Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Somos uma Cultura Cristã !

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Somos uma Cultura Cristã. Temos que o assumir sem preconceitos.

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Beethoven Piano Concerto No. 5 in E-flat major, Op. 73

Sacerdotes brasileiros na Terra Santa

Regina coeli laetare

Mais um sinal dos tempos

Surpreendente e deplorável. Foi assim que o Papa definiu o modo como a justiça belga desencadeou, na semana passada, as investigações sobre os casos de pedofilia na Igreja.

A polícia interrompeu a reunião da conferência episcopal. Os bispos belgas ficaram fechados numa sala durante 9 horas. Confiscaram-lhes os telemóveis e todos os computadores e documentação, fizeram buscas às suas residências privadas. Todos os bispos foram interrogados pela polícia, que também revistou a catedral de Malines. Chegaram mesmo a revistar os túmulos dos cardeais Suenans e Van Roey à procura de documentos escondidos. E nada encontraram.

Uma atitude “inverosímil e sem precedentes, nem mesmo no tempo dos antigos regimes comunistas”, comentou o actual secretário de Estado do Vaticano, cardeal Bertone.

Teoricamente, a justiça pode fazer o que fez. Mas serão adequados os meios que utilizou?

Este é o procedimento que a justiça costuma aplicar para as associações de malfeitores, para traficantes de droga ou de armas, para pessoas sem escrúpulos.

Este tipo de métodos é utilizado quando se trata de criminosos que – à partida - já se sabe que não vão colaborar com a justiça.

É um sinal dos tempos que, para a Bélgica, a Igreja faz parte deste grupo.

Aura Miguel

(Fonte: site Rádio Renascença)

Nota de JPR: Que me desculpe a autora a quem muito respeito e admiro, mas acrescentaria ao título ‘…um triste e vergonhoso…’

CARACTERÍSTICAS DO EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS

O Evangelho segundo São Mateus é uma obra divino-humana. Deus, que é o autor principal do livro e que Se serve do autor humano como de um instrumento, chega mais além da intenção deste. Assim, no Evangelho de São Mateus fala-nos o homem, o apóstolo e o Evangelista. Mas, sobretudo, fala-nos o próprio Deus. Por isso os intentos honrados para examinar, estudar e explicar este Evangelho - como toda a Sagrada Escritura em geral -, reconhecem a insuficiência para o compreender em toda a sua profundidade.
Mas Deus inspirou o livro a um determinado homem para nos revelar algo de Si mesmo e para que, posto nas mãos da Sua Igreja, fosse para nós compreensível e nos ajudasse a obter a nossa santificação e salvação eterna. O Evangelho de São Mateus é, dentro do conjunto da Sagrada Escritura, um dos dons divinos mais preciosos. E nós devemos agradecer a Deus, em primeiro lugar, este dom; mas também ao homem que o escreveu com o seu esforço e com a graça da divina inspiração.

O EVANGELHO DOS DISCURSOS DO SENHOR
Tem-se qualificado assim por conter os cinco extensos discursos de Nosso Senhor, a que aludimos. Através deles podemos perceber as palavras de Jesus e assistir à Sua pregação. Não se deve esquecer, porém, que, visto que a Bíblia foi escrita sob a inspiração do Espírito Santo e tem Deus como autor principal, toda ela - e não apenas estes discursos - é verdadeiramente palavra de Deus, e «tudo o que o hagiógrafo (isto é, o autor humano) afirma, enuncia ou insinua, deve reter-se como afirmado, enunciado, ou insinuado pelo Espírito Santo»[1].
Estes cinco discursos são: o da montanha (caps. 5-7); o de missão (cap. 10); o das parábolas (cap. 13); o «eclesiástico» (cap. 18); e o escatológico (caps. 24-25).
Há outros discursos de menor extensão, como o das invectivas contra os fariseus e escribas (23,13-36) e os de algumas controvérsias com os fariseus (12,25-45).
Geralmente, tais discursos vão precedidos de outros passos, em que se expõe mais directamente o desenvolvimento da história evangélica: parte narrativa e parte discursiva ajudam-se mutuamente para nos fazerem compreender as profundas significações dos factos e dos ditos de Jesus.

