Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Correios evocam Apóstolo da Caridade

Francisco Rodrigues da Cruz nasceu em Alcochete há pouco mais de 150 anos, precisamente uma semana antes de morrer, em França, o Santo Cura d’Ars, João Maria Vianney.

A coincidência é notável, uma vez que a vida daquele que viria a ser o Pe. Cruz tem fortes semelhanças com a do padroeiro do Ano Sacerdotal. Ambos se deixaram apaixonar pelo sacerdócio, ambos forjaram uma fortíssima ligação com o povo cristão que serviam. Ambos eram já aclamados como santos por esse mesmo povo, antes sequer de falecer.

No caso do Pe. Cruz, ainda não contava 40 anos e já era procurado por multidões. Foi ordenado sacerdote em 1882, aos 23 anos, e cedo começou a dar expressão à sua vocação de servir os mais necessitados e excluídos da sociedade.

Em 1925 descreve essa vocação ao então Patriarca de Lisboa, D. António Mendes Belo: “Há muitos anos que eu me sinto atraído, talvez por especial vocação da misericórdia de Deus Nosso Senhor, para ajudar espiritualmente os presos da cadeia, os doentes dos hospitais, os pobrezinhos e abandonados, a tantos pecadores e almas desamparadas que Nosso Senhor me envia ou põe no meu caminho. Tenho também grande consolação em ajudar os Párocos nos exercícios de piedade e mais encargos do seu ministério, indo por toda a parte levar, na medida das minhas forças, os socorros da religião a muitas pessoas a quem não é fácil chegarem por outra via.” Ficaria conhecido para a posteridade como o Apóstolo da Caridade.

Âncora na tempestade

Exerceu o seu apostolado numa época crítica para a Igreja portuguesa, a mãos primeiro com uma monarquia liberal e, posteriormente, uma república profundamente anti-clerical. Nesses tempos a sua simples dedicação, e sobretudo a sua coerência interna, servia de suporte a todos os que não se reviam nas políticas que ordenavam fechar igrejas e maltratar religiosos.

Em 1940, já com 80 anos, ingressa nos Jesuítas. A sua saúde não lhe dá tréguas, e sofre bastante no corpo. Tudo aceita com a caridade que se lhe conhecia, e não deixa de dar graças a Deus pela sua longa vida: “Dou muitas graças a Deus por ter chegado a esta idade de 89 anos, sendo bastante doente desde há muito anos, e peço a tão Bom Senhor a graça de, no resto da minha vida, O amar sempre e fazer amar de muitas almas. Seja esta sempre a minha vontade: Coração de Jesus fazei que eu Vos ame e Vos faça amar”.

Deixou finalmente este mundo em 1948. Morreu sentado na cadeira do seu quarto, de terço na mão. Não passam três anos até que se abre o processo de beatificação, concluído em 1965 e aprovado na Santa Sé em 1971, ano em que é declarado venerável.

O seu processo de canonização, necessário para que seja declarado santo, continua aberto. Nada que impeça milhares de devotos de visitar o seu jazigo, no Cemitério de Benfica, e o quarto onde morreu, que se encontra na actual sede do CDS-PP, no largo do Caldas.

Amanhã cumpre-se mais um aniversário da sua morte. Tal como todos os anos por esta data, celebrar-se-á missa às 9h00 na capela do Cemitério de Benfica, seguido de visita ao jazigo. Este ano, porém, o dia será marcado por outra iniciativa, o lançamento, numa parceria entre os CTT e a sua Causa de Canonização, de um inteiro postal, dedicado aos 150 anos do nascimento do Apóstolo da Caridade. Este lançamento terá lugar às 18h00 no salão paroquial de Alcochete.

(Fonte: site Rádio Renascença)

Nota: conforme se poderá verificar na foto, fruto de uma montagem, já em 1959 os Correios de Portugal (CTT) haviam criado um carimbo especial alusivo.

“A Europa precisa de se encontrar de novo com Deus” - Bento XVI durante a audiência geral de hoje


Na manhã desta quarta-feira o Papa Bento XVI deixou a residência Pontifícia de Castelgandolfo e veio ao Vaticano onde se encontrou com os fiéis e peregrinos e turistas congregados na Praça São Pedro para a audiência geral.

O Santo Padre dedicou o seu discurso à viagem apostólica à República Checa, efectuada de sábado até segunda-feira, salientando que foi uma verdadeira peregrinação a uma terra de profundas raízes cristãs, que deu muitos frutos de santidade.

“Eu quis levar a esse país uma mensagem de esperança. A Europa - disse o Papa – precisa de se encontrar de novo com Deus. Esta afirmação marcou a vida de muitos cristãos no passado, e deve continuar a ser uma certeza para os fiéis de hoje.”

Durante o seu discurso Bento XVI recordou a visita à Igreja do “Menino Jesus de Praga”, ao Castelo e à Catedral da cidade. O Papa também presidiu duas grandes celebrações eucarísticas em Brno e em Stará Boleslav, lugar do martírio de São Venceslau, Padroeiro da nação checa. O Santo Padre destacou ainda o encontro com diversas comunidades cristãs presentes no país e teve a oportunidade de saudar a comunidade académica .

Mais uma vez, Bento XVI confiou os frutos da sua visita pastoral à intercessão de Maria Santíssima e aos grandes santos e santas da Boémia e Morávia .

Antes de concluir a audiência desta quarta feira na Praça de São Pedro, o Papa XVI dirigiu a sua saudação aos vários grupos de peregrinos presentes nas suas respectivas línguas e concedeu a sua Bênção Apostólica. Estas as suas palavras em português:

"Queridos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal, com menção especial dos sacerdotes licenciados em direito pela Universidade Católica Portuguesa! Quis hoje partilhar convosco a experiência da minha recente visita à República Checa, na esperança de contar com a vossa oração e solidariedade por aqueles nossos irmãos. Assim me ajudareis a levar o peso da missão que o Senhor me confiou. De todo o coração vos agradeço e formulo votos das maiores bênçãos de Deus para cada um de vós, juntamente com vossas famílias e comunidades cristãs."

(Fonte: site Radio Vaticana)

Soberania de quem?

O conceito relativista de democracia que hoje impera tem transformado os regimes democráticos em verdadeiros totalitarismos, transmutando os Estados de Direito em estados tirânicos. Esta verdade elementar é denunciada e esclarecida quer nas Encíclicas o Esplendor da verdade e o Evangelho da vida, de João Paulo II, quer na Deus é caridade e na Caridade na verdade, do Papa Bento XVI.

De facto, se não se admite uma soberania superior à vontade arbitrária dos cidadãos expressa em maiorias circunstanciais dependentes das modas de momento ou do jogo das forças que detêm o poder de manipulação, então o mais forte prevalecerá prepotentemente sobre o mais fraco e em nome da liberdade esmagará a do seu semelhante eliminando a vida que lhe dá lugar.

A idolatria democrática/relativista que se vive em Portugal com o correspondente culto que universalmente lhe é prestado é, como não podia deixar de ser, diabólico: sereis deuses decidindo que é bem e o que é mal, fabricando e tirando a vida.

A soberania autêntica e última só pode ser a da verdade, a da justiça, a do bem, a do amor. É a soberania daquela lei moral inscrita no coração de toda a pessoa que é por natureza sociável e que por isso é a base e o fundamento da lei positiva. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, embora imperfeita, supõe isso mesmo. Ela pretendeu ser uma garantia, anterior e superior à lei positiva, para que nunca mais sucedessem barbaridades idênticas ou semelhantes às que aconteceram com o regime nazi.

