Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Despertar do comodismo por Aura Miguel

Não é sempre que o Papa Bento XVI dedica quatro dias a um só país da Europa. Portugal é, por isso, privilegiado.

Mais: o programa destes quatro dias é bastante variado, porque pretende ir ao encontro das realidades da Igreja portuguesa. Isto é, Bento XVI é como um pai, que vem ao nosso encontro. E nós? Vamos ao encontro dele?

Porque é que eu estou a falar nisto? É que noutros contextos – como, por exemplo, aconteceu em Angola – só o facto de o Papa sair de sua casa em Roma para ir ao encontro dos fiéis africanos, só isso, foi motivo de festa, com toda a gente na rua para acolher o Sucessor de Pedro.

Será que temos esta consciência em Portugal?

Já ouvi bons católicos dizerem que preferem seguir tudo pela televisão. E até mesmo religiosas, que não vão pôr os pés em Fátima nesses dias (apesar de o Papa ter agendado um encontro específico com os consagrados). Não gostam de confusão – dizem, como desculpa.

Este é o típico retrato da velha Europa: acomodada, rotineira e cansada da fé.

Espero que os portugueses despertem deste comodismo e permitam que Bento XVI se sinta aqui como em sua casa, sob pena de a nossa herança secular de amor e fidelidade ao Papa ficar definitivamente arrumada no passado, apenas reduzida aos livros de história.

Aura Miguel

(Fonte: site Rádio Renascença)

Comentário JPR:

Aura Miguel, como já nos tem habituado coloca o dedo na ferida.

«"Ego palam locutus sum mundo", Eu preguei publicamente diante de toda a gente - responde Jesus a Caifás, quando se aproxima o momento de dar a Vida por nós.»
E, no entanto, há cristãos que se envergonham de manifestar "palam" - abertamente - veneração ao Senhor!
(São Josemaría Escrivá, Sulco, 50)

«Ovo» de Siza Vieira para o Papa

Peça de ourivesaria desenhada pelo arquitecto portuense e executada por Manuel Alcino vai ser oferecida a Bento XVI no dia 12 de Maio

Um «ovo» de prata desenhado por Siza Vieira é o presente que vão oferecer a Bento XVI os representantes do mundo da Cultura que com ele se vão encontrar a 12 de Maio, em Lisboa.

A peça de ourivesaria foi apresentada esta Sexta-feira aos jornalistas, a quem Siza confessou ter ficado “aflito” quando recebeu o convite.

“Primeiro veio a ideia de uma pomba, porque é hábito dar à pomba uma simbologia com múltiplos significados”, referiu. Depois, veio a ideia de criar uma “caixa” com a forma de um ovo.

Em declarações à ECCLESIA, o arquitecto português admitiu ter-se inspirado a “referências que todos temos no espírito”.

Siza Vieira trabalhou com “plena liberdade de escolha” e não levou “muito tempo” a definir aquilo que queria fazer.

“Foi um trabalho tranquilo e não foi feito no meio de obstruções, crises ou polémicas”, assegura, revelando que não poderá estar presente no dia em que a peça vai ser entregue ao Papa.

D. Carlos Azevedo, coordenador-geral da visita de Bento XVI a Portugal, confessou-se “muito impressionado” com o resultado do trabalho, no qual vislumbra a “energia da simplicidade”.

Assinada pelo arquitecto Siza Vieira, a peça foi executada pelo ourives Manuel Alcino.

Trata-se de um trabalho em prata e porcelana não vidrada (biscuit), que representa a inspiração e o Espírito Santo.

Aludindo à forma de ovo, com uma dimensão de “renascimento”, o coordenador-geral da visita de Bento XVI disse ser essencial encontrar “algo que ajude a ir à essência das coisas”, ajudando a encontrar um “renascimento espiritual”.

D. Carlos Azevedo destacou ainda o “alcance” da personalidade escolhida para desenhar este presente para o Papa.

A peça será entregue por D. Manuel Clemente, presidente da Comissão episcopal responsável pela área da cultura, no encontro que irá decorrer no Centro Cultural de Belém.

Sobre os preparativos gerais da visita, D. Carlos Azevedo assegurou que está tudo a “correr muito bem” e a ser tratado “atempadamente”.

“Tudo está a postos para receber de modo belo, feliz e festivo o Santo Padre”, concluiu, recusando comparações do actual Papa com João Paulo II.

(Fonte: site Agência Ecclesia)

Bento XVI: é falimentar uma economia sem ética e sem respeito pela pelas pessoas


A derrocada da finança mundial mostrou que um sistema económico sem regras éticas, que promovam um desenvolvimento integral da pessoa e não só lucro, está destinado a falir. Esta é uma das considerações principais de Bento XVI na audiência concedida na manhã desta sexta-feira aos participantes na plenária da Academia Pontifícia das Ciências, Aos peritos reunidos no Vaticano até ao próximo dia 4 para discutir sobre o tema “ a crise numa economia global. Projectar de novo o nosso caminho o Papa disse que a solidariedade entre as gerações deve ser reconhecida como um critério ético fundamental para julgar qualquer sistema social

“ A derrocada financeira mundial, como sabemos, mostrou a fragilidade do sistema económico actual e as instituições a ele ligadas. Além disso mostrou o erro do pressuposto com base no qual o mercado é capaz de se regular, para além da intervenção publica e do contributo de normas éticas internas.

Contra esta visão que, observou o Papa, deriva de um conceito empobrecido da vida económica – considerada uma espécie de mecanismo de auto-calibração guiada por interesses pessoais e de lucro - Bento XVI opôs os valores da Doutrina social da Igreja, condensados no Magistério da Caritas in veritate.

Mais do que uma espiral de produção e de consumo tendente a responder a necessidades humanas definidas, a vida económica deve ser vista correctamente como um exercício de responsabilidade humana, intrinsecamente orientada para a promoção da dignidade da pessoa, a prossecução do bem comum e o desenvolvimento integral - politico, cultural e espiritual - de indivíduos, famílias e sociedades..

Projectar de novo o caminho – prosseguiu o Santo Padre – quer dizer portanto repensar aqueles “standard globais e os objectivos que guiam e orientam a vida económica. A Igreja, salientou, afirma a existência de uma lei natural universal, cujos princípios foram inscritos por Deus na criação. Princípios, acrescentou, que são acessíveis à razão humana e como tais, devem ser adoptados como base para as opções praticas.

Como parte do grande património da sapiência humana, a leia moral natural, da qual a Igreja se apropriou, purificando-a e desenvolvendo-a á luz da Revelação cristã, serve como um farol, guia os esforços dos indivíduos e das comunidades a perseguir o bem e a evitar o mal, enquanto que orienta o seu empenho a construir uma sociedade autenticamente justa e humana.

Entre os princípios indispensáveis para plasmar uma visão ética da vida económica devem encontrar-se – afirmou Bento XVI – a promoção do bem comum, enraizada no respeito pela dignidade da pessoa humana em todos os sectores da produção e do comercio e nas instituições politicas e sociais, com uma responsabilidade comum em relação ás novas gerações.

A solidariedade entre as gerações doravante deve ser reconhecida como um critério ético fundamental para julgar qualquer sistema social. Estas realidades indicam a urgência de reforçar os procedimentos de governance da economia global, embora no respeito dos princípios de subsidiariedade . Porém, no fim, todas as decisões económicas e politicas devem ser dirigidas para a caridade na verdade, enquanto guarda a verdade e dirige a potencia libertadora da caridade para o meio das vicissitudes humanas contingentes e ás estruturas.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Papa Bento XVI não teme enfrentar os "lobos", afirma o Presidente do Senado italiano

O Presidente do Senado de Itália, Renato Schifani, salientou que ante os ataques mediáticos contra o Papa Bento XVI que procuram silenciar a sua voz, o Santo Padre "não teme enfrentar aos lobos" e guiar a Igreja Católica como supremo pastor que leva a verdade do homem a todo o mundo e anunciando-a com seu próprio testemunho de vida.

Num encontro dedicado ao tema do "Mundo que sofre pela falta de pensamento" organizado em Roma pela Congregação dos Filhos da Imaculada Conceição, realizado esta quarta-feira, Schifani assinalou que o Papa não evita os conflitos e tampouco admite pastores que procurem fazê-lo.

Durante a sua intervenção, em que utilizou várias entrevistas do Santo Padre, o Presidente do Senado italiano afirmou que "em um momento no que a consternação e o sentido de traição que ‘actos pecaminosos e criminais’ se geraram em todo mundo e em toda a Igreja, Bento XVI expressou abertamente – cito palavras suas – ‘a vergonha e o remorso que todos provamos’".

O Papa, prosseguiu, ante "a traição e o sofrimento das vítimas de abusos sexuais não se limitou a manifestar sua própria indignação pela violência sofrida, mas compartilhou com eles o sofrimento, a oração, a dor destinada a permanecer".

