Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

MODERNIDADE DOS CASAMENTOS GAY

É perfeitamente compreensível que quem adquiriu um comportamento desregulado ou vicioso tenha propensão para o justificar e até se auto-convença da normalidade do seu procedimento. O que espanta é a superficialidade com que tais procedimentos são olhados por outros como correctos e dignos de apoio legal, em nome da modernidade e do progresso – como se a modernidade implicasse necessariamente avanço civilizacional. A modernidade tanto “cria” progressos como retrocessos: o nazismo e o comunismo já foram muito modernos; e os modernos piersings e o nudismo já foram sinal de selvageria… O aborto oficializado, por exemplo, é um evidente retrocesso em direcção aos recuados tempos do direito de vida e morte sobre os filhos. Lamentamos hodiernamente a crise económica mundial, os danos causados no ambiente pela acção do homem, que muitos temem irremediáveis, o aumento da criminalidade organizada, a difusão do consumo de estupefacientes… E o que são tais crises senão retrocessos? Não só as civilizações avançam, regridem e morrem – sempre, é claro, nos tempos que foram as suas “modernidades” – como, também decorrem progredindo e regredindo simultaneamente, conforme os aspectos considerados. A par dos retrocessos, progredimos, por exemplo, no campo da electrónica ou da medicina…

Moderno e desejável não são pois sinónimos. Uma coisa não tem mesmo absolutamente nada a ver com a outra. Há, como sempre houve, inúmeros disparates modernos.

Esta entronização acrítica da modernidade – identificada com tudo o que se faz “lá fora”, sobretudo o mais aberrante – não passa da pacovice larvar da nossa índole colectiva, que importaria exorcizar.

Indiscutível é, de qualquer modo, que um disparate, antigo ou moderno, nunca pode constituir progresso.

Ora, é simples de ver que casamento entre pessoas do mesmo sexo – independentemente de questões de moralidade ou da natureza da homossexualidade – é um rematado disparate.

De facto, casamento existe e só existe – e, pois, também o respectivo enquadramento jurídico – porque a proliferação da espécie humana se faz pela junção de macho e fêmea.

Se o ser humano se reproduzisse por cissiparidade, como as bactérias, ou por auto-fecundação, como a ténia, alguém se lembraria de inventar um contrato de casamento?

Se os seres humanos tivessem todos a mesma conformação anatómica e, pois, para a conservação da espécie, fosse dispensável a união entre indivíduos de sexo distinto, a instituição “casamento” faria algum sentido? Teria sequer surgido?!

Em suma e repetindo: o contrato de casamento destina-se a enquadrar juridicamente situações inerentes à procriação. Só esse objectivo o originou e o justifica.

Do que evidentemente decorre que incluir nesse enquadramento situações estéreis por própria natureza é um contra-senso. Logicamente tão tolo como oferecer óculos a um cego ou música a um surdo.

Será que é também tolice, por inútil, tentar a cura da surdez e cegueira dos nossos governantes com radiações de lógica e bom-senso?

(Fonte: blogue ‘O Filosorfico’ AQUI)

O Angelus do dia 30 de Maio de 2010 (versão integral)

Apertar o cinto em tempo de crise

O primeiro-ministro grego reconheceu há dias que muitas das medidas impostas para reduzir o défice das contas públicas da Grécia são"injustas e desiguais", mas não havia tempo a perder para evitar a falência do país. Algo de semelhante poderá ser dito quanto às medidas de austeridade tomadas em Portugal, com o apoio pontual do maior partido da oposição, o PSD.

É o caso, nomeadamente, dos aumentos de impostos. O IVA é um imposto que arrecada muita receita fiscal; e uma alteração na sua taxa reflecte-se a curto prazo no dinheiro que entra nos cofres do Estado - ao contrário do IRS e do IRC, boa parte da receita dos quais só será cobrada em 2011.

Ora o IVA é um imposto pago, à mesma taxa, tanto pelo rico como pelo pobre. Nessa perspectiva é injusto. E a taxa mais baixa do IVA, 5 por cento, também foi agora aumentada de um ponto percentual, tal como as outras taxas. A taxa reduzida incide sobre bens de primeira necessidade (além de outros, como a coca-cola...), pelo que as pessoas e as famílias de mais baixos recursos sofrerão uma sobrecarga fiscal que teria sido de justiça evitar.

