Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 5 de dezembro de 2009

A razão que se abre ao mistério torna-se verdadeira sabedoria

Publicamos o texto da homilia improvisada por Bento XVI durante a Missa presidida na manhã de 1 de Dezembro na Capela Paulina, na presença dos participantes na sessão plenária da Comissão Teológica Internacional.

Queridos irmãos e irmãs!

As palavras do Senhor, que há pouco ouvimos no trecho evangélico, são um desafio para nós teólogos, ou talvez para dizer melhor, um convite a um exame de consciência: o que é a teologia? O que somos nós, teólogos? Como fazer bem teologia? Ouvimos que o Senhor louva o Pai porque escondeu o grande mistério do Filho, o mistério trinitário, o mistério cristológico, diante dos sábios, dos doutos eles não o conheceram mas revelou-o aos pequeninos, aos népioi, àqueles que não são doutos, que não têm uma grande cultura. A eles foi revelado este grande mistério.

Com estas palavras, o Senhor descreve simplesmente um facto da sua vida; um facto que começa já na época do seu nascimento, quando os Magos do Oriente perguntam aos competentes, aos escribas, aos exegetas, o lugar do nascimento do Salvador, do Rei de Israel. Os escribas sabem-no, porque são grandes especialistas; podem dizer imediatamente onde nasce o Messias: em Belém! Mas não se sentem convidados a ir: para eles é um conhecimento académico, que não diz respeito à sua vida; eles permanecem fora. Podem dar informações, mas a informação não se torna formação da própria vida.

Depois, durante toda a vida pública do Senhor, encontramos a mesma coisa. É inacessível para os sábios compreender que este homem não douto, galileu, possa ser realmente o Filho de Deus. Permanece-lhes inacessível o facto de que Deus, o grande, o único, o Deus do céu e da terra, possa estar presente neste homem. Sabem tudo, conhecem também Isaías 53, todas as grandes profecias, mas o mistério permanece escondido. Ao contrário, é revelado aos pequeninos, a começar por Nossa Senhora até aos pescadores do lago da Galileia. Eles conhecem, como também o capitão romano, aos pés da cruz, reconhece: Ele é o Filho de Deus.

Os acontecimentos essenciais da vida de Jesus não pertencem unicamente ao passado, mas estão presentes, de vários modos, em todas as gerações. E assim também na nossa época, nos últimos duzentos anos, observamos a mesma coisa. Existem grandes doutos, grandes especialistas, grandes teólogos, mestres da fé, que nos ensinaram muitas coisas. Penetraram nos pormenores da Sagrada Escritura, da história da salvação, mas não puderam ver o próprio mistério, o verdadeiro núcleo: que Jesus era realmente Filho de Deus, que Deus trinitário entra na nossa história, num determinado momento histórico, num homem como nós. O essencial permaneceu escondido! Poder-se-iam citar facilmente grandes nomes da história da teologia destes duzentos anos, dos quais aprendemos muito, mas o mistério não foi aberto aos olhos do seu coração.

Em contrapartida, no nosso tempo existem também os pequeninos que conheceram este mistério. Pensemos em Santa Bernadete Soubirous; em Santa Teresa de Lisieux, com a sua nova leitura da Bíblia "não científica", mas que entra no coração da Sagrada Escritura; até aos santos e beatos da nossa época: Santa Josefina Bakhita, Beata Teresa de Calcutá, São Damião de Veuster. Poderíamos enumerar muitos deles!

No entanto, de tudo isto nasce a pergunta: por que é assim? É o cristianismo a religião dos néscios, das pessoas sem cultura, não formadas? Apaga-se a fé onde se desperta a razão? Como se explica isto? Talvez tenhamos que olhar mais uma vez para a história. Permanece verdadeiro o que Jesus disse, aquilo que se pode observar em todos os séculos. E todavia, existe uma "espécie" de pequeninos que são inclusive doutos. Aos pés da cruz encontra-se Nossa Senhora, a humilde serva de Deus, a grande mulher iluminada por Deus. E encontra-se também João, pescador do lago da Galileia, mas é aquele João que será justamente chamado pela Igreja "o teólogo", porque realmente soube ver o mistério de Deus e anunciá-lo: com olhos de águia, entrou na luz inacessível do mistério divino. Assim, mesmo depois da sua ressurreição o Senhor, no caminho de Damasco, sensibiliza o coração de Saulo, um dos sábios que não vêem. Ele mesmo, na primeira Carta a Timóteo, define-se "ignorante" naquela época, apesar da sua ciência. Mas o Ressuscitado toca-o: ele torna-se cego e, ao mesmo tempo, realmente vidente, começa a ver. O grande douto torna-se um pequenino, e precisamente por isso vê a loucura de Deus que é sabedoria, sapiência maior do que todas as sabedorias humanas.