Logo depois de reiterar sua política de "tolerância zero" ante os culpados destes crimes, Schifani recordou que o Papa Bento "em 1969 não teve medo de advertir o risco de um novo paganismo na própria Igreja e em 2005 não se limitou a falar da soberba, da auto-suficiência, da sujidade em termos da Igreja, não só dentro da Igreja e – cito uma vez mais suas palavras – ‘também entre aqueles, no sacerdócio, que deveriam pertencer somente a Ele’".

"Assistimos nestes últimos meses à tentativa de gerar um verdadeiro ‘pânico moral’, que busca minar o próprio coração do Magistério através da erosão da relação de confiança que está na base de todo desafio comunicativo e, em particular, do desafio educativo. A teologia da caridade e a teologia da esperança representam para o Bento XVI os eixos então de toda a mensagem cristã. A vida autêntica é de facto e ao mesmo tempo relação e conhecimento, ‘um dar e receber’".

Schifani sublinhou de seguida que "àqueles que querem esconder com ataques mediáticos a mensagem de esperança e o testemunho de caridade da Igreja, que Bento XVI se opõe a esse caminho de horror através da suave pendente evangélica: ‘insultado não respondia aos insultos, maltratado não ameaçava com vinganças, mas se confiava em Quem julga com justiça’".

Noutros termos, continuou , "quando assistimos a ataques que não faltaram e a defesas que, de modo contrário, com frequência ficaram silenciosas, com as palavras de um teólogo de nosso tempo tenho que dizer: ‘a grandeza de um espírito mede-se pelo grau de verdade que é capaz de suportar’ e ‘a verdade não precisa defender-se, se defende por si mesma’".

Para o presidente do Senado italiano, "chegará o dia no que as mulheres e homens livres de nosso tempo poderão dizer dele: ‘no meio daquela violenta tempestade, ele manteve a confiança e a esperança e a transmitiu também aos companheiros de viagem. Daquele naufrágio nasceu uma comunidade cristã fervorosa e sólida’".

"Aos jovens e a todos nós, Bento XVI fala de uma ‘nova evangelização’ que não significa ‘atrair rapidamente com novos métodos mais refinados as grandes massas da Igreja’, mas sim reconhecer que as ‘grandes coisas começam sempre do grão pequeno’. Trata-se de aceitar o desafio de ‘tomar a amplitude da história e lançar as redes’".

Finalmente Renato Schifani destacou que "a palavra do Bento XVI é o testemunho do sofrimento acolhido com serenidade e alegria. O Papa diz aos homens de nosso tempo muitas vezes abandonados contra as paredes do pessimismo e o conformismo que ‘a alegria não pode ser exigida. Só pode ser dada’ e a Igreja não a pode fabricar, mas apenas recebê-la, quer dizer recebê-la de onde já está, de onde ela está realmente presente’".

(Fonte:’ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Carta aberta ao Senhor Presidente da República

Exmo. Senhor Presidente da República

Aparece nos órgãos de comunicação social a “notícia” de que V. Exa. estaria a preparar o veto à vulgarmente chamada, “Lei dos casamentos homossexuais”.

Com toda a sinceridade não acredito muito nessa hipótese.

Com efeito, e se olharmos para trás, percebemos que em todos os momentos em que foi preciso o Presidente da República ter uma intervenção a favor dos valores que enformam a sociedade portuguesa, V. Exa. sempre decidiu de acordo com a minoria que grita mais alto e que se arroga do direito, (com uma pretensão de modernidade), de mudar tudo o que faz parte da cultura e dos valores da Nação Portuguesa.

Foi assim com a “Lei do Aborto”, com a “Lei para facilitar os divórcios”, para apenas focar estas, mas, curiosamente, quando a “Lei do Estatuto Regional dos Açores” beliscou os poderes da Presidência da República, aí e nesse caso, tomou uma posição de força e “comprou” mesmo uma “guerra” com o Governo.

Por isso, e por este modo de proceder a que nos habituou, é que eu duvido muito que a referida “notícia” tenha alguma credibilidade.

Mas já agora aproveito para pedir a V. Exa. que nos poupe à leitura de uma qualquer nota que decida enviar à Assembleia da República, tal como fez quando da “Lei do Aborto”, pois essas notas não são mais do que um lavar de mãos, uma atitude do tipo: “Eu não concordo, mas assino”.

Tenho eu alguma coisa contra os homossexuais poderem viver juntos e até terem direitos reconhecidos por lei civil dessa mesma união?

Não, não tenho nada contra, pois essa é uma opção de cada um, que eu não julgo, nem tenho de julgar, embora vá contra a Doutrina e a Fé que eu professo na minha vida.

Posso afirmar essa Fé e essa Doutrina, testemunhando-a e tentando cumpri-la, mas não posso, não devo, nem quero impô-la a ninguém que a não queira aceitar e seguir.

Outra coisa bem diferente é aceitar que a instituição do Casamento, que desde sempre se entendeu como a união entre um homem e uma mulher, (escuso-me de pensamentos exaustivos sobre o assunto que já são do conhecimento de todos), para em circunstâncias normais constituírem uma família, seja posta em causa, apenas para tornar normal aquilo que o não é.

E o problema maior é que com estas leis que V. Exa. vai aprovando, (embora afirmando que o faz a contragosto), a sociedade portuguesa se vai desagregando e dando sinais de uma degradação progressiva.

Neste momento e julgo que nestes últimos dois anos, já morrem em Portugal mais Portugueses do que aqueles que nascem.
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O aborto que seria para as excepções, (se é que há excepções quando se trata de defender a vida humana?), tornou-se prática comum, de tal modo que constitui já, no fundo, um método anticoncepcional com a ironia, (se é que assim se lhe pode chamar), de o ser já depois da concepção.

Os compromissos assumidos num casamento, são menos importantes e defendidos em lei do que um vulgar contrato de trabalho, o que leva cada vez mais à desresponsabilização das pessoas, à destruição fácil das famílias, e ao cada vez mais periclitante desenvolvimento harmonioso das crianças e dos jovens, com as consequências que estão à vista na nossa sociedade.

Afirma-se em defesa da aprovação destas leis que as mesmas faziam parte dos programas dos partidos sufragados em eleições, como se algum Português que queira ser verdadeiro acredite que antes de votar, cada cidadão lê algum desses programas.

Mas a ser assim, e se essa fosse uma razão de peso para a aprovação dessas leis, também V. Exa. se poderá socorrer da sua condição de cristão e católico, pois que os Portugueses que em si votaram sabiam dessa sua “condição”, que V. Exa. não fez segredo nenhum em mostrar.

É que não se é cristão e católico para umas coisas e outras não!

Um cristão e católico deve pautar a sua vida pela Fé e pela Doutrina que afirma professar e tanto uma como a outra estão acima dos seus próprios interesses, ou mesmo os dos outros, quando os mesmos ferem e cortam a sua relação com Deus.

Foi por isso, por exemplo, que Pedro e João depois de proibidos pelo Sinédrio de falar ou ensinar em nome de Jesus Cristo, responderam:
«Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, obedecer a vós primeiro do que a Deus. Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos.» Act 4, 19-20

Senhor Presidente da República

Este Governo e as leis que fez aprovar na Assembleia da República, verdadeiros atentados à vida, aos valores, à sociedade, irá ficar na história de Portugal como um dos períodos mais negros da sua existência.

As notas que V. Exa. enviou e enviar à Assembleia da República, invocando o seu tímido desacordo não passam disso mesmo: notas, que não ficarão para a posteridade!

Como tal, o que ficará na história será o facto de V. Exa. ter aprovado também essas leis iníquas, o que o torna conivente com a degradação da sociedade Portuguesa.

V. Exa. sabe bem que o referendo pedido por tantos Portugueses para esta lei nunca foi admitido, porque havia a certeza, pela parte dos fautores da lei, que o mesmo lhes seria adverso, pois basta ver e ler as sondagens que foram feitas sobre o assunto.

V. Exa. não tem que concordar com o Governo e as forças políticas que pouco a pouco vão destruindo a nossa sociedade, até porque uma maioria na Assembleia, não significa forçosamente uma maioria no País.

E depois, mesmo que houvesse uma maioria, a verdade é que há maiorias que se enganam.

Senhor Presidente da República, V. Exa. poderá ficar na história de Portugal de dois modos.

Ou como aquele que ratificou leis que destruíram a nossa sociedade, ou como aquele que teve a coragem de se lhes opor por um bem maior, sendo coerente com os seus princípios e com os valores da Nação Portuguesa.

Do primeiro modo, rapidamente será esquecido, do segundo será lembrado para sempre.

É certo que o veto poderá não impedir que a lei seja mais tarde novamente aprovada pela Assembleia da República e assim, (julgo eu), ter V. Exa. a “obrigação” de a ratificar.