O EVANGELHO DO CUMPRIMENTO
Embora os quatro Evangelhos tivessem sido escritos para todos os homens de todos os tempos, lugares e condições, Deus quis que cada um destes escritos tivesse tido, além disso, uns destinatários imediatos. Neste sentido, é claro que o primeiro Evangelho foi escrito num meio e para uns cristãos procedentes do judaísmo, ainda que, sem dúvida, seja evidente também que transcende tais circunstâncias concretas. Por isso São Mateus procura, com peculiar esmero, mostrar como na Pessoa e na obra de Cristo se cumpre todo o AT: em momentos especialmente relevantes da história de Jesus, o Evangelista faz notar expressamente que «assim se cumpriu o que tinha dito Deus por meio do profeta» ou alguma outra frase semelhante. Tal característica, muito acentuada, do primeiro Evangelho, fez que se lhe chamasse «o Evangelho do cumprimento»[2]. Esta compreensão do AT à luz do Novo não é exclusiva do Evangelho segundo São Mateus, pois é a doutrina comum que Jesus ensinou a todos os Seus discípulos e que o Espírito Santo lhes continuou a ensinar: é a ciência do «entendimento das Escrituras»[3]. Mas indubitavelmente tal «inteligência das Escrituras» do AT era de particular relevância para a evangelização dos judeus e para a sua posterior catequese.

JESUS O MESSIAS REJEITADO
Todos os livros do NT ensinam de mil formas que Jesus é o Messias prometido - isto é, o Cristo -, o Senhor (o Kyrios) e o Filho de Deus. Junto com, esta revelação acerca de Cristo, todo o NT revela também o mistério de Deus, Uno em essência e Trino em Pessoas.
Mas dentro dessa doutrina comum e geral, a destinação imediata a cristãos procedentes do judaísmo torna-se patente pelos acentos especiais que usa o primeiro Evangelho.
Em harmonia com o que se disse do «Evangelho do cumprimento», explica-se aqui como o começo da pregação pública de Nosso Senhor e o resplendor da luz messiânica[4], que tinha sido profetizada por Isaías[5]. Do mesmo modo, as primeiras curas de Jesus[6] 6 são apresentadas como cumprimento dos oráculos dos Profetas, em especial de Isaías[7].
Sobretudo o primeiro Evangelho contém ensinamentos e factos que iluminam, na sua profundidade e dramatismo, o mistério da reprovação de Jesus, o Messias prometido ao longo do AT, por parte dos dirigentes judaicos, que arrastaram atrás de si boa parte do povo. O Evangelista, guiado pela luz da inspiração divina, vai respondendo de diversas maneiras a esse mistério: umas vezes, ao relatar os episódios da repulsa de escribas, fariseus e príncipes dos sacerdotes em relação a Jesus, ou os sofrimentos da Sua Paixão, faz ver como esses acontecimentos da vida de Cristo não são uma frustração do plano divino, mas estavam previstos e anunciados pelos Profetas do AT, e são o seu cumprimento[8]. Outras vezes explica como ao rejeitar o Messias Israel não quebrou a linha de comportamento anterior, mas completou a história das suas infidelidades diante do amor e da generosidade de Deus[9].
Em qualquer dos casos, o Evangelho mostra a dor de Cristo pelo amor não correspondido e o castigo que ameaça Israel se não se emenda[10].

O EVANGELHO DO REINO
São Mateus fala 51 vezes do Reino; São Marcos 14, e São Lucas 39. Mas enquanto estes últimos usam a frase «o Reino de Deus», Mateus, excepto cinco vezes, utiliza «o Reino dos Céus». Esta era certamente a expressão habitual de Jesus, a julgar pelo costume judaico daqueles tempos de não pronunciar por respeito o nome de Deus, substituindo-o por expressões equivalentes como «os Céus». O Reino de Deus instaura-se com a chegada de Cristo (cfr nota a Mt 3,2); Jesus explica, especialmente nas parábolas, as características do Reino (cfr nota a Mt 13,3). Estes aspectos são postos em realce pelo primeiro Evangelho, chamado por isso «o Evangelho do Reino».

A DIVINDADE DE JESUS
A Divindade de Cristo é afirmada de diversas maneiras no Evangelho de São Mateus. Desde a concepção de Jesus por obra do Espírito Santo (Mt 1,20), até à fórmula trinitária do Baptismo no final (Mt 28,19), o nosso Evangelho afirma e insiste em que Jesus, o Cristo, é o Filho de Deus. São umerosos os passos que mencionam as relações entre o Pai e o Filho: Jesus é o Filho do Pai, o Pai é Deus e o Filho é igual ao Pai.
Alguns textos põem também no mesmo nível o Pai, o Filho e o Espírito Santo (o mais célebre é o mencionado em Mt 28,19). Isso quer dizer que a revelação da Santíssima Trindade, que foi feita expressamente por Jesus Cristo, é afirmada no Evangelho de São Mateus em relação com a revelação de Jesus como Filho do Pai, e Deus como Ele.
À luz desta verdade essencial de que Jesus é o Filho de Deus. Todos os outros títulos messiânicos, com que o AT preanunciou Jesus, ficam na sua plena inteligência: Filho de David, Rei, Filho do Homem, Messias, Senhor.

