Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 22 de junho de 2010

EMAÚS

Só agora, ao fim do dia, dei por Ele.

Não o tinha visto.

Mirei-O, falei com Ele até, mas, na verdade não O vi, quero dizer não O reconheci.

Os meus olhos olhavam sem ver, os meus ouvidos escutavam sem entender, o meu coração estava ausente, noutro lugar, as minhas preocupações, as "minhas coisas" ocupavam-me os pensamentos - todos! -.

Ah! e a minha cruz?

Claro, a minha cruz!

Pesava-me nos ombros, e eu arrastava-a, puxava por ela.

Todo o dia foi assim.

Agora, ao cair da noite, apaziguadas as coisas, sossegado o espírito, extinto o desejo de conseguir isto e aquilo, agora, voltei-me e vi-o, ali, onde sempre esteve, durante todo o dia! Envergonhadíssimo, só Lhe disse:

É tarde, Senhor, cai a noite. Fica comigo.

(AMA, Meditação, 2006.04.19.04)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Mozart Piano Concerto No. 9, Mitsuko Ushida



Recordare, Virgo mater, in conspectu Dei, ut loquaris pro nobis bona, et ut avertat indignationem suam a nobis.

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SARAMAGO: TANTO BARULHO POR NADA

Saramago não ofendeu Deus: ofendeu, isso sim, a literatura. Em 171 páginas de um enredo típico dos guiões de telenovela, não descortinamos nada de sublime, um assomo que seja de boa literatura. Ainda que se possa exceptuar duas ou três frases, todo o resto é forçado, infantil, tosco. A desmontagem que se reclama fazer do Antigo Testamento serve apenas a desmontagem da sua escrita. E o que resta dela? Uma algaraviada de ideias desconjuntadas, com as emendas à vista, sem requinte de linguagem, reforçada por um incomodativo discurso de cumplicidade com o leitor, e uma caterva de ideias feitas servidas de boçalidade e, pior, de imprudência linguística em forma de jargão militante. Na melhor das hipóteses, o leitor sente-se enganado, julgando estar a ler um dos indefectíveis discípulos de Saramago, em cópia mal amanhada. Há, aliás, um tom narrativo quase didáctico, como se Saramago fizesse questão de escrever para uma turma cabotina, pouco acostumada a ler a Bíblia, explicando-a – mal – em tom pretensamente irónico. Mas o que é ou pretende ser ironia em Caim acaba por tornar-se um exercício canhestro (como as patas do burro) de enumeração de narrativas bíblicas que, segundo o autor, lhe servem o propósito de ofender a figura do Deus cristão: contámos cerca de 15 ofensas a Deus – desde o filho da puta (p. 82) ao maléfico/ maligno/cruel (pp. 85, 86, 106, 127, 145), passando pelo materialista opulento (p. 112), desavergonhado (p.113), vingativo (p. 121), injusto (p. 136), incapaz de nos amar (p. 143), estúpido (p. 150), invejoso (p. 164) e caricaturável (p. 173). Em suma, um manual de maus costumes. Mas se Saramago transformou uma obra literária - que é, apesar de valor ínfimo - num ajuste de contas, talvez tenha perdido algum tempo: podia dizer tudo isto numa crónica de jornal e invectivar Deus ainda de outras formas. Nada acrescentaria nada.

Saramago usou ainda de artifícios rudimentares, como o de criar diálogos infantis (a roçar o ridículo), para chegar a conclusões previsíveis, mesmo antes de as expor. Apresenta Caim como uma espécie de antí-herói que lhe serve de suporte para uma consciência magoada e crítica de um Deus arbitrário. Usa ainda o sistema operatório das "mudanças de presente" para condensar a narrativa, tornando-a inverosímil e completamente postiça. Usa e abusa de expressões deslocadas no tempo, no sentido de parodiar aquilo que acha paródico, esquecendo que a sua obra se torna, ela mesma, um arremedo sem eira nem beira. Passa, de forma abrupta, de sequência a sequência, sem transições prudentes. Enfim, Saramago esgotou todas as possibilidades do mau gosto para chegar a um fim: o de desmascarar o Deus do Antigo Testamento, através de episódios bíblicos (o sacrifício de Isaac, Sodoma e Gomorra, etc.). Faltou-lhe o talento e a técnica. E aos leitores prestou apenas um serviço informativo e formativo, no pior sentido desta palavra. Escreveu ao serviço de um seguidismo serôdio e cego.