A austeridade agora decretada envolve sobretudo agravamento de impostos. O corte na despesa deveria ter maior peso. Mas tal apenas seria possível em escala significativa se, antes, tivesse havido uma redefinição das funções do Estado, coisa a que o actual Governo sempre se mostrou alérgico.

Há também reduções e limitações nos gastos sociais. Em tempo de forte desemprego cortar na despesa social não será o mais o mais adequado nem o mais justo. Mas, dado o carácter de urgência da redução do défice orçamental português, como única maneira de transmitir confiança aos mercados de que Portugal pagará as suas dívidas, não parece realista ter seguido por outros caminhos, eventualmente mais justos.

Claro que os atingidos pela austeridade não tiveram responsabilidade na crise. Ou melhor - nem todos tiveram. Porque é um facto que os portugueses, no seu conjunto, gastam mais de 10 por cento acima daquilo que produzem. Não é possível continuar assim, financiando a diferença com crédito concedido por estrangeiros. Este é o grande problema nacional, que o Governo subestimou ou não quis enfrentar.

Acontece que os credores estrangeiros, a certa altura, dão-se conta de que se arriscam a não receber o seu dinheiro, porque Portugal não tem sido capaz de equilibrar a suas contas. Equilibrar as contas do Estado e, porventura mais importante, as contas com o estrangeiro.

Aliás, mais de dois terços da dívida do Estado português é detida por estrangeiros. Só agora veio o Governo anunciar o lançamento de obrigações do Estado destinadas à subscrição por particulares nacionais, com juros menos baixos do que os dos certificados de aforro. É uma medida que vai no sentido certo, uma vez que a poupança das famílias baixou muito nos últimos anos (mais recentemente começou a recuperar, porque as pessoas agem racionalmente e perceberam que os próximos tempos serão difíceis).

Em boa parte, o facto de vivermos acima das nossas possibilidades não é apenas culpa de governantes irresponsáveis, que promoveram um optimismo económico desajustado da realidade, ou dos banqueiros que facilitaram o crédito a quem tinha e a quem não tinha meios para o pagar. Muito do excessivo endividamento das famílias tem a ver com compras feitas numa onda de consumismo, estimulada pela publicidade e pela ideia de que certos bens (o automóvel, por exemplo) são indispensáveis porque marcam o status social da pessoa.

Temos, agora, que baixar de nível de vida. Para uns, tal não representará um grande sacrifício visto que partem de um alto nível de rendimentos. Para a chamada classe média será uma situação complicada, sobretudo para aqueles que recentemente se sentiram promovidos a um novo e superior estrato social.

Mas o apertar do cinto poderá ser dramático para quem já esgotou os furos - para os mais pobres e os mais vulneráveis. É para esses que terá de ir, prioritariamente, a nossa solidariedade. A nossa solidariedade colectiva, através do Estado e de outras instituições, públicas e privadas. E a nossa solidariedade pessoal.

Francisco Sarsfield Cabral

Aceprensa

MONSTRA TE ESSE MATREM

Sim, mostra que és Mãe, minha Mãe.
Como, apesar de tudo quanto não sou e deveria ser, tu és minha Mãe e me queres, e me proteges, e desejas a minha felicidade aqui na terra e, depois, no Céu.
Monstra te esse matrem!
Ajuda-me também a mostrar-me como teu filho, a comportar-me, a conduzir a minha vida como teu filho, e, sobretudo:
Recordare Virgo Mater Dei, dum steteris in conspectu Domini et loquaris pro me bona.

Ámen.


(AMA em NUNC COEPI)

A GRAÇA DO PERDÃO

Num destes dias enviaram-me uma mensagem que contava a história que abaixo reproduzo.

Conta uma história que dois amigos caminhavam pelo deserto. Num determinado momento da viagem, começaram a discutir. Um dos amigos deu uma bofetada no outro. Magoado, mas sem dizer nada, escreveu na areia: “Hoje o meu melhor amigo deu-me uma bofetada!”

Continuaram a caminhar até que encontraram um oásis. Decidiram tomar banho. O amigo que tinha sido esbofeteado começou a afogar-se, mas o seu amigo salvou-o. Depois de recuperar-se, escreveu numa pedra: “Hoje o meu melhor amigo salvou-me a vida!”

