Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Reconhecido cientista assegura: Papa tinha razão sobre a SIDA/AIDS

Declaração de Edward Green, director do Aids Prevention Research Project de Harvard

O director do Aids Prevention Research Project da Harvard School of Public Health, Edward Green, assegurou que na polémica sobre a Sida/Aids e o preservativo Bento XVI tinha razão.

Ao intervir no “Meeting pela amizade entre os povos” de Rímini o cientista, considerado como um dos maiores especialistas na matéria, confessou que “lhe chamou a atenção como cientista a proximidade entre o que o Papa disse no mês de Março passado nos Camarões e os resultados das descobertas científicas mais recentes”.

“O preservativo não detém a Sida/Aids. Só um comportamento sexual responsável pode fazer frente à pandemia”, destacou.

“Quando Bento XVI afirmou que na África se deviam adoptar comportamentos sexuais diferentes porque confiar só nos preservativos não serve para lutar contra a Sida/Aids, a imprensa internacional escandalizou-se”, continuou constatando.

Na realidade o Papa disse a verdade, insistiu: “o preservativo pode funcionar para indivíduos particulares, mas não servirá para fazer frente à situação de um continente”.

“Propor como prevenção o uso regular do preservativo na África pode ter o efeito contrário – acrescentou Green. Chama-se ‘risco de compensação’, sente-se protegido e expõe-se mais”.

“Por que não se tentou mudar os costumes das pessoas? – perguntou o cientista norte-americano. A indústria mundial tardou muitos anos em compreender que as medidas de carácter técnico e médico não servem para resolver o problema”.

Green destacou o êxito que tiveram as políticas de luta contra a Sida/Aids que se aplicaram no Uganda, baseadas na estratégia sintetizada nas iniciais “ABC” por seu significado em inglês: “abstinência”, “fidelidade”, e como último recurso, o “preservativo”.

“No caso da Uganda – informou – obteve-se um resultado impressionante na luta contra a Sida/Aids. O presidente soube dizer a verdade ao seu povo, aos jovens que em certas ocasiões é necessário um pouco de sacrifício, abstinência e fidelidade. O resultado foi formidável”.


(Fonte: 'Zenit' com adaptação ortográfica de JPR)

D. Hélder da Câmara morreu há 10 anos

Bispo brasileiro fica na história pelo seu pioneirismo dentro e fora da Igreja

Numa das suas passagens por Portugal, D. Hélder da Câmara afirmou que “ninguém nasce para ser escravo ou mendigo”. No entanto, ao observar a realidade que o circundava, o antigo bispo de Olinda e Recife (Brasil) via que eles existiam e estavam bem perto do pastor. A cidade de Fortaleza (Brasil) viu nascer, a 7 de Fevereiro de 1909, D. Hélder da Câmara. Filho de uma família pobre e numerosa (dos treze irmãos apenas oito conseguiram sobreviver), os pais deram-lhe o nome de um pequeno porto holandês: Hélder.

Aos 14 anos ingressa no Seminário diocesano da cidade natal (Prainha de São José), sendo metade das despesas pagas pela Obra das Vocações Sacerdotais. Recebeu a ordenação sacerdotal em 1931 e, cinco anos depois, foi enviado para o Rio de Janeiro, onde se tornou animador da Acção Católica Brasileira e, posteriormente, seu assistente nacional. Nos ouvidos ressoam-lhe palavras antigas do pai: “Meu filho, você sabe o que é ser padre? Padre e egoísmo nunca podem andar juntos.”

Apesar de ter ficado conhecido como ícone da paz e irmão dos pobres, nos primeiros tempos de padre esteve ligado ao movimento «Acção Integrista Brasileiro», próximo das teses de Mussolini e do corporativismo português. Aos olhos de alguns era uma «persona non grata». Mais tarde, D. Hélder da Câmara explica esse episódio: “Participei num movimento de que estava convencido. O grande combate era entre o Este e o Oeste, os Estados Unidos e a União Soviética”. E acrescenta: “Mas depressa me apercebi que mais grave do que essa luta era a que se travava entre o Norte e o Sul”.