Esta lei moral própria da natureza racional da pessoa humana (lei moral para governar a natureza) tem a sua origem e a sua autoria no Criador, Supremo Legislador; e só por referência a Ele é possível vivê-la. Estas afirmações não são, contrariamente ao que muitos pensam e ensinam, de ordem confessional mas sim meramente racional. Por isso, como afirma um dos mais eminentes teólogos actuais: "Nenhum Estado se pode escusar da adoração a Deus e da obediência a uma lei moral que é simultaneamente parte integrante desse culto e o único fundamento estável dos direitos humanos" (1). Aliás, quem ler com atenção, por exemplo, as intervenções do Papa Bento XVI na sua recente visita à República Checa, verificará que ele ensina isso mesmo. Pretender que um Estado seja ateu ou agnóstico é uma irracionalidade fundamentalista que só poderá esmagar a pessoa humana. Soberania do povo, claro, mas desde que não seja absoluta e esteja subordinada à Soberania das soberanias.

Nuno Serras Pereira29.09.2009

(1) “No State is excused from the worship of God and obedience to a moral law both integral to that worship and the only stable foundation for human rights”. In Aidan Nichols O. P., The Realm, p. 147, Family Publications, Oxford, 2008, pp. 160 
Agradecimento: "Infovitae"

Irmã Glenda - Si conocieras el don de Dios

“As canções são como filhos”


A irmã Glenda, cantora católica, dá-nos conta qual seria o trecho da Bíblia que ela gostaria de musicar.

“Há muitas passagens da Bíblia porém eu gostaria que Jesus me inspirasse sobretudo sobre a parábola do Filho Pródigo. Como poder expressar de uma forma sintética e bonita essa passagem, mais do que do filho, o abraço do pai ao filho que vem. Essa parábola eu gostaria. Creio que ali está a síntese da boa nova de Jesus”.

“É muito difícil, as canções são como filhos. Para mim todas as canções são uma visita de Deus ao meu coração, porque não sou eu quem vai compor, estou rezando a Palavra e faz-se um texto da palavra que me toca o coração ou me consola ou me puxa a orelha, então sai a música e quem sabe a mais perfeita: a que tenho um especial respeito é a primeira canção que cantei em público, no Dia Mundial da Juventude de Toronto, e a que cantei diante do Papa. “Nada é impossível para você”, essa frase que o anjo diz a Maria. Não temas Maria, nada é impossível para Deus. Tornou-se o hino da irmã Glenda no mundo hispânico”.

(Fonte: H2O News com edição de JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve: “Tenho uma verdadeira monomania de pedir orações: a religiosas e sacerdotes, a leigos piedosos, aos meus doentes, a todos peço a esmola de uma oração, pelas minhas intenções, que são, naturalmente, a Obra de Deus e vocações para ela”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/30-9-5)

São Jerónimo

Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Inácio de Loyola (1491-1556), fundador dos jesuítas
Exercícios espirituais, 2ª semana, 12º dia (a partir da trad. DDB 1986, p. 103)

«Segue-Me»

Os três tipos de humildade: o primeiro tipo de humildade é necessário à salvação eterna. E consiste em me rebaixar e me humilhar tanto quanto me for possível, para obedecer em tudo à Lei de Deus Nosso Senhor. De tal modo que, mesmo que me tornassem senhor de todas as coisas criadas neste mundo ou mesmo que estivesse em risco a minha própria vida temporal, nunca pensaria em transgredir um mandamento, fosse ele divino ou humano. [...]

O segundo tipo de humildade é uma humildade mais perfeita que a primeira. E consiste nisto: encontro-me num ponto em que não desejo nem tendo a possuir a riqueza mais do que a pobreza, a querer a honra mais do que a desonra, a desejar uma vida longa mais do que uma vida curta, quando as alternativas não afectam o serviço de Deus Nosso Senhor e a salvação da minha alma. [...]

O terceiro tipo de humildade é a humildade mais perfeita: é quando, incluindo a primeira e a segunda, sendo iguais o louvor e a glória da Sua divina majestade, para imitar Cristo Nosso Senhor e me assemelhar a Ele mais eficazmente, desejo e escolho a pobreza com Cristo pobre em vez da riqueza, o opróbrio com Cristo coberto de opróbrios em lugar de honrarias; e desejo mais ser tido por insensato e louco para Cristo, que antes de todos foi tido como tal, do que «sábio e prudente» neste mundo (Mt 11, 25).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Setembro de 2009

São Lucas 9,57-62

Enquanto iam a caminho, disse-lhe alguém: «Hei-de seguir-te para onde quer que fores.»
Jesus respondeu-lhe: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
E disse a outro: «Segue-me.» Mas ele respondeu: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus disse-lhe: «Deixa que os mortos sepultem os seus mortos. Quanto a ti, vai anunciar o Reino de Deus.»
Disse-lhe ainda outro: «Eu vou seguir-te, Senhor, mas primeiro permite que me despeça da minha família.»
Jesus respondeu-lhe: «Quem olha para trás, depois de deitar a mão ao arado, não está apto para o Reino de Deus.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Filme sobre o plano de Hitler para sequestrar o Papa Pio XII (espanhol)

Cada padre “deve ser um homem da alegria e da esperança”: salienta Bento XVI numa mensagem vídeo

Bento XVI considera que os padres são "homens do futuro", que devem levar à sociedade dos nossos dias “alegria e esperança”.Numa vídeo-mensagem que foi transmitida no Retiro Sacerdotal Internacional que decorre em Ars, França, o Papa diz que cada padre “deve, hoje mais do que nunca, ser um homem da alegria e da esperança”.

Citando o Cura d’Ars, em cujo 150.º aniversário da morte o Papa convocou um Ano Sacerdotal, Bento XVI apelou a “não perder a coragem, mas continuar a rezar e a fazer com que numerosos jovens aceitem responder ao chamamento de Cristo, o qual não cansa de querer fazer crescer o número dos seus apóstolos".

“Escolhido de entre os homens, o padre continua a ser um deles e é chamado a servi-los dando a sua vida a Deus”, declarou.Sobre S. João Maria Vianney, o Papa disse que o Cura d’Ars vivia "uma religião de felicidade, não uma mórbida procura da mortificação".O retiro internacional, que ocorre até ao próximo dia 3 de Outubro, reúne sacerdotes de 75 países.


(Fonte: site Radio Vaticana)

“O sacerdote e a pastoral no mundo digital; os novos meios ao serviço da Palavra”

Foi divulgado hoje o tema do 44º dia mundial das comunicações sociais: “o sacerdote e a pastoral no mundo digital; os novos meios ao serviço da Palavra".

A tarefa do sacerdote consiste em anunciar a Palavra de Deus que se fez carne, homem, história, tornando-se desta maneira sinal daquela comunhão que Deus realiza com o homem. A eficácia deste ministério exige portanto que o sacerdote viva uma relação intima com Deus, enraizada num amor profundo e num conhecimento vivo da Sagrada Escritura, testemunha, em forma escrita da Palavra de Deus.

Como salienta um comunicado - a mensagem para o 44º dia mundial das comunicações sociais deseja convidar de maneira particular os padres, durante este ano sacerdotal, e depois da celebração da XII assembleia-geral ordinária do Sínodo dos Bispos, a considerar os novos media como um possível grande recurso para o seu ministério ao serviço da Palavra e quer dizer uma palavra de encorajamento para que enfrentem os desafios que nascem da nova cultura digital.

De facto os novos media, se conhecidos e valorizados adequadamente, podem oferecer aos padres e a todos os agentes da pastoral uma riqueza de dados e de conteúdos que antes eram difíceis de encontrar e facilitam formas de colaboração e de maior comunhão, impensáveis no passado.

(Fonte: site Radio Vaticana)

54 Perguntas Sobre Jesus Cristo elaborado por Professores da Universidade de Navarra

S. Josemaría Escrivá sobre esta data:

A Igreja celebra a festa dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael. Referindo-se aos Anjos, S. Josemaria escreve no ponto 339 de Forja: “Não podemos ter a pretensão de que os Anjos nos obedeçam… Mas temos a absoluta segurança de que os Santos Anjos nos ouvem sempre”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/29-9-5)

Arcanjos

«Eu sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos justos e têm lugar diante da majestade do Senhor.» (Livro de Tobite 12,15)

Nas Sagradas Escrituras só aparecem denominados os Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, ainda que como se pode verificar na transcrição do Livro de Tobite, parte integrante da Bíblia, sejam referidos sete Arcanjos, creio que o não sabermos o nome de todos não será relevante, basta através da nossa fé acreditarmos e estarmos gratos a Deus Nosso Senhor por nos oferecer esses “escudos protectores”.