O amigo que tinha dado a bofetada e salvo o seu melhor amigo, perguntou: “Quando te magoei escreveste na areia. Porquê?”
O outro amigo respondeu: “Quando alguém nos ofende devemos escrever na areia, onde os ventos do perdão possam apagá-lo. Mas quando alguém faz uma coisa boa, por nós ou para nós, devemos gravá-la na pedra, onde nenhum vento possa apagá-lo”.

Fiquei a pensar nesta história, em como ela retrata bem, (ao contrário), esta situação nas nossas vidas.

Com efeito, quando alguém nos magoa, nos ofende, “guardamos” essa ofensa, essa mágoa e deixamos muitas vezes que ela tome conta da nossa vida.

Mas quando alguém nos faz bem, agradecemos na hora, talvez ainda recordemos um pouco, mas muito rapidamente esquecemos, e às vezes até com o passar do tempo começamos a desvalorizar a ajuda que nos deram, deixando que pensamentos como, “não fez mais que a sua obrigação”, ou, “eu também lhe fazia o mesmo se pudesse”, tomem conta de nós e vão apagando da nossa memória o bem que nos fizeram.

O curioso é que, quando guardamos a ofensa, a mágoa, ela vai tomando conta da nossa vida e vai crescendo na dor e na amargura, de tal modo que, muitas vezes nos começa a levar para sentimentos de vingança, ou no mínimo de sentimentos onde desejamos que aquele, ou aquela que nos fez mal, sofra também o que nós sofremos, ou talvez até mais um pouco.

Assim, normalmente o que fazemos é “escrever o mal que nos fazem na pedra, e o bem que nos fazem na areia”.

Percebemos então que somos muito mais vulneráveis ao mal, e à tentação que ele nos traz, do que apegados ao bem, e ao amor que ele nos quer fazer viver.

Mas o que é interessante e que nós a maior parte das vezes não nos apercebemos, é que o mal, a falta de perdão, quando o permitimos, nos vai envenenando a vida, nos vai tornando amargos, rancorosos, não só com quem nos ofendeu, mas também com aqueles que nos rodeiam, e que por isso mesmo se vão afastando de nós.
Por outro lado o bem, se o guardamos, traz-nos alegria, paz, serenidade e vontade de viver, que se vai transmitindo àqueles que nos rodeiam e os torna também a eles mais felizes e desejosos de estarem connosco e partilharem connosco as suas alegrias e tristezas.

Sabemos tudo isto, sentimo-lo sem dúvida, e no entanto quando somos ofendidos a nossa primeira reacção não é normalmente o perdão.

E no entanto se fosse, seriamos bem mais felizes!!!

Monte Real, 31 de Maio de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/05/graca-do-perdao.html

Magnificat anima mea Dominum, Canticum B. Mariae V. Lc. 1


Magníficat ánima mea Dóminum,
et exsultávit spíritus meus
in Deo salvatóre meo,
quia respéxit humilitátem
ancíllæ suæ.

Ecce enim ex hoc beátam
me dicent omnes generatiónes,
quia fecit mihi magna,
qui potens est,
et sanctum nomen eius,
et misericórdia eius in progénies
et progénies timéntibus eum.
Fecit poténtiam in bráchio suo,
dispérsit supérbos mente cordis sui;
depósuit poténtes de sede
et exaltávit húmiles.
Esuriéntes implévit bonis
et dívites dimísit inánes.
Suscépit Ísrael púerum suum,
recordátus misericórdiæ,
sicut locútus est ad patres nostros,
Ábraham et sémini eius in sæcula.

Glória Patri et Fílio
et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio,
et nunc et semper,
et in sæcula sæculórum.

Amen.

Apoteose do narcisismo

A democracia está a passar por um momento muito perigoso. Não só a crise mundial favorece os extremismos, mas o sucesso chinês revela um modelo alternativo, mostrando que se pode atingir a prosperidade sem liberdade. As futuras gerações vão ser tentadas a abandonar aquilo que para nós é um consenso evidente. Estes nossos anos podem acabar na História como episódio isolado de uma bela experiência política. No entanto, o pior ataque ao pluralismo, hoje como sempre, vem de dentro, dos abusos dos democratas. É na sua própria fragilidade que a democracia encontra os maiores perigos.

