Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Salvaguardar as famílias fundadas no matrimónio

No Angelus da festa da Sagrada Família o Papa saúda os participantes no encontro na capital espanhola

"Um dos serviços maiores que nós, cristãos, podemos prestar é oferecer o nosso testemunho sereno e firme de família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a". Com esta exortação Bento XVI dirigiu-se aos participantes no encontro das famílias realizado em Madrid, em ligação com a Praça de São Pedro para a oração do Angelus ao meio-dia de Domingo, 27 de Dezembro, festa litúrgica da Sagrada Família.

Queridos irmãos e irmãs!

Celebra-se hoje o Domingo da Sagrada Família. Podemos ainda identificar-nos com os pastores de Belém que, logo que receberam o anúncio do anjo, acorreram apressadamente à gruta e encontraram "Maria e José, e o Menino deitado na manjedoura" (Lc 2, 16). Detenhamo-nos também nós a contemplar este cenário, e reflictamos sobre o seu significado. As primeiras testemunhas do nascimento de Cristo, os pastores, encontraram-se diante não só do Menino Jesus, mas de uma pequena família: mãe, pai e filho recém-nascido. Deus quis revelar-se nascendo numa família humana, e por isso a família humana tornou-se ícone de Deus! Deus é Trindade, é comunhão de amor, e a família é, com toda a diferença que existe entre o Mistério de Deus e a sua criatura humana, uma expressão que reflecte o Mistério insondável do Deus amor. O homem e a mulher, criados à imagem de Deus, tornam-se no matrimónio "uma única carne" (Gn 2, 24), isto é, uma comunhão de amor que gera vida nova. A família humana, num certo sentido, é ícone da Trindade pelo amor interpessoal e pela fecundidade do amor.

A liturgia de hoje propõe o célebre episódio evangélico de Jesus aos 12 anos que permanece no Templo, em Jerusalém, sem que os seus pais o soubessem, os quais, admirados e preocupados, ali o encontram depois de três dias que discute com os doutores. Quando a mãe lhe pede explicações, Jesus responde que deve "estar na propriedade", na casa do seu Pai, isto é, de Deus (cf. Lc 2, 49). Neste episódio o jovem Jesus demonstra-se cheio de zelo por Deus e pelo Templo. Perguntemos: de quem tinha aprendido Jesus o amor pelas "coisas" de seu Pai? Certamente como filho teve um conhecimento íntimo do seu Pai, de Deus, uma profunda relação pessoal e permanente com Ele, mas, na sua cultura concreta, aprendeu com certeza dos seus pais as orações, o amor pelo Templo e pelas Instituições de Israel. Portanto, podemos afirmar que a decisão de Jesus de permanecer no Templo era sobretudo fruto da sua relação íntima com o Pai, mas também fruto da educação recebida de Maria e de José. Podemos entrever nisto o sentido autêntico da educação cristã: ela é o fruto de uma colaboração que se deve procurar sempre entre os educadores e Deus. A família cristã está consciente de que os filhos são dom e projecto de Deus. Portanto, não os podemos considerar como posse pessoal, mas, servindo neles o desígnio de Deus, é chamada a educá-los na maior liberdade, que é precisamente a de dizer "sim" a Deus para fazer a sua vontade. A Virgem Maria é deste "sim" o exemplo perfeito. A ela confiamos todas as famílias, rezando sobretudo pela sua preciosa missão educativa. E dirijo-me agora, em espanhol, a quantos participam na festa da Sagrada Família em Madrid.

Saúdo cordialmente os pastores e fiéis reunidos em Madrid para celebrar com alegria a Sagrada Família e Nazaré. Como não recordar o verdadeiro significado desta festa? Deus, que veio ao mundo no seio de uma família, manifesta que esta instituição é caminho certo para o encontrar e conhecer, assim como uma chamada permanente para trabalhar pela unidade de todos em redor do amor. Portanto, um dos maiores serviços que nós, cristãos, podemos prestar aos nossos semelhantes é oferecer-lhes o nosso testemunho sereno e firme da família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a, porque ela é de máxima importância para o presente e para o futuro da humanidade. De facto, a família é a melhor escola na qual se aprende a viver aqueles valores que dignificam a pessoa e tornam grandes os povos. Nela também se partilham os sofrimentos e as alegrias, sentindo-se todos protegidos pelo carinho que reina em casa pelo simples facto de ser membros da mesma família. Peço a Deus que nos vossos lares se respire sempre este amor de entrega e fidelidade total que Jesus trouxe ao mundo com o seu nascimento, alimentando-o e fortalecendo-o com a oração quotidiana, a prática constante das virtudes, a compreensão recíproca e o respeito mútuo. Portanto, estimulo-vos a que vos dediqueis incansavelmente a esta bonita missão que o Senhor vos recomendou, confiando na materna intercessão de Maria Santíssima, Rainha das Famílias, e na poderosa protecção de São José, seu esposo. Contai também com a minha proximidade e afecto, e peço-vos que leveis uma saudação especial do Papa aos vossos queridos mais necessitados ou que se encontrem em dificuldade. Abençoo-vos a todos de coração.


