Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Notícia triste e preocupante, rezemos ao Senhor para que por intercessão de Nossa Senhora de Fátima actos idênticos não voltem a ocorrer

COMUNICADO

O Santuário de Fátima dá conhecimento de um abuso levado a cabo no passado fim-de-semana, na madrugada de domingo, dia 10 de Janeiro, ocasião em que as quatro estátuas que ladeiam a Igreja da Santíssima Trindade (na Praça João Paulo II, as estátuas dos papas Paulo VI e João Paulo II e, na Praça Pio XII, a do papa Pio XII e a do bispo D. José Alves Correia da Silva) e a própria igreja, no exterior, sofreram inscrições tipo graffiti, a negro, com as palavras "Islão", "Lua", "Sol", "Muçulman" e "Mesquita".

Esta manhã, 11 de Janeiro, decorrem os difíceis trabalhos de remoção das inscrições.

Ao dar conhecimento desta ocorrência, e desconhecendo os autores deste acto, o Santuário torna pública a sua tristeza e informa que o assunto está entregue às entidades policiais.

Fátima, 11 de Janeiro de 2010

BOLETIM INFORMATIVO, 01/2010, 11 de Janeiro de 2010,13:00

Bento XVI ao Corpo Diplomático – “Proteger a criação não é uma questão estética, é exigência moral”


Na solene audiência ao Corpo Diplomático, nesta segunda-feira, para a apresentação de votos de Ano Novo, Bento XVI passou em resenha as situações que mais preocupação suscitam, a nível mundial, sublinhando a necessidade do empenho a favor da salvaguarda da criação e da construção da paz. Proteger a criação não é questão estética mas sim exigência moral. Referida a ameaça que constituem “leis ou projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre os sexos”.

Bento XVI começou por recordar que “a Igreja está aberta a todos porque, em Deus, ela existe para os outros”. É por isso que a Igreja “participa intensamente da sorte da humanidade”, que continua marcada pela “dramática crise que afectou a economia mundial, provocando uma grave e difusa instabilidade social”. Uma situação que, em última análise, se radica “numa mentalidade corrente, egoísta e materialista, que esquece os limites inerentes a todas as criaturas”. Uma mentalidade que ameaça igualmente a criação, pois a negação de Deus, ao mesmo tempo que desfigura a liberdade da pessoa humana, devasta também a criação:

A salvaguarda da criação não responde principalmente a uma questão estética, mas muito mais ainda a uma exigência moral, porque a natureza exprime um projecto de amor e de verdade que nos precede e que provém de Deus”.

Para construir uma verdadeira paz, não se pode separar, nem sequer opor, a protecção do ambiente e a da vida humana, mesmo antes do nascimento. “É no respeito que a pessoa humana tem de si mesma que se manifesta o seu sentido de responsabilidade para com a criação”.

Por outro lado, “a salvaguarda da criação implica uma gestão correcta dos recursos naturais dos países e, em primeiro lugar, dos economicamente mais desfavorecidos”. E aqui Bento XVI referiu o continente africano, evocando a sua viagem aos Camarões e a Angola, assim como a assembleia sinodal de Outubro passado.

“Na África, como noutros lados, é necessário adoptar opções políticas e económicas capazes de assegurar formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos.
Por outro lado, como esquecer que a luta pelo acesso aos recursos naturais é uma das causas de vários conflitos, nomeadamente na África, sendo a fonte de um risco permanente também noutros casos? Esta é mais uma razão que me leva a repetir com vigor que, para cultivar a paz, é preciso proteger a criação!”

Neste contexto, o Papa referiu o Afeganistão e certos países latino-americanos onde a agricultura se encontra ainda ligada à produção da droga, solicitando a comunidade internacional a não se resignar ao tráfico da droga e aos graves problemas sociais e morais por ela gerados. O mesmo se diga da corrida aos armamentos e o incremento dos arsenais nucleares.