Portugal aprovou a lei do casamento de pessoas do mesmo sexo. Goste-se ou não, trata-se de uma mudança histórica, nuclear, fundamental. É difícil encontrar no passado situações em que algo tão influente e estrutural foi mudado num dos seus elementos mais definitórios. Mas o mais surpreendente é a ligeireza com que essa mudança foi feita.

Um governo minoritário e acossado, uma maioria ocasional composta por partidos que se detestam e uma votação quase distraída. Num país em convulsão com crise e desemprego, os parlamentares juntam-se momentaneamente, o Tribunal Constitucional cede à ideologia, o Presidente lava as mãos como Pilatos e muda-se a definição de casamento. O povo não foi consultado, não houve debate profundo nem longas elaborações. Um grupito de deputados, cheios da própria certeza que querem impor ao mundo como verdade absoluta, chegou para alterar o que os milénios tinham conservado.

Para lá da questão concreta, sobre a qual muito se escreveu, o que assusta é a fragilidade do quadro institucional. Os mais preocupados deviam ser os partidários da nova lei, porque assim como veio, um dia irá com igual facilidade. Aliás, o exemplo da Califórnia, onde uma lei equivalente não chegou a durar seis meses em 2008, aponta nesse sentido. Mas se este assunto é crucial, não é só a ele que se limita o problema. Se até o casamento mudou assim, o que é que está a salvo? Tudo fica fluido.

Esta lei não surgiu do nada. Ela constitui apenas o mais recente passo de uma vasta campanha de promoção do erotismo, promiscuidade e depravação a que se tem assistido nos últimos anos. Por detrás de leis como o aborto, divórcio, procriação artificial, educação sexual e outras está o totalitarismo do orgasmo. Parece que o deboche agora se chama "modernidade". Mas se um dia, em vez de uma maioria porcalhona, tivermos um parlamento nihilista, espírita, xenófobo ou iberista, o que salva a identidade nacional?

Hoje mesmo, na actual composição parlamentar, não será difícil encontrar uma maioria para apoiar coisas abstrusas, como a proibição de touradas ou rojões, imposição da ordenação sacerdotal de mulheres ou a obrigatoriedade de purificadores atmosféricos. Aliás, uma lista exaustiva dos disparates em que os nossos deputados acreditam encheria volumes. Este episódio revela com dramática clareza a enorme fragilidade do sistema que tanto prezamos e louvamos. Uma democracia vale o que valer a dignidade e o respeito dos seus democratas.

A nova lei, apesar de ser um marco milenar em termos formais, poucas consequências práticas terá. Depois do folclore momentâneo, amortecido pela crise e o campeonato do mundo, as coisas ficarão quase na mesma. Aliás, ao eliminar a aura de minoria perseguida de que têm gozado os comportamentos sexuais desviantes, vai finalmente revelar-se a sua verdadeira realidade e assim contribuir para destruir-lhes o encanto.

A atitude de fundo que os suporta é a apoteose do narcisismo, fechado à fecundidade e centrado no prazer. A actual visão dominante do casamento, de qualquer sexo, é hedonista, precária, egoísta. Mas esta tolice ideológica não durará muito, como não duraram os delírios das gerações anteriores que hoje tanto nos desgostam. Apesar dos ataques, a verdade da família, baseada numa doação mútua, estável e fecunda, resistirá. Aquilo que no processo pode desaparecer é a nossa democracia, sacrificada, como no século XX, no altar da arrogância dogmática

João César das Neves
(Fonte: DN online)

S. Josemaría sobre esta data:


Visitação da Santíssima Virgem. Assim comenta este mistério do Rosário: “Caminhamos apressadamente em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Luc., I, 39). Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Luc., I, 42 e 43). O Baptista, ainda por nascer, estremece… (Luc., I, 41). A humildade de Maria derrama-se no Magnificat… - E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O Evangelho do dia 31 de Maio de 2010

São Lucas 1,39-56

39 Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá.40 Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.41 Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo;42 e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre.43 Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?44 Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre.45 Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor».46 Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor;47 e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador,48 porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa,49 porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo,50 e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.51 Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo.52 Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes.53 Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias.54 Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia;55 conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».56 Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Recordemos algumas palavras de Bento XVI ao Conselho Pontifício para os Leigos há 10 dias e sobre a participação destes na política

EXCERTOS DISCURSO DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI
À 24ª SESSÃO PLENÁRIA DO CONSELHO PONTIFÍCIO PARA OS LEIGOS