Mas perante esse facto tem V. Exa. a oportunidade de demonstrar que a coerência de vida assente na Fé e Doutrina que afirma professar, fala mais alto que uma qualquer função pública, (por mais importante que ela seja), e então recusar-se novamente a ratificar a referida “lei”.

E se para tal, for preciso renunciar às suas funções como Presidente da República, faça-o, porque ganha o País ao passar-lhe V. Exa. uma tal imagem de coragem e coerência, ganhamos todos nós ao percebermos que afinal ainda há cristãos e católicos que não desistem de colocar «Deus acima de todas as coisas», e ganha com certeza o Aníbal Cavaco Silva a quem Deus abençoará na sua decisão e dando-lhe, em todos nós que acreditamos, o respeito e a admiração devidas por tal atitude.

Dará também aos Portugueses, que tanto andam deprimidos e desinteressados da vida Portuguesa, um novo alento, pois perceberão que ainda vale a pena lutar por uma sociedade mais justa, mas sem fazer concessões àqueles que no fundo a querem destruir, pensando apenas nos seus próprios interesses.

Muitos dirão que sou um sonhador!
Sê-lo-ei, sem dúvida, mas prefiro acreditar que ainda é possível testemunhar a coerência de tudo em que dizemos acreditar.

Se em algum momento desta carta, ofendo V. Exa. peço que me perdoe, pois não é nem foi esse o meu intuito.

Com os meus respeitosos cumprimentos.

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/04/carta-aberta-ao-senhor-presidente-da.html

S. Josemaría nesta data em 1968


“Neste mês de Maio, que amanhã começa, quereria que cada um de nós começasse a fazer mais um pequeno sacrifício, um tempo mais de estudo, um trabalho mais bem acabado, um sorriso...; um sacrifício que seja um esforço da nossa piedade e uma prova da nossa entrega. Com generosidade, meu filho, deixa-te levar por Ela. Não podemos deixar de querer cada dia mais e mais ao Amor dos amores! E com Maria poderemos consegui-lo, porque a nossa Mãe viveu docemente uma entrega total”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

"As razões de Bento XVI": conhecer o Papa

As razões de Bento XVI - Conferência de Aura Miguel, Sábado, 1 de Maio de 2010, às 17h30




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Deus vivo

«Ao falarmos do Deus vivo isso significa que este Deus se nos mostra, que a partir da eternidade olha o tempo e estabelece uma relação connosco. Não o podemos definir como nos apetecer. Ele próprio de “definiu” e assim se perfila como Senhor nosso perante nós, sobre nós e no meio de nós»

(Joseph Ratzinger in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

Papa: contra o aborto na África


Construir sociedades baseadas na justiça e na paz, cultivar boas relações com o mundo islâmico, empenhar-se para a educação e a família. Foi o que pediu o Papa aos bispos de Libéria, Gâmbia e Serra Leoa, no discurso ao final de sua visita ad Limina. Numa situação marcada pelo divórcio e pela poligamia, disse o Papa, é preciso promover a unidade e o bem-estar da família fundada sobre o matrimónio. Deve-se defender os direitos das mulheres e contrastar uma difundida mentalidade abortista. A vossa missão – acrescentou o Papa – prevê um adequado discernimento e preparação para as vocações e para a formação dos sacerdotes, dando-lhes o exemplo da oração e de um límpido ensinamento cristão. Respeito, tolerância, trabalho pelo bem comum, distanciar-se de qualquer propósito de vingança, devem depois caracterizar as relações com o Islão e o empenho por uma sociedade pacificada e pacífica.

(Fonte: H2O News)

Aproveitar todas as oportunidades

Há-de haver uns bons quarenta anos, viajava de Londres para Lisboa. A meu lado, no avião, sentava-se um conhecido negociante de tapetes e alcatifas com quem tinha excelentes relações.
Entabulámos conversa. Daí a tempo, o sujeito que ocupava o terceiro lugar da fila, meteu conversa, perguntando: “Do you speak English?”

Ao saber que sim, falávamos inglês, perguntou se éramos portugueses. Obtendo a confirmação aventou que, talvez o pudéssemos ajudar. Era americano e viajava para Portugal em negócios por conta de uma grande cadeia de supermercados. Explicou que na cidade onde trabalhava vivia um grande número de portugueses, clientela importante que desejavam cativar e que, por causa disso, os seus superiores o encarregaram desta viagem. Em breves palavras contou que alguém do topo da hierarquia tinha relações de amizade com uma família portuguesa e ficara encantado com um candeeiro a petróleo, daqueles antigos, todos em vidro incluindo, claro, a chaminé que abrigava a mecha acesa. Ocorreu-lhe então que seria um óptimo brinde para oferecer no Natal aos melhores clientes da tal cadeia de super lojas. Assim, a sua missão era descobrir em Portugal um fornecedor desses candeeiros!

Ficámos a olhar para o homem tentando perceber se falava a sério. Que sim, era verdade e a encomenda que pretendia colocar para ser satisfeita a tempo do Natal – evidentemente – era na ordem dos cinquenta mil candeeiros!

Para meu completo espanto, o meu amigo – negociante de alcatifas e tapetes, sublinho – informou com convicção: “Você está com uma sorte tremenda porque, eu, estou nessa área de negócio.”

Seguiu-se troca de cartões, números de telefone etc. e combinando encontro para daí a dias num hotel de Lisboa.

Eu não disse palavra, pois que havia eu de dizer? Quando recolhíamos as malas perguntei ao meu amigo: “Mas então você percebe alguma coisa de candeeiros de petróleo?”

“Absolutamente nada”, respondeu-me.

Surpreendi-me ainda mais: “Mas… você afirmou ao americano que lhe ia resolver o problema e, ainda por cima, cinquenta mil candeeiros!”

“Pois claro, se fossem cem ou duzentos nem sequer pensava no assunto, agora, por cinquenta mil… meu caro amigo, disse-me com um sorriso largo na cara simpática, hei-de descobrir uma fábrica, ou fábricas que os façam e, pode crer, vou ganhar um bom dinheiro com a comissão.”

Soube depois que assim fora, conseguira o que queria, e o americano fechou o negócio com duas ou três fábricas da Marinha Grande.

(AMA, 2003)

Editado um novo livro para celebrar o Ano Sacerdotal (vídeos em espanhol e inglês)


Canto Gregoriano - "Dies Irae"

S. Pio V

Miguel Guisleri foi uma figura de extrema importância para a vida da Igreja Católica. Nascido em Bosco Marengo na província da Alexandria, em 1504, aos catorze anos ingressou na vida religiosa entrando na ordem dominicana.

A partir daí a sua vida desenvolve-se, pois alcançaria rapidamente todos os degraus de uma excepcional carreira. Foi professor, prior do convento, superior provincial, bispo de Mondovi e finalmente Papa, aos 62 anos, com o nome de Pio V.

Promoveu diversas reformas na Igreja através do Concilio de Trento, como, por exemplo, a obrigação de residências para bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos Bispos, o incremento das missões, a correcção dos livros litúrgicos e a censura das publicações.

A sua autoridade e prestígio pessoal impunham a sua personalidade de pulso firme e de atitudes rigorosas, como a que tomou em relação à invasão dos turcos, pondo fim aos seus avanços a sete de Outubro de 1571, na famosa batalha de Lepanto.

Apesar do seu carácter marcante, apresentava sinais de um homem bondoso e condescendente para com os humildes, paterno, às vezes, e extremamente severo com aqueles que faziam parte do corpo da Igreja.

Mesmo sabendo das consequências que sofreria a Igreja, não pensou duas vezes ao excomungar a rainha Elizabete I. Morreu em 1 de Maio de 1572, na lucidez de seus setenta e oito anos. A sua canonização chegaria em 1712 e a sua memória fixada a 30 de Abril.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Tema para reflexão

TEMA: Evangelium Vitae 40 b

O preceito relativo à inviolabilidade da vida humana ocupa o centro dos «dez mandamentos» na aliança do Sinai. Nele se proíbe, antes de mais, o homicídio: «Não matarás», «não causarás a morte do inocente e do justo»; mas proíbe também — como se explicita na legislação posterior de Israel — qualquer lesão infligida a outrem. Tem-se de reconhecer que esta sensibilidade pelo valor da vida no Antigo Testamento, apesar de já tão notável, não alcança ainda a perfeição do Sermão da Montanha, como resulta de alguns aspectos da legislação penal então vigente, que previa castigos corporais pesados e até mesmo a pena de morte. Mas globalmente esta mensagem, que o Novo Testamento levará à perfeição, é já um forte apelo ao respeito pela inviolabilidade da vida física e da integridade pessoal, e tem o seu ápice no mandamento positivo que obriga a cuidar do próximo como de si mesmo: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo». (JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 40 b)