Poderíamos continuar a ler toda a história deste modo. Só mais uma observação. Estes doutos sábios, sofói e sinetói, na primeira leitura, aparecem de outro modo. Aqui, sofia e sínesis são dádivas do Espírito Santo que pairam sobre o Messias, sobre Cristo. O que significa? Sobressai o facto de que existe um uso dúplice da razão e uma maneira dupla de ser sábio ou pequenino. Há um modo de utilizar a razão que é autónomo, que se põe acima de Deus, em toda a gama das ciências, a começar pelas naturais, onde é universalizado um método adequado para a pesquisa da matéria: Deus não faz parte deste método, portanto Deus não existe. E assim, finalmente, também na teologia: pesca-se nas águas da Sagrada Escritura com uma rede que permite capturar somente peixes de uma certa medida, e aquilo que vai além desta medida não entra na rede, e por conseguinte não pode existir. Assim o grande mistério de Jesus, do Filho que se fez homem, reduz-se a um Jesus histórico: uma figura trágica, um fantasma sem carne nem ossos, um homem que permaneceu no sepulcro, que se corrompeu e é realmente um morto. O método sabe "capturar" certos peixes, mas exclui o grande mistério, porque o homem se faz ele mesmo a medida: possui esta soberba, que é contemporaneamente uma grande loucura, porque torna absolutos certos métodos não adequados às grandes realidades; entra neste espírito académico que vimos nos escribas, os quais respondem aos Reis magos: não me diz respeito; permaneço fechado na minha existência, que não é tocada. É a especialização que vê todos os pormenores, mas já não vê a totalidade.

E existe o outro modo de utilizar a razão, de ser sábio, a do homem que reconhece quem ele mesmo é; reconhece a própria medida e a grandeza de Deus, abrindo-se na humildade à novidade do agir de Deus. Assim, precisamente aceitando a sua pequenez, fazendo-se pequenino como realmente é, chega à verdade. Desta maneira, também a razão pode expressar todas as suas possibilidades, não é anulada mas amplia-se, torna-se maior. Trata-se de outra sofia e sínesis, que não exclui do mistério, mas é precisamente comunhão com o Senhor, em quem repousam a sapiência e a sabedoria, e a sua verdade.

Neste momento, queremos rezar ao Senhor a fim de que nos conceda a verdadeira humildade. Que nos conceda ser pequeninos, para sermos realmente sábios; nos ilumine, nos faça ver o seu mistério do júbilo do Espírito Santo, nos ajude a ser verdadeiros teólogos, que podem anunciar o seu mistério porque foram tocados na profundidade do seu coração, da sua existência. Amém.


(© L'Osservatore Romano - 5 de Dezembro de 2009)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 05-XII-2009

As divisões trazidas pela teologia da libertação, redescobramos o valor fundamental da unidade entre Tradição, a Sag. Escritura e o Magistério Igreja


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Bento XVI aos bispos brasileiros dos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul

O Papa Bento XVI recebeu hoje no Vaticano os bispos da região sul 4 da conferencia nacional dos bispos do Brasil que nestes dias efectuam a sua visita ad limina. São os bispos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul Nestes dois estados brasileiros há 28 dioceses.

No discurso que lhes dirigiu o Santo Padre falou sobretudo da universidade e da escola, fazendo votos de que, numa convicta sinergia com as famílias e com a comunidade eclesial, ela possa promover aquela unidade entre fé, cultura e vida que constitui a finalidade fundamental da educação cristã.

