência imparável. Este é o monstro que fez fugir Guterres e Barroso e que Sócrates jurou vencer em 2005. Para isso viu-se forçado a violar logo a solene promessa eleitoral de não aumentar impostos. Três anos depois cantou vitória, para o ver regressar no ano seguinte, maior que nunca. Já está na altura de perceber que as cócegas dos planos de austeridade só servem para o acirrar.
Porque todas as propostas apresentadas até hoje, quando não aumentam os impostos, engordando a besta, limitam-se a reduzir gastos sem mexer nas regras que os aceleram. Mesmo com forte descida pontual como esta, ao fim de algum tempo tudo volta ao mesmo. E mais uma vez, apesar das juras de só baixar a despesa, não se resistiu à obsessão de aumentar o IVA.

Não vale a pena continuar a perguntar, como se fez doentiamente estes dias, se as severas medidas anunciadas serão suficientes para resolver o problema. Elas simplesmente não se dirigem ao problema. São meros anestésicos e analgésicos de urgência, que tratam os sintomas enquanto o doente precisa de cirurgia e internamento prolongado. Apesar de estar lá há seis anos, o Governo vem sempre a correr às urgências.

O cancro a operar são os milhões em direitos, regalias, institutos, subsídios e salários, todos justificados, todos blindados na lei e que o País não pode pagar. Mesmo aparados aqui e ali, ressurgem sempre. Os acontecimentos destes meses mostram como os recipientes estão atentos na sua defesa. No próprio dia do anúncio das medidas os polícias estavam na rua por uma questão de promoções. Têm toda a razão. Não há é dinheiro.

O problema é político. Será que quem lidar mesmo com a situação se aguenta no poder? Não é por acaso que, dos países em dificuldades, Portugal foi o último a reagir. Os mercados percebem isto perfeitamente. O Orçamento de 2011 não é a prova que o Governo lida com a situação. São meras juras de drogado, que os credores, que não são parvos, conhecem à distância.

JOÃO CÉSAR DAS NEVES

(Fonte: DN online)

Bom Dia! Outubro 18, 2010 de António Mexia Alves (18 de 36)



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S. Josemaría nesta data em 1973

Recebe a visita de uma família: a filha mais velha é deficiente mental. Aquele casal que levava esse fardo com grande sentido sobrenatural, fortaleceu a sua atitude, depois de ouvir São Josemaría e de ver o carinho com que trata a sua filha doente. Ao terminar, comenta ao Pe. Javier Echevarría: “Não o esqueças, passará o tempo, eu terei ido prestar contas a Deus, e poderás repetir aos teus irmãos que me ouviste dizer que o sofrimento, quando chega, nós o amamos, o bendizemos e o convertemos num meio de dar glória a Deus, sempre com alegria, o que não quer dizer que não custe”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Globalização responsável

(…), existe uma globalização que é concebida unilateralmente em função dos próprios interesses, quando o que deveria existir era uma globalização em que todos são verdadeiramente responsáveis pelos outros e cada um carrega o fardo de outrem. Nada disto pode ser posto em prática sem apreço pelos valores, de maneira puramente tecno-mercantilista. Em decisões sobre mercado são sempre determinantes também as posições sobre os valores. Para tais decisões é sempre decisivo ainda o nosso horizonte religioso e moral.

(A Caminho de Jesus Cristo – Joseph Ratzinger)