Doutrina: Morte

A morte virá quando Deus quiser, mas será uma libertação, o princípio da Vida com maiúscula. "Vita mutatur, non tolitur" (Prefácio I de Defuntos) A vida muda, não a arrebatam de nós. Começaremos a viver de um modo novo, muito unidos à Santíssima Virgem, para adorar eternamente a Trindade Beatíssima, Pai, Filho e Espírito Santo, que é o prémio que nos está reservado.
(ÁLVARO DEL PORTILLO, Homilía 15.08.1989, in Romana, nr. 9, 07.12.1989, nr. 243)

Festa: S. Pio V

Nota Histórica

Nasceu perto de Alessândria (Itália) no ano 1504. Entrou na Ordem dos Pregadores e ensinou Teologia. Consagrado bispo e elevado a cardeal, foi finalmente eleito papa em 1566. Continuou decididamente a reforma da Igreja, iniciada no Concílio Tridentino, promoveu a propagação da fé e reformou o culto divino. Morreu no dia 1 de Maio de 1572.
(SNL)

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, Doutora da Igreja
Manuscrito autobiográfico A, 2vº-3vº

«Na casa de Meu Pai há muitas moradas»

Durante muito tempo, perguntei a mim própria porque é que o Bom Deus tinha preferências, porque é que as almas não recebiam todas o mesmo grau de graças. [...] Jesus dignou-Se instruir-me neste mistério: pôs em frente dos meus olhos o livro da natureza e eu percebi que todas as flores que Ele criou são belas, que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não apagam o perfume da pequena violeta ou a simplicidade encantadora da margarida. Percebi que, se todas as florinhas quisessem ser rosas, a natureza perdia o seu ornamento primaveril, os campos já não estariam esmaltados de flores

Assim é também no mundo das almas, que é o jardim de Jesus. Ele quis criar grandes santos, que podem ser comparados aos lírios e às rosas, mas criou também santos menores, que se devem contentar em ser margaridas ou violetas, destinadas a alegrar os olhos do Bom Deus quando Ele Se debruça sobre elas; a perfeição consiste em fazer a Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos.

Compreendi ainda que o amor de Nosso Senhor se revela tanto na alma mais simples que não opõe nenhuma resistência à Sua graça, como na alma mais sublime. Com efeito é próprio do amor abaixar-se; se todas as almas se assemelhassem às dos Santos Doutores que iluminaram a Igreja com a clareza da sua doutrina, parece-me que o Bom Deus não Se abaixaria suficientemente vindo apenas aos seus corações; mas Ele criou a criança que não sabe nada e apenas emite fracos bramidos, criou o pobre selvagem que só tem para se conduzir a lei da natureza, e é exactamente ao seu coração que Se digna descer, estas são as Suas flores dos campos, cuja simplicidade O deleita. Abaixando-Se assim, o Bom Deus mostra a Sua grandeza infinita. Tal como o sol ilumina ao mesmo tempo os cedros e cada florinha como se ela fosse a única na terra, assim também Nosso Senhor Se ocupa particularmente de cada alma, como se não houvesse outra semelhante a ela.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Abril de 2010

São João 14,1-6

1 «Não se perturbe o vosso coração. Acreditais em Deus, acreditai também em Mim.2 Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar um lugar para vós.3 Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo, para que, onde estou, estejais vós também.4 E vós conheceis o caminho para ir onde Eu vou».5 Tomé disse-Lhe: «Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?».6 Jesus disse-lhe: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Mim.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A portuguesa no "clube VIP" que segue o Papa

Cavaco avisou ... há sete anos (pena é que o não tenham ouvido e tenha mesmo sido contestado pelo então Governador do Banco de Portugal)

Cavaco Silva avisou. Há sete anos, um confronto entre o então professor de economia Cavaco Silva e o já governador Vítor Constâncio ficou célebre: Cavaco avisava para o desequilíbrio externo, que o euro escondia. Sete anos depois, o texto parece premonição. Constâncio discordava.

Leia o texto de Cavaco Silva na íntegra AQUI.

Estávamos a 23 de Maio de 2003 e, numa conferência de homenagem a José Silva Lopes, o então professor de economia lançou fortes avisos ao Governo de Durão Barroso, que tinha como ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite.

Dizia, por exemplo, Cavaco: "Um país, mesmo que seja uma região num espaço monetário unificado, não pode endividar-se sem limites. No médio ou longo prazo, um défice continuado das contas externas acaba por manifestar-se sob a forma de aumento do prémio de risco, racionamento do crédito ou transferência de activos das mãos nacionais para as mãos de estrangeiros. O ajustamento torna-se inevitável, i.e., a despesa das famílias, das empresas e do Estado tem de ser contida."

O Negócios recupera hoje o texto, intitulado “Dores de cabeça”. Lidos à distância de sete anos, o texto parece uma premonição do desequilíbrio externo para o qual Portugal caminhava.

Um texto que avisa que o défice das contas externas vai aumentar risco do País; que o euro não nos protegia disso; que o ajustamento seria penoso; que a subida de salários seria um problema; que o PEC tinha de ser respeitado; que o Banco de Portugal já não perdia o sono; que o ministro das Finanças está isolado entre ministros que não estão dispostos a serem impopulares.

“Embate entre titãs”

“Embate entre titãs”. Assim titulava o Negócios no dia seguinte à Conferência de Homenagem a José Silva Lopes, a 23 de Maio de 2003.

Vítor Constâncio alterou então a sua apresentação original para contestar Cavaco Silva, numa detalhada análise que questionava os seus pontos de vista.

Como noticiava nesse dia este jornal, Constâncio afirmou que a referida restrição “não está a ser operativa”, pois o financiamento externo continua a existir, e que o País está tão-só a viver uma “crise conjuntural” de ajustamento no balanço dos agentes económicos internos, agravada pela redução da procura externa.

Silva Lopes, o homenageado, também se intrometeu: “O problema da competitividade é muito mais sério do que o Dr. Vítor Constâncio fez crer”. E se no passado o apoiara, quando o governador do Banco de Portugal propusera que os salários crescessem nos anos seguintes “ao nível da média da União Europeia corrigidos pela produtividade”, Silva Lopes achava agora que isso não chegava: “É preciso menos que a UE, corrigidos pela produtividade”.

Na altura, o discurso de Cavaco Silva foi entendido como uma crítica ao Governo de Durão Barroso, alertando para a falta de coordenação da política económica, que comprometeria a saída da crise.

Foi em Maio de 2003.

(Fonte: Jornal de Negócios online)

O Presidente italiano, Giorgio Napolitano ofereceu esta tarde um concerto a Bento XVI por ocasião do quinto aniversário do seu Pontificado (vídeo)

Comunicação da Igreja, identidade e diálogo, Seminário organizado pela Pontifícia Universidade Santa Cruz de Roma (português e espanhol)


Concluiu-se o Seminário Profissional de Comunicação da Igreja “Identidade e Diálogo” organizado pela Pontifícia Universidade Santa Cruz de Roma, que reuniu quase 300 participantes de diferentes partes do mundo.

“A reflexão me parece que é fundamental, seja a partir do ponto de vista da identidade cristã, ou seja, do modo de viver coerentemente a própria fé, seja a partir do ponto de vista da comunicação de como podemos melhorar enquanto cristãos e enquanto a Igreja Católica na comunicação”.

Criou-se um ambiente em que comunicadores e jornalistas puderam se entender melhor, como ressaltou o presidente do Comité Organizador do Congresso.

“Uma identidade forte, concreta, ajuda o diálogo, para os jornalistas é muito mais fácil falar com um interlocutor do qual sabem o que pensa, um interlocutor que tem uma mensagem concreta, um ponto de partida, do que falar de coisas genéricas”.

O Congresso é um ponto de referência para os porta-vozes da Igreja em todo o mundo e chegou este ano à sua sétima edição. Entre os temas debatidos, a resposta comunicativa à crise dos abusos sexuais, e como a Igreja tem que estar mais presente nas redes sociais. Os relatores destacaram que ter uma identidade definida não é um obstáculo para o diálogo.

“O foro para discutir como a identidade é um ponto de partida para o diálogo, a identidade da Igreja, a mensagem cristã, o aspecto atractivo, estupendo, a beleza que tem a mensagem de Cristo”.

http://www.pusc.it/

(Fonte: H2O News)

Oração pela vista de Bento XVI a Portugal

Apelo do Papa a favor da Republica Democrática do Congo: reconduzir a paz e a legalidade ao país


Fazer o possível para pôr termo aos conflitos que destruíram o tecido social de um país inteiro. É um dos apelos a favor da Republica Democrática do Congo que Bento XVI confiou ao novo embaixador deste país junto da Santa Sé recebido na manhã desta quinta-feira para a apresentação das Cartas Credenciais. O Papa solicitou também a comunidade internacional a envidar esforços no sentido de reconduzir a paz e a legalidade aquele país.