Consistório
Sexta-feira, 21 Maio 2010


É também o dever da comunidade dos leigos participar activamente e consistentemente na vida política, em acordo com os ensinamentos da Igreja, trazendo as suas razões bem fundadas e ideais elevados ao debate democrático, e na busca dum largo consenso entre todos que se preocupam com a defesa da vida e da liberdade, a salvaguarda da verdade e o bem da família, a solidariedade com os desfavorecidos e a permanente busca necessária do bem comum. Os cristãos não ambicionam a hegemonia política ou cultural mas, mas qual for a sua área de actuação, são movidos pela certeza que Cristo é a pedra angular de qualquer estrutura humana (Cf. Congregação para a Doutrina da fé, Nota doutrinal sobre algumas perguntas a respeito da participação dos católicos na vida política, 24 Novembro 2002).

Retomando o já expresso pelos meus Predecessores, eu também afirmarei que a política é um campo muito importante em que se pode exercitar a caridade. Esta chama os cristãos a um compromisso forte na cidadania, à construção da qualidade de vida nos seus países, e do mesmo modo a uma presença eficaz nas instituições e programas da comunidade internacional. Há uma necessidade de políticos autenticamente cristãos mas antes ainda de fiéis leigos que testemunhem a Cristo e ao Evangelho na comunidade civil e política.

(…) enfrentar a realidade em todas as suas vertentes, indo além de qualquer tipo do abordagem ideologicamente redutora ou sonho utópico; dar mostras de que estamos abertos ao diálogo verdadeiro e à colaboração, tendo presente que a política é também complexa arte de equilíbrio entre ideais e interesses, mas nunca esquecendo que a contribuição dos cristãos só pode ser eficaz se o conhecimento da fé se transformar em conhecimento da realidade, a chave para o julgamento e para a transformação.

(...)

Entre estes desafios está também o compromisso social e político, fundado não em ideologias ou em interesses das partes, mas antes na escolha servir o homem e o bem comum, à luz do Evangelho.

(Fonte: site da Santa Sé com tradução e adaptação a partir das versões em inglês e italiano de JPR)

SABEDORIA

Sabedoria o que é?

A escolha de Salomão ficará para sempre como o émulo da sabedoria.
O Senhor deu-lhe a possibilidade de obter praticamente o que quisesse logo no início do seu reinado, riquezas, poder, invencibilidade, prestígio...

Surpreendentemente o pedido recai sobre a sabedoria.

Com ela obteve tudo aquilo que não pediu.

Este dom que o Espírito Santo dá - quando entende - aos que lho pedem, é o Dom mais completo a que se pode aspirar.

Mas, de facto, quantos Lho pedem?

As pessoas boas e crentes pedem e imploram toda a sorte de graças, benefícios, auxílios e fazem bem, fazem o que o Senhor mandou:

«Pedi sem descanso e ser-vos-á dado, batei e abrir-se-vos-á.» (cf. Mt 7, 7-8)

Quantas destas pessoas se lembram de pedir o que realmente pode resolver os seus problemas: O Dom da Sabedoria!

E, o facto é que o Espírito Santo está sempre disponível para distribuir os Seus Dons.

Julgo que, pelo menos, deveríamos pedir a sabedoria necessária para saber o que pedir.

(AMA, dissertação sobre Sabedoria, 2010.05.30)

“O ultimo cume” a estrear em Espanha na próxima sexta-feira dia 4 de Junho – Trailer 2

Visitação de Nossa Senhora

A Igreja celebra a festa da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel, em Ain-Karin, na Judeia. Isabel estava grávida de São João Baptista, o precursor de Jesus. É o encontro de duas mulheres que celebram jubilosas a vinda de Jesus Salvador: o Reino de Deus, a Boa Nova, as promessas de Deus já estão cumpridas e continuam a cumprir-se no meio dos homens de boa vontade.

No seu Evangelho, São Lucas afirma: naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu ventre e Isabel ficou replecta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: "Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre!" (Lucas 1,39ss.).