Bento XVI salientou que as escolas estatais podem ser ajudadas na sua tarefa educativa pela presença de professores crentes e de alunos formados cristãmente, assim como pela colaboração das famílias e pela própria comunidade cristã. Efectivamente, uma sadia laicidade da escola não implica a negação da transcendência, nem uma mera neutralidade face àqueles requisitos e valores morais que se encontram na base de uma autêntica formação da pessoa, incluindo a educação religiosa.

E a este propósito salientou:

“A escola católica não pode ser pensada nem vive separada das outras instituições educativas. Está ao serviço da sociedade: desempenha uma função pública e um serviço de pública utilidade, não reservado apenas aos católicos, mas aberto a todos os que queiram usufruir de uma proposta educativa qualificada. O problema da sua paridade jurídica e económica com a escola estatal só poderá ser correctamente impostado se partirmos do reconhecimento do papel primário das famílias e subsidiário das outras instituições educativas.”


Falando depois das universidades o Papa recordou que a Igreja foi sempre solidária com a universidade e com a sua vocação de conduzir o homem aos mais altos níveis do conhecimento da verdade e do domínio do mundo em todos os seus aspectos.

E depois de ter recordado os 25 anos da instrução Libertatis nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo, Bento XVI salientou:

“As suas sequelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissensão, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efectivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55). Que, no âmbito dos entes e comunidades eclesiais, o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz.”

Precedentemente o Santo Padre fora saudado pelo Presidente do Regional sul 4 o Arcebispo de Florianópolis D. Maurilo Krieger. Que falou do que os bispos trouxeram a Roma e do que esperam levar:

“Num mundo marcado pelo relativismo e individualismo, nossos desafios se multiplicam. Por isso, trazemos o desejo de, com o sucessor de Pedro, rezar por nossas famílias, comunidades de vida e de amor; por nossos jovens que, como Vossa Santidade nos lembrou em sua Visita ao Brasil, são "o presente jovem da Igreja e da humanidade" (Encontro com os Jovens no Pacaembu, 10.05.2007); por nossas crianças, que são o maior património de nossas dioceses; e por nossos doentes, sobre os quais pousa o olhar carinhoso de Cristo.

O que esperamos levar? Nossas Igrejas Particulares nos acompanham nesta visita, com suas orações, e esperam receber vossa bênção de pai. Esperamos levar-lhes vossa palavra amiga e orientadora, sabendo, de antemão, que, nesses encontros com os regionais do Brasil, cada mensagem que Vossa Santidade transmite é dirigida a todos os brasileiros. Esperamos levar um coração renovado, para realizar com alegria, cada dia, a grande tarefa da Igreja, "de custodiar e alimentar a fé do Povo de Deus" (Bento XVI, Abertura da Conferência de Aparecida, 13.05.09). Esperamos, sobretudo, levar a presença de Cristo, que se torna realidade neste nosso encontro. Para isso, contamos com a intercessão da Mãe de Jesus, invocada em nosso país com o título de Nossa Senhora Aparecida”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Andrea Bocelli lança disco com canções de Natal "My Christmas"

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Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Cirilo de Alexandria (380-444), bispo e Doutor da Igreja
Sobre Isaías, III, 3 (a partir da trad. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 99)
«Preparai o caminho do Senhor»

«O deserto e a terra árida alegrar-se-ão, a terra desolada exultará e florescerá» (Is 35, 1). Aquela a quem a Escritura inspirada chama em geral desértica e estéril é a Igreja vinda dos pagãos. Ela já existia entre os povos, mas não tinha recebido do céu o seu Esposo místico, quer dizer, o Cristo. [...] Mas Cristo veio a ela: foi cativado pela sua fé, enriqueceu-a com o rio divino que jorra Dele, e jorra porque Ele é «fonte de vida, torrente de delícias» (Sl 35, 10.9). [...] Assim que Ele Se tornou presente, a Igreja deixou de ser estéril e deserta; ela encontrou o seu Esposo, trouxe ao mundo inumeráveis filhos, cobriu-se de flores místicas. [...]

Isaías continua: «O deserto será atravessado por um caminho puro, que se chamará Caminho Sagrado» (Is 35, 8). O caminho puro é a força do Evangelho, penetrando a vida, ou, dizendo de outro modo, é a purificação do Espírito. Porque o Espírito retira a mancha imprimida na alma humana, liberta-a dos pecados e destrói qualquer nódoa. Este caminho é, pois, justamente chamado santo e puro; ele é inacessível a quem não está purificado. Com efeito, ninguém pode viver segundo o Evangelho se não foi primeiro purificado pelo santo baptismo; portanto, ninguém o pode sem a fé. [...]