“A protecção da criação é um factor importante de paz e de justiça! De entre os numerosos desafios que lança, um dos mais graves é o do aumento das despesas militares e também o da manutenção e desenvolvimento dos arsenais nucleares. Enormes recursos económicos são absorvidos por tais finalidades, quando poderiam ser destinados para o desenvolvimento dos povos, sobretudo dos mais pobres”.

Bento XVI exprimiu a sua esperança de que na Conferência que vai ter lugar em Maio, em Nova Iorque, para examinar o Tratado de não proliferação das armas nucleares, se tomem decisões eficazes em vista de um progressivo desarmamento visando libertar o planeta destas armas.

“Deploro que a produção e a exportação das armas contribuam para perpetuar conflitos e violências, como no Darfur, na Somália ou na República Democrática do Congo. À incapacidade das partes directamente implicadas para saírem da espiral de violência e sofrimento gerada por estes conflitos, junta-se a aparente impotência dos outros países e das organizações internacionais para restabelecerem a paz, sem contar a indiferença quase resignada da opinião pública mundial”.

Ainda a propósito da problemática ambiental, Bento XVI sublinhou que as raízes de fundo da actual situação são de ordem moral, pelo que a questão tem que ser enfrentada no quadro de um grande esforço de educação, que promova uma mudança de mentalidade e estabeleça novos modos de vida. Um empenho em que as comunidades crentes desejam participar, o que pressupõe que se lhes reconheça o seu lugar público…

“Infelizmente em certos países, sobretudo ocidentais, difundiu-se nos meios políticos e culturais, bem como nos mass media, um sentimento de pouca consideração e por vezes de hostilidade, para não dizer menosprezo, para com a religião, particularmente a religião cristã. É claro que, se se considera o relativismo como um elemento constitutivo essencial da democracia, corre-se o risco de conceber a laicidade apenas em termos de exclusão ou, mais exactamente, de recusa da importância social do facto religioso.
Mas uma tal perspectiva gera confronto e divisão, prejudica a paz, perturba a ecologia humana e, rejeitando por princípio atitudes diversas da sua, torna-se uma estrada sem saída.”

É portanto urgente definir uma laicidade positiva, aberta, que favoreça uma são colaboração e um espírito de responsabilidade partilhada.

Sublinhando depois que “a problemática do ambiente é complexa”, como “um prisma plurifacetado”, Bento XVI observou que as pessoas podem ser protegidas ou postas em risco, de diversas maneiras…

“Um destes ataques provém das leis ou dos projectos que, em nome da luta contra a discriminação, atentam contra o fundamento biológico da diferença entre os sexos. Refiro-me, por exemplo, a países europeus ou do continente americano.

«Se tiras a liberdade, tiras a dignidade»: diz São Columbano. Todavia a liberdade não pode ser absoluta, porque o homem não é Deus, mas imagem de Deus, sua criatura. Para o homem, o caminho a seguir não pode ser fixado pelo que é arbitrário ou apetecível, mas deve, antes, consistir na correspondência à estrutura querida pelo Criador.”

Na parte final do seu discurso ao Corpo Diplomático, para além da questão ambiental, o Papa evocou algumas outras emergências vividas ao longo do ano há pouco concluído. Antes de mais, diversas catástrofes naturais, com mortes e destruições: nas Filipinas, Vietname, Laos, Cambodja, Taiwan, na Indonésia e mesmo em Itália. Por outro lado, Bento XVI congratulou-se com vários acordos bilaterais entre diversos países, favorecendo assim a causa da paz, por exemplo entre Colômbia e Equador, Croácia e Eslovénia, Arménia e Turquia. Mencionando a sua peregrinação à Terra Santa, o Papa recordou o insistente convite que ali dirigiu a Israelitas e Palestinianos para que dialoguem e respeitem os direitos uns dos outros.

“Uma vez mais, elevo a minha voz pedindo que seja universalmente reconhecido o direito do Estado de Israel a existir e gozar de paz e segurança em fronteiras internacionalmente reconhecidas. E que de igual modo se reconheça o direito do Povo Palestiniano a uma pátria soberana e independente, a viver com dignidade e a deslocar-se livremente.”