(© L'Osservatore Romano - 2 de Janeiro de 2010)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 02-I-2010

ANO VELHO, ANO NOVO

Será que é mesmo um ano velho que se desapega de nós, para dar lugar a um novo ano, ou será que os dias continuam iguais e a coisa nova só acontece quando nós nos abrimos ao Novo?

Que interessa verdadeiramente que um ano acabe e outro comece, se em nós tudo continua igual e os momentos se sucedem numa continuidade de noites e dias, em que tudo permanece igual e a rotina se instala?

E podemos nós fazer diferente, sentir diferente, viver diferente?

E podemos nós fazer de cada momento um tempo novo, cheio de novidade, de confiança, de esperança?

Não, nunca o poderemos fazer, sentir ou viver se continuarmos a confiar apenas em nós, nas nossas capacidades, no nosso querer!

Não nunca o poderemos fazer, sentir ou viver, porque somos seres diminutos, num mundo enorme que não nos olha, não nos conhece, que nos toma a todos como coisa igual e sempre efémera!

Onde está então o golpe de asa que faz de nós mais além, que faz de nós coisa nova sempre diferente, que faz de nós iguais nessas diferenças, que faz de nós senhores do mundo e da nossa liberdade?

Está ali, está aqui, está em todo o lugar e em todo o momento, está em cada um, e em todos ao mesmo tempo!

Não se agarra, não se possui, mas sente-se e vive-se em cada um!

Se retido no egoísmo perde-se e não se encontra, se dado no amor, transforma-se e faz-se encontrado na vida!

Se vivido, comungado, partilhado, faz-se Um em todos e todos no Um, e vive-se na alegria da paz serena, porque é confiança e esperança sem fim!

Por isso, o ano velho não acaba em Dezembro, tal como o ano novo não começa em Janeiro!

O ano velho acaba quando saímos de nós, e o ano novo começa quando O deixamos viver em nós!

Porque então é tudo novo!

A tristeza que era só triste, veste-se agora de esperança, a alegria que era só ruído, torna-se agora paz e serenidade!

A saúde que era estar bem, agradece-se e faz-se graça, a doença que era dor, entrega-se agora, e faz-se amor!

A adversidade que era triste companheira, faz-se agora apenas coisa passageira, e a felicidade que era efémera, faz-se agora coisa eterna!

Até a vida que parecia acabar na morte, percebe agora a morte como passagem para a vida!

Ah sim, acaba então o ano velho, do passado sem vida, da igualdade dos dias à espera do esperado fim, para começar o ano novo, vivido na esperança de cada novo e diferente dia, na confiança do prometido amanhã!

E tudo isto porque o Jesus que nasceu, para todos e cada um, se faz assim Deus entregue, dado por simples amor, para ser vida em nós todos, por ser vida em cada um.

E então não há mais ano velho, porque tudo n’Ele é sempre novo!

Podemos mudar os dias, fazê-los sempre diferentes, podemos viver o mundo, vivendo em liberdade, podemos ser todos diferentes, fazendo-nos mais iguais, e podemos tudo isto, tudo isto e muito mais, porque nós nada fazemos, a não ser darmos o que somos, para que Ele tudo faça em nós, e nos demais.

Já não tenho ano velho, nem dele me posso desapegar, porque em mim é ano novo, ano novo permanente, porque é assim que Ele me transforma, a mim e a toda a gente, que a Ele se quer entregar!

Monte Real, 30 de Dezembro de 2009

Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja
Meditações para a oitava da Epifania, n°1 (a partir da trad. Noël, Eds. Saint-Paul 1993, p. 302 rev.)

«Viram o menino com Maria sua mãe. Prostrando-se, adoraram-No»

Os magos encontram uma pobre jovem com uma pobre criança coberta de pobres faixas [...] mas, ao entrarem naquela gruta, sentem uma alegria que nunca tinham experimentado. [...] A divina Criança demonstra alegria: sinal da satisfação afectuosa com que os acolhe, como primeiras conquistas da Sua obra redentora. Os santos reis olham em seguida para Maria, que não fala; mantém-se em silêncio, mas o seu rosto reflecte a alegria e respira uma doçura celeste, prova de que lhes presta bom acolhimento e lhes agradece por serem os primeiros a vir reconhecer o seu Filho naquilo que Ele é: o seu Mestre soberano. [...]