A Segunda Guerra Mundial e o agravamento da situação social no Brasil reconduziram D. Hélder da Câmara ao lugar de líder da contestação social e religiosa no Brasil. Em 1952 é nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro pelo papa Pio XII.

Poucos anos antes da sua nomeação trabalhou na Nunciatura Apostólica do Rio e, através de contactos directos com Monsenhor Montini (futuro Papa Paulo VI), conseguiu que a Secretaria de Estado do Vaticano aprovasse a constituição da Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros (CNBB). Esta foi a precursora das Conferências Episcopais criadas, mais tarde, pelo II Concílio do Vaticano. Depois da aprovação da CNBB, D. Hélder propõe ao Vaticano a fundação do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). A autorização chegou em 1955, acumulando D. Hélder Câmara o cargo de Secretário-Geral da CNBB e Vice-presidente da CELAM.

Paralelamente à dinamização destes dois organismos, o prelado brasileiro empenhou-se também no campo social. Em 1956 funda a Cruzada S. Sebastião (destinada à solução dos problemas habitacionais nas favelas) e, três anos mais tarde (1959) criou o Banco da Providência (entidade de assistência social para os casos de miséria absoluta).

Em 1964 foi nomeado arcebispo de S. Luis do Maranhão e meses depois é enviado para Olinda e Recife, onde permanecerá, como bispo residencial, durante vinte anos. “Aqui eu sonhei com uma obra em que pudesse trabalhar não para o povo mas com o povo” – sublinhou na altura. Preocupa-se com o problema do desenvolvimento e da pobreza em todo o nordeste brasileiro.

A sua voz profética ecoava, apesar das perseguições que lhe moveram. Em 1968, o pastor daquele território eclesial publica o livro «Revolução dentro da Paz». Dois anos depois, uma campanha difamatória impede-o de receber o Prémio Nobel da Paz. Foi acusado de demagogo, exibicionista e “emissário camuflado de Fidel Castro e Mao”.

Nunca recebeu galardão da Paz, no entanto o município de Oslo (Noruega) concedeu-lhe (em 1974) um prémio de valor equivalente. O seu prestígio internacional era intocável e recebeu o doutoramento «Honoris Causa» de várias universidades. O Japão atribuiu-lhe (1983) o prémio Niwano para a Paz, enquanto a Itália o distinguiu com o Prémio Balzan.

Trabalhar com os pobres era a sua paixão. No entanto, da sua pena saíram várias obras literárias: «O deserto é fértil» (1971); «Cristianismo, Socialismo, Capitalismo» (1973); «Nossa senhora no meu caminho» (1981) e «Utopias peregrinas» (1993). Dois poemas seus inspiraram uma oratória e um ballet: «Sinfonia dos dois mundos» (musicada pelo Pe. Pierre Kaelin) e «Missa para um tempo futuro» (com coreografia de Maurice Béjart).

A 7 de Julho de 1980, durante a viagem de João Paulo II ao Brasil, o papa polaco reabilita publicamente a sua imagem ao abraçá-lo efusivamente e dando-lhe o maior título de sempre: «Irmão dos pobres e meu irmão». Um gesto ovacionado por uma multidão perplexa.

No mês de Abril de 1984, o «bispo vermelho e dos pobres» despede-se da sua diocese, depois de Roma ter aceite a sua resignação por limite de idade. “Pouco importa que um bispo se jubile; a Igreja continua” – disse D. Hélder Câmara na Eucaristia celebrada no Estádio do Recife perante 30 mil pessoas.

A 27 de Agosto de 1999, o homem que tinha como lema «In Manus Tuas» (Nas Tuas Mãos) despediu-se da vida terrena. Quando soube da sua morte, D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal disse: “um gigante da história da Igreja que impressionava pela sua fragilidade humana, mas albergava uma coragem do tamanho do mundo”.


(Fonte: site Agência Ecclesia)

"There be Dragons" - primeiras imagens do decorrer das filmagens

Uniões de facto: o que se pretende?

A questão fulcral assenta na opção do legislador de aproximar o regime jurídico das uniões de facto do regime do casamento.

