Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 25 de abril de 2010

Vocação

Olho por cima do meu ombro
E vejo-Te debruçado
Sobre mim,
A sorrir.

Atento á minha frente
E é o teu Corpo
De perfeito homem
Que me guia.

Abro a boca e recebo-Te inteiro
Como alimento escasso,
Ázimo e insípido
Mas que me enche todo,
Me converte em Anjo
E me eleva juntamente.

E eu sinto, vejo e oiço
E também sei
Que algo importante em mim vês.

Não posso compreender
Os porquês
(este é um mistério da Tua Bondade)
Te mereci chamamento de igual para igual:

António… anda … vem coMigo…!

E eu fui e tenho ido.
Que bem me sinto…

Não quero aprofundar razões
Nem motivos ou quereres
Da Tua Vontade;
Faz de mim, Senhor,
O que quiseres.

Sou Teu
Para sempre
Até à Eternidade.



(AMA, Coisas Minhas, Poesias 2ºs trinta anos, Porto, Abril, 1987)

Estupefacção e indignação

Pese as desculpas oficiais apresentadas pelo governo de sua majestade e com a tranquilidade enquanto cristão de saber, que o Senhor me ofereceu duas excelentes armas, o mandamento do amor e consequentemente do perdão e a oração por todos, incluindo os pecadores, desejo deixar aqui expressa a minha estupefacção e indignação, pelo documento que circulou entre o gabinete do primeiro-ministro e o ministério dos negócios estrangeiros do Reino Unido ultrajando o nosso Bom Pastor Bento XVI.

Senhor perdoa-lhes tamanha maldade, ainda que certos que o Santo Padre acolherá no seu coração a Tua advertência «Felizes sereis, quando vos insultarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o género de calúnias contra vós, por minha causa.» (Mt 5, 11)

JPR

Liberdade

«…todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos».

(S. Marcos 10, 43-45)

Saibamos usá-la no respeito pelo próximo e sem nunca nos esquecermos que estamos obrigados a denunciar as injustiças e faltas de ética e moral; não proceder assim, é tibieza.

(JPR)

«Liberdade não significa gozar a vida, achar-se completamente independente, mas orientar-se segundo a medida da verdade e do bem para assim nos tornarmos também verdadeiros e bons.»

(Bento XVI - Homília da Santa Missa na esplanada de Marienfeld em Colónia no final da XX Jornada Mundial da Juventude – 21/VIII/2005)

S. Marcos, Evangelista

Marcos, por vezes referido como João Marcos no Novo Testamento, é o autor humano do Evangelho Segundo São Marcos. Tanto ele como sua mãe, Maria, eram muito considerados pela Igreja primitiva, e a casa de sua mãe em Jerusalém era usada pelos cristãos como local de reunião. Marcos juntou-se a Paulo e Barnabé (de quem era primo) na viagem missionária através da Ilha de Chipre, voltando depois a Jerusalém. Mais tarde, por oposição de Paulo, acompanhou só a Barnabé. Sabemos também que esteve em Roma com Pedro e Paulo. A Tradição atribui-lhe a fundação da Igreja de Alexandria.

Está historicamente comprovado que Marcos escreveu o “seu” Evangelho para os Gentios convertidos ao Cristianismo, e que o escreveu em Roma. Cronologicamente foi o primeiro Evangelho a ser escrito em grego. A Tradição diz-nos que os romanos pediram a Marcos que escrevesse a doutrina ensinada por Pedro, o que é confirmado pelo modo com que Pedro é referido neste Evangelho.

Assim, o Evangelho Segundo São Marcos pode ser considerado como um registo da vida de Jesus vista pelos olhos do Príncipe dos Apóstolos.

As palavras do início do Evangelho, “Principio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”, apontam para a ideia que se sente subjacente a todo o texto:

Jesus é Deus e homem verdadeiro, e daí o poder tornar-se como objectivo o querer declará-lo e testemunhá-lo.