Criança digna de amor, vejo-Te nessa gruta, deitado na palha, pobre e desprezado; mas a fé ensina-me que Tu és o meu Deus, descido do céu para minha salvação. Reconheço-Te como meu Senhor soberano e meu Salvador; proclamo-Te como tal, mas nada tenho para Te oferecer. Não tenho o ouro do amor, porque amei as coisas deste mundo; amei apenas os meus caprichos em vez de Te amar a Ti, que és infinitamente digno de amor. Não tenho o incenso da oração, pois infelizmente vivi sem pensar em Ti. Não tenho a mirra da mortificação, porque, por não me ter abstido de miseráveis prazeres, tantas vezes contristei a Tua infinita bondade. Que Te oferecerei então? Meu Jesus, ofereço-Te o meu coração, manchado e despojado: aceita-o e transforma-o, uma vez que vieste cá abaixo para lavar com o Teu sangue os nossos corações culpados e transformar-nos assim de pecadores em santos. Dá-me, pois, esse ouro, esse incenso, essa mirra que me faltam. Dá-me o ouro do Teu santo amor; dá-me o incenso, o espírito de oração; dá-me a mirra, o desejo e a força de me mortificar em tudo o que te desagrada. [...]

Virgem santa, tu acolheste os piedosos reis magos com uma viva afeição e eles ficaram cheios de felicidade; digna-te também acolher-me e consolar-me, a mim que venho, seguindo o seu exemplo, visitar e oferecer-me ao teu Filho.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 3 de Janeiro de 2010


São Mateus 2, 1-12

Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está __ perguntaram eles __o rei dos judeus que acaba de nascer?

Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, caindo de joelhos, prostraram-se diante d’Ele e adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972



Em Roma, no fim da manhã diz a quem o acompanha: “Reza!, reza muito durante o dia todo!, para que Ele nos tenha na sua mão. Pedi-Lho umas quinhentas vezes esta manhã, além de muitas outras coisas pelas quais Lhe roguei: serve-me de acicate e de presença de Deus, para que saibamos sempre servi-Lo e só disto nos ocupemos”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/02011972)

Presidente da República apela à recuperação dos valores da família e da ética nos negócios, nos mercados, na vida empresarial e na vida pública

«Vamos fazê-lo numa conjuntura que é de grandes dificuldades. Mas, precisamente por isso, temos de perceber que a nossa crise não é apenas económica.

É, também, uma crise de valores.

Há que recuperar o valor da família. O esbatimento dos laços familiares tem sido um dos factores que mais contribuem para agravar as dificuldades que muitos atravessam.

Devemos também valorizar a prática do valor da ética republicana. A ética nos negócios, nos mercados e na vida empresarial, mas também na vida pública, tem de ser um princípio de conduta para todos.»

Aníbal Cavaco Silva – Presidente da República na sua mensagem de Ano Novo de 2010

(Fonte: site da Presidência da República AQUI)

Europa: uma iniciativa a favor da vida e em defesa da família

Os elogios que o Presidente do Parlamento Europeu, o polaco Jerzy Buzek, dedicou à "Petição europeia pela vida e pela dignidade do homem" mostram que as iniciativas cívicas a favor da vida e da família têm bom acolhimento quando são apresentadas de modo afirmativo

Buzek felicitou os delegados pelo facto realmente insólito de terem conseguido pôr de acordo meio milhão de cidadãos de vários países. "É a primeira vez que chega ao Parlamento uma petição compartilhada por tantas associações e tantos países", afirmou. "Isto mostra que a sociedade civil não vê o Parlamento como uma instituição alheia às pessoas. Agradeço porque esta iniciativa manifesta que há uma cidadania europeia activa".

Os subscritores pedem, em primeiro lugar, que sejam adoptadas as medidas necessárias para que em todos os documentos da União Europeia "em que se reconheça o direito à vida de todo o ser humano, se especifique que esse direito deve ser reconhecido desde a concepção".

Em segundo lugar, "que seja suspendido o financiamento da experimentação que destrua embriões humanos, como está a suceder, por exemplo, por causa do VII programa-quadro sobre experimentação da União Europeia".

Por último, solicitam que "seja reconhecida como família em sentido pleno a que é fundada no casamento entre um homem e uma mulher, à qual se deve reconhecer prioritariamente o direito e o dever de escolher a educação que desejarem para os seus filhos".