Ainda assim e de acordo com o Livro de Enoch, que não faz parte da Bíblia, os arcanjos são Uriel, Raguel, Sariel e Jerahmeel, enquanto que em outras fontes apócrifas encontramos as variantes Izidkiel, Hanael, and Kepharel ao invés dos últimos três.

- O nome do arcanjo São Rafael (Rafael = "Deus curou") não aparece nas Escrituras Hebraicas e no Antigo Testamento figura apenas no Livro de Tobite, onde ele incialmente aparece disfarçado de companheiro de viagem do jovem Tobias, denominando-se "Azarias, filho do grande Ananias". Durante o curso da viagem, por várias vezes ocorre a protecção do anjo, incluindo a passagem no deserto e o enfrentar do demónio que já tinha matado sete maridos de Sara (Tobite 5-11). Depois de voltarem e de curar a cegueira do velho Tobias, Azarias apresenta-se como "o anjo Rafael, um dos sete (espíritos principais) que assistimos diante do Senhor" (Tobite 12:15).

- São Gabriel é um dos poucos Arcanjos mencionados pelo nome na Bíblia. Existem quatro aparições suas: no Antigo Testamento em Daniel VIII e IX, e no Novo Testamento anunciando o nascimento de São João Baptista a Zacarias e anunciando à Virgem Maria a vinda de Jesus através da sua concepção virginal.

- O nome de São Miguel aparece nas seguintes passagens da Bíblia:

1. Em Daniel 10: 13 sqq, Porém o príncipe do reino dos Persas resistiu-me durante 21 dias; mas eis que veio em meu socorro Miguel, um dos primeiros príncipes, e eu fiquei lá junto do rei dos Persas. (...) Mas eu te anunciarei o que está expresso na escritura da verdade; e em todas estas coisas ninguém me ajuda senão Miguel, que é vosso príncipe.

2.Em Daniel 12, o anjo falando dos últimos dias do mundo diz: Naquele tempo levantar-se-á o grande príncipe Miguel, que é o protector dos filhos do vosso povo.

3. Em Apocalipse 12:7, E houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não prevaleceram, e o seu lugar não se achou mais no céu. São João fala o grande conflito do final dos tempos, que reflecte a batalha no céu do início dos tempos.

São Miguel aparece ainda em uma Epístola apócrifa de São Judas disputando com o demónio o corpo de Moisés, segundo uma antiga tradição judaica.

(JPR)

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos

Neste dia a Igreja universal celebra a festa dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

"Miguel" que significa: "Quem como Deus?" é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja universal e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.

"Gabriel" - que significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria.

É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco".

"Rafael"- que quer dizer "medicina dos deuses" ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protector nas adversidades.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Mozart - Concerto para piano N° 27

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Simeão, o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego
Hino 2

«Os anjos nos céus vêem constantemente a face de Meu Pai» (Mt 18, 10)

Eu Te dou graças, porque me concedeste a vida,
e conhecer-Te e adorar-Te, meu Deus.
Porque «a vida, é conhecer-te, a Ti, único Deus verdadeiro» (Jo 17, 3),
criador e autor de tudo,
não gerado, não criado, sem princípio, único,
e Teu Filho, gerado de ti,
e o Espírito santíssimo, procedente de Ti,
a trina unidade digna de todo o louvor. [...]
O que há nos anjos, nos arcanjos,
nas dominações, nos querubins e nos serafins
e em todos os outros exércitos celestes,
como glória ou como luz de imortalidade,
que alegria, que esplendor de vida imaterial,
senão a única luz da Santíssima Trindade? [...]

Cita-me um ser incorporal ou corpóreo,
e encontrarás que foi Deus que tudo fez.
Se te falam de um ser qualquer, os do céu,
os da terra ou os dos abismos,
para esses também, para todos, não há senão uma única vida, uma glória,
um desejo e um reino,
uma única riqueza, alegria, coroa, vitória, paz,
ou qualquer outro brilho; e consiste isto:
no conhecimento do Princípio e da Causa
de onde tudo veio, onde tudo teve a sua origem.
Lá está quem mantém as coisas nas alturas e as coisas daqui de baixo,
Lá está quem põe ordem em todos os seres espirituais,
Lá está quem reina sobre todos os seres visíveis. [...]

Eles cresceram em conhecimento e redobraram o temor
ao verem Satanás cair
e os seus companheiros arrebatados pela presunção.
Os que caíram esqueceram tudo isso,
escravos do seu orgulho;
enquanto que todos os que conservaram o conhecimento,
elevados pelo temor e pelo amor,
se uniram ao seu Senhor.
Assim, o reconhecimento do senhorio
produziu também o crescimento do seu amor
porque viram melhor e mais claramente
o brilho fulgurante da Trindade.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Setembro de 2009

São João 1,47-51

Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.»
Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!»
Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»
Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!»
E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

“Aquele que mantém a capacidade de ver a beleza nunca envelhece”: Bento XVI cita Kafka, ao despedir-se, no aeroporto, da Republica Checa


Com o regresso a Roma, ao fim da tarde desta segunda-feira, concluiu-se a décima terceira viagem apostólica de Bento XVI, que o levou, de 26 a 28 de Setembro, à República Checa. No discurso final, de despedida, no aeroporto, Bento XVI, para além dos devidos agradecimentos pelo acolhimento recebido e pelo empenho de todos pelo bom êxito da visita, passou rapidamente em resenha os diversos momentos do programa. Para além das celebrações eucarísticas em Brno e em Stara Boleslav e das vésperas na catedral de Braga, o Papa fez questão de sublinhar especialmente três outros encontros: com os delegados das diversas confissões cristãs, com a comunidade universitária e com os jovens.

“O encontro com as outras comunidades cristãs – observou – trouxe-me ao espírito a importância do diálogo ecuménico nesta terra que muito sofreu com as consequências da divisão religiosa nos tempos da Guerra dos Trinta Anos. Muito se fez já para cicatrizar as feridas do passado, e têm-se dado passos decisivos no caminho da reconciliação e da verdadeira unidade em Cristo”.

E precisamente, “para consolidar mais ainda estes sólidos alicerces – prosseguiu Bento XVI, a comunidade académica tem um importante papel a desempenhar, através de uma busca da verdade, livre de qualquer compromisso. Foi com prazer que tive a oportunidade de me deter com representantes das Universidades do país, exprimindo a minha estima pela nobre vocação a que dedicam a sua vida”.

Finalmente, uma referência muito particular ao encontro com os jovens, por ocasião da Missa celebrada no dia de São Venceslau. “Foi com muito gosto que me encontrei com os jovens, para os encorajar (disse o Papa) a edificarem sobre o melhor das tradições desta nação, particularmente da sua herança cristã”.

E Bento XVI concluiu as suas palavras de despedida de Praga citando uma frase atribuída a Kafka: “O que mantém a capacidade de ver a beleza nunca envelhece”. “Se os nossos olhos permanecerem despertos para a beleza da Criação divina, e os nossos espíritos para a sua verdade, temos então a esperança de permanecer jovens e de construir um mundo que reflicta algo da beleza divina, inspirando as gerações futuras a fazerem outro tanto” – concluiu o Papa.


(Fonte: site Radio Vaticana)

O Angelus de Domingo dia 27 de Setembro (versão integral)

Bento XVI na Missa da festa litúrgica de São Venceslau, patrono da Republica Checa


Nesta segunda feira, último dia da viagem á Republica Bento XVI visitou a igreja de São Venceslau, patrono do país, na cidade de Starà Boleslav, onde depois celebrou a Santa Missa.