O EVANGELHO «ECLESIÁSTICO»
Assim foi também chamado o nosso Evangelho.
A razão estriba em várias observações: uma é que já o próprio nome de Igreja aparece três vezes[11]; outra é que a Igreja, sem ser nomeada expressamente assim, é percebida por detrás da narração: insinuada de diversas formas em bom número de parábolas; anunciada a sua fundação e explicitamente expressada na promessa do Primado a Pedro[12]; incipiente de algum modo no discurso do cap. 18; vista em figura em alguns episódios, p. ex., o da tempestade acalmada[13]; insinuada como o novo e verdadeiro Israel na parábola dos vinhateiros homicidas[14]; fundamentada a sua missão de instrumento universal de salvação no mandato missionário da parte final do Evangelho. Em resumo, a Igreja está a palpitar ao longo do texto evangélico, e sempre presente na mente e no coração do Evangelista, que é como dizer na mente e no coração de Jesus Cristo.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
Do que dissemos acerca do conteúdo e da estrutura, pode ver-se já que o primeiro Evangelho tem uma forte unidade, também literária, em que cada parágrafo, não só pelo que diz, mas também pela circunstância e enquadramento em que o diz, está cheio de intencionalidade. A medida que vai lendo pode o leitor apreciar a insondável profundidade deste escrito, e descobre novas insinuações, simbolismos, evocações, que amplificam o horizonte doutrinal, que já nas primeiras leituras aparecia grandioso.
O Evangelista deixa ver facilmente o seu cuidado pela precisão e clareza na exposição da doutrina. Com o seu estilo conciso, sóbrio e ponderado, apodera-se do leitor, ao qual vai exigindo a sua adesão. Uma leitura continuada do livro penetra até ao fundo da alma de maneira vigorosa e põe-na diante do mistério, surpreendente e entranhável ao mesmo tempo, de Jesus Cristo.
Finalmente, alguém observou que o estilo peculiar de São Mateus faz com que as suas frases sejam talvez as mais fáceis de reter na memória, e as que com mais espontaneidade nos vêm aos lábios. Sob este aspecto, pode dizer-se que este Evangelho é o primeiro livro de catequese cristã.

O EVANGELHO DE SÃO MATEUS NA VIDA DA IGREJA
Desde fins do século I, com o Papa São Clemente, temos documentado um preponderante uso do texto de São Mateus em todos os ensinamentos do Magistério da Igreja.
Os Padres mais antigos citam-no constantemente. Os Padres do fim da idade antiga comentam-no amplamente (p. ex., noventa longas homilias de São João Crisóstomo) e o mesmo acontece com os grandes doutores da Idade Média (p. ex., São Tomás de Aquino) e com os escritores eclesiásticos posteriores. (BSAFTUN)


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[1] Cf Dei Verbum, 11.
[2] Cf p. ex. Mt 1, 23; 2,6.1517-18; 3,34; 4,4. 14-16; 5,17; 21,4-5.16; 26,31; 27,9-10.
[3] Cfr p. ex. Lc 24,32.45; Act 8,35.
[4] CfrMt4,13-17.
[5] Cfr Is 8,23-9,1.
[6] Cfr Mt 8,16-17.
[7] Cfr Is 53,4-5.
[8] Cfr Mt 12,17; 13,35; 26,54.56; 27,9; ete. 9 Cfr p. ex. Mt 21,28-44; 23,9-33.
[9] Cf p. ex Mt 21,28-44; 23,9-33.
[10] Cfr Mt 23,37-39.
[11] Cfr Mt 16,18; 18,17 duas vezes. 12 Cfr Mt 17-19.
[12] Cf Mt 17-19
[13] Cfr Mt 8,23-27.
[14] Cfr 21,33-45.

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Mensagem de António Mexia Alves ao Pe. Nuno Serras Pereira

«Caríssimo P. Nuno

Não posso estar mais de acordo com o seu escrito. Para lhe dizer a verdade o Marcelo Rebelo de Sousa - que conheço desde miúdo, mas não sou íntimo - maça-me que se farta quando, por causa de outros, tenho de o ouvir a perorar com o seu ar sapientíssimo de quem diz verdades como punhos que não admitem contestação.

