Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A OMS, A GRIPE A E BENTO XVI – Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Foi há dias que, num informal encontro de umas três dezenas de amigos, algures no norte, alguém inocentemente e com a maior seriedade brindou a assistência com a última novidade: a Organização Mundial da Saúde anunciou o fim da pandemia da gripe A! A reacção foi imediata e unânime: estalou a gargalhada geral, que não teria sido mais sonora, nem menos sincera, se essa conspícua entidade internacional tivesse decidido certificar o naufrágio do Titanic, o óbito de Napoleão ou a morte das vítimas do dilúvio universal.

No elevador de um hotel de Fátima, encontrei recentemente uma paradoxal advertência: «em caso de incêndio, mantenha o sangue frio»! Pois é, em tempos tão infelizmente incandescentes, a Organização Mundial da Saúde não conseguiu manter o sangue frio. Pelos vistos, ainda fervilha em febris convulsões de uma mórbida imaginação, pois só assim se compreende que, em plena silly season, se tenha dado ao trabalho de declarar extinta a pandemia que nunca existiu, muito embora anunciada e profetizada como a nova peste bubónica, a que milhões de seres humanos teriam que pagar o pesado tributo das suas inocentes vindas. Salvo as poucas vítimas que, por escassas, não são menos de lamentar, a gripe A poupou-nos, graças a Deus, mas não assim a Organização Mundial da Saúde que, não tendo conseguido matar-nos com o temível vírus H1N1, procura agora assassinar-nos com uma arma ainda mais mortífera: o riso! Haja dó…

Não obstante a pouca fiabilidade das catastróficas previsões, a verdade é que não faltou quem avançasse com rigorosíssimas profilaxias e chorudos negócios: vacinas, máscaras, desinfectantes, etc. Até o templo santo, que se supunha mais imune aos males do século, se viu cenário de severas medidas de prevenção de eventuais contágios, como as aparatosas abluções a que alguns ministros do culto se entregaram escrupulosamente, os mesmos que antes – por sua alta recreação, sem razão teológica nem licença eclesiástica – tinham abolido a prática da lavagem das mãos do celebrante no ofertório, por sinal muito mais litúrgica, funcional e discreta do que essas improvisadas e espectaculares purificações. É de crer que, com o fim da pandemia que, como a pescada, antes de o ser já era, regresse o bom senso, restaure-se a praxe do lavabo e se remetam para as sacristias, de onde nunca deveriam ter saído, os detergentes e as pias de baixa condição.

Em boa hora, Bento XVI esteve em Portugal dias inesquecíveis do mês de Maria. Foi um primeiro incêndio, este não ateado pelo vento nem por criminosas mãos humanas, mas pelo sopro do Espírito, o fogo do amor e da verdade. Para além do sempre surpreendente brilho do verbo inspirado do Vigário de Cristo, ressoou um pouco por toda a parte o bom exemplo da sua piedade, sobretudo nos momentos culminantes das celebrações eucarísticas a que presidiu, em Lisboa, Fátima e Porto. E não terá sido por acaso que o mesmo gesto se repetiu nessas três missas, pois em todas a Sagrada Comunhão foi dada na boca aos fiéis que a receberam, ajoelhados, das mãos do Santo Padre.

Sem querer dar ao facto valor normativo, de que carece, cumpre sublinhar que, em pleno histerismo gripal, a atitude de Bento XVI foi corajosa e inspiradora. Quantos presbíteros, em pleno ano sacerdotal, se comoveram ante a profunda e humilde adoração eucarística do Papa! Quantos leigos agradeceram a Bento XVI esse gesto, que lhes recordou a sua liberdade – que é também um seu direito – de receber a comunhão com essa mesma fé e atitude de veneração! E quantos cristãos, ante o ridículo dos exageros internacionais, das manipulações da opinião pública e, o que é pior, das tentativas de tergiversação da doutrina católica e da perversão da sua expressão litúrgica, sentiram-se confirmados na fé e reafirmados na sua confiança naquela única instituição contra a qual as portas do inferno não prevalecerão!

Bem vistas as coisas, agora que estamos em tempo de rescaldo da inexistente pandemia, bendita gripe A e bendita Organização Mundial de Saúde!

Gonçalo Portocarrero de Almada

In ‘Público’ de 22 de Agosto de 2010

D. Dimas Lara Barbosa expressa posição inegociável da CNBB frente o tema do aborto e as eleições

O jornal ‘O Estado de S. Paulo’, na sua edição de sexta-feira, 20, na página A7, trouxe uma nota afirmando que o secretário-geral da CNBB, D. Dimas Lara Barbosa, “admitiu que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto”. A citação, descontextualizada, leva o leitor a interpretações que não correspondem em absoluto à posição do secretário-geral em relação a este tema. Em face do exposto, o secretário solicitou uma rectificação por parte do jornal que foi publicada na edição deste sábado, 21, na página 2, coluna Fórum dos Leitores.