Toda a homilia constituiu uma evocação do Santo Patrono da República Checa, São Venceslau, modelo sempre actual de vida cristã, seguindo fielmente Cristo e o Evangelho.

“Este grande Santo (que gostais de chamar eterno Príncipe dos Checos), convida-nos a seguir sempre e fielmente Cristo, convida-nos a ser santos. Ele próprio é modelo de santidade para todos, especialmente para quantos guiam as sortes das comunidades e dos povos”.

Embora à primeira vista a santidade possa surgir pouco atraente e importante, pois quem nega a Deus e não respeita o homem é que parece ter sucesso e vida fácil, basta reparar mais atentamente na realidade para nos darmos conta de que sem o amor e o temor de Deus as pessoas vivem tristes e insatisfeitas.

“Só quem conserva no coração o santo temor de Deus tem confiança também no homem e consagra a sua existência a construir um mundo mais justo e fraterno. Há hoje necessidade de pessoas crentes e credíveis, prontas a difundir em todos os âmbitos da sociedade aqueles princípios e ideais cristãos em que se inspira a sua acção”.

“É esta a santidade, vocação universal de todos os baptizados, que leva a realizar com fidelidade e coragem o próprio dever, olhando não ao próprio interesse egoísta, mas sim ao bem comum, e procurando em cada momento a vontade divina”.

“O valor autêntico da existência humana não se confina unicamente nos bens terrenos e nos bens passageiros, porque não são as realidades materiais a apagar a profunda sede de sentido e de felicidade existente no coração de cada pessoa. Por isto Jesus não hesita em propor aos seus discípulos a via estreita da santidade: Quem perderá a sua vida por causa de Mim, encontrá-la-á”.

Trata-se, sem dúvida, de uma linguagem difícil de aceitar e aplicar. Contudo, o testemunho dos santos dá-nos a certeza que seguir fielmente a Cristo é uma possibilidade para todos, se n’Ele pusermos a nossa confiança.

“É esta a lição de vida de são Venceslau, que teve a coragem de colocar o reino dos céus acima do fascínio do poder terreno. O seu olhar nunca se destacou de Jesus Cristo, o qual sofreu por nós, deixando-nos o exemplo para que sigamos os seus passos”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

No coração da história da Europa (Editorial)

Um percurso no coração da Europa para se dirigir idealmente a todo o continente e ao mundo. Pode ser sintetizada assim a décima terceira viagem internacional do pontificado de Bento XVI, à República Checa. A nação, por tantos motivos símbolo da atormentada história europeia, depois de um passado esplendoroso e trágico, voltou a ser inesperadamente protagonista em 1968, com a chamada Primavera de Praga. À sua perturbadora repressão por obra das tropas do Pacto de Varsóvia, seguiu-se, um decénio mais tarde, a “Charta 77”, manifesto pelo respeito dos direitos humanos.

Estas sementes civis encontraram depressa resposta e acolhimento por parte da Igreja de Roma: nos sinais de Paulo VI e desde os primeiros anos de pontificado nas escolhas de João Paulo II, o bispo que veio "de um país distante". Assim em 1977, no último Consistório do Papa Montini, foi publicado o nome do administrador apostólico (depois arcebispo) de Praga, Frantisek Tomásek, criado in pectore no ano precedente. Os evangelizadores do pais e das vastíssimas regiões centrais e orientais do continente, Cirilo e Metódio, em 1980 foram proclamados co-padroeiros da Europa. E em 1985 foi dedicada aos dois santos irmãos a encíclica Slavorum apostoli, que delineava a imagem extraordinária dos dois pulmões, oriental e ocidental, com os quais respira a tradição cristã.

O sinal mais comovedor enquanto o Papa lançava mão à reorganização daquela Igreja, martirizada atrozmente ainda nos finais dos anos 80 foi dado pela canonização de Ines da Boémia, no memorável Outono de 1989 que marcou o fim do comunismo real em terras da Europa. Permanece ainda a memória daquele tímido sol que a 12 de Novembro iluminou os grupos de fiéis checos que chegaram a Roma, quase incrédulos e com meios pobres, para honrar a nova santa proclamada pelo Romano Pontífice.

Precisamente naquela praça São Pedro onde, segundo as representações da propaganda politica, deveriam separar-se os cavalos dos cossacos. No ano seguinte, tendo iniciado a retirada das tropas soviéticas, teve lugar a primeira das três viagens de João Paulo II em terras checas e eslovacas.

Atento e dirigido ao coração da história da Europa continente incompreensível se se removerem as suas raízes cristãs que, com outras, o constituíram tal como é hoje particular e importante é também o momento internacional do itinerário papal, que começa no dia seguinte ao empenho unânime pelo desarmamento nuclear assumido nas Nações Unidas. Onde a 4 de Outubro de 1965 Paulo VI, "como o mensageiro que, depois e um longo caminho, chega para entregar a carta que lhe foi confiada", falou ao mundo do perigo sempre ameaçador: "As armas, as terríveis, especialmente, que a ciência moderna vos deu, ainda antes de produzir vitimas e ruínas, geram maus sonhos, alimentam maus sentimentos, criam pesadelos, desconfianças e propósitos tristes, exigem enormes despesas, impedem projectos de solidariedade e de trabalho útil, alteram a psicologia dos povos".

Hoje o seu sucessor prossegue aquele caminho. Na confiança que o seu apelo à razão seja ouvido. Assim como a sua pregação.


Giovanni Maria Vian - Director

(© L'Osservatore Romano - 26 de Setembro de 2009)

Nota: infelizmente o texto publicado continha inúmeros erros ortográficos e de acentuação que tomei a liberdade de corrigir, sempre em total respeito pela essência do conteúdo. (JPR)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 26-IX-2009

Bach: Piano concerto in D Major (2nd and 3rd mvt.) - Diána Szőke

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1932

“Ontem, recolhi um pequeno Santo Cristo, com a imagem muito gasta, que o meu pai trazia sempre consigo, e que lhe foi entregue por morte de sua mãe, que costumava usá-lo. Como é pobrezinho e está muito gasto, não me atrevo a dá-lo a ninguém, e deste modo a santa memória da minha avó (grande devota da SS.ma Virgem) e do meu pai fará aumentar o meu amor à Cruz”, escreve.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/28-9-5)

São Venceslau. Rei da Boémia

Nasceu na Boémia, cerca do ano 907; de uma sua tia paterna recebeu uma sólida formação cristã e assumiu o governo do seu ducado por volta de 925. Suportou muitas dificuldades no governo e formação cristã de seus súbditos. Traído por seu irmão Boleslau, foi morto por uns sicários no ano 935. Em breve foi venerado como mártir e escolhido pela Boémia como seu patrono principal.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

João Cassiano (c. 360-435), fundador do mosteiro de Marselha
Conferências, n°15, 6-7 (a partir da trad. de SC 54, p. 216 e de Bourguet, L'Evangile médité, p. 53 rev.)

«Vinde e aprendei de Mim» (Mt 11, 28-29)

Os grandes da fé não tiravam nenhum partido do poder que detinham de operar maravilhas. Confessavam que não tinham mérito nenhum nisso e que quem fazia tudo era a misericórdia do Senhor. Se alguém admirava os seus milagres rejeitavam a glória humana com palavras recolhidas dos apóstolos: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivéssemos feito andar este homem por nosso próprio poder ou piedade?» (Act 3, 12) No seu entender, ninguém devia ser louvado pelos dons e maravilhas de Deus. [...]