Sendo o objectivo mostrar ao romanos que Jesus é Deus, o Messias prometido e o nosso Salvador, Marcos preocupa-se mais com os milagres de Nosso Senhor do que com os seus discursos, relatando apenas algumas das Suas parábolas. O autor, porém, dá com algum pormenor os acontecimentos que narra, o que se justifica por transmitir testemunho de quem presenciou os factos (Pedro).

Por outro lado Marcos insere muito bem a vida humana de Jesus no tempo e na geografia da Palestina: são elementos circunstanciais que atestam a veracidade do Evangelho.

O texto, não comparável aos Evangelhos segundo Mateus e Lucas no que diz respeito a organização e estilo, é no entanto um escrito cheio de vida e de encanto.

Marcos teve pois o intento de mostrar a Pessoa divina de Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. No entanto, não o faz recorrendo ao Antigo Testamento nem propriamente aos Seus discursos, mas sim à descrição da Sua vida, pregação, sofrimento e paixão, transmitidos de um modo fiel por quem O conheceu bem e muito amou: Pedro. Resultou assim um escrito com pormenores e reacções pessoais que dão um cunho de exactidão e verdade histórica sobre a Pessoa de Jesus – e Sua Bondade.


(Fonte: Texto introdutório ao Evangelho Segundo São Marcos do “Evangelho de Jesus Cristo” editado pela Editorial A. O. – Braga)

Na Jornada Mundial de Oração pelas Vocações, Bento XVI pede que se reze por esta intenção e exorta os sacerdotes a aderirem totalmente à sua missão


Neste quarto Domingo da Páscoa, chamado “do Bom Pastor”, jornada mundial de oração pelas vocações, este ano sobre o lema “o testemunho suscita vocações” – foi sobre esta temática que Bento XVI dedicou a sua alocução do meio-dia, na Praça de São Pedro, com muitos milhares de fiéis e peregrinos ali congregados, sob um esplêndido sol primaveril.

“A primeira forma de testemunho que suscita vocações é a oração, como nos mostra o exemplo de Santa Mónica, que, suplicando Deus com humildade e insistência, obteve a graça de ver o seu filho Agostinho tornar-se cristão”.

O Papa recordou o testemunho de Santo Agostinho, a este propósito: “Sem incertezas creio e afirmo que foi pelas suas orações (da mãe, Mónica) que Deus me concedeu a disposição de nada antepor, querer, pensar ou amar senão a consecução da verdade”.

“Convido portanto os pais a rezarem para que o coração dos filhos se abra à escuta do Bom Pastor, e que toda e qualquer pequena semente de vocação se torne uma árvore frondosa, carregadas de frutos para o bem da Igreja e de toda a humanidade”.

A voz de Cristo Bom Pastor – observou o Papa – ressoa na pregação dos Apóstolos e dos seus sucessores, chamando à comunhão com Deus e à plenitude da vida. “Só o Bom Pastor defende com imensa ternura o seu rebanho e o defende do mal. Só n’Ele podem os fiéis colocar absoluta confiança” – advertiu Bento XVI, que concluiu com uma exortação especial aos ministros ordenados, bispos e padres:

“Exorto especialmente os ministros ordenados a que, estimulados pelo Ano Sacerdotal, se sintam empenhados a testemunhar o Evangelho, de um modo mais forte e incisivo, no mundo de hoje. Recordem que o sacerdote continua na terra a obra da Redenção; saibam de bom grada deter-se diante do tabernáculo; adiram totalmente à sua vocação e missão mediante uma severa ascese; tornem-se disponíveis à escuta e ao perdão; cultivem cuidadosamente a fraternidade sacerdotal”.

Após o canto do “Regina Caeli “, Bento XVI dirigiu saudações aos variados grupos de peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa:

“Dirijo agora a minha saudação amiga aos professores e alunos do Colégio de São Tomás, de Lisboa, e demais peregrinos de língua portuguesa: De visita a Roma, não quisestes faltar a este encontro com o Papa, que a todos encoraja na nobre missão de dar razões de vida e de esperança às novas gerações para uma sociedade mais humana e solidária. Sobre vós, vossas famílias e os sonhos de bem que abrigais no coração, desça a minha Bênção Apostólica.”