Publicamos abaixo a íntegra do texto aparecido ontem no Portal web da CNBB:

“Prezado Senhor Director de Redacção,

Foi com desagradável surpresa que vi estampada minha fotografia no topo da página A7 da Edição de hoje, sexta-feira, 20 de Agosto, com a nota de que eu teria admitido que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto.

Gostaria de expressar, mais uma vez, a posição inegociável da CNBB, que é a mesma do Magistério da Igreja Católica, de defesa intransigente da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural. O aborto é um crime que clama aos céus, um crime de lesa humanidade. Isso, evidentemente, não significa que o peso da culpa deva recair sobre a gestante. Também ela é, na maioria das vezes, uma grande vítima dessa violência, e precisa de acompanhamento médico, psicológico e espiritual. Aliás, esses cuidados deveriam vir antes de uma decisão tão dramática.

Os católicos jamais poderão concordar com quaisquer programas de governo, acordos internacionais, leis ou decisões judiciais que venham a sacrificar a vida de um inocente, ainda que em nome de um suposto estado de direito. Aqui, vale plenamente o direito à objecção de consciência e, até, se for o caso, de desobediência civil.

O contexto que deu origem à manchete em questão é uma reflexão que eu fazia em torno da diferença entre eleições maioritárias e proporcionais. No caso da eleição de vereadores e deputados (eleições proporcionais), o eleitor tem uma gama muito ampla para escolher. São centenas de candidatos, e seria impensável votar em alguém que defenda a matança de inocentes, ainda mais com dinheiro público. No caso de eleições maioritárias (prefeitos, senadores, governadores, presidente), a escolha recai sobre alguns poucos candidatos. Às vezes, sobretudo quando há segundo turno, a escolha se dá entre apenas dois candidatos. O que fazer se os dois são favoráveis ao aborto? Uma solução é anular o próprio voto. Quais as consequências disso? O voto nulo não beneficiaria justamente aquele que não se quer eleger? É uma escolha grave, que precisa ser bem estudada, e decidida com base numa visão mais ampla do programa proposto pelo candidato ou por seu Partido, considerando que a vida humana não se resume a seu estágio embrionário.

Na luta em defesa da vida, o problema nunca é pontual. As agressões chegam de vários sectores do executivo, do legislativo, do judiciário e, até, de acordos internacionais. E chegam em vários níveis: fome, violência, drogas, miséria... São as limitações da democracia representativa. Meu candidato sempre me representa? Definitivamente, não! Às vezes, o candidato é bom, mas seu Partido tem um programa que limita sua acção. Por isso, o exercício da cidadania não pode se restringir ao momento do voto. É preciso acompanhar, passo a passo, os candidatos que forem eleitos. A iniciativa da Ficha Limpa mostrou claramente que, mesmo num Congresso com tantas vozes contrárias, a força da união do povo muda o rumo das votações.

Que o Senhor da Vida inspire nossos eleitores, para que, da decisão das urnas nas próximas eleições, nasçam governos dignos do cargo que deverão assumir. E que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir, no ventre de sua própria mãe”.

O texto é assinado por D. Dimas Lara Barbosa, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro e Secretário-Geral da CNBB.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR, excepto no esclarecimento de D. Dimas no qual apenas se adaptou à ortografia prévia ao acordo em vigor e ainda em fase de transição)

S. Josemaría nesta data em 1971

Sente na sua alma, com uma força irresistível que o enche de paz, a frase Adeamus cum fiducia ad thronum gloriae, ut misericordiam consequamur! [Aproximemo-nos, pois, com confiança, do trono da glória, para alcançarmos misericórdia: cfr. Hebr. 4, 16]: “Esta manhã, enquanto tomava o pequeno almoço, o Senhor pôs-me na cabeça estas palavras. São como uma resposta a esse clamor colectivo que ontem, festa do Coração Imaculado de Maria, terá subido ao Céu, porque todos terão rezado muito. Temos de pedir, acolhendo-nos à Misericórdia do Senhor”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Divine Redeemer



Ah! turn me not away, receive me, tho' unworthy!
Hear Thou my cry, behold, Lord, my distress!
Answer me from Thy throne, haste Thee, Lord, to mine aid,
Thy pity show in my deep anguish!
Let not the sword of vengeance smite me,
Tho' righteous Thine anger, O Lord!
Shield me in danger, O Regard me! On Thee, Lord, alone will I call.
O Divine Redeemer! O Divine Redeemer!
I pray Thee, grant me pardon, and remember not my sins!
Forgive me, O divine Redeemer!
Night gathers round my soul; fearful I cry to Thee;
Come to mine aid, O Lord! Haste Thee, Lord, haste to help me!
Hear my cry, Save me, Lord, in Thy mercy;
Hear my cry! Come and save me, O Lord!
O, divine Redeemer! I pray Thee, grant me pardon,
And remember not, O Lord, my sins!
Save, in the day of retribution, from Death shield Thou me, O my God!
O, divine Redeemer, have mercy! Help me, my Savior!