Não faltou uma referência específica a Jerusalém:

“Além disso, queria pedir o apoio de todos para que se protejam a identidade e o carácter sagrado de Jerusalém, a sua herança cultural e religiosa, cujo valor é universal. Só assim poderá esta cidade única, santa e atribulada ser sinal e antecipação da paz que Deus deseja para toda a família humana.”

No que diz respeito ao Iraque, o Papa exortou governantes e cidadãos a que, por amor do diálogo e da paz, superem as divisões, a tentação da violência e a intolerância, para construírem juntos o futuro do país. “Também as comunidades cristãs querem prestar a sua colaboração, mas para tal é preciso que lhes seja assegurado respeito, segurança e liberdade” - observou.

Neste contexto, Bento XVI referiu ainda o Paquistão e o Egipto, onde os cristãos têm sido alvo de violência, pedindo que tudo se faça para que não se repitam tais violências e os cristãos se possam sentir inteiramente integrados na vida do país.

(Fonte: site Radio Vaticana)

O Angelus de Domingo dia 10 de Janeiro de 2010 (versão integral)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938

Em Burgos, a propósito da conversa com um sacerdote, escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Participa na crença de que os sacerdotes, para além do Anjo da Guarda, também têm, devido ao nosso ministério, um Arcanjo. Saí daquela casa com uma alegria profunda. E pensei com certeza plena que, se não tiver um Arcanjo, Jesus acabará por mo mandar, para que a minha oração ao Arcanjo não seja estéril”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/11-1-5)

Cultura e alegria com inteligência – Opera na Praça (Mercado) de Valência, não perca este bom exemplo de como se pode transmitir e fazer cultura

O Papa visto pelos que conviveram com ele

Os que tiveram ocasião de se relacionar com o Cardeal Ratzinger coincidem em que é um homem muito diferente de como "o pintam". Juntam-se testemunhos de alguns jornalistas que o entrevistaram ou de pessoas que trabalharam com ele.

Peter Seewald, o jornalista alemão que publicou dois livros de entrevistas com o cardeal Ratzinger, fez umas declarações ao Passauer Neue Presse (15.04.2005), quatro dias antes da eleição do Papa.

Perante os que chamaram a Ratzinger o Panzerkardinal ("cardeal blindado"), Seewald comenta que "a sua personalidade é uma das mais desconhecidas do nosso tempo. Porquê? Muita gente gosta de usá-lo como bode expiatório. É um fenómeno psicológico. Tudo o que na Igreja se torna incómodo, e pelo mero facto de ser incómodo, atira-se para cima de Ratzinger. Por trás disso esconde-se um certo comodismo. Mas a sua biografia não dá pé a tais juízos: pelo contrário, está cheia de lutas contra as ideologias e contra uma mentalidade fechada. É significativo que sempre se tenha posto do lado dos fracos. O seu dogma é "deixar a Igreja nas aldeias". Uma das citações que prefiro dele é: "A Igreja necessita de uma revolução de fé. Não pode misturar-se com o espírito mundano. Tem que desprender-se das suas propriedades para conservar o seu património".

Quanto ao carácter, Seewald adverte: "Não esqueçamos que o Cardeal é decerto alemão, mas de origem absolutamente bávara, inclusive, um patriota bávaro. Tudo o que é prussiano é-lhe estranho. Tem um coração bávaro e está totalmente integrado na cultura ocidental da sua pátria, com a liberalidade característica da Baviera".

"O pensamento de Ratzinger tem uma grande influência dos Padres da Igreja. É-me fácil pensar que com ele como Papa voltaria um tempo de patrística: não só dos Padres da Igreja, mas também dos Padres Conciliares do Vaticano II, em que tomou parte, primeiro como conselheiro do Cardeal Frings e depois como teólogo oficial do Concílio. Acabado este, a variedade de correntes do Concílio seguiu numa direcção que ninguém tinha previsto originalmente. Também aqui Ratzinger poderia levar as coisas ao seu cume. É o que, precisamente com palavras do Concílio, poderia chamar-se usar "os remédios da misericórdia".