Bento XVI lembrou ainda a beatificação, neste domingo, de dois padres, respectivamente em Roma e em Barcelona. Neste caso, o padre capuchinho José Tous y Soler, fundador das Irmãs Capuchinhas da Mãe do Divino Pastor:

“… Não obstante numerosas provações e dificuldades, nunca se deixou vencer pela amargura e pelo ressentimento. Destacou-se pela sua extrema caridade e pela capacidade de suportar e compreender as deficiências dos outros. Que o seu exemplo e intercessão ajude todos, especialmente os padres, a viverem a fidelidade a Cristo”.

Foi na saudação aos fiéis italianos que Bento XVI evocou o outro padre beatificado neste domingo de manhã, o carmelita Angelo Paoli, que viveu entre os séculos XVII e XVIII:

“Foi apóstolo da caridade em Roma, apelidado pai dos pobres. Dedicou-se especialmente aos doentes do Hospital de São João, ocupando-se também dos convalescentes. O seu apostolado recebia força da Eucaristia e da devoção a Nossa Senhora do Carmo, assim como também de uma intensa vida de penitência. No Ano Sacerdotal, proponho de bom grado o seu exemplo a todos os padres, de modo particular aos que pertencem a Institutos religiosos de vida activa”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Cecilia Bartoli - Exsultate Jubilate - Alleluja

S. Josemaría nesta data em 1932

Escreve uma consideração que depois incluirá em Caminho: “Para que hás-de olhar, se “o teu mundo” o trazes dentro de ti?”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O crer transmitido

«… São Tomás de Aquino caracteriza justamente a fé como um processo, um caminho interior, quando diz: ‘a luz da fé conduz à visão’. João alude muitas vezes no seu evangelho, por exemplo na história de Jesus com a samaritana, a este processo. A mulher conta o que lhe sucedeu com Jesus e como reconheceu n’Ele o Messias, o salvador que abre o caminho para Deus e consequentemente introduz no seu conhecimento, que dá a vida. O facto de precisamente esta mulher dizer tudo isto torna atentos os seus conterrâneos; eles crêem em Jesus ‘por causa da mulher’, crêem em segunda mão.»

(Olhar para Cristo – Joseph Ratzinger)

29 Abril - 18h30 - Aura Miguel lança livro "As Razões de Bento XVI"




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Meditação de Francisco Fernández Carvajal - O Bom Pastor, o amor ao Papa

Crónica do Vaticano - a viagem do Papa a Malta

Uma aplicação para o iPad mostra o desenvolvimento do bebé durante a gravidez (vídeos em espanhol e inglês)


Os dois Mares

No Sábado passado, fui ao Porto, participar na Assembleia Diocesana do Renovamento Carismático Católico, em que o pregador convidado era o Padre Raniero Cantalamessa, Pregador da Casa Pontifícia desde 1980, salvo o erro.

Homem sereno, percebendo-se mesmo sem um contacto directo uma simpatia e alegria tocantes, fala com profundidade, mas com uma simplicidade e humildade desconcertantes.

Nos intervalos “passeou” no meio das pessoas e com todas as que se lhe dirigiram falou sem constrangimentos.

Muito retive e todos retivemos do que nos ensinou, mas queria aqui neste escrito salientar uma “imagem” que apesar de já a ter ouvido, me tocou profundamente.

A imagem é esta:

O rio Jordão alimenta dois mares, o Mar de Tiberíades e o Mar Morto.
O primeiro cheio de vida, o segundo sem vida nenhuma.
No primeiro, o rio Jordão entra, alimenta o mar e sai novamente.
No segundo, o rio Jordão entra e fica, já não sai para lado nenhum.

Este é um ensinamento de vida, que nos serve sem dúvida para tudo o que devemos fazer da vida de cada um.