O veto do Presidente suscitou as mais diversas teses conspiratórias e as interpretações distorcidas a que uma certa esquerda nos tem habituado. Na primeira linha estão os que inscrevem este veto num quadro valorativo ideológico e (ou) religioso, ou que vêem nele um sinal implícito de apoio à "direita reaccionária"; na segunda, os que num discurso de luto lamurioso fazem tábua rasa do conteúdo da nota presidencial que exprime não só o reconhecimento da necessidade de aperfeiçoamento do regime jurídico das uniões de facto, como pressupõe que o próximo legislador - qualquer que ele seja - recuperará, em melhores condições, o processo de revisão da actual lei no quadro de uma discussão aprofundada.

A questão fulcral, como todos entenderam, assenta na opção do legislador de aproximar o regime jurídico das uniões de facto do regime jurídico do casamento. Ora esta opção pode, por si só, comprometer as opções individuais daqueles que, não querendo contrair matrimónio, optam por uma união de facto e que, por isso mesmo, não podem ter interesse ou ver vantagem em serem espartilhados por um regime jurídico que não corresponde ao seu animus nem à sua intenção. O que está em causa não é de somenos já que se trata de preservar a liberdade de escolha no âmbito da esfera privada de cada um. Pode o Estado sobrepor-se a isso?

A questão não é nova e convém lembrar que, quando por iniciativa do PS o Parlamento se confrontou pela primeira vez com a "contratualização" das uniões de facto, o debate girou em torno do mesmo ponto. Não faltou quem, à esquerda, quisesse fazer desta contratualização uma espécie de subcasamento assente num falso princípio da igualdade. Uma igualdade que é conseguida diminuindo ou preterindo o estatuto dos que se casam e, simultaneamente, criando de forma artificial e voluntarista um estatuto semelhante para os que apenas querem viver juntos.

Podia evocar aqui Sartre e Beauvoir que com tanto desvelo elencaram o argumentário contra o aburguesamento das relações sentimentais, mas duvido que a nossa esquerda doméstica se lembre deles. Certamente mais útil é relembrar duas perigosas particularidades da nossa democracia que têm vindo a agravar-se.

A primeira refere-se ao modo como se tem legislado em Portugal: quer a aprovação recente, em sede de governo e em sede parlamentar, de leis inconstitucionais, quer a aprovação de leis que se revelam, logo após a sua entrada em vigor, incompreensíveis, inaplicáveis e perniciosas para os próprios destinatários. Do alto do seu cadeiral o poder constituído legisla indiferente à realidade social e sociológica que o rodeia, alheio aos anseios e legítimos interesses dos cidadãos e distante dos que têm por função aplicar a lei. O caldeirão parlamentar sobrepõe-se ao valor da certeza e segurança jurídica.

A segunda diz respeito a esta crescente invasão da esfera privada dos cidadãos. O Estado - que tantas vezes falha nas suas mais relevantes funções - quer hoje tomar conta de todos e cada um de nós: dos nossos casamentos, dos nossos divórcios, das nossas uniões de facto, das nossas famílias, da educação dos nossos filhos e até da quantidade de sal em cada carcaça que comemos. É uma ameaça crescente às liberdades individuais e cívicas em nome das boas intenções que enchem o inferno e da legitimação de uma ditadura do pensamento único.

Isto sim, é perigosamente ideológico. O que me leva a ter saudades do "é proibido proibir" do remoto Maio de 68 que era bem melhor. Seria então proibido proibir as famílias e os cônjuges de serem o que são, e proibido proibir os que vivem em união de facto de serem o que querem ser. Aliás, parece-me que ninguém pediu o contrário. Quando muito, e justamente, o direito à diferença.


MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO


(Fonte: DN online)

Aquele que é Verdade e Amor

A verdade e o amor que a mesma desvenda não se podem produzir, mas apenas acolher. A sua fonte última não é — nem pode ser — o homem, mas Deus, ou seja, Aquele que é Verdade e Amor. Este princípio é muito importante para a sociedade e para o desenvolvimento, enquanto nem uma nem outro podem ser somente produtos humanos; a própria vocação ao desenvolvimento das pessoas e dos povos não se funda sobre a simples deliberação humana, mas está inscrita num plano que nos precede e constitui para todos nós um dever que há-de ser livremente assumido. Aquilo que nos precede e constitui — o Amor e a Verdade subsistentes — indica-nos o que é o bem e em que consiste a nossa felicidade. E, por conseguinte, aponta-nos o caminho para o verdadeiro desenvolvimento.