O Pontífice que sacrificou a sua vocação

O escritor italiano Vittorio Messori, autor do livro-entrevista com Ratzinger Diálogos sobre a fé, escreve no Corriere delle Sera (20.04.2005) as suas recordações do verão de 1984: "Havia menos de três anos que o Cardeal bávaro tinha sido nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé por João Paulo II. Ratzinger interessava-me muito. A fé e a ortodoxia pareciam estar em perigo devido à tribulação pós-conciliar da Igreja; mas, no início dessa tempestade, ele, jovem teólogo, tinha tido um papel como consultor da ala progressista do episcopado alemão. Os Ratzinger, Küng, Schillebeeckx e outros teólogos alemães, holandeses e franceses tinham fundado a Conclilium, a revista mais radical da contestação, porque era a mais 'científica', feita não só de slogans mas de estudos profundos".

"E no entanto, uns anos depois, Ratzinger não só é Cardeal como inclusive se sentava no palácio romano que tinha sido dos Grandes Inquisidores. ‘Não fui eu que mudei, foram eles', respondeu-me quando, entre as primeiras perguntas que lhe fiz, indagava sobre esta reconversão à tradição. Queria dizer que tinha dado conta de que aquela teologia que tinha compartilhado, mais do que aprofundar na fé, pregava a ruptura, a descontinuidade e apresentava o Vaticano II não como o Concílio Ecuménico nº 21 da Igreja, mas como um novo início que exigia tábua rasa".

Das conversas com Ratzinger, Messori destaca: "O Ratzinger real, não o do mito, é um dos homens mais simples, compreensivos, cordiais e, até tímidos, que conheci". "Era decerto um homem austero, duma austeridade especial que reservava para si mesmo e não queria para os outros".

"Seria necessário interrogar-se acerca do que resta da lenda do inquisidor, fazendo o balanço dos seus 24 anos como prefeito da Fé para descobrir que a medida mais grave adoptada contra um teólogo da libertação (ocasionando uma vaga de críticas) foi o convite para um café no seu gabinete feito a Leonardo Boff, e a determinação de que interrompesse, durante um ano, a enxurrada de entrevistas, declarações e manifestações que estava a fazer. (...) Na realidade, por amor à Igreja, Joseph Ratzinger fez o maior dos sacrifícios: renunciar à sua autêntica vocação de estudioso da Teologia e de professor. Sempre lhe custou ter de chamar à atenção os seus colegas".

Trabalhar com o Prefeito

Alejandro Cifres, que trabalhou com o cardeal Ratzinger como director do arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé, transmite a sua experiência no ABC (21.04.2005):

"Ratzinger é o homem que muitos etiquetaram injustamente de inquisidor, dogmático e fechado ao diálogo, de extremamente conservador. Eu tive o privilégio de trabalhar com ele quase 14 anos, metade do pesado pontificado, e por isso posso testemunhar que nenhum desses clichés se adequa à pessoa. (...) Durante quase 25 anos serviu e trabalhou com humildade no lugar que lhe tinha sido atribuído, sem exigir nunca nada para si, pobremente, sem levar vida de príncipe da Igreja, sem luxos nem companhias além da da sua querida irmã até que o Senhor a levou; desde então viveu praticamente sozinho, com um serviço mínimo, num apartamento emprestado, só com a assistência dos seus secretários, que de manhã o ajudavam na Congregação e à tarde no seu infatigável estudo. O cardeal Ratzinger foi o prefeito que ensinou a toda a gente o que é trabalhar, cumprir um horário, levantar-se cedo e deitar-se tarde para não deixar pendente nenhum dos graves assuntos que o Papa e a Igreja lhe punham nas mãos. (...)

"Os que o conhecemos sabemos quantas vezes tinha pedido a João Paulo II que lhe permitisse abandonar o seu posto, que o deixasse regressar à Floresta Negra para poder escrever teologia enquanto as forças lho permitissem. E todos sabemos quantas vezes renunciou ao direito de se reformar por ser fiel àquele que nele tinha posto toda a sua confiança, em definitiva, para servir o Vigário de Cristo e a Igreja".