Se nos fechamos em nós próprios, no egoísmo, na avareza, no auto-prazer, no auto-elogio, na auto-comiseração, na pena de nós próprios, ficamos mortos e a nossa vida para nada serve, nem mesmo para nós.

Se pelo contrário, nos damos, nos entregamos, se partilhamos de nós e o nosso, a nossa vida torna-se fonte de alegria, de felicidade para os outros e para nós.

E se isto é verdade na nossa vida em sociedade, ainda se torna mais verdadeiro na nossa vida como filhos de Deus, que o devemos ser também em sociedade, claro.

Com efeito se a nossa vivência da Fé, (Dom de Deus), é partilhada, testemunhada, torna-se chamamento, exortação e ensinamento para os outros, dos quais recebemos também a mesma prática de vida.

Se pelo contrário nos fechamos e guardamos a sete chaves o tesouro da Fé, acabamos por estiolar, nada aprender, e perder a própria Fé que nos foi dada.

A vida e a fé são dons de Deus, talentos que Ele nos dá para serem colocados a render.
Se assim não for, nada rendem, perdem o valor e acabam por morrer. São o Mar Morto!

«Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz.
Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir.» Lc 8, 16-18 (Lc 19,26; Mt 25,29; Mc 4,25)


Por isso a Igreja, por isso sermos Igreja!

É em comunhão que devemos caminhar, à Luz de Cristo, dando-nos a todos e de todos recebendo, (os que estão em Igreja e os que estão fora), porque a salvação, (dádiva de Deus), não se alcança sozinho, mas sim na união fraterna em comunhão com Cristo.

Sejamos os Cireneus uns dos outros na procura e entrega a Jesus Cristo, (os que O conhecem e os que ainda d’ Ele não ouviram falar), porque só assim seremos Igreja e então, assim sendo, será novamente verdade o que se afirmava das primeiras comunidades cristãs.

«Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão e às orações. Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um.
Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.» Act 2, 42-47


Monte Real, 23 de Abril de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/04/os-dois-mares.html

"CÂNTICO BRANCO"

«"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...» Cântico Negro - José Régio

Se eu vim ao mundo,
Foi para Te seguir, Senhor,
E rasgar com os passos que Tu me dás
A indiferença e o abandono
A que são votados os desprezados
Da sociedade.
A minha glória é esta:
Seguir-Te sempre
Ser todo entregue a Ti...
Tudo o mais que eu faça,
Não vale nada,
Se não for feito conTigo
Se não for Tua vontade...
Nada me pode dar o mundo,
A não ser aquilo que Tu,
Senhor,
Queres que ele me dê...
A minha força vem de Ti,
E se por vezes fico fraco,
É porque me afasto do Teu amor...
No mundo corre o sangue que morre,
Só do Teu Lado corre o Sangue da Vida...
E quando me abro ao Teu Espírito,
E deixo que Ele faça em mim,
Sinto alegria, paz e tranquilidade e amor
E sinto cânticos de louvor
Que do coração
vêm aos meus lábios...
E louvo-Te Senhor
Porque me deste pai e me deste mãe,
E neles Tu me criaste Senhor,
Para que no Teu Coração
No Teu amor,
Sem principio nem fim,
Eu possa viver por Tua graça,
Para a eternidade em Ti...
Que o mundo não me diga para onde ir,
Porque eu não vou...
O meu caminho é o Teu,
Que a Tua Igreja me aponta...
A minha vida “alevanta-se”
Porque és Tu que a despertas...
Já não quero ser eu a viver,
Mas sim que Tu vivas em mim...
Sei bem para onde ir,
Porque és Tu o meu guia,
E mesmo que eu me perca
E por vezes erre o caminho
Eu sei bem que ali estás,
Senhor,
Que não me deixas cair
E me dizes com voz de amor:
Vem por aqui,
Meu filho,
Só em Mim encontras a Vida
Que Eu tenho para ti...

2 de Agosto de 2007

Joaquim Mexia Alves