Santa Rosa de Lima e a Eucaristia (vídeo em espanhol)

Santa Rosa de Lima, padroeira da América Latina

Isabel Flores y de Oliva era o nome de baptismo de Santa Rosa de Lima que nasceu em 1586 em Lima, Peru. Os seus pais eram espanhóis, que se haviam mudado para a rica colónia do Peru. O nome Rosa foi-lhe dado carinhosamente por uma empregada índia, Mariana, pois a mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: Você é bonita como uma rosa!

Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira de São Francisco, pediu e obteve licença de fazer os votos religiosos em sua própria casa, como terceira dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais. A cama era um saco de estopa, levando uma vida de austeridade, de mortificação, de abandono à vontade de Deus. Vivia em contínuo contacto com Deus, alcançando um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Soube compreender em profundidade o mistério da paixão, morte de Jesus, completando na sua própria carne o que faltava à redenção de Cristo. Era muito caridosa e em especial com os índios e com os negros.

Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, passava o dia inteiro em oração: "Este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia. E foi exactamente assim. Morreu depois de grave enfermidade no dia 24 de Agosto de 1617, com apenas 31 anos de idade.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Tema para breve reflexão - Pecado habitual

Uma casa não se derruba por um impulso momentâneo. A maior parte das vezes é por causa de um velho defeito de construção. Por vezes, é o prolongado desleixo dos seus moradores que motiva a penetração da água. A principio infiltra-se gota a gota e vai insensivelmente carcomendo o madeiramento e apodrecendo a armação. Com o tempo o pequeno orifício vai tomando maiores proporções, originando-se gretas e desmoronamentos consideráveis. No final, a chuva penetra em torrente.

(CASIANO, Collaciones, 6, trad do castelhano AMA)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Pe. Raimondo M. SORGIA Mannai OP (San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus

Hoje, o Senhor nos quer iluminar sobre um conceito que em si mesmo é elementar, mas que poucos chegam aprofundar: guiar para o desastre não é guiar à vida, senão à morte. Quem ensina morrer ou matar aos demais não é um mestre da vida, senão um “assassino”.

O Senhor hoje está — diríamos — de mau-humor, está justamente enfadado com os guias que extraviam ao próximo e lhe tiram o gosto de viver e, finalmente, a vida: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós» (Mt 23,15).

Há gente que tenta de verdade entrar no Reino dos Céus, e tirar esta ilusão é uma culpa verdadeiramente grave. Têm se apoderado das chaves da entrada, mas para eles representam um “brinquedo”, algo chamativo para ter pendurado no cinturão e nada mais. Os fariseus perseguem os indivíduos, e “andam a caça” para levá-los a sua própria convicção religiosa; não à de Deus, senão à própria; com o fim de convertê-los não em filhos de Deus, senão do inferno. O seu orgulho não eleva ao céu, não conduz à vida, senão à perdição. Que erro tão grave!

«Guias — diz-lhes Jesus — cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo» (Mt 23,24). Todo está trocado, revolvido; o Senhor repetidamente tentou destapar as orelhas e desvendar os olhos dos fariseus, mas diz o profeta Zacarias: «Eles, porém, não quiseram escutar: voltaram-me as costas, revoltados, e taparam os ouvidos para nada ouvir» (Za 7,11). Então, no momento do juízo, o juiz emitirá uma sentença severa: «Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!» (Mt 7,23). Não é suficiente saber mais: faz falta saber a verdade e ensiná-la com humilde fidelidade. Lembremo-nos do que disse um autêntico mestre da sabedoria, Santo Tomás de Aquino: «Enquanto louvam a sua própria bravura, os soberbos envilecem a excelência da verdade!»

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 23 de Agosto de 2010

São Mateus 23,13-22

13 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que fechais aos homens o Reino dos Céus, pois nem vós entrais, nem deixais que entrem os que quereriam entrar.14 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que devorais as casas das viúvas a pretexto de longas orações! Por isto sereis julgados mais severamente.15 Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que correis o mar e a terra para fazerdes um prosélito e, depois de o terdes feito, o tornais filho do inferno duas vezes pior do que vós.16 «Ai de vós, guias cegos, que dizeis: “Se alguém jurar pelo templo, isso não é nada, mas o que jurar pelo ouro do templo, fica obrigado!”.17 Insensatos e cegos! Pois que é mais, o ouro ou o templo, que santifica o ouro?18 E dizeis também: “Se alguém jurar pelo altar, isso não é nada, mas quem jurar pela oferenda que está sobre ele, fica obrigado”.19 Cegos! Qual é mais: a oferta ou o altar que santifica a oferta?20 Aquele, pois, que jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele,21 e quem jura pelo templo, jura por ele e por Aquele que habita nele,22 e quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por Aquele que está sentado sobre ele.