A dignidade, alma da Europa

No acto de apresentação, Carlo Casini, deputado europeu e presidente do movimento italiano pela vida, explicitou alguns dos motivos que levaram estes cidadãos a assinar a petição.

Casini denunciou que a imagem da Europa se parece cada vez mais "à de um grande mercado antes de à de uma força ao serviço do ser humano". Prova disso são as interpretações restritivas ao direito à vida que são feitas em alguns países da União, ou as mudanças nas definições legais do casamento.

Face a essa tendência desagregadora, o italiano reivindicou a unidade dos povos europeus em torno aos valores fundamentais da igualdade e da dignidade. Ambos constituem o fundamento da liberdade, da democracia e da solidariedade, "traços da alma da Europa", disse.

Perante a proximidade da entrada em vigor do Tratado de Lisboa, os subscritores quiseram evitar que a referência explícita que este texto contém ao "valor da igual dignidade de todo o ser humano" fique em palavras bonitas sem consequências.
Por isso, afirmam que o pedido de maior protecção da dignidade se deve concretizar em duas coisas: o respeito ao "direito à vida de todo o ser humano desde a sua concepção até à morte natural" e o reconhecimento "dos direitos da família [fundada no casamento entre homem e mulher] como núcleo fundamental da sociedade e do Estado".

Em 2007, o Parlamento Europeu recebeu mais de 1.500 petições; das quais foi dado seguimento a dois terços . Embora apenas umas quantas cheguem a bom porto - como a dos impostos aos veículos de importação na Polónia - há parlamentares que sentem a falta de mais petições em favor da vida e da família.

Assim no-lo comentou Catherine Vierling, assessora de vários parlamentares europeus e secretária geral do Fórum Europeu para os Direitos Humanos e Família. De acordo com Vierling, a petição de Casini e dos restantes representantes pela vida teve "um grande impacto político e mediático" em Bruxelas.

Juan Meseguer Velasco

(Fonte: Aceprensa)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

João Escoto Erigena (?- c. 870), beneditino irlandês
Homilia sobre o Prólogo de João, cap. 15 (a partir da trad. Delhougne, Les Pères commentent, p. 168; cf SC 151, p. 275)

«No meio de vós está Aquele que não conheceis: é Ele quem vem após mim»

Como é lógico, é o evangelista João quem introduz João Baptista no seu discurso sobre Deus, «o abismo que atrai o abismo» à voz dos mistérios divinos (Sl 41, 8): o evangelista conta a história do precursor. Aquele que recebeu a graça de conhecer «o Verbo no princípio» (Jo 1, 1) ensina-nos acerca daquele que recebeu a graça de vir à frente do Verbo encarnado. [...] Ele não diz simplesmente: houve um enviado de Deus, mas «houve um homem». Fala assim para distinguir o precursor, que participa apenas da humanidade, e o Homem que, unindo estreitamente em si divindade e humanidade, veio em seguida; para separar o voz que passa e o Verbo que permanece para sempre de maneira imutável; para sugerir que um é a estrela da manhã que aparece na aurora do Reino dos céus e declarar que o Outro é o Sol da justiça que lhe sucede (Ml 3, 20). Distingue a testemunha Daquele que o envia, a lâmpada vacilante da luz esplêndida que enche o universo (cf. Jo 5, 35) e que, para todo o género humano, dissipa as trevas da morte e do pecado. [...]

«Um homem foi enviado». Por quem? Pelo Deus Verbo que o precedeu. A sua missão era ser precursor. É num grito que ele envia a palavra à sua frente: «no deserto, uma voz grita» (Mt 3, 3). O mensageiro prepara a vinda do Senhor. «O seu nome era João» (Jo 1, 6): foi-lhe dada a graça de ser o precursor do Rei dos reis, o revelador do Verbo desconhecido, o que baptiza em ordem ao nascimento espiritual, a testemunha da luz eterna, pela sua palavra e pelo seu martírio.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 2 de Janeiro de 2010

São João 1,19-28

Este foi o testemunho de João, quando as autoridades judaicas lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: «Tu quem és?»
Então ele confessou a verdade e não a negou, afirmando: «Eu não sou o Messias.»
E perguntaram-lhe: «Quem és, então? És tu Elias?» Ele disse: «Não sou.» «És tu o profeta?» Respondeu: «Não.»
Disseram-lhe, por fim: «Quem és tu, para podermos dar uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: 'Rectificai o caminho do Senhor', como disse o profeta Isaías.»
Ora, havia enviados dos fariseus que lhe perguntaram:
«Então porque baptizas, se tu não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes: «Eu baptizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis.
É aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias.»
Isto passou-se em Betânia, na margem além do Jordão, onde João estava a baptizar.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)