Como militante comunista, sinto-me envergonhado. Primeiro, porque Saramago parece querer responder a um certo apelo ideológico da esquerda que se molda no jacobinismo mais rasteiro. Depois, porque acredito que o Partido Comunista (como outros) conta nas suas fileiras com pessoas que se distinguem pela qualidade do seu trabalho e da sua arte, e sobretudo pela honestidade com que o fazem. E a obra Caim de maneira nenhuma se ajusta a esses princípios. Estou ainda pasmado pelo facilitismo de Saramago e pelo facto de certa imprensa abrigar de forma escandalosa um produto medíocre, apressado e sem classificação literária. Falar de Deus, porque se trata de Deus, não é o mesmo que dizer coisas relevantes.

António Jacinto Pascoal,
militante do PCp, Arronches

Carta a Director, publicada no Público de 30 de Outubro de 2009

S. Josemaría nesta data em 1933

Apercebe-se de uma intervenção directa de Deus na sua alma. Numa nota manuscrita deixa escrito o sucedido: “Só, numa tribuna desta igreja do Perpétuo Socorro, procurava fazer oração diante de Jesus Sacramentado exposto na custódia, quando, por um instante e sem chegar a concretizar-se nenhuma razão – não existem -, veio à minha consideração este pensamento muito doloroso: «e se tudo isto é uma mentira, ilusão tua, e estás a perder o tempo… e – o que é pior ainda – o fazes perder a tantos outros?». Foi coisa de segundos, mas como se sofre! Então falei a Jesus, dizendo-lhe: «Senhor (não à letra), se a Obra não é tua, destrói-a agora mesmo, neste momento, de maneira que eu o saiba».

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Aniversário da Ordem da Visitação


No mês do Sagrado Coração de Jesus e no encerramento do Ano Sacerdotal, na sexta-feira passada, 11 de Junho, celebrou-se na localidade de Paray-Le-Monial, França, os 400 anos de fundação da Ordem da Visitação da Santa Maria. Esta congregação foi criada por Santa Juana Fremiot de Chantal e por São Francisco de Sales. Sua espiritualidade cimenta-se na humildade e na doçura. Uma vida profundamente contemplativa, oculta, autêntica, alegre e fraterna.

A comemoração teve início com a celebração de uma Missa solene na capela das aparições do Sagrado Coração de Jesus. Aqui, a Santa Margarita Maria de Alacoque, religiosa da visitação, recebeu as confidências de seu amor divino. A cerimónia foi presidida por D. Benoît Rivière, Bispo de Autun.

À tarde, teve lugar a procissão do Santíssimo Sacramento. A comitiva saiu do parque das capelas, atravessou os jardins do próprio mosteiro e se concluiu na Basílica do Sagrado Coração.

Na ocasião, a actual superiora da Visitação, Ir. Maria Guadalupe, exortou os fiéis a uma viva e sincera devoção ao Sagrado Coração de Jesus:


“Sim, nós queremos amá-lo e queremos receber seu amor, temos que ter uma total confiança, um grande abandono Nele”

(Fonte: H2O News)

25 Junho - 21h30 - "Lares Luminosos e Alegres" - Conferência

Tema para reflexão

Prudência

Prudente não é - como frequentemente se acredita - o que sabe arranjar a sua vidinha e tirar dela o máximo proveito, mas quem acerta em edificar a vida inteira segundo a voz da consciência recta e segundo as exigências da justa moral.
Deste modo, a prudência vem a ser a chave para que cada um realize a tarefa fundamental que recebeu de Deus. Esta tarefa é a perfeição do próprio homem.