Mas por vezes acontece que homens inclinados ao mal, condenáveis a respeito da fé, expulsam demónios e operam prodígios em nome do Senhor. Foi disso que os apóstolos se queixaram um dia: «Mestre – disseram eles – vimos um homem expulsar demónios em Teu nome e impedimo-lo porque não é dos nossos». Nessa altura Cristo respondeu: «Não o impeçais porque quem não está contra nós é por nós». Mas quando, no fim dos tempos, Lhe disserem: «Senhor, Senhor, não foi em Teu nome que profetizámos, em Teu nome que expulsámos os demónios e em Teu nome que fizemos muitos milagres?», Jesus afirma que responderá: «Nunca vos conheci; afastai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade» (Mt 7, 22ss).

E àqueles a quem Ele próprio concedeu a graça gloriosa dos sinais e dos milagres, o Senhor avisa que não se ensoberbeçam com isso: «Não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos no céu» (Lc 10, 20). O Autor de todos os sinais e milagres chama os Seus discípulos a guardar a Sua doutrina: «Vinde – diz-lhes – e aprendei de Mim», não a expulsar demónios pelo poder do céu, nem a curar os leprosos, nem a dar luz aos cegos, nem a ressuscitar os mortos, mas, diz Ele: «Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 29).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Setembro de 2009

São Lucas 9,46-50

Veio-lhes então ao pensamento qual deles seria o maior.
Conhecendo Jesus os seus pensamentos, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes: «Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele que me enviou; pois quem for o mais pequeno entre vós, esse é que é grande.»
João tomou a palavra e disse: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome e impedimo-lo, porque ele não te segue juntamente connosco.»
Jesus disse-lhe: «Não o impeçais, pois quem não é contra vós é por vós.»

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

domingo, 27 de setembro de 2009

Ordenações de Diáconos em Samora Correia

Neste Domingo, dia 27 de Setembro, pelas 17 horas, realiza-se a ordenação de Diácono de dois candidatos ao Sacerdócio, o seminarista Fernando Lopes e o Ir. Lorenzo Bonati.

A Ordenação decorrerá na igreja paroquial de Samora Correia, terra natal do Seminarista Fernando Lopes, e será presidida pelo Arcebispo de Évora, D. José Francisco Sanches Alves.

Depois de seis anos de formação no Seminário Maior de Évora, Fernando Lopes, após a ordenação deverá realizar o seu ministério em Alcácer do Sal juntamente com o Padre José António Gonçalves, leccionará Educação Moral e Religiosa Católica na Escola local e será ainda responsável pelo Pré-Seminário. Realidade que não lhe será estranha dada a sua experiência no acompanhamento de jovens quer na sua paróquia de origem quer no Movimento dos Convívios Fraternos.

Na mesma celebração será também ordenado Diácono o Irmão Lorenzo Bonati da Associação “mater Dei” Pequenos Filhos da Mãe de Deus, que realizou os seus votos perpétuos no passado dia 6 de Setembro, em celebração presidida pelo Arcebispo de Évora.


Nacional Departamento Comunicação Social/Évora 2009-09-26 16:00:03 1438 Caracteres Diocese de Évora


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Bento XVI, no Castelo de Praga, no encontro com o mundo académico


Começando por agradecer a “óptima interpretação” do coro universitário e a saudação do Reitor da Universidade, Bento XVI congratulou-se com esta oportunidade de manifestar a sua “estima pelo indispensável papel que as Universidades e os Institutos Superiores desempenham na sociedade.

“Mantendo os valores culturais e espirituais da sociedade e oferecendo-lhes ao mesmo tempo o próprio contributo, o mundo académico desenvolve o precioso serviço de enriquecer o património intelectual da nação e de consolidar os fundamentos do seu desenvolvimento futuro.As grandes mudanças que há vinte anos transformaram a sociedade checa foram causados, em parte significativa, pelos movimentos de reforma surgidos nas universidades e nos círculos estudantis. Essa busca da liberdade continuou a guiar o trabalho dos estudiosos: a sua diakonia à verdade è indispensável ao bem-estar de qualquer nação”.

“A liberdade que está na base do exercício da razão – tanto numa Universidade como também na Igreja (observou o Papa) – tem um fim preciso: visa a busca da verdade e como tal exprime uma dimensão própria do cristianismo”. Foi precisamente esta convicção que levou o Papa Clemente VI a instituir em 1347 esta famosa Universidade de Praga. Um aspecto essencial da missão da Universidade é “a responsabilidade de iluminar as mentes e os corações dos jovens” de cada geração.

“Quando se desperta nos jovens a compreensão da plenitude e a unidade da verdade, estes sentem prazer em descobrir que a demanda do que podem conhecer lhes abre o horizonte da grande aventura daquilo que devem ser e do que devem fazer. Há que reencontrar a ideia de uma formação integral, baseada na unidade do conhecimento radicado na verdade”.

“Com o crescimento massivo da informação e da tecnologia nasce a tentação de separar a razão da busca da verdade”. O que leva a um relativismo sob o qual se podem camuflar novas ameaças à autonomia das instituições académicas – advertiu o Papa.

“Que sucederia se a nossa cultura houvesse de construir-se unicamente sobre temas em voga, sem grande referência a uma genuína histórica tradição intelectual, ou então sobre convicções promovidas com grande clamor e largamente financiadas? O que virá a suceder se, na ânsia de preservar um secularismo radical (da cultura), esta acabasse por destacar-se das raízes que a alimentam? Não será assim que as nossas sociedades se hão-de tornar mais racionais, tolerantes ou capazes de adaptação. Pelo, contrário, serão mais frágeis e menos inclusivas, e terão ainda mais dificuldade em reconhecer o que é verdadeiro, nobre e bom”.

Evocando João Paulo II e a sua Encíclica “Fides et ratio”, Bento XVI sublinhou que uma das preocupações centrais do seu predecessor era a necessidade de se superar a fractura entre ciência e religião, para o que se esforçou em “promover uma maior compreensão da relação fé – razão, entendidas como as duas asas com as quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”. Em última análise, a fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade, a única a poder garantir a liberdade.

“Foi esta confiança na capacidade humana de procurar e encontrar a verdade, e de viver em conformidade com ela, que levou à fundação das grandes Universidades europeias. É claro que devemos hoje reafirmá-lo, em ordem a encorajar as forças intelectuais necessárias ao desenvolvimento de um futuro de autêntico florescimento humano, um futuro verdadeiramente digno do homem”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI – “As raízes cristãs da Europa continuam a oferecer alimento espiritual e moral”


Na tarde deste domingo Bento XVI deslocou-se ao arcebispado de Praga para um encontro ecuménico com expoentes do conselho ecuménico da Republica Checa.

No seu discurso o Papa começou por recordar que os cristãos deste país, levados pela esperança que mora neles e que deriva da mensagem evangélica encontram com os cristãos e pessoas de boa vontade da Europa inteira para reafirmarem as suas raízes cristãs, precisamente porque estas raízes continuam a oferecer alimento espiritual e moral que permite promover o bem comum e estabelecer um diálogo construtivo com pessoas de outras culturas e religiões.

Mas não obstante isto existem pessoas que procuram reduzir a influência do cristianismo na vida politica. Um fenómeno que nos pede que nos pede uma reflexão.

“Como sugeri na minha encíclica sobre a esperança cristã – disse o Papa – a separação artificial da vida intelectual e publica deveria levar-nos a empenharmo-nos numa recíproca autocrítica da idade moderna e “autocrítica do cristianismo moderno” particularmente sobre a esperança que podem oferecer á humanidade. Podemos perguntarmo-nos: o que é que o Evangelho tem para dizer á Republica Checa e mais em geral á Europa inteira, num período marcado pela proliferação de varias visões do mundo?

O Cristianismo aberto a tudo o que é bom na sociedade, oferece á humanidade o Evangelho da Salvação, que transcende as vicissitudes dos tempos:

O cristianismo tem muito para oferecer no plano prático e moral….Oferece a salvação…Alude ao desejo ardente de reconciliação e de comunhão que espontaneamente brota das profundidades do espírito humano. É a verdade central do Evangelho…E é o critério sobre o qual os cristãos voltam sempre a focalizar – se no seu empenho para sarar as feridas das divisões do passado.