O símbolo do inferno social através do qual passou nos últimos anos a Republica Democrática do Congo é evidente na descrição que o Papa faz depois de ter lançado, de uma maneira mais formal mas sempre incisiva, apelos ás autoridades nacional e internacionais.

A vossa nação – disse nesta quinta feira ao novo embaixador - deve cancelar um passado onde durante anos as crianças foram privadas da instrução e treinadas a matar. É no quadro de uma situação simbolizada por esta imagem de infância dramaticamente roubada que Bento XVI coloca a sua insistida exortação á paz e ao respeito dos acordos que a deveriam assegurar.

O empenho assinado em Goma em 2008 e a actuação dos acordos internacionais, em particular sobre a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento na região dos Grandes Lagos, são certamente necessários, mas mais urgente é o trabalho sobre as condições preliminares para a sua aplicação….Convido as autoridades publicas a fazerem o possível para pôr termo á situação de guerra, que infelizmente ainda existe nalgumas províncias, e a dedicar-se á reconstrução humana e social da nação no respeito dos direitos humanos fundamentais.

O vosso país recordou o Santo Padre, viveu momentos trágicos. A violência abateu-se de maneira cega e sem piedade contra uma parte importante da população, abatida sob o seu jugo brutal e insuportável e semeando ruína e morte. Penso, acrescentou Bento XVI, nas mulheres, nos jovens e nas crianças cuja dignidade foi espezinhada pela violação dos seus direitos. E o longo apelo do Papa ultrapassa as fronteiras do Congo.

Convido a comunidade internacional envolvida de varias maneiras nos sucessivos conflitos que a vossa nação conheceu, a mobilizar-se para contribuir eficazmente para levar á Republica Democrática do Congo a paz e a legalidade. Depois de tantos anos de sofrimento, o vosso país precisa de empreender com determinação o caminho da reconciliação nacional.

Uma das melhores maneira para o fazer, indica o Papa, é promover a educação das jovens gerações, possibilitando-lhes o estudo e ajudando as suas famílias nas despesas da instrução que para muitas são insuportáveis. E formação - acrescenta o Papa - quer dizer não só receber cultura mas também sólidas bases morais e espirituais que ensinem aos jovens a evitar a tentação da violência e o ressentimento para escolher aquilo que é justo e verdadeiro. Uma tarefa para a qual os católicos dão e darão o seu contributo.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Programa sobre o Papa na RTP1 - URGENTE

Queridos amigos,

Venho pedir a vossa colaboração para o seguinte:

No sábado, dia 8 de Maio, às 18h, a RTP1 vai gravar um programa no teatro Camões, que vai ser apresentado pela Fátima Campos Ferreira.

A figura central vai ser o Sr. D. Carlos Azevedo e o tema é: “Vamos receber o Papa Bento XVI” (mais ou menos isto).

Pediram-me ajuda para convidar pessoas a estarem presentes (podem levar vossos familiares e amigos) que apoiem a vinda do Papa e estejam unidos à sua pessoa e intenções…

Peço-vos que contactem o máximo possível de pessoas dos vossos conhecimentos (uma a uma!) para irem assistir ao programa. É muito importante numa altura em que dentro da Igreja em Portugal começam a aparecer vozes divergentes …

Podem confirmar as presenças para mim (Maria Campos 917541348),

Ou para:

Ana Maria Moreira Faria Ferreira
Dir. Programas TV
ana.maria@rtp.pt
Av. Marechal Gomes da Costa, 37
1849-030 Lisboa - Portugal
Tel.: (+351) 217 947 340

Muito obrigada!

Maria C. Campos

S. Josemaría sobre Santa Catarina de Sena


Festa de Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Bach - BWV 147 - 7 - Jesus bleibet meine Freude (Jesus permanece a minha alegria)


Jesus bleibet meine Freude,
Meines Herzens Trost und Saft,
Jesus wehret allem Leide,
Er ist meines Lebens Kraft,
Meiner Augen Lust und Sonne,
Meiner Seele Schatz und Wonne;
Darum lass ich Jesum nicht
Aus dem Herzen und Gesicht.

«Quer vivamos quer morramos, somos do Senhor» (Rom 14,8)

«Ao movimento linear da nossa vida para a morte responde o círculo do amor divino, que se torna para nós uma nova linha, um renovamento perene e progressivo da vida em nós quanto mais a vida se torna, simplesmente, relação entre mim e a verdade feita pessoa – Jesus -. A inevitável linearidade do nosso caminho para a morte é transferida pela linha directa do nosso caminho para Jesus».

(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)

Prece na Páscoa

No horizonte próximo
nuvens cruzadas
cobrem o céu.

Eu
emoções desgarradas
contemplo inquieto.

Assim, tão próximo
como se viesse quase de dentro
do meu intimo
coração
chega um brado crescendo
que é quase um lamento.

Oh meu Deus
eu bem sei que é impossível
ordenares o que for
superior
às minhas forças.

Permites a tentação,
o padecer
mas também dás a graça
para as vencer.

Ah coração
amarfanhado em ilusões
em coisas que queria
e desejo
em tantas deambulações
quiméricas e impossíveis.

Ah coração!...
Em cruz em cruz...

Nos meus olhos há luz
forte de cegueira
que me afasta as penumbras
de uma vida inteira
de catacumbas.

Subterrâneos de desejos
de coisas inúteis e mesquinhas
de peias, elos e gavinhas
que me prendem e sujeitam.

Nos meus ouvidos
ressoa um som estupendo
que atordoa os sentidos
e me confundem.


No meu coração,

Ah! no meu coração...

Há a Cruz!

Há a Cruz!

É bem leve por sinal,
não quero levá-la de rastos
mas bem erguida
em bandeira ou pendão.

Aqui Senhor, aqui onde estou,
é onde quero estar conTigo.

Dá-me o que me ordenares
que faça
pois eu, por mim, não consigo.


Porto, Páscoa 95

António Mexia Alves (AMA)

As relíquias de três santos libaneses em Roma

Nos últimos 40 anos, o Líbano foi abençoado por santos que inspiraram milhões de pessoas: São Charbel Makhlouf, que o Papa Paulo VI canonizou em 9 de Outubro de 1977, Rafqa Rayess, que o Papa João Paulo II canonizou em 10 de Junho de 2001, e Nimatullah al-Hardini, canonizado sempre pelo Papa João Paulo II em 16 de Maio de 2004.

No contexto das celebrações pelos 1600 anos da morte de São Marone, a paróquia maronita em Roma acolheu em sua igreja de São Marone, dentro do Colégio maronita, as relíquias desses santos libaneses. "O coração desta celebração são os santos da nossa terra e do nosso país, a nossa gente, a nossa carne e o nosso sangue", disse o padre Paul Azzi, representante da Ordem Maronita Libanesa junto à Santa Sé, na homilia para a celebração realizada em 18 de Abril.

O Padre Azzi exortou os libaneses a custodiarem a amizade que os une a esses santos e dirigiu uma oração aos três santos para que guiem os padres do Colégio maronita em Roma.

“Nós invocamos a intercessão de Charbel que contemplou Deus, e de Al Hardini o líder, e de Rafqa, que sofreu em silêncio diante da Cruz, pelos nossos estudantes sacerdotes neste Colégio maronita, especialmente neste ano jubilar, o ano de São Marone, que nos ensinou a comunicação, o sacrifício, a unidade e a vida como eremita. Ele é o pai dos santos, e o pai dos maronitas e da comunidade maronita”.

Charbel, Rafqa ed Al Hardini não eram as únicas pessoas que seguiram o seu modelo de santidade. Padre Azzi, que é também o postulador da causa dos santos maronitas em Roma, anunciou outros importantes eventos futuros:

“Hoje fazemos um novo anúncio: a beatificação do venerável Ir. Istephan Nimeh, que viveu segundo as pegadas de Charbel, Rafca ed Al Hardini, presentes hoje com suas relíquias na Igreja de São Marone em Roma”

"E esperamos que um ex-estudante deste Colégio maronita, o Patriarca maronita Istephan Al Dowaihy, que estudou em Roma, doutorando-se em Filosofia e em Teologia, possa ser proclamado em breve beato. O Papa Bento XVI declarou-o venerável em 3 de Julho de 2008. Esperamos de iniciar em breve sua causa de beatificação e esperamos que possa tornar-se o padroeiro desta escola, porque foi um grande patriarca e um grande exemplo para aqueles que, no futuro, se tornarão patriarcas, bispos e padres, e que estão estudando neste instituto maronita".

De todas as Igrejas orientais, a Igreja maronita é a única que não nasceu dentro da tradição ortodoxa. De facto, sempre permaneceu fiel e unida à Sé de Roma. Esta comunidade, fundada sobre o túmulo de São Marone no século V, está ligada à tradição síria de Antioquia, e conta três milhões de fiéis em todo o mundo. Para o ano jubilar, o Papa Bento XVI quis que uma estátua de São Marone fosse colocada no último nicho disponível dentro da Basílica de São Pedro.

