Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 26 de julho de 2009

“O mundo, lugar de encontro com Deus”

Um homem sabedor de que o mundo – e não só o templo – é o lugar do seu encontro com Cristo, ama esse mundo, procura adquirir uma boa preparação intelectual e profissional, vai formando – com plena liberdade – os seus próprios critérios sobre os problemas do meio em que vive; e toma, como consequência, as suas próprias decisões que, por serem decisões de um cristão, procedem também de uma reflexão pessoal que tenta humildemente captar a vontade de Deus nesses aspectos, pequenos e grandes, da vida.

Mas esse cristão não se lembra nunca de pensar ou de dizer que desce do templo ao mundo para representar a Igreja, e que as suas soluções são as soluções católicas daqueles problemas. Isso não pode ser, meus filhos! Isso seria clericalismo, catolicismo oficial, ou como quiserdes chamar-lhe. De qualquer modo, seria violentar a natureza das coisas. Tendes de difundir por toda a parte uma verdadeira mentalidade laical, que há-de levar os cristãos a três consequências: a serem suficientemente honrados para arcarem com a sua responsabilidade pessoal; a serem suficientemente cristãos para respeitarem os seus irmãos na fé que proponham – em matérias discutíveis – soluções diversas das suas; e a serem suficientemente católicos para não se servirem da Igreja, nossa Mãe, misturando-a com partidarismos humanos. (...).

Interpretai, portanto, as minhas palavras como o que são: um chamamento a exercerdes – diariamente!, não apenas em situações de emergência – os vossos direitos; e a cumprirdes nobremente as vossas obrigações como cidadãos – na vida política, na vida económica, na vida universitária, na vida profissional –, assumindo com coragem todas as consequências das vossas decisões, arcando com a independência pessoal que vos corresponde. E essa mentalidade laical cristã permitir-vos-á fugir de toda a intolerância, de todo o fanatismo. Di-lo-ei de um modo positivo: far-vos-á conviver em paz com todos os vossos concidadãos e fomentar também a convivência nos diversos sectores da vida social.


(S. Josemaría Escrivá – “Temas Actuais do Cristianismo”, 117 – 118)

Papa antes do Angelus - Os padres, instrumentos de salvação para todos e a importância da tarefa educativa dos avós




A pequena localidade alpina de Les Combes, no Vale d'Aosta, no norte da Itália, foi hoje palco do encontro de Bento XVI com cerca de 5 mil pessoas que juntamente com ele quiseram recitar a oração mariana do Angelus do meio. Tudo decorreu nos jardins da residência dos salesianos, onde o pontífice está hospedado neste período de férias que se concluirá no próximo dia 29.

Domingo passado, o Papa recitou a oração do Angelus em Romano Canavese, terra natal do cardeal secretário de Estado Tarcisio Bertone, na província de Ivrea. Hoje o Santo Padre permaneceu na casa que o hospeda e foi ele mesmo o anfitrião, recebendo os numerosos fiéis e peregrinos que ali se deslocaram.

Perante a grandeza da missão, cada sacerdote deve colocar-se nas mãos de Jesus, sem se desencorajar. Desta maneira, os sacerdotes tornam-se instrumentos de salvação para tantos, para todos, disse Bento XVI antes da recitação do Angelus.

Hoje, a liturgia prevê como página evangélica o inicio do capítulo VI de São João que contém antes de mais o milagre da multiplicação dos pães, quando Jesus deu de comer a milhares de pessoas com apenas cinco pães e dois peixes; depois o outro prodígio do Senhor que caminha sobre a água do lago em tempestade; e finalmente o discurso no qual Ele se revela como o pão da vida.

Narrando o sinal dos pães o evangelista sublinha que Cristo antes de os distribuir, os benzeu com uma oração de acção de graças. O verbo é eucharistein, e manda-nos directamente ao trecho da Ultima Ceia, no qual, efectivamente, João não refere a instituição da Eucaristia, mas o lava-pés. A Eucaristia é aqui antecipada no grande sinal do pão da vida.Neste ano Sacerdotal, como não recordar que especialmente nós sacerdotes podemos espelhar-nos neste texto de São João, identificando-nos nos Apóstolos lá onde dizem: onde poderemos encontrar o pão para toda esta gente? E lendo daquele anónimo rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, também a nós vem espontâneo dizer: Mas o que é isto para toda esta multidão? Por outras palavras: o que sou eu? Como posso, com os meus limites, ajudar Jesus na sua missão? E a resposta é dada pelo Senhor: precisamente colocando nas suas mãos santas e veneráveis o pouco que eles são, os sacerdotes tornam-se instrumentos de salvação para tantos, para todos.

O segundo ponto de reflexão foi proporcionado ao Papa pela memória litúrgica dos Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora e portanto avós de Jesus. Esta ocorrência - disse Bento XVI – faz-nos pensar no tema da educação que ocupa um lugar tão importante na pastoral da Igreja.