Os cristãos sintam-se encorajados na sua missão pelo facto das raízes cristãs da Europa continuarem a influenciar e a alimentar a sua vida pública.

“Quando a Europa se coloca á escuta da historia do cristianismo – disse Bento XVI – escuta a sua própria historia. As suas noções de justiça, liberdade e responsabilidade social, juntamente com as instituições culturais e jurídicas estabelecidas para defender estas ideias e as transmitir ás gerações futuras são plasmadas pela sua herança cristã. Na verdade, a memoria do passado anima as suas aspirações para o futuro. (…) os cristãos não devem dobrar-se sobre si mesmos, medrosos do mundo, mas sobretudo devem partilhar com confiança o tesouro de verdade que lhes foi confiado. Ao mesmo tempo os cristãos de hoje, (…) devem ter a coragem de convidar homens e mulheres á conversão radical que deriva do encontro com Cristo e introduz numa nova vida de graça.”.

Também este facto constitui um motivo a mais a favor do ecumenismo:

“Deste ponto de vista – salientou Bento XVI- compreendemos com maior clareza porque é que os cristãos são obrigados a unirem-se a outros recordando á Europa as suas raízes….É pelo facto de elas - de maneira ténue mas ao mesmo tempo fecunda – continuarem a dar ao Continente o apoio espiritual e moral que permite estabelecer um diálogo significativo com pessoas de outras culturas e religiões.Precisamente porque o Evangelho não é uma ideologia, não pretende bloquear dentro de esquemas rígidos as realidades sócio politicas que se evolvem. O Evangelho transcende as vicissitudes deste mundo e lança nova luz sobre a dignidade da pessoa humana em cada época.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Mini-crónica de Brno

Bom dia, caríssimo amigo! :-)

Por aqui já levamos o dia ganho. Foi muito bonito e estava mesmo muita, muita gente! Creio que umas 100.000 pessoas!

Falamos mais logo, um grande abraço, votos de um voto reflectido, um óptimo Domingo!

Kiko

Papa no final da Missa em Brno antes do Angelus – “Manter o património espiritual herdado dos antepassados”

No final da celebração, já por volta do meio-dia, Bento XVI recitou como todos os domingos, a oração mariana do Angelus, declarando-se feliz de o fazer “no coração da Morávia, região fraternamente unida à Boémia, terra marcada por muitos séculos de fé cristã, que evoca, na sua origem, a corajosa missão de São Cirilo e São Metódio”.

“A Morávia é terra rica de santuários marianos, que multidões de peregrinos visitam durante todo o ano. Neste momento desejaria deslocar-me numa peregrinação em espírito junto da frondosa montanha de Hostyn, onde venerais Nossa Senhora como vossa Protectora. Que Maria mantenha viva a fé de todos vós, a fé alimentada também por numerosas tradições populares que se radicam no passado, mas que vós justamente tendes o cuidado de conservar para que não diminua nas aldeias e cidades uma calorosa convivência familiar”.

Se “o ritmo da vida moderna tende a cancelar algumas marcas de um passado rico de fé” – observou o Papa – “é importante não perder de vista o ideal que os costumes tradicionais exprimiam”.

“Sobretudo há que manter o património espiritual herdado dos vossos antepassados, para o conservar e, mais ainda, para o tornar correspondente às exigências do tempo presente. Vos ajude a Virgem Maria, à qual confio uma vez mais a vossa Igreja e toda a Nação checa”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Missa em Brno centrada no tema da esperança, fundamental para o país, para a Europa, para a humanidade


Vídeo em espanhol

O tema desta celebração litúrgica, e portanto também da homilia do Papa, foi a esperança, partindo das palavras de Jesus, escritas em grandes caracteres no pórtico da catedral de Brno: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. A proposta do bispo local de centrar sobre a esperança esta celebração foi acolhida por Bento XVI, “pensando não só no povo deste caro país, mas também na Europa e em toda a humanidade, que tem sede de algo sobre que apoiar solidamente o próprio futuro” (explicou o Papa).

“A experiência da história mostra a que absurdidades chega o homem quando exclui Deus do horizonte das suas opções e acções. E mostra também que não é fácil construir uma sociedade inspirada nos valores do bem, da justiça e da fraternidade, porque o ser humano é livre e a sua liberdade permanece frágil. A liberdade tem que ser constantemente reconquistada… Trata-se de uma tarefa que toca a todas as gerações”.

Detendo-se sobre a realidade do mundo contemporâneo, prosseguiu Bento XVI:

“O vosso país, como outras nações, está vivendo uma condição cultural que muitas vezes constitui um radical desafio para a fé e portanto também para a esperança. De facto, na época moderna, tanto a fé como a esperança foram como que acantonadas, relegadas para o plano privado e ultra-terreno, ao passo que na vida concreta e pública se afirmou a confiança no progresso científico e económico”.

Mas o fundamento da fé e da esperança – sublinhou Bento XVI – permanece sempre e só o Amor de Deus revelado e comunicado em Jesus Cristo:

“O homem tem necessidade de ser libertado das opressões materiais e, mais profundamente, dos males que afligem o espírito. E quem pode salvá-lo se não Deus, que é Amor e revelou o seu rosto de Pai omnipotente e misericordioso em Jesus Cristo? A nossa firme esperança é portanto Cristo”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Transformar os « corações de pedra » em « corações de carne » (Ez 36, 26)

O desenvolvimento tem necessidade de cristãos com os braços levantados para Deus em atitude de oração, cristãos movidos pela consciência de que o amor cheio de verdade — caritas in veritate –, do qual procede o desenvolvimento autêntico, não o produzimos nós, mas é-nos dado. Por isso, inclusive nos momentos mais difíceis e complexos, além de reagir conscientemente devemos sobretudo referir-nos ao seu amor. O desenvolvimento implica atenção à vida espiritual, uma séria consideração das experiências de confiança em Deus, de fraternidade espiritual em Cristo, de entrega à providência e à misericórdia divina, de amor e de perdão, de renúncia a si mesmo, de acolhimento do próximo, de justiça e de paz. Tudo isto é indispensável para transformar os « corações de pedra » em « corações de carne » (Ez 36, 26), para tornar « divina » e consequentemente mais digna do homem a vida sobre a terra. Tudo isto é do homem, porque o homem é sujeito da própria existência; e ao mesmo tempo é de Deus, porque Deus está no princípio e no fim de tudo aquilo que tem valor e redime: « quer o mundo, quer a vida, quer a morte, quer o presente, quer o futuro, tudo é vosso; mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus » (1 Cor 3, 22-23). A ânsia do cristão é que toda a família humana possa invocar a Deus como o « Pai nosso ». Juntamente com o Filho unigénito, possam todos os homens aprender a rezar ao Pai e a pedir-Lhe, com as palavras que o próprio Jesus nos ensinou, para O saber santificar vivendo segundo a sua vontade, e depois ter o pão necessário para cada dia, a compreensão e a generosidade com quem nos ofendeu, não ser postos à prova além das suas forças e ver-se livres do mal (cf. Mt 6, 9-13).

No final do Ano Paulino, apraz-me formular os seguintes votos com palavras do Apóstolo tiradas da sua Carta aos Romanos: « Que a vossa caridade seja sincera, aborrecendo o mal e aderindo ao bem. Amai-vos uns aos outros com amor fraternal, adiantando-vos em honrar uns aos outros» (12, 9-10). Que a Virgem Maria, proclamada por Paulo VI Mater Ecclesiæ e honrada pelo povo cristão como Speculum Iustitiæ e Regina Pacis, nos proteja e obtenha, com a sua intercessão celeste, a força, a esperança e a alegria necessárias para continuarmos a dedicar-nos com generosidade ao compromisso de realizar o « desenvolvimento integral do homem todo e de todos os homens »[159].