É o milagre da vida que brota com força e poder e vence o mundo. É a força e o poder da Palavra de Deus que faz a Virgem conceber e permite que aquela que era estéril dê à luz (Lucas 1,30ss.). É por isso que Maria, trazendo Jesus em seu seio, irrompe neste sublime canto de alegria e júbilo que é o "Magnificat" (Lucas 1,46-55).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Temas para reflexão

A revelação de Deus uno e trino (2)

No Antigo Testamento, Deus tinha revelado a Sua unicidade e o Seu amor para com o povo eleito: Yahwé era como um Pai. Mas, depois de ter falado muitas vezes pelos profetas, Deus falou por meio de Seu Filho (cf. Hb 1, 1-2), revelando que Yahvé não só é como um Pai, mas que é Pai (cf. Compêndio, 46). Jesus dirige-se a Ele na Sua oração com o termo aramaico Abba, usado pelas crianças israelitas para se dirigirem ao seu próprio pai (cf. Mc 14, 36) e distingue sempre a Sua filiação da dos discípulos. Isto é tão chocante, que se pode dizer que a verdadeira razão da crucifixão é justamente o facto de Se chamar a si mesmo Filho de Deus em sentido único. Trata-se de uma revelação definitiva e imediata, porque Deus se revela com a Sua Palavra: não podemos esperar outra revelação, enquanto Cristo é Deus (cf., p. ex., Jo 20, 17) que se nos dá, enxertando-nos na vida que emana do regaço de Seu Pai.

Em Cristo, Deus abre e entrega a Sua intimidade, que de per si seria inacessível ao homem apenas por meio das suas forças . Esta mesma revelação é um acto de amor, porque o Deus pessoal do Antigo Testamento abre livremente o Seu coração e o Unigénito do Pai sai ao nosso encontro, para Se fazer uma só coisa connosco e levar-nos de regresso ao Pai (cf. Jo 1, 18). Trata-se de algo que a filosofia não podia adivinhar, porque radicalmente apenas pode ser conhecido mediante a fé.

(GIULIO MASPERO)

Santo Rosário: Mistérios Luminosos
5º Mistério: A Instituição da Eucaristia


Ser alma eucarística. Receber-Te Jesus, como se fosse a última vez que o fizesse, com todo o amor, toda a compenetração toda a humildade de que for capaz. No meu coração deve só caber a grandeza do momento, a Hóstia Santa sob a qual está realmente presente o Divino Corpo e Sangue do meu Salvador, do Dono e Senhor do Universo inteiro. A “enormidade” desta evidência ao invés de esmagar-me deve colocar-me num estado de alerta muito vivo e sentido, porque ao recebê-lo tornar-me-ei Deus eu mesmo. Sim, por breves instantes, enquanto durarem as Sagradas Espécies no meu corpo, o Corpo, o Sangue a Alma e a Divindade de Jesus Cristo estarão “misturadas com o meu pobre corpo com a minha pobre alma. Mistério amoroso de valor e dimensão incalculáveis. Que eu saiba aproveitar ao máximo esta dita que Tu, meu Senhor, me concedes diariamente.

(AMA, Orações diárias, preparação da Santa Missa, 2002.06.05.06)

Agradecimento: António Mexia Alves

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
No Greater Love (a partir da trad. Pas de plus grand amour, Lattès 1997, p. 132)

«Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha»

Depois de ter sido visitada pelo anjo, Maria foi a correr ter com a sua prima Isabel, que estava grávida. E a criança que ia nascer, João Batista, saltou de alegria no seio de Isabel. Que maravilha! Deus todo poderoso escolheu uma criança que ia nascer para anunciar a vinda do Seu Filho!

Pelo mistério da Anunciação e da Visitação, Maria representa o próprio modelo da vida que devíamos levar. Primeiro, acolheu Jesus na sua existência; depois, partilhou o que recebeu. Cada vez que recebemos a Sagrada Comunhão, Jesus, o Verbo, torna-Se carne na nossa vida - dom de Deus, ao mesmo tempo belo, gracioso, singular. Assim foi a primeira Eucaristia: o oferecimento por Maria do seu Filho, que estava nela, nela em quem Ele tinha estabelecido o primeiro altar. Maria, a única que podia afirmar com absoluta confiança: «Isto é o meu corpo», ofereceu, a partir deste primeiro momento, o seu próprio corpo, a sua força, todo o seu ser, para a formação do Corpo de Cristo.

A nossa Mãe, a Igreja, elevou as mulheres a uma grande honra diante de Deus, ao proclamar Maria Mãe da Igreja.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)