“Em particular convida-nos a rezar pelos avós, que na família são os depositários e muitas vezes testemunhas dos valores fundamentais da vida. A tarefa educativa dos avós é sempre muito importante, e torna-se ainda mais quando, por várias razões, os pais não são capazes de assegurar uma presença adequada ao lado dos filhos, durante a idade do crescimento.Confio á protecção de S. Ana e S. Joaquim todos os avós do mundo, dirigindo-lhes uma bênção especial. A Virgem Maria que, segundo uma bela iconografia, aprendeu a ler as Sagradas Escrituras sobre os joelhos da mãe Ana, os ajude a alimentar sempre a fé a esperança nas fontes da Palavra de Deus


(Fonte: site Radio Vaticana)

Dia dos Avós celebrado em Fátima

Avós e netos devem cultivar juntos a esperança do futuro

À semelhança de anos anteriores, o Santuário de Fátima procurou oferecer um programa especial aos avós e aos netos que durante o fim-de-semana de 25 e 26 de Julho peregrinaram a Fátima.

Viveu-se, em ambiente familiar, o Dia dos Avós, por ocasião da solenidade de S. Joaquim e de Santa Ana, pais de Nossa Senhora, avós de Jesus, que a Igreja celebra a 26 de Julho.

Na manhã de domingo, na recitação do Rosário, às 10:00 na Capelinha das Aparições, foram recordados os avós e os netos de todo o mundo.

No início da recitação, o Padre Francisco Pereira, director do Serviço de Pastoral Litúrgica do Santuário, anunciou a intenção principal do momento de oração: Rezar para “que os avós sejam para os seus netos exemplo e testemunho de paz e de amor”. “Os avós são uma grande riqueza para a humanidade. Transmitem aos seus netos sabedoria, ternura e amor”, sublinhou.

Também D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco, que presidiu à Eucaristia internacional das 11:00, relembrou o papel dos mais idosos na construção da sociedade e na formação das novas gerações.

“Ora, hoje, é dia de S. Joaquim e Santa Ana, avós do Menino Jesus. E a Igreja olha com afecto e gratidão, para eles e para todos os avós, mercê da missão que desempenham no seio da família e da sociedade. Assim, quando olhamos para as rugas dos mais idosos ou para os seus cabelos brancos, reconhecemo-los portadores duma vida de trabalho e dedicação, mais ou menos longa e frutuosa. E o progresso que agora é nosso, não foi construído por nós”, disse.

Condenando as “ideologias do nosso tempo que criticam atitudes gratuitas; e, em vez delas, sugerem ou impõem um sistema de ‘justiça’ que tudo pode resolver com dinheiro”, o que faz com que “muitos avós ou idosos se vejam privados da ternura dos netos e muitos netos sintam falta do carinho dos avós”, D. Augusto César exorta a que “uns e outros, com idades diferentes, podem e devem cultivar juntos a esperança do futuro. Isto porque, todos fomos criados para a felicidade... e a eternidade é isso mesmo, como garantia de fé”.


BOLETIM INFORMATIVO 105/2009, DE 26 DE JULHO DE 2009, 13:00

Angelus

«A dignidade da pessoa e as exigências da justiça»

O aumento sistemático das desigualdades entre grupos sociais no interior de um mesmo país e entre as populações dos diversos países, ou seja, o aumento maciço da pobreza em sentido relativo, tende não só a minar a coesão social — e, por este caminho, põe em risco a democracia —, mas tem também um impacto negativo no plano económico com a progressiva corrosão do «capital social», isto é, daquele conjunto de relações de confiança, de credibilidade, de respeito das regras, indispensáveis em qualquer convivência civil.

Caritas in veritate [II-32 (a)] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1933

Escreve uma anotação que recolherá no ponto 24 de Caminho: “Tens ambições: de saber…, de ser chefe…, de ser audaz. Muito bem. – Mas… por Cristo, por Amor”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1915 )

Exposição sobre 100 anos dos Capuchinhos na Amazónia


Foi inaugurada a exposição “100 anos na Amazónia” com a qual os Frades Capuchinhos da Úmbria recordam um século de compromisso missionário no Brasil. O Provincial, frei Antonio Maria Tofanelli, descreve o sentido da presença destes Frades na Amazónia.

A exposição, com ingresso livre, foi montada em Assis, na via San Francesco 19, a poucos passos da Basílica do Sagrado Convento e ficará aberta até ao dia 1 de Novembro próximo. A coordenação da mostra é da NOVA-T, o centro de produções multimédia dos Frades Capuchinhos italianos. A exposição é também uma prova de como será o museu missionário permanente dos Capuchinhos da Úmbria após os trabalhos de restauração. A nova estrutura, seguindo o exemplo dos mais inovadores museus europeus, será caracterizada por uma grande multimedialidade e interactividade.