São Lucas, Evangelista

São Lucas nasceu, provavelmente, em Antioquia da Síria. Foi amigo e companheiro de São Paulo, apóstolo, na tarefa da propagação do Evangelho de Jesus Cristo. Toda a sua ciência médica e literária colocou à disposição do grande apóstolo. Entregou-lhe a sua pessoa e seguiu-o por toda a parte. Pertencente a uma família pagã, Lucas converteu-se ao cristianismo. Segundo São Paulo, era médico: “Saúdam-vos, Lucas, o médico amado e Demas" (Colossenses 4,14). Lucas, entretanto, é mais conhecido como aquele que escreveu o terceiro Evangelho. Segundo a tradição, escreveu o seu Evangelho por volta do ano 70. É o mais teólogo dos evangelistas sinópticos (Mateus, Marcos). Ele apresenta-nos uma visão completa do mistério da vida, da morte e da ressurreição de Cristo. Embora escrevesse mais para os gregos do que para os judeus, o seu Evangelho dirige-se a todos os homens. Mostra, com isto, que a salvação que Jesus de Nazaré veio trazer dirige-se a todos os homens. É uma mensagem universal: o Filho do homem veio para procurar e salvar o que estava perdido (Lucas 19,10). De acordo com ele, Jesus é o amigo dos pecadores; é o consolador dos que sofrem. A vinda de Jesus é causa de grande alegria. O Evangelho de Lucas propõe-se como regra de vida não somente para a pessoa em si, mas para toda a comunidade. Daí o seu cunho social. Nele se cumpriu a máxima de Jesus: “bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus”.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Tema para reflexão - Pureza (2)

A santa pureza, parte da virtude da temperança, inclina-nos prontamente e com alegria a moderar o uso da faculdade generativa, segundo a luz da razão ajudada pela fé.

(S. Tomás DE AQUINO, Suma Teológica, 2-2 q. 151 a. 2, ad I)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo
Homilias sobre São Lucas, nº 1,1-2 (a partir da trad. de SC 87, p. 99)

«A fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído» (Lc 1,4)

«Visto que muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram, [...] resolvi eu também, depois de tudo ter investigado cuidadosamente desde a origem, expô-los a ti por escrito e pela sua ordem, caríssimo Teófilo, a fim de reconheceres a solidez da doutrina em que foste instruído» (Lc 1, 1-4).

Antigamente, entre os judeus, um grande número de pessoas presumia ter o dom da profecia, mas alguns eram falsos profetas. [...] O mesmo se passou no tempo no Novo Testamento, em que muitos «empreenderam» escrever evangelhos, mas nem todos foram aceites. [...] A palavra «empreenderam» contém uma acusação velada contra aqueles que, sem terem a graça do Espírito Santo, se lançaram na redacção de evangelhos. Mateus, Marcos, João e Lucas não «empreenderam» escrever mas, cheios do Espírito Santo, escreveram efectivamente os verdadeiros Evangelhos. [...]

A Igreja tem, pois, quatro evangelhos; os hereges têm-nos em grande número. [...] «Muitos empreenderam compor uma narração», mas apenas quatro evangelhos foram aprovados; e é desses que devemos retirar, para trazer à luz, aquilo em que é necessário crer sobre a pessoa do Nosso Senhor e Salvador. Sei que existe um evangelho a que chamam «segundo São Tomé», um outro «segundo Matias» e lemos ainda outros tantos para não fazermos figura de ignorantes diante daqueles que imaginam saber alguma coisa quando já conhecem esses textos. Mas, em tudo isso, não aprovamos nada senão aquilo que a Igreja aprova: admitir apenas quatro evangelhos. Eis o que podemos dizer sobre o texto do prólogo de São Lucas: «Muitos empreenderam compor uma narração dos factos que entre nós se consumaram».

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 18 de Outubro de 2010

São Lucas 10,1-9

1 Depois disto, o Senhor escolheu outros setenta e dois, e mandou-os dois a dois à Sua frente por todas as cidades e lugares onde havia de ir.2 Disse-lhes: «Grande é na verdade a messe, mas os operários poucos. Rogai, pois, ao dono da messe que mande operários para a Sua messe.3 Ide; eis que Eu vos envio como cordeiros entre lobos.4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem calçado, e não saudeis ninguém pelo caminho.5 Na casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz seja nesta casa.6 Se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; senão, tornará para vós.7 Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o operário é digno da sua recompensa. Não andeis de casa em casa.8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei o que vos puserem diante;9 curai os enfermos que nela houver, e dizei-lhes: Está próximo de vós o reino de Deus.