Caritas in veritate [IV – 52] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá sobre esta data:

Festa de Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho. Numa ocasião, a uma mãe preocupada porque um dos filhos andava afastado de Deus disse-lhe: “Lembra-te de Santa Mónica: mais longe do que tinha ido Santo Agostinho…?; ela, rezando – e algumas vezes com lágrimas –, trouxe-o a Deus. E depois foi aquele grande bispo aquele grande doutor da Igreja. De modo que o teu filho pode voltar, voltará!: e, ainda por cima, fará muito bem às almas”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/27-8-5)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Meditação de 27-VIII-2009

Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho

Santa Mónica nasceu em Tagaste, África, por volta do ano 331. Foi mãe do célebre doutor da Igreja, Santo Agostinho. Jovem, ainda, casou com Patrício e teve filhos, um dos quais foi Agostinho de Hipona, convertido ao cristianismo, graças às suas orações e lágrimas. Foi uma mulher de intensa oração e de virtudes comprovadas. No seu livro, "Confissões", Santo Agostinho fala de sua mãe com grande estima e veneração:

«Superou infidelidades conjugais, sem jamais hostilizar, demonstrar ressentimento contra o marido, por isso. Esperava que tua misericórdia descesse sobre ele, para que tivesse fé em Ti e se tornasse casto. Embora de coração afectuoso, ele encolerizava-se facilmente. Minha mãe havia aprendido a não o contrariar com actos ou palavras, quando o via irado. Depois que ele se refazia e acalmava, ela procurava o momento oportuno para mostrar-lhe como se tinha irritado sem reflectir... Sempre que havia discórdia entre pessoas, ela procurava, quando possível, mostrar-se conciliadora, a ponto de nada referir de uma à outra, senão o que podia levá-las a se reconciliarem... Educara os filhos, gerando-os de novo tantas vezes quantas os visse afastarem-se de Ti. Enfim, ainda antes de adormecer para sempre no Senhor, quando já vivíamos em comunidades, depois de ter recebido a graça do baptismo (...), ela cuidou de todos, como se nos tivesse gerado a todos, servindo a todos nós, como se fosse filha de cada um». (Confissões, Ed. Paulinas, p. 234).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermão 1 para o Advento (a partir da trad. cf. Sr Isabelle de la Source, Lire la Bible, t. 6, p. 137)

A meio da noite

Quando veio o Salvador? Não veio no princípio dos tempos, nem no meio, mas no fim. E teve uma razão para isto. Muito sabiamente, a Sabedoria divina, ciente de que os filhos de Adão são dados à ingratidão, considerou que só devia valer-lhes com o seu socorro quando estivessem na maior necessidade.

E já, em verdade, a noite ia caindo e o dia estava no ocaso, «o sol da justiça» tinha pouco a pouco desaparecido (Lc 24, 29; Ml 3, 20); já espalhava sobre a terra um luar incerto e um fraco calor, apenas. De facto, a luz do conhecimento de Deus minguara muito e o calor da caridade esfriaria, na sequência de uma crescente iniquidade (Mt 24, 12). Os anjos já não apareciam, já não havia oráculos de profetas; tinham desaparecido, acabado, como que vencidos perante o extremo endurecimento dos homens e a sua obstinação. Foi nesse momento que o Filho afirmou: «Então eu digo: Estou aqui!» (Sl 39, 8). Sim, na hora em que um silêncio profundo tudo envolvia, e a noite ia a meio do seu curso, a Tua Palavra toda-poderosa, Senhor, desceu do céu, do Seu trono real (Sb 18, 14). Tal como disse o apóstolo Paulo: «Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o Seu Filho» (Gal 4, 4).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de Agosto de 2009

São Mateus 24,42-51

Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.
Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa.
Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» «Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo?
Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens.
Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar’,
e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios,
o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece;
vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)