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 29 de Junho — Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo — do ano de 2009, quinto do meu Pontificado.
BENEDICTUS PP. XVI
[159] Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio (26 de Março de 1967), 42: AAS 59 (1967), 278.
Caritas in veritate [79] – Bento XVI

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931




Em Madrid, realiza o seu trabalho pastoral entre os doentes dos bairros da periferia. Na foto uma nota com um encargo que para este dia lhe pedem as Damas do Patronato dos Doentes. “Foram muitas horas gastas naquele trabalho, mas tenho pena de que não tenham sido mais. E nos hospitais, e nas casas onde havia doentes, se se pode chamar casas àqueles tugúrios… Era gente desamparada e doente; alguns com uma doença que então era incurável, a tuberculose”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/27-9-5)

Nota de abertura Rádio Renascença

Para todas as pessoas de boa vontade e para os católicos, em particular, a visita de um Papa ao nosso país é sempre motivo de alegria e esperança.

Por isso, a deslocação de Bento XVI a Portugal no próximo ano, presidindo às celebrações de 13 de Maio em Fátima, só pode ser considerada uma excelente notícia.

Num mundo bipolar, em que sistemas políticos e económicos de sinal contrário têm procurado negar a presença de Deus, substituindo-a pelo Estado totalitário ou pelo consumismo doentio, Bento XVI é uma personalidade rica de valores, cujo magistério tem surpreendido até vozes mais críticas.

A guerra, a miséria, os desequilíbrios sociais, os atentados à vida e à dignidade humana têm merecido forte repúdio do Papa que simultaneamente revela grande capacidade de diálogo: dentro e fora da Igreja, mas também com o mundo político, social ou científico. Dialogando, mas sem nunca esconder a visão da Igreja sobre o Homem e sobre as circunstâncias que o rodeiam.
Deste modo, para os crentes e também para aqueles que procuram a Fé, a visita de Bento XVI a Portugal poderá ser uma oportunidade de encontro e de profunda reflexão sobre o sentido da vida.

Oportunidade que os portugueses não podem desperdiçar e que os católicos não podem deixar de sentir como uma grande interpelação.


(Fonte: ‘Página 1’ edição de 25.09.2009)

Somos livres: somos aquilo que queremos ser

Caiu uma águia-real. A tempestade daquela tarde fez com que este imponente animal caísse num enorme lamaçal. Ali estava ela. Uma cabeça majestosa, umas plumas brilhantes e uma envergadura de asas de quase três metros. Ali estava ela no meio da lama, aturdida e em estado de choque. Um rapaz, com o desejo de possuir tamanha riqueza, atou à pata da águia uma corda e a outra ponta a uma árvore que estava por perto.

Quando a águia despertou, abriu as asas com solenidade, olhou para o céu de frente e começou a voar. No entanto, atada como estava, caiu de novo na lama. Voltou a olhar para cima e vislumbrou umas simples pombas a deslizar pelo céu. Com novo ânimo e força redobrada, tentou outra vez, e outra vez caiu no lodaçal. Cinco, dez, vinte vezes voltou a tentar e cinco, dez, vinte vezes voltou a cair. Por fim, desanimada diante de tanto esforço inútil, resignou-se a esperar pela morte atada à árvore.

Mas diz-nos a história que com a última tentativa de chegar até às nuvens, a corda tinha cedido devido ao desgaste. A águia-real estava livre. Se tivesse tentado mais uma vez, nada a impediria de voar pelas alturas. Mas ali ficou, no meio da lama, porque já não acreditava que fosse possível.

É um velho conto que se torna realidade todos os dias. O único verdadeiro fracasso na nossa vida é desistir. Desanimar, cruzar os braços e convencer-nos de que o esforço por ser melhores é e será sempre inútil. Não é verdade. Nós temos capacidades que não imaginamos. Somos chamados a voar alto, muito alto, mesmo que muitas vezes nos contentemos com rastejar pelo chão e ir andando na nossa vida.

Somos livres. Isso significa, entre outras coisas, que somos aquilo que desejamos ser. Configuramos a nossa personalidade com as nossas acções livremente escolhidas. A partir do momento em que chegamos ao uso da razão, tornamo-nos pouco a pouco pais e mães de nós próprios. Os outros podem aconselhar-nos, indicar-nos o bom caminho, mas no final somos sempre nós que escolhemos, que temos a última palavra. E é com base nessas escolhas que construímos ou não o nosso carácter.

Quantas vezes esquecemo-nos da dimensão imanente do nosso actuar. Quando escolhemos, bem ou mal, o mais importante não é aquilo que se produz fora, mas sim o que se constrói ou destrói dentro de nós. Por isso, não devemos actuar somente para fazer o bem, mas sim para ser bons. Uma acção livre é, antes de tudo, uma decisão da vontade, uma decisão interior. A luta entre o bem e o mal não acontece no exterior, mas dentro do nosso coração.

Vítor Frankl dizia que o homem, porque é verdadeiramente livre, é causa de si mesmo. É o ser que sempre decide aquilo que é. É o ser que inventou a música de câmara. Mas também é o ser que inventou a câmara de gás. E também é o ser que caminhou para ela, de cabeça erguida, com passo firme, rezando o Pai-nosso.


Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Cecilia Bartoli sings "Domine Deus" from Gloria - Vivaldi

sábado, 26 de setembro de 2009

Visita de Bento XVI a Fátima em Maio de 2010, curto vídeo em espanhol

Bento XVI amanhã em Brno

O meu grande amigo Kiko, aluno do 4º ano de Medicina na Universidade de Brno, amanhã às 07h30 irá com um grupo de colegas e amigos portugueses para o aeroporto desta cidade para saudar o Santo Padre e assistir à Santa Missa que aí se celebrará, rejúbilo de alegria por ele e pelos seus colegas e espero que as palavras de Bento XVI, especialmente dirigidas ao mundo académico, sejam bem acolhidas e que caso as não entendam in loco, leiam-nas mais tarde na internet na Rádio Vaticano, ou, “why not”, neste blogue.

Também sei, que esta malta jovem, e ainda bem que assim é, está a preparar um churrasco para depois da Missa e à noite se juntarão de novo para assistir à noite eleitoral, presumo que via internet, a todos envio um grande abraço e desejo um óptimo Domingo.

JPR

Papa durante a celebração de Vésperas na Catedral de S. Vito de Praga


Vídeo em espanhol

Este sábado concluiu-se junto dos sacerdotes, religiosas, seminaristas e movimentos laicais da Igreja Católica, durante a celebração das primeiras Vésperas do XXVI domingo do tempo comum, na Catedral de S. Vito de Praga.

Depois de ter prestado homenagem ao heroísmo de tantas testemunhas da fé na Republica checa, Bento XVI salientou que somente o amor de Cristo torna eficaz a acção apostólica, sobretudo nos momentos da dificuldade e da provação. Amar Cristo e os irmãos – afirmou – deve ser a característica de cada baptizado e de cada comunidade. Daqui o convite a alimentar o amor de Cristo com a oração e a escuta da Sua Palavra, alimentar-se d’Ele na Eucaristia e a ser, com a sua graça, artífices de unidade e de paz em todos os ambientes.

No seu discurso Bento XVI recordou depois que a sociedade checa traz ainda as feridas causadas pela ideologia ateia e muitas vezes é fascinada pela mentalidade moderna do consumismo hedonista, com uma perigosa crise de valores humanos e religiosos e a deriva de um relativismo ético e cultural alastrador . Neste contexto salientou a urgência de um renovado empenho da parte de todos os componentes eclesiais para reforçar os valores espirituais e morais na vida da sociedade de hoje.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI e a importância do Cristianismo


Vídeo em espanhol

O Papa Bento XVI sublinha o papel do Cristianismo na construção da história da Europa.
“A sensibilidade para a verdade universal, nunca deve ser ofuscada por interesses particulares, por muito importantes que possam ser. Porque isso levaria a criar novos casos de fragmentação social ou discriminação que esses mesmos grupos de interesse ou lobbys dizem querer superar. Com efeito a busca da verdade longe de ameaçar a tolerância das diferenças ou o pluralismo cultural torna o consenso possível e permite manter o debate público lógico, honesto e responsável, assegurando a unidade que noções vagas de integração não conseguem alcançar”, disse.