Bem, de facto, ele, é cristão, foi baptizado e o Marcelo Caetano foi o seu padrinho, mas católico... tenho muitas dúvidas.

Pelos vistos, há pelo menos mais uma pessoa que está de acordo comigo. Sinto-me muito bem por não estar só.

Um abraço amigo»

A laicidade do Estado contra a discriminação religiosa


Naqueles países islâmicos, onde a diferença entre cristãos e muçulmanos se joga no campo da justiça social e dos direitos humanos fundamentais, a liberdade religiosa e de ensino está estreitamente ligada à questão da laicidade do Estado. É um dos muitos pontos surgidos durante o encontro anual do Comité Científico da Fundação Oasis, realizado entre os dias 21 e 22 de Junho em Jounieh, no Líbano, sobre o tema “A educação entre fé e cultura”.

Na Indonésia, por exemplo, as relações entre cristãos e muçulmanos, apesar das pseudo-guerras civis iniciadas nas Molucas e na região de Poso entre 1999 e 2002 e que produziram quase 10 mil vítimas, não diminuíram, pelo contrário solidificaram-se. Isso porque à islamização da Indonésia dos últimos 30 anos não se seguiu o nascimento de um Islão político e a maioria dos muçulmanos – que representam 87% do país – acredita que o Estado não deve impor algum tipo de prática religiosa. Além do mais este movimento levou a um isolamento dos sectores extremistas, como afirma padre Franz Magnis-Suseno, Jesuíta indonésio de origem alemã, que vive na Indonésia há quase 50 anos.

No Paquistão, ao invés, onde o direito se baseia na sharia, isto é na lei islâmica, os cristãos, que representam 1,6% da população, são considerados cidadãos de série B, porque são vistos como os representantes dos países ocidentais envolvidos de vários modos nos conflitos no Médio Oriente. O governo do País permanece entrincheirado atrás de desculpas da guerra contra o terrorismo e da identidade islâmica e opõe-se à abolição de normas que descriminam os não muçulmanos como a chamada lei sobre a blasfémia que prevê a prisão ou também a pena de morte para quem insulta ou profana o Corão e o nome do Profeta Maomé. Esta norma tornou-se, de facto, fonte de contínuas violências contra os cristãos e fiéis de outras religiões, com base muitas vezes em acusações falsas ou motivadas por interesses de parte, como explica Francis Mehboob Sada, director do Christian Study Centre junto à Rawalpindi e da Associação de Imprensa Católica do Paquistão.

Em 2009 no Paquistão numerosas famílias cristãs, acusadas de blasfémia, foram objecto de perseguição e obrigadas a fugir das suas casas enquanto em Gojra, no Punjab oriental, uma multidão enraivecida ateou fogo em diversos edifícios e algumas pessoas foram queimadas vivas. A sua única culpa, era a de serem cristãos.

“A Indonésia foi teatro de muitos ataques terroristas que levaram a corrente muçulmana dominante a opor-se aos fundamentalistas, e assim as nossas relações com este ramo do Islão solidificaram-se precisamente graças ao terrorismo que levou ao isolamento dos grupos radicais”.

“Sou moderadamente optimista sobre o desenvolvimento da Indonésia. Como vocês sabem a Indonésia é uma democracia de 12 anos. E temos ainda muitas fragilidades apesar da democracia ter-se fortemente enraizada na alma indonésia. Sou todavia optimista que a liberdade religiosa, o comportamento em geral à abertura e à positividade vencerão um dia neste país”.

“Nos últimos anos foram muitos os abusos ligados à lei sobre a blasfémia e até agora se registaram mais de 15 mil casos. E a punição por este crime é a morte, de facto, se se é acusado de blasfémia se pode facilmente ser morto. E nós somos totalmente contrários a esta lei, e queremos que seja revogada, mas o Parlamento não nos é ajuda”.

“Até agora os cristãos estiveram sempre do lado do Estado, comprometidos no sector da educação e da assistência médica, mas por causa deste extremismo estamos sofrendo muito. Em 1998 foi incendiado completamente o vilarejo de Shanti Nagar e no ano passado em Gojra sete pessoas foram queimadas vivas tudo isso é muito triste”.