Só os que foram libertados da tirania do demónio poderão ter a vida gloriosa que o profeta ilustra com estas imagens: «Aí não haverá leões, nem animal feroz por aí passará» (Is 35, 9), por esse caminho puro. Anteriormente, com efeito, como um animal feroz, o diabo, esse inventor do pecado, atacava, com os espíritos maus, os habitantes da terra. Mas foi reduzido por Cristo ao puro nada, afastado para longe do rebanho dos crentes, despojado do domínio que exercia sobre eles. É por isso que, resgatados por Cristo e reunidos na fé, eles caminharão num só coração por este caminho puro (v. 9). Abandonando os seus antigos caminhos, «chegarão a Sião», quer dizer, à Igreja, «com uma alegria que não terá fim» (v. 10) nem na terra, nem nos céus, e darão glória a Deus, seu Salvador.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 6 de Dezembro de 2009


São Lucas 3,1-6
No décimo quinto ano do reinado do imperador Tibério, quando Pôncio Pilatos era governador da Judeia, Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da Traconítide, e Lisânias, tetrarca de Abilena,
sob o pontificado de Anás e Caifás, a palavra de Deus foi dirigida a João, filho de Zacarias, no deserto.
Começou a percorrer toda a região do Jordão, pregando um baptismo de penitência para remissão dos pecados,
como está escrito no livro dos oráculos do profeta Isaías: «Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor e endireitai as suas veredas.
Toda a ravina será preenchida, todo o monte e colina serão abatidos; os caminhos tortuosos ficarão direitos e os escabrosos tornar-se-ão planos.
E toda a criatura verá a salvação de Deus.'»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Bento XVI – “A responsabilidade perante Deus é de uma importância decisiva para o recto agir político”


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Na tarde desta sexta-feira o Papa Bento XVI assistiu na Capela Sistina a um concerto oferecido pelo Chefe de Estado alemão para recordar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, e os 60 anos de fundação da República Federal da Alemanha com a assinatura da Lei fundamental a 13 de Maio de 1949.

Como salientou o Papa no final do concerto numa saudação ao Presidente Federal, Horst Koehler, tal Constituição contribuiu essencialmente para o desenvolvimento pacífico da Alemanha nos seis decénios passados. Porque ela exorta os homens a dar a prioridade, em responsabilidade diante de Deus Criador, á dignidade humana, a respeitar o matrimónio e a família como fundamentos de cada sociedade, bem como cuidar e ter um respeito profundo por tudo aquilo que é sagrado para os outros.

Que os cidadãos da Alemanha, responsáveis da tarefa expressa na Lei Fundamental acerca da renovação espiritual e politica após o nacional-socialismo e depois da Segunda Guerra Mundial, possam continuar a colaborar para a construção de uma sociedade livre e social - foram os votos formulados por Bento XVI.

A concluir o Santo Padre salientou que a história da Europa no século XX demonstra que a responsabilidade perante Deus é de uma importância decisiva para o recto agir político. Deus reúne os homens numa verdadeira comunhão e faz compreender a cada um deles que na comunhão com o outro está também presente um maior, o Qual é a causa original da nossa vida e no nosso estar juntos.

Isto manifesta-se-nos de maneira particular, também no mistério do Natal, onde este Deus se aproxima de nós no seu amor e Menino pede o nosso amor.


(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1924




Em meados de Novembro escreveu ao Vigário Capitular de Saragoça pedindo para receber o diaconado, por “se sentir chamado ao estado sacerdotal”. Hoje o arcebispado envia a requisitória para Ordens. Quinze dias depois, receberá a ordenação como diácono das mãos de D. Miguel de los Santos Díaz Gómara.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/5-12-5)

Crónicas do Vaticano: a questão da imigração

Maria João Pires - Chopin 3 Mazurkas op.59

A posição de África nos temas do meio ambiente


A 7 de Dezembro, tem início a XV Conferência Internacional sobre Mudança Climática em Copenhaga, Dinamarca. Representantes de cerca de 200 países se reunirão durante doze dias para elaborar um acordo multilateral que possa travar o aquecimento global.