“Consideramos a missão na Amazónia como o dom maior que o Senhor quis dar à Província Seráfica dos Frades Menores Capuchinhos. Fomos até a Amazónia por esse motivo: pela força evangélica, pela vontade de levar esse anúncio. E o vivemos verdadeiramente como um dom: isto é, participar da Sua missão, da missão de Jesus”.

“Um pouco toda a mística franciscana envolve a pessoa no plano emotivo e afectivo. E portanto, nós desejamos que o visitante do museu se sinta de qualquer modo envolvido, também através das escolhas que ele fará do percurso”.

(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Beethoven - Piano Concerto no.5 por Claudio Arrau 2

«Era um pouco antes da Páscoa, que é a grande festa dos judeus»


Catecismo da Igreja Católica 
§§1333-1335


Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em Sua memória, até à Sua volta gloriosa, o que Ele fez na véspera da Sua Paixão: «Tomou o pão», «Tomou o cálice cheio de vinho». Ao tornarem-se misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim, no ofertório damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto «do trabalho do homem», mas antes «fruto da terra» e «da videira», dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec, rei e sacerdote que «trouxe pão e vinho» (Gn 14,18), uma prefiguração de sua própria oferta.


Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa comemoram a pressa da partida libertadora do Egipto; a recordação do maná do deserto há-de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da Palavra de Deus. Finalmente, o pão de todos os dias é o fruto da Terra Prometida, penhor da fidelidade de Deus às Suas promessas. O «cálice de bênção» (1Cor 10,16), no fim da refeição pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica: a da espera messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu a Sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo à bênção do Pão e do Cálice.


O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a Seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de Sua Eucaristia. O sinal da água transformada em vinho em Caná já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização da ceia das bodas no Reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho novo, transformado no Sangue de Cristo.

Um jesuíta no reino do dragão


No próximo ano, 2010, celebra-se o quarto centenário da morte de Matteo Ricci, missionário jesuíta que viajou pela China. Foi um dos grandes evangelizadores do cristianismo naquele país onde abriu o caminho à inculturação da mensagem cristã e teve uma grande transcendência cultural pelo diálogo que conseguiu entre Oriente e Ocidente. Por isso foi apresentado no Vaticano o documentário “Matteo Ricci, um jesuíta no reino do dragão” que mostra a vida desse missionário no oriente.

60 minutos de filme gravados entre Itália e China que contam com o patrocínio da Cúria Generalícia da Companhia de Jesus e da diocese italiana de Macerata, lugar onde nasceu Matteo Ricci. Gjon Kolndrekaj, que é o responsável por esse documentário, obteve a permissão do governo chinês para entrar livremente e gravar em lugares tais como a Cidade Proibida. É o primeiro director que consegue isso. Kolndrekaj conta o que encontrou em Ricci:

Para comemorar o aniversário de Matteo Ricci Bento XVI divulgou uma mensagem falando da pessoa desse jesuíta que como disse o Papa, “continua sendo também hoje um modelo de encontro benéfico entre a civilização europeia e a chinesa”.

“Porque me fascinou como pessoa, primeiro como homem, segundo como homem de fé e é esta consciência e conhecimento que quis transmitir, a grandeza que todos os homens tendo boa vontade podemos realizar”.

“Levou a nossa fé como testemunha a um povo que não a conhecia, porém também fez com que a Europa conhecesse aquele povo. Isso é extraordinário porque significa uma intercomunicação que se realizou graças à suas capacidades logísticas. Por isso creio que um personagem assim será recordado pelas futuras gerações”.

(Fonte: H2O News)

São Joaquim e Santa Ana

Ouvimos as palavras do Salmo 131, sobre a fidelidade de Deus à sua promessa: "O Senhor jurou a David: verdade da qual nunca se afastará "o fruto do teu ventre hei-de colocar sobre o teu trono!" [...] Realmente, o Senhor escolheu Sião, desejou-a para sua morada: "Este será para sempre o lugar do meu repouso, aqui habitarei, porque o escolhi" (vv. 11.13).

Sem dúvida, Ana e Joaquim pertenciam ao grupo daqueles judeus piedosos que esperavam a consolação de Israel, e precisamente a eles foi dada uma tarefa especial na história da salvação: foram escolhidos por Deus, para gerar a Imaculada que, por sua vez, é chamada a gerar o Filho de Deus.

Conhecemos os nomes dos pais da Bem-Aventurada Virgem através de um texto não canónico, o Protoevangelho de Tiago. Eles são citados na página que precede o anúncio do Anjo a Maria. Esta sua filha não podia deixar de irradiar aquela graça totalmente especial da sua pureza, a plenitude da graça que a preparava para o desígnio da maternidade divina.


Cardeal Tarcisio Bertone – excerto Homilia de 26 de Julho de 2007 na Festa Litúrgica dos Santos Pais de Nossa Senhora