(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Aborto, lei e factos

A nossa prática tem sido a de discutir os efeitos e as consequências dos fenómenos que vão ocorrendo nas sociedades sem qualquer valoração das respectivas causas, que permanecem ocultas ou num limbo. Como é da nossa natureza acreditar que compete ao legislador resolver essas questões. Liberalizar tornou-se uma palavra de ordem e a invenção de uma agenda fracturante permitiu remeter para a via legislativa problemas incómodos e transformá-los em delirantes bandeiras ideológicas. Uma receita culturalmente manhosa para a dimensão das questões.

Eram já conhecidos indicadores preocupantes no que se refere ao aborto após a aprovação da lei, mas ficámos agora a saber, pela voz do presidente do Conselho Nacional de Ética, que os resultados vão no sentido oposto do que foi propagado pelos que promoveram a liberalização e viabilizaram a lei: 50% das mulheres que fazem aborto faltam à consulta de planeamento familiar obrigatória 15 dias depois; há mulheres que fazem, no Serviço Nacional de Saúde, dois ou três abortos por ano; o número de abortos aumentou de 12 mil para 18 mil em 2008 e para 19 mil em 2009.

São os riscos de legislar num clima de contenda ideológica sobre questões que têm a ver com a vida e a morte, com o respeito e a dignidade, com a responsabilidade individual e colectiva, com princípios básicos de civilização. Este núcleo duro foi e é o âmago da questão e não devia ser varrido por argumentários que parecem ignorar o essencial da condição humana e o valor das vítimas, de todas as vítimas do aborto.

É também um exemplo de má fé legislativa: os adeptos do "sim" sabiam que esta lei não iria resolver nada e, pelo contrário, agravaria a situação. Ninguém com um mínimo de conhecimento da realidade, das causas que estão na origem do aborto, da heterogeneidade das situações, da desigualdade das condições podia, de boa-fé, acreditar na bondade da lei. Aceitaram-se como bons dados forjados, ouviram-se peritos escolhidos à la carte, criou-se um discurso ditatorial, explorou-se a compaixão das pessoas e apagou--se o histórico.

Volto por isso ao ponto onde sempre estive, com as mesmas preocupações que sempre senti e que agora parecem ser partilhadas pelo presidente da Comissão Nacional de Ética. Uma lei que liberaliza, que consagra o aborto a pedido sem necessidade de qualquer justificação, é uma lei que institui a violência pela consagração de medidas desproporcionais e banaliza um acto que, em qualquer circunstância, é sempre de extrema gravidade. Criou-se nesta, como em outras questões éticas, uma cultura desumana assente na exaltação do egoísmo e da irresponsabilidade: da mulher em relação a si própria, em relação a um terceiro cujo direito a nascer é preterido ao menor capricho, em relação à sociedade em geral que não se revê num desmazelo militante cuja factura não quer pagar, em relação aos profissionais de saúde que abraçaram uma vocação assente em valores que estes actos violentam, e que estão na primeira linha de um SNS de recursos escassos e necessidades crescentes.

E, tal como então previmos, confirma-se agora uma perversidade adicional desta lei que funcionou como analgésico das más consciências públicas e privadas quanto às causas do aborto que merecem ponderação: o combate à pobreza das mulheres, a criação de meios efectivos para orientar, informar e criar alternativas, apoios à maternidade, um planeamento familiar eficaz e acessível.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Ética é preciso coragem para rever aspectos negativos da actual lei. Que coragem e para quê? Para pôr de lado hipocrisias e oportunismos políticos e corrigir uma lei profundamente atingida por equívocos? Ou bastará a pequena coragem do remendo legislativo que dissolva a incomodidade das evidências e devolva a todos uma benévola sonolência?

Maria José Nogueira Pinto

(Fonte: DN online)

S. Josemaría nesta data em 1974

Está em Santiago do Chile. No colégio Tabancura, durante uma reunião com centenas de pessoas, dirige-se a uma professora: “Tu, na alma dessas criaturas, nos corações dessas criaturas – que às vezes parecem pequenos rebeldes; mas não, são brincalhões –, com os teus dedos modelas os ensinamentos cristãos e a cultura que deve ter hoje uma pessoa. Tem um pouco de calma! Se ainda por cima dás – como estás a dar – o teu bom exemplo, o teu espírito de sacrifício…”

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Pater Noster ( João Paulo II- 1982) Missa da Coroação, emocionante e com grande qualidade audio e vídeo



A saudade do Venerável João Paulo II, a emoção com que vimos e ouvimos este vídeo corresponde ao nosso amor aos Romanos Pontífices.

Que Deus Nosso Senhor proteja e guie o nosso actual amadíssimo Santo Padre Bento XVI!

A CENTRALIDADE DA PALAVRA

Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.»
O Senhor respondeu-lhe: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»
Lc 10,38-42


«Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»

Maria escolheu a Palavra!
A Palavra é o próprio Deus.
Sem a Palavra nada mais tem sentido.
Por isso a Palavra é central à vida de todo o cristão e toda a sua vida tem de ser orientada e vivida pela Palavra.
E a centralidade da Palavra é perfeitamente compreendida nesta passagem da Bíblia.

Reparemos que antes deste encontro com Marta e Maria, o evangelista Lucas nos narra a Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus para bem fazer entender o mandamento do amor. Lc 10, 25-37
Esta parábola leva-nos à vivência do amor, a Deus e aos outros, leva-nos a entender que a nossa vida cristã tem de ser também acção, obra, testemunho permanente do amor de Deus em nós, e para os outros.
Ora este amor de Deus a cada um e de cada um para os outros, é-nos transmitido na Revelação do próprio Deus, é-nos transmitido portanto, na Palavra e pela Palavra.
Mas a seguir, Lucas conta-nos como Jesus ensinou os seus discípulos a orarem, prosseguindo com vários ensinamentos sobre a oração. Lc 11,1-4ss
A oração, alimento do cristão, é-nos então dada na Palavra, sai da Palavra e é suscitada pela Palavra.
Maria, sentada aos pés de Jesus, tem não só uma atitude de escuta, mas também uma atitude orante, que leva à intimidade com o Senhor.
E não é a oração individual, (e até a colectiva), um diálogo íntimo e pessoal com Jesus Cristo?
Não é na oração que amamos a Deus, que Lhe prestamos o nosso louvor e até intercedemos pelos outros?
Não é na oração que nos unimos a Cristo, e que com o mesmo Cristo, nos unimos aos outros?

Então é a escuta da Palavra que nos leva á oração, pela oração à comunhão com Cristo e com os outros, e nessa comunhão à acção vivida do mandamento do amor.

Então a Palavra, que se faz e nos leva à oração, faz também da acção uma oração na vivência da Palavra!

Então acolher a Palavra e vivê-la, é fazer da vida uma oração, no diálogo e na acção, nas obras, tudo em comunhão com Deus, que se faz tudo em nós, servindo-se de nós na nossa entrega ao seu amor.

A oração de hoje podemos esquecê-la amanhã, a acção de hoje sairá da nossa memória passado um tempo, mas a Palavra fica, e é semente permanente que dá fruto na oração e na acção.

Por isso:
«Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»

Monte Real, 1 de Julho de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/07/centralidade-da-palavra.html

Gregoriano

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja
Homilias sobre os Evangelhos, I, 21 ; CCL 122, 149-151 (a partir da trad. Orval rev.)

«À mesa com Jesus»

«Encontrando-Se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e Seus discípulos.» Procuremos compreender com maior profundidade o acontecimento até aqui relatado. Mateus não quis apenas oferecer ao Senhor uma refeição material na sua morada terrestre mas, com a sua fé e amor, preparou-Lhe na verdade um banquete na casa do seu coração, como dá testemunho aquele que diz: «Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele Comigo» (Ap 3,20).

Sim, o Senhor está à nossa porta e bate quando torna o nosso coração atento à Sua vontade, seja através da palavra dos que a ensinam, seja por inspiração interior. Abrimos a porta ao chamado da Sua voz quando livremente aceitamos os Seus ensinamentos interiores ou exteriores e quando, tendo compreendido o que devemos fazer, o cumprimos. E Ele entra para cear, Ele connosco e nós com Ele, porque Ele mora no coração dos Seus amigos, pela graça do Seu amor, para os alimentar Ele próprio, eternamente, com a luz da Sua presença. Assim, os desejos dos Seus amigos tornam-se cada vez mais elevados, e o próprio Se Senhor alimenta do zelo destes para com o céu, como do mais delicioso alimento.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 2 de Julho de 2010

São Mateus 9,9-13

9 Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus, que estava sentado na banca das cobranças, e disse-lhe: «Segue-Me». E ele, levantando-se, O seguiu.10 Aconteceu que, estando Jesus sentado à mesa em casa deste homem, vieram muitos publicanos e pecadores, e se sentaram à mesa com Jesus e com os Seus discípulos.11 Vendo isto, os fariseus diziam aos Seus discípulos: Por que motivo come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?12 Jesus, ouvindo isto, disse: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos.13 Ide, e aprendei o que significa: “Quero misericórdia e não sacrifício”. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».