(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"

"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".

Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".

Os santos vivem na glória de Deus e são para nós intercessores para invocar e testemunhas para imitar. Com esta profunda convicção aproximamo-nos hoje de Santa Catarina de Sena, no dia da sua festa. Catarina é a "virgem sábia" que voltou para a casa do Pai com a jovem idade de 33 anos, depois de uma existência marcada pela incessante contemplação e pela intensa actividade apostólica. Desde os sete anos, na presença espiritual de Maria Santíssima, deu-se em esposa para sempre a Jesus, plenamente consciente do valor que o voto de virgindade e de amor exclusivo a Cristo comportava, como ela mesma confirmará em seguida ao seu confessor. Tanto é verdade que quando os pais, para a dissuadir do seu propósito, a submeteram a pesados trabalhos domésticos, a pequena Catarina "fabricou na sua alma uma cela interior da qual aprendeu a nunca mais sair". E íntima com Cristo manteve-se até ao último dos seus dias, que foram marcados pelo sofrimento e por provações quer físicas quer morais e místicas. Ao passar deste mundo para o Pai a 29 de Abril de 1380, foi recebida no triunfo das bodas celestes pelo seu Esposo, por Cristo crucificado e ressuscitado, por quem unicamente tinha vivido. Conservar, mesmo no alarido dos eventos humanos, um íntimo e incessante contacto com o seu Esposo divino era o empenho da sua vida.

Empenho que exortou também aos seus discípulos, imersos nas múltiplas actividades terrenas, a assumir, ao recomendar-lhes: "Construí uma cela na mente da qual nunca possais sair". Queridos irmãos e irmãs no Senhor, como seria diferente a nossa vida, quanta paz poderíamos difundir ao nosso redor se nos esforçássemos para nos manter sempre na presença de Deus "na cela interior do nosso coração"!

O segredo da santidade de Catarina de Sena está em ter sido "inflamada de amor divino", como nos recorda a hodierna liturgia, e em ter "unido a contemplação de Cristo crucificado e o serviço à Igreja": uma vida de contemplação e de fervor apostólico. Precisamente porque estava imersa em Deus pôde desenvolver uma enorme quantidade de actividades com iniciativas num amplo raio e intervir com coragem e decisão em situações delicadas; por isso pôde escrever e deixar-nos obras de elevada espiritualidade e mística, que ocupam um lugar significativo na história da literatura com o maravilhoso Diálogo da Divina Providência e, sobretudo, com as 381 Cartas que ela mesma, com impressionante capacidade e velocidade, ditou aos seus secretários. Ela pôde realizar tudo isto somente porque caminhava na luz de Deus, seguindo as pegadas de um grande mestre, São Domingos, do qual se diz como se sabe que falava com Deus ou falava de Deus. "Se caminharmos na luz rezaremos na antífona da comunhão como Deus está na luz, nós estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado". Esta é a santidade: dom e obra de Cristo e do seu Espírito, e esforço incessante para não deixar "arrefecer" em nós e ao nosso redor aquele amor pelo Senhor do qual brota a autêntica comunhão e a verdadeira paz entre os homens na Igreja e no mundo. Santa Catarina recorda-nos com o seu testemunho que definitivamente a santidade é Amor.

Catarina de Sena, que viveu num período histórico cheio de controvérsias, foi chama ardente de amor por Cristo crucificado e pela Igreja. De facto, era a Idade Média tardia e tanto no campo civil como eclesiástico a Europa parecia dilacerada pelas lutas internas, por guerras entre Estados e cidades, por carestias e pestilências. Referem-nos os historiadores que Sena, cidade da santa, em 1347 passou de cerca de oitenta mil habitantes para quinze mil devido à peste negra. Na Igreja registavam-se divisões e cismas que punham em risco a própria sobrevivência da civilização católica diante do perigo cada vez mais urgente das invasões dos saracenos. O Papa, ausente de Roma, residia em Avinhão e este drama fez dizer ao sumo poeta Dante que a Igreja "casou com o reino da França". Neste clima de particular angústia para a Igreja, Catarina, tocada por uma graça especial, entreviu a sua vocação. Lê-se na sua biografia que a sua infância foi marcada por uma visão de Cristo, de cujo coração saía um raio luminoso que a alcançou e feriu. Outro episódio que a marcou de modo determinante, aos vinte anos, quando já tinha escolhido viver como as terciárias dominicanas. Numa noite de carnaval de 1367, continuava a pedir incessantemente a Jesus: "Casa comigo na fé!". E eis que lhe aparece o Senhor e lhe diz: "Agora que os outros estão a divertir-se eu estabeleço celebrar contigo a festa da tua alma". Improvisamente, narram os biógrafos, a corte do céu, com os Santos que Catarina mais amava, estava presente ali: Maria, a Virgem Mãe, pega na mão da jovem e une-a à do Filho. Jesus coloca-lhe um anel luminoso no dedo (que Catarina verá, ela somente, por toda a vida) e diz-lhe: "Eu te esposo a Mim na fé, a Mim o teu Criador e Salvador. Conservarás ilibada esta fé enquanto não vieres para o céu celebrar Comigo as bodas eternas". Jesus doa a esta jovem de vinte anos uma das experiências místicas mais intensas que uma criatura possa viver. O Amante divino para Catarina torna-se assim uma presença constante, e por este grande amor ela desafiará o mundo, inclusive quando ele parece surdo e distraído.

Depois dessa experiência, Catarina viverá somente outros treze anos dedicando-se e consumindo-se fisicamente na missão de reforma da Igreja e do mundo, encontrando Papas, Cardeais, Reis e Príncipes. Escreverá cartas pungentes nas quais usa frequentemente a expressão "Eu quero", com a conclusão: "Jesus doçura, Jesus amor" denominado em seguida como o "código de amor da cristandade". O desejo de fazer regressar o Papa a Roma concretiza-se em Gregório XI, mas eclode o grande cisma e Catarina continuará a trabalhar activamente contra o antipapa em favor do legítimo Pontífice Urbano VI. O seu amor pelo Papa por ela chamado "o meigo Cristo na terra" era tão grande que Catarina fez voto, na quaresma de 1380, de ir todas as manhãs a São Pedro para fazer companhia ao Esposo, permanecendo diante do mosaico desenhado por Giotto para o frontão da antiga basílica, no qual está representada a barca da Igreja no meio da tempestade. E a Santa continuava a exortar o Papa: "guiai a barca da santa Igreja" (Carta 357).

Queridos irmãos e irmãs no Senhor! Da vida e dos escritos de Catarina de Sena chega até nós todos um ensinamento muito actual nesta nossa época, isto é, a prioridade de rezar e trabalhar para a salvação das almas. Não foram estas porventura a finalidade e a paixão de toda a sua existência?

Às vezes, influenciados excessivamente pela cultura moderna, temos a sensação de que a nossa pastoral corre o risco de parecer preocupada, dizendo de maneira paradoxal, mais de fazer com que as pessoas estejam bem sobre esta terra do que orientar as almas decididamente para o encontro com Cristo, o único Redentor do homem. No Diálogo da Divina Providência, Catarina escreve que querendo remediar aos muitos males da humanidade Deus Pai misericordioso nos deu "a Ponte" do seu Filho, "para que ao passares pelo rio não afogues, este rio é o mar agitado desta tenebrosa vida". Consequentemente, o que nos deve interessar mais do que qualquer outra coisa é "agradar a Deus" e ficarmos unidos a Ele, como ela fez com o "seu celeste Esposo". Quem habita em Cristo, o Amigo, o Mestre, o Esposo, não conhece esmorecimento nem medo; antes, torna-se sólido na fé, fervoroso no amor e perseverante na esperança. Assim aconteceu para a nossa Santa; primeiramente ocorreu aos Apóstolos, às mulheres que no sepulcro, surpreendidas, viram o Senhor ressuscitado, aos discípulos de Emaús, que desconsolados repetiam: "pensávamos que fosse Ele a salvar-nos". Só o Senhor nos salva e nos redime. Ao longo dos séculos, Ele associa à obra da sua redenção os santos, ou seja, aqueles que aceitam a sua vontade e seguem fielmente o seu Evangelho. Como esta jovem, Catarina de Sena, que sonhava com uma Igreja santa, da qual se sentia "filha" e "mãe", com bispos e sacerdotes cheios de zelo. Queria a Igreja desse modo, não por uma visão triunfalista da cristandade, mas para que pudesse ser "fermento" de renovação social, ao comunicar aos homens "o sangue" de Cristo que gera a paz. Santa Catarina, intrépida reformadora dos frades e das monjas da Ordem de São Domingos, à qual era ligada como terciária, nos conduza a uma contemplação cada vez mais íntima dos mistérios insondáveis da vida divina; nos ajude a amar a Igreja com coração grande e apaixonado; nos apoie no nosso empenho quotidiano ao serviço do Evangelho, sempre atentos aos "sinais dos tempos" e à suprema vontade de Deus na qual se encontra a nossa paz. Assim seja.