Palavras que foram escutadas, esta tarde, na cidade de Praga, capital da República Checa por 800 responsáveis políticos e da economia e cultura.

O Sumo Pontífice falou do papel da família e da verdade e deixou alertas.

“A história tem mostrado amplamente que a verdade pode ser traída e manipulada ao serviço de falsas ideologias, opressões e injustiças. Todavia não será que os desafios que a família humana enfrenta são um apelo para olhar para além destes perigos? Afinal não há nada mais desumano e destrutivo do que o cinismo que nega a grandeza da nossa busca da verdade e não há pior do que o relativismo que corrompe os próprios valores que inspiram a construção de um mundo unido e fraterno”, referiu Bento XVI.
É preciso readquirir a confiança capaz de alcançar a verdade e deixar que ela guie o trabalho paciente da política e da diplomacia.


(Fonte: site Rádio Renascença)

Presidente da CEP fala num Papa «diferente dos outros»

Vinda de Bento XVI anima Bispos portugueses

O anúncio da viagem apostólica de Bento XVI a Portugal, agendada para Maio de 2010, foi recebida com grande alegria entre os bispos portugueses. D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), destacou que a viagem do Papa comporta “uma mensagem de verdade, uma verdade que muitos não querem conhecer”.

“Este Papa é diferente de outros, mas é um homem do diálogo" portador de uma "proposta autêntica e coerente”, considerou D. Jorge Ortiga em declarações ao programa ECCLESIA, à margem do encontro dos Bispos e delegados nacionais da Igreja Católica na Europa para a Pastoral Universitária.

O desejo de Bento XVI visitar Portugal foi manifestado logo no início do seu pontificado. A sua concretização é “um dom que o Papa concede ao episcopado, mas um dom que tem de produzir os seus frutos”.

O Presidente da CEP pede que a visita de Bento XVI “não seja vivida unicamente pela emotividade e pelo privilegiar de sensações” mas que a sua presença e a “mensagem que o Santo Padre deverá trazer, seja acolhida pelo povo português em circunstâncias particulares que estamos a viver”.

“Gostaríamos que fosse um apelo para a vivência dos valores”, centra D. Jorge Ortiga.

“A Igreja tem de ter a ousadia de propor valores. O Papa vai dar-nos uma nova força e coragem para apresentar valores à sociedade portuguesa para que cada um, na liberdade, os aceite ou rejeite”, indica.

A alegria expressa pelo Presidente da CEP é também partilhada pela diocese do Porto. D. João Lavrador, bispo auxiliar do Porto afirma que a visita do Papa “nos vem confirmar como irmãos na fé, vem animar toda uma nação com um passado de tradição católica, reavivar as suas raízes e dar um impulso para a Nova Evangelização, que João Paulo II tanto falou e Bento XVI tem vindo a aprofundar nos seus escritos”.

O bispo auxiliar da diocese que se prepara para, em Janeiro, dar início à Missão 2010, espera que a visita de Bento XVI, em Maio, tenha “um grande impacto no nosso país e na nossa Igreja”.

“Que todos os cristãos possam aproveitar a visita apostólica do Santo Padre, para que se sintam confirmados e reconfortados na sua fé com vista a participarem na nova evangelização que o país tanto precisa”.

O programa da viagem apostólica de Bento XVI não está finalizado, mas reconhece-se que a visita será breve. A chegada deverá acontecer no dia 11 de Maio, a Lisboa e a partida no dia 13, com passagem por Fátima, onde o Papa vai presidir às celebrações do 13 de Maio.

Sendo uma estadia curta, D. Jorge Ortiga adianta que será aproveitada ao máximo, “porventura nos dois lugares referidos com uma agenda cheia mas com o respeito pela sua saúde”.

D. João Lavrador não esconde a alegria que seria receber Bento XVI na diocese do Porto, em especial para se inteirar da Missão 2010. “Seria uma grande graça”, mas explica que caberá a D. Manuel Clemente, bispo do Porto, aferir junto do Papa essa possibilidade.

Não podendo deslocar-se a todas as dioceses do país, a diocese de Viseu prepara-se para acompanhar da melhor forma possível a visita de Bento XVI a Portugal.

D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, afirma que centrar a celebração nos dias da viagem “será curto”, por isso, ao longo do ano “vamos encontrar uma oportunidade para o fazer”.

O plano pastoral da diocese de Viseu segue orientações da visita Ad limina, quando em Novembro de 2007, os bispos portugueses se deslocaram ao Vaticano.

Na altura Bento XVI pediu “uma organização nova da Igreja, a formação laical tendo em conta a iniciação cristã e a necessidade de assumir a responsabilidade de se ser cristão, entendendo a Igreja cada vez mais como unidade e não tanto como hierarquia”, recorda D. Ilídio Leandro.

O aprofundamento dos ministérios laicais, tema central do plano pastoral diocesano, “dará uma perspectiva muito boa para conhecer qual o papel de Pedro e do Papa, qual o papel do bispo, do padre e do leigo na comunidade cristã”, explica o bispo de Viseu.


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Bento XVI - “No rosto de cada ser humana, sem distinção de raça e cultura, brilha a imagem de Deus”

Na homilia pronunciada no Santuário do Menino Jesus de Praga – a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, Bento XVI começou por observar que a imagem do Menino “faz pensar no mistério da Incarnação”, “faz-nos sentir a proximidade de Deus e o seu amor”. Dirigindo o seu pensamento a “todas as famílias do mundo, às suas alegrias e dificuldades”, o Papa convidou a “unir a oração à reflexão, invocando o dom da unidade e da concórdia para todas as famílias”.

“Cada ser humano é filho de Deus e portanto nosso irmão, a acolher e valorizar como tal. Possa a nossa sociedade compreender esta realidade. Cada pessoa humana seria então valorizada não pelo que tem mas por aquilo que é, pois no rosto de cada ser humano, sem distinção de raça e cultura, brilha a imagem de Deus”.

Observação que vale antes de mais para as crianças, sublinhou o Papa. Mas se “no Santo Menino de Praga contemplamos a beleza da infância e a predilecção que Jesus Cristo sempre manifestou para com os pequenos”, quantas crianças há que não são amadas nem respeitadas!

“Quantas crianças não são amadas, nem acolhidas nem respeitadas. Quantas são vítimas da violência e de todas as formas de exploração da parte de pessoas sem escrúpulos! Que aos menores possam ser reservados aquele respeito e aquela atenção que lhes são devidos: as crianças são o futuro e a esperança da humanidade”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI coroou o “Menino Jesus de Praga”


A primeira etapa da Viagem Apostólica do Santo Padre levou-o ao Menino Jesus de Praga. Na “Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa”, coroou há poucos minutos a famosa estátua venerada do Menino Jesus, informa a organização de auxílio católica internacional “Ajuda à Igreja que Sofre”. Nesta ocasião, o Papa Bento XVI rezou a seguinte oração:

Ó meu Senhor Jesus,
contemplamos-te menino
e cremos que és o Filho de Deus,
que se fez homem
no seio da Virgem Maria,
por obra do Espírito Santo.
Tal como em Belém,
também nós, com Maria, José,
os anjos e os pastores,
te adoramos e te reconhecemos
como nosso único Salvador.

Fizeste-te pobre
para nos enriqueceres com a tua pobreza.
Concede-nos que nunca esqueçamos os pobres
nem todos quantos sofrem.

Protege as nossas famílias,
abençoa todas as crianças do mundo,
e faz com que o amor que nos trouxeste
possa