O último presente de João Paulo II

Num artigo publicado no International Herald Tribune (21.04.2005), o teólogo americano Michael Novak garante que "a eleição do cardeal Ratzinger como Papa foi o último presente de João Paulo II à Igreja Católica. Nenhum outro cardeal foi tão próximo de João Paulo II ou falou com ele mais demoradamente". Para Novak, que teve ocasião de falar várias vezes com Ratzinger, a caricatura de homem "autoritário" que se lhe aplicou, é infundada. "O novo Papa não será um clone do anterior. É mais reservado, mais tranquilo". "Foi elogiado pela sua cordial abertura por parte de protestantes e judeus, com quem manteve diálogos intelectuais". "O mundo vai descobrir depressa o verdadeiro homem escondido por trás desses estereótipos", vaticina Novak, que recorda ter sido Ratzinger "um dos eclesiásticos dos tempos recentes mais aberto aos jornalistas".

Também o mundo político italiano olha com interesse para Bento XVI. Piero Fassino, líder dos Democratas de Esquerda, partido preponderante da esquerda italiana, herdeiro do velho PCI, define-o como uma pessoa "de grande calibre teológico e profunda espiritualidade. Um grande intelectual europeu". Em entrevista publicada pelo Corriere della Sera (21.04.2005), Fassino afirma que o novo Papa "é um homem que me interessa. Aquilo que diz e escreve, mesmo que não se compartilhe, é duma intensidade ética e cultural extraordinária. E capta um ponto que todos advertem hoje: o mundo não pode viver sem uma escala de princípios e valores éticos". Conclui, em última análise, que Bento XVI, tal como João Paulo II, será um protagonista do nosso tempo".

In Aceprensa, nº 49/05, versão impressa

Chopin (Ivp 156)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Vom Sinn des Christseins (a partir da trad. Un seul Seigneur, Mame 1971, p. 18)

«O Reino de Deus está próximo»

Temos de nos interrogar sobre a verdadeira mensagem de Cristo: o que foi que Ele anunciou exactamente? O que foi que trouxe aos homens? Recordaremos que São Marcos resume a mensagem de Cristo numa simples frase: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

«Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo». Temos de ver, por detrás destas palavras, toda a história de Israel, esse pequeno povo que foi brinquedo das grandes potências deste mundo. Um povo que tinha experimentado, por assim dizer, a mão de todos os impérios que se sucederam neste sector da história; que sabia até que ponto o poder humano - nomeadamente o seu próprio poder - era incapaz de alcançar a salvação; que sabia muito bem que todos os governos humanos agem de forma humana, ou seja, de forma frequentemente medíocre e discutível. No meio desta experiência de uma história cheia de traições, de submissão, de injustiça, Israel tinha aspirado ardentemente a um reino cujo rei fosse mais do que um homem, fosse o próprio Deus, o verdadeiro Senhor do mundo e da história. Só o reino Daquele que é a Verdade e a Justiça seria capaz de trazer aos homens a salvação e o direito. E eis que o Senhor vem responder a esta secular expectativa, proclamando: completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. [...]

Apercebendo-se rapidamente do hiato existente entre esta expectativa e a correspondente realização, a teologia cristã começou, com o passar do tempo, a transformar o Reino de Deus num reino do céu, situado no além. A salvação dos homens foi transformada em salvação das almas, que terá lugar, também ela, no além, depois da morte. Mas esta resposta é inadequada. Porque a grandeza da mensagem de Cristo reside precisamente no facto de Ele não ter falado apenas das almas do além, mas Se ter dirigido a todo o homem, com a sua corporalidade, a sua inserção na história e na comunidade humana, tendo prometido o Reino de Deus ao homem vivo, ao homem de carne e osso que vive no meio dos outros homens, empenhados nesta mesma história.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 11 de Janeiro de 2010

São Marcos 1,14-20

Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o Evangelho de Deus,
dizendo: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»
Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
E disse-lhes Jesus: «Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.»
Deixando logo as redes, seguiram-no.
Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou.
E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)