Cardeal Tarcisio Bertone

Excerto homilia por ocasião de recorrência Litúrgica de Santa Catarina de Sena na Basílica de Santa Maria “sopra Minerva” no Domingo dia 29 de Abril de 2007

(Fonte: site da Santa Sé AQUI, título da responsabilidade de JPR)

Tema para reflexão

TEMA: Contribuição cristã

A nós, cristãos toca-nos - dentro das muitas possibilidades de actuação - contribuir para criar uma ordem mais justa, mais humana, mais cristã, sem comprometer com a nossa actuação a Igreja como tal.
(PAULO VI, Encíclica Populorum progressio, 26.03.1967, 8)

Doutrina: Evangelium Vitae 40 a

Da sacralidade da vida dimana a sua inviolabilidade, inscrita desde as origens no coração do homem, na sua consciência. A pergunta «que fizeste?», dirigida por Deus a Caim depois de ter assassinado o irmão Abel, traduz a experiência de cada homem: no fundo da sua consciência, ele sente incessantemente o apelo à inviolabilidade da vida — a própria e a alheia —, como realidade que não lhe pertence, pois é propriedade e dom de Deus Criador e Pai.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 40 a)

Festa: Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja

Nota Histórica

Nasceu em Sena no ano 1347. Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de S. Domingos quando era ainda adolescente. Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa. Escreveu importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste. Morreu no ano 1380.
(SNL)

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santa Catarina de Siena (1347-1380), Dominicana da Ordem Terceira, Doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogos, 167 (a partir da trad. do Breviário)

«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»

Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu saciais-nos sem fim a alma pois, nas Tuas profundezas, sacias de tal modo a alma que ela torna-se indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na Tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...].

Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na Tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das Tuas profundezas e a beleza da Tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, tornar-me-ia na Tua imagem (Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, algo do Teu poder e da Tua sabedoria. Essa sabedoria é o atributo do Teu Filho unigénito. Quanto ao Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do Teu Filho, concedeu-me a vontade que me faz capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, Tu és o Criador, e eu a criatura; soube assim, iluminada por Ti, na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do Teu Filho unigénito, que foste tomada de amor pela beleza da Tua criatura.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Abril de 2010

São João 13,16-20

16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.17 Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes. 18 «Não falo de todos vós; sei os que escolhi; porém, é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: “O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim”.19 Desde agora vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, acrediteis que “Eu sou”.20 Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou».

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Johann Sebastian Bach - Suite nº 3, BWV 1068 (Karajan)

Os Seminários ensinam a viver o celibato (vídeos em espanhol e inglês)


Livro de textos de Bento XVI sobre Nossa Senhora apresentado em Fátima

Bento XVI é um Papa mariano

O livro “MARIA Homilias *Orações *Discursos PAPA BENTO XVI”, uma edição da ‘K Editora’ com prefácio do Reitor do Santuário de Fátima e que assume também um cariz solidário, uma vez que 2% das vendas reverte para a Caritas Portuguesa, foi apresentado, ontem, 27 de Abril, no Santuário de Fátima.

Nuno Cordeiro, editor, sublinhou a importância do momento do lançamento da obra decorrer no Santuário de Fátima, “lugar especial para o mundo católico, para os portugueses”, por se tratar de um livro onde que publica alguns dos principais textos escritos por Bento XVI dirigidos ou sobre Nossa Senhora, seja sob a forma de orações seja de homilias ou discursos.

Presente no momento do lançamento, o Reitor do Santuário de Fátima agradeceu à editora o convite para escrever o prefácio de uma publicação de “grandíssima qualidade”, que consegue nas diversas vertentes do seu conteúdo, nomeadamente textos e fotografias, mostrar uma das “maravilhas mais visíveis para os católicos, a beleza humana e espiritual que é Nossa Senhora”.

Para o Padre Virgílio Antunes, o livro sublinha também a figura do Papa “como elo de unidade de toda a Igreja que vai estar diante de Nossa Senhora em Fátima” e reafirma a importância da Eucaristia para os católicos como “símbolo de uma Igreja que reza e celebra unida”.

Tratou-se de «uma belíssima iniciativa que não só desperta interesse, mas ajuda a contextualizar, a dar o pleno enquadramento» da viagem apostólica de Bento XVI, afirmou.

Quanto a Bento XVI, o Reitor do Santuário de Fátima destaca que todos os católicos precisam de ouvir a sua palavra, “uma palavra firme, segura, certa”.

Convidada pela ‘K Editora’ a falar sobre a obra, a jornalista Aura Miguel, sublinhou “o impacto da beleza deste livro”, com uma capa “belíssima” e “uma força que se repercute no seu interior”.
A propósito da publicação na obra da homilia proferida em Fátima em Outubro de 1996, pelo ainda então Cardeal Ratzinger, Aura Miguel relatou uma “peripécia” que lhe foi descrita por um Servita de Nossa Senhora que, ao ser chamado ao quarto de Joseph Ratzinger, encontrou o cardeal a ler, de joelhos, em voz alta, a homilia, para treinar a correcta dicção. Para a jornalista este gesto mostra a simplicidade do actual Papa.

«Se muitas vezes foi dito que João Paulo II era o Papa mariano, com este livro fica provado que Bento XVI também o é», afirmou a jornalista Aura Miguel na apresentação da obra.

(Fonte: Boletim Informativo do Santuário de Fátima 55/2009, de 28 de Abril de 2010)

Humildade

– Senhor, peço-te um presente: Amor..., um Amor que me deixe limpo. E mais outro presente: conhecimento próprio, para me encher de humildade. (Forja, 185)

São santos os que lutam até ao final da sua vida: os que se sabem levantar sempre depois de cada tropeção, de cada queda, para prosseguir valentemente o caminho com humildade, com amor, com esperança. (Forja, 186)

Se os teus erros te fazem mais humilde, se te levam a procurar agarrar com mais força a mão divina, são caminho de santidade: "felix culpa!", bendita culpa!, canta a Igreja. (Forja, 187)

A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

São Josemaría Escrivá

Na audiência geral desta quarta feira Bento XVI pediu aos padres coerência com o Sacramento recebido


O dom total da vida aos pobres, aos mais necessitados, aos últimos, mas na profunda convicção de que não é possível exercer a caridade sem viver em Cristo e na Igreja. Este o exemplo que Bento XVI indicou a todos os padres falando na audiência geral de dois santos sacerdotes de Turim. São Leonardo Murialdo e São José Cottolengo.

Estas as palavras do Papa falando em português:

Queridos irmãos e irmãs,

Houve dois santos sacerdotes no século dezanove que viveram o seu ministério na dedicação total aos mais pobres. A raiz profunda e a fonte inexaurível da sua actividade estavam na sua relação com Deus, conscientes de que não existe caridade sem viver em Cristo e na Igreja. O primeiro, São Leonardo Murialdo, experimentou a Misericórdia de Deus após uma crise existencial e espiritual na adolescência, e sentiu-se chamado ao sacerdócio, dedicando-se à juventude mais abandonada. Sabendo que a missão do sacerdote é “continuar a obra da redenção, a grande obra de Jesus”, não cessava de recordar a si mesmo e aos seus confrades a coerência com o sacramento recebido. O segundo, São José Cottolengo, foi chamado para dar os últimos sacramentos a uma jovem mulher grávida que morria por falta de cuidados adequados. Foi um sinal de Deus no seu caminho que o transformou: doravante será “o ajudante da divina Providência” ao serviço dos mais necessitados. Nascia, assim, a Pequena Casa da Divina Providência, cujo coração pulsante eram os mosteiros de religiosas contemplativas que ele fundara.

Uma saudação cordial aos peregrinos vindos do Brasil e demais países de língua portuguesa, contando com as vossas orações por todos os sacerdotes para que se dediquem sempre com mais generosidade a Deus e ao rebanho a eles confiado. E que Deus vos abençoe a vós e as vossas famílias. Ide em paz!

(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría nesta data em 1932

“Diz: Meu Deus, amo-Te, mas... ensina-me a Amar!”, anota nesta data nos seus Apontamentos íntimos.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Comentário «Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas»


Lansperge, o Cartuxo (1489-1539), religioso, teólogo 
Sermão 5 (Opera omnia 3, 315)


A humildade com que Cristo «Se esvaziou a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fl 2,7) é para nós luz, como é luz também a Sua recusa da glória deste mundo, Ele que preferiu nascer num estábulo em vez de um palácio e sofrer uma morte vergonhosa numa cruz. É graças a esta humildade que somos capazes de ter consciência de quanto é detestável o pecado de alguém que, sendo pó apenas (Gn 2,7), um pobre homenzinho de nada, pelo poder do orgulho se glorifica e recusa a obedecer, ao passo que vemos a Deus infinito humilhado, desprezado e entregue ao bel-prazer dos homens.


A mansidão com que suportou a fome, a sede, o frio, os insultos, os golpes, as feridas, também ela é para nós luz, uma vez que «não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7). É graças a esta mansidão que somos capazes de ver como a cólera é inútil, assim como a ameaça; então, dispomo-nos a sofrer e a servir a Cristo de todo o coração. É graças a ela que, por fim, compreendemos tudo o que nos é pedido: expiar os nossos pecados na submissão e no silêncio e suportar com paciência o sofrimento quando surgir. Assim Cristo suportou os Seus tormentos com essa brandura e paciência, não pelos Seus próprios pecados, mas pelos dos outros.


Irmãos caríssimos, reflictamos desde já em todas as virtudes que Cristo nos ensinou com a Sua vida exemplar, nos recomenda com o Seu estímulo e nos ajuda a imitar com a fortaleza da Sua graça.

O Papa Bento XVI criaria novo dicastério para re-evangelizar a Europa e os EUA segundo o vaticanista Andrea Tornielli

O vaticanista Andrea Tornielli deu a conhecer hoje através do jornal italiano Il Giornale, que o Papa Bento XVI estaria para publicar uma carta anunciando a criação de um novo dicastério do Vaticano: o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, que teria como tarefa tornar a evangelizar as sociedades ocidentais como a Europa e Estados Unidos que foram perdendo sua identidade cristã.

Tornielli, que costuma estar bem informado sobre este tipo de temas, escreve: "Bento não cessa de surpreender: na próxima semana a criação de um novo dicastério na Cúria Romana dedicado à evangelização do Ocidente será anunciada, e este será presidido pelo Arcebispo Rino Fisichella".

A nota do Il Giornale assinala que este novo dicastério terá por meta evangelizar "países nos quais o Evangelho foi anunciado há séculos, mas nos quais a vida diária de seus povos se vê perdida. A Europa, os Estados Unidos e a América Latina seriam as áreas de influência da nova estrutura".

Para o vaticanista Tornielli, este novo dicastério seria "a novidade mais importante do pontificado do Papa Bento, um Papa que, segundo as expectativas, supunham que ia reduzir a Cúria Romana".

O jornalista explica de seguida que esta ideia foi proposta pela primeira vez pelo fundador do Movimento Comunhão e Libertação, Dom Luis Giussani ao Papa João Paulo II, mas não prosperou. Para Tornielli, a ideia teria ressurgido a partir do Patriarca de Veneza, Cardeal Angelo Scola, quem como Reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, dedicou-se à reflexão sobre a perda da identidade cristã na Europa e o mundo ocidental.

D. Fisichella, actual Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, sucedeu o Cardeal Scola como Reitor da mencionada casa de estudos e compartilhou as mesmas preocupações de seu predecessor.

(Fonte: ‘ACI Digital’)

Testemunhos - Graças ao Papa e a ‘Caminho’

Christian Wilkie trabalha como enfermeiro numa prisão de alta segurança. Vive desde sempre numa região da antiga RDA, no leste da Alemanha. É cooperador do Opus Dei. Até ao dia 19 de Abril de 2005, nunca tinha tido contacto com a Igreja Católica

Até ao dia 19 de Abril de 2005, nunca tinha tido contacto com a Igreja católica. Nesse dia completava os 28 anos, quando às três da tarde um meu tio me telefonou para me felicitar. Depois disse-me que um alemão tinha sido eleito como novo Papa e que o poderia ver na televisão nesse momento. E assim se despediu o meu tio.

Por mera curiosidades liguei a televisão. Nesse momento o novo Papa ’alemão’ disse: “Amados Irmãos e Irmãs: depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes. E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações. Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente. O Senhor ajudar-nos-á. Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco. Obrigado!” Estas palavras não me saíram da cabeça durante os dias que se seguiram. Provocaram em mim um impulso interior que me levou a pensar nos meses seguintes sobre o tema da fé e da Igreja.
Pela primeira vez na vida interessei-me pela Igreja Católica e informei-me sobre ela. Comprei um Catecismo da Igreja Católica e dei-me conta de como fiquei surpreendido com as respostas que fui encontrando para as minhas perguntas acerca da fé. Eram também respostas mais complexas que ninguém na Igreja protestante nem no Judaísmo ou noutros grupos me tinha dado,

Um dia estava a procurar na Internet um livro sobre a Igreja Católica. Numa página web descobri um livro que atraiu a minha atenção e que estava classificado como um clássico da espiritualidade: era um livro que tinha como título ‘Caminho’, escrito por um tal Josemaría Escrivá. Não sei porquê, mas pedi o livro. Uns dias depois chegou pelo correio, e imediatamente o folheei. Ao ler a Introdução fiquei com a impressão que tinha sido escrito só para mim: cada palavra, cada frase chegou à minha alma, e desde esse momento soube que o meu Pai do Céu tinha previsto um lugar para mim dentro da sua Igreja, da Igreja Católica.

Nos meses seguintes, pus-me em contacto com a paróquia da terra onde vivo, ensinaram-me o catecismo e decidi ir à Missa sempre que tivesse possibilidade, tendo em conta a minha profissão. No dia 8 de Novembro de 2007 recebi o Crisma. Durante todo este tempo tive a companhia de São Josemaría Escrivá através dos seus livros, que ia comprando a pouco e pouco. Através dos seus livros fui compreendendo algumas coisas da natureza e das actividades do Opus Dei. Na Internet informei-me sobre o Opus Dei e suas iniciativas. Mais tarde, tive conhecimento de que havia meios de formação numa cidade próxima e para ali me dirigi.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

SACRÁRIOS VIVOS...

Os sacrários são normalmente peças de muita beleza exterior, mesmo aqueles que primam pela simplicidade.

No entanto o seu interior é, normalmente, apenas constituído por paredes nuas, sem qualquer decoração.

Assim poderemos dizer, que os sacrários são muito belos por fora, mas despidos de beleza por dentro.

No entanto tudo se transforma quando no sacrário está Jesus Cristo Sacramentado!

Podemos afirmar então, que a maior beleza do sacrário está no seu interior, e que já não interessa sequer aquilo que ele é por fora.

Aliás os sacrários têm um fim, que é conterem, guardarem dentro de si, Jesus Cristo Sacramentado.

E sabemos que eles estão a cumprir essa missão quando há uma luz, sempre acesa, que nos diz que ali está Jesus Cristo Sacramentado.

Se assim não for, a luz está apagada e os sacrários para nada servem, a não ser para decoração, para museus, e não nos suscitam mais nada, a não ser a apreciação da sua beleza, ou a falta dela.
Enfim não nos detemos neles, e nada acrescentam às nossas vidas!

Nós somos muitas vezes assim, como os sacrários!

Arranjamo-nos exteriormente, não só cuidando do aspecto do corpo e do que vestimos, mas também tantas vezes aparentando uma maneira de ser que nada tem a ver connosco, (com o que nós realmente somos), e no interior somos apenas paredes nuas, sem qualquer beleza, sem luz, porque não nos preocupamos em ser amor para nós e para os outros, porque em nós não mora Jesus Cristo, fonte do Amor.

Podemos conversar com quem quisermos, mas as nossas conversas são apenas palavras, não deixam rasto, nada acrescentam às vidas que por nós passam.

No entanto, quando nos abrimos a Ele, e deixamos que Ele faça em nós morada, o aspecto exterior conta pouco ou nada, porque a expressão que transmitimos é a beleza do amor, há uma luz acesa em nós, e as conversas que possamos ter, o testemunho de vida, deixa sempre uma impressão indelével, que leva muitas vezes os outros a deterem-se e pensarem nas suas próprias vidas.

Tal como os sacrários também nós temos um fim!

Esse fim é sermos sacrários vivos, ou seja, enquanto os sacrários na igreja “apenas” contêm Jesus Cristo Sacramentado, mas estão ali, estáticos, sem nada nos transmitirem de si próprios, nós poderemos ser sacrários vivos, ou seja, levarmos Jesus Cristo aos outros, transmitirmos tudo o que Ele faz em nós, dar testemunho da Sua presença viva em nós e no meio de nós.

Os sacrários na igreja podem “conter” Jesus Cristo Sacramentado, mas não mudam, são sempre do modo como foram feitos.

Nós se formos sacrários vivos vamos sendo moldados, aperfeiçoados, pela presença de Jesus Cristo em nós, e essa mudança reflecte-se em nós e de nós para os outros.

Enquanto nos sacrários na igreja, a luz indica a presença de Jesus Cristo Sacramentado no seu interior, em nós, quando somos sacrários vivos, a luz é o Próprio Jesus Cristo que brilha em nós!
Faz do teu coração um Sacrário vivo, onde more sempre Jesus Cristo!

Joaquim Mexia Alves

21.09.2007