Mesmo quando se espera o compromisso de duas grandes nações, como Estados Unidos e China principalmente, é o mundo inteiro que está envolvido e os países africanos também participarão.

D. Jean-Pierre Bassène, Bispo de Kolda, no Senegal, e presidente da Fundação João Paulo II para o Sahel, lamenta a actual utilização dos recursos naturais na África e luta contra a desertificação e suas causas.

“O meio ambiente e a ecologia são actualmente agredidos e é natural que isso crie um problema, já que o homem africano vivia em harmonia com a natureza, em simbiose com a natureza, e inclusive em algumas partes dava-se-lhe um carácter sagrado, que fazia com que se respeitasse a natureza – o que, a meu ver, obteve o máximo beneficio”.

Diante dos abusos provocados por diferentes países do mundo e em alguns países africanos, o Bispo Bassène propõe ao seu continente voltar a uma administração tradicional dos recursos.

“Tratar do tema de maneira unilateral com uma administração moderna, e assim sucessivamente, sem levar em consideração a administração e a experiência secular que se tinha até o momento, é talvez concluir demasiado rápido o trabalho... Por isso, talvez fosse necessário voltar para a administração tradicional, para ver como se pode enfrentar o problema entre a administração moderna e a tradicional”.

A Fundação “João Paulo II” para o Sahel tem sua sede administrativa em Uagadugu, Burkina Fasso, e celebra actualmente seus 25 anos de criação. A instituição financia e impulsiona projectos comunitários na área do desenvolvimento rural, bens duráveis e luta contra a pobreza.


(Fonte: H2O News)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal


Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja
1º sermão do Advento
«Curando todas as enfermidades e doenças»

Irmãos, conheceis Aquele que vem; considerai agora de onde vem e para onde vai. Ele vem do coração de Deus Pai para o seio de uma Virgem Mãe. Ele vem das alturas do céu para as regiões inferiores da terra. E então? Não temos de viver nesta terra? Sim, se Ele próprio aqui viver também; porque onde estaríamos nós bem sem Ele? «Quem terei eu nos céus? Nada mais anseio sobre a terra além de Vós, o Deus do meu coração, a minha herança» (Sl 72, 25-26). [...]

Mas era necessário que estivesse em causa um grande interesse para que tal majestade Se dignasse a descer de tão longe para uma estadia tão indigna de Si. Sim, havia um grande interesse em jogo, porque a misericórdia, a bondade e a caridade se manifestaram com grande abundância. Com efeito, por que veio Jesus Cristo? [...] As Suas palavras e as Suas obras demonstram-no-lo claramente: Ele desceu a toda a pressa das montanhas para procurar a centésima ovelha, a que estava perdida, para estender a Sua misericórdia aos filhos dos homens.

Ele veio por nós. Admirável condescendência do Deus que procura! Admirável dignidade do homem assim procurado! O homem pode vangloriar-se disso sem toleima: não que ele seja qualquer coisa por si mesmo, mas porque Aquele que o fez o tem em tão grande estima! Em comparação com esta glória, as riquezas e a glória do mundo, e tudo o que se pode aí ambicionar, nada são. O que é o homem, Senhor, para que o engrandeças assim e a ele ligues o Teu coração?

Cabe-nos a nós irmos em direcção a Jesus Cristo. [...] Ora um duplo obstáculo nos entravava: os nossos olhos estavam muito doentes e Deus habita na luz inacessível (1Tim 6, 16). Paralíticos que jazíamos no catre, éramos incapazes de alcançar a tão alta morada de Deus. Foi por isso que o bom Salvador e doce médico das almas desceu de lá do alto, onde mora. Ele suavizou para os nossos olhos doentes o brilho da Sua luz.
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de Dezembro de 2009

São Mateus 9,35-38.10,1.6-8

Jesus percorria as cidades e as aldeias, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e doenças.
Contemplando a multidão, encheu-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor.
Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
Rogai, portanto, ao Senhor da messe para que envie trabalhadores para a sua messe.»
Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças.
Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Pelo caminho, proclamai que o Reino do Céu está perto.
Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, dai de graça.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)