(JOÃO PAULO II, Alocução, 1978.10.25)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

S. Thomas More (leigo mártir, +1535)

Inglês, nascido em 1477, foi decapitado em Londres, por ordem de Henrique VIII pela sua fidelidade à Sé apostólica romana. Estudou na Universidade de Oxford. Era de carácter extremamente simpático. De honrada burguesia, filho de um juiz. Foi pajem do arcebispo de Cantuária. Pai de família, teve um filho e três filhas. Era jurista e amigo de Erasmo, que lhe dedicou a sua obra-prima: "O Elogio da loucura". Foi nomeado chanceler do Reino.

Deixou várias obras escritas, versando sobre negócios civis e liberdade religiosa. A sua obra mais conhecida intitula-se "A Utopia" (vocábulo grego que significa: em parte nenhuma).

Opôs-se duramente ao divórcio de Henrique VIII, que desejava anular seu primeiro casamento a fim de casar-se com Ana Bolena. Recusou-se a comparecer aos cerimoniais de coroação da nova rainha. Por ordem do rei, foi preso e lançado na Torre de Londres. Na prisão escreveu Diálogo do Conforto nas Tribulações.

Mesmo condenado à forca, não perdeu o seu peculiar bom humor cristão, sua naturalidade e simplicidade. No dia da execução, pediu ajuda para subir ao cadafalso. E disse ao povo: "Morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo". E abraçando o carrasco, disse: "Coragem, amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! Está nisso a tua honra!" E pediu para que não lhe estragasse a barba, porque ela, ao menos, não cometera nenhuma traição. Morreu no dia 6 de Julho de 1535. Foi beatificado em 1886 por Leão XIII e canonizado em 1935 por Pio XI.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas
Prédica de 30/5/1659 (a partir da trad. de Seuil 1960 p. 682 rev.)

«O que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o também a eles»

Qual é o primeiro acto do caridade? Que obras produz um coração por ela animado? Que sai de um coração assim, comparando com o de um homem de desprovido de tal virtude? Há que fazer o bem a cada um, como com razoabilidade queríamos que assim nos fosse feito; nisto consiste o sumo da caridade. Faço verdadeiramente ao meu próximo aquilo que desejo que ele me faça? Ah, eis um grande exame a fazer. [...]

Olhemos para o Filho de Deus: que coração de caridade, que chama de amor! Jesus, dizei-nos, por favor, o que Vos tirou do céu para virdes sofrer a maldição da Terra, as muitas perseguições e tormentos que aqui recebestes? Ó Salvador, ó fonte de amor, humilhado que fostes até à nossa condição, até um suplício infame! Quem mais amou o próximo, senão Vós? Viestes expor-Vos a todas estas nossas misérias, tomando a forma de pecador, levar um vida de sofrimento, e sofrer uma morte vergonhosa por nós. Haverá amor igual? [...] Só Nosso Senhor leva assim a tal ponto o Seu amor pelas criaturas, deixando o trono de Seu Pai para encarnar num corpo sujeito às enfermidades.

E por quê? Para estabelecer entre nós, com o Seu exemplo e a Sua palavra, a caridade pelo próximo [...]. Ó meus amigos, se tivéssemos um pouco deste amor, deixar-nos-íamos ficar de braços cruzados? Oh, não! A caridade não é ociosa; ela incita-nos a lutar pela salvação e pela consolação dos outros.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 22 de Junho de 2010

São Mateus 7,6.12-14

6 «Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as calquem com os seus pés, e que, voltando-se contra vós, vos despedacem.
12 «Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós a eles; esta é a Lei e os Profetas.13 «Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele.14 Que estreita é a porta, e que apertado o caminho que leva à Vida, e quão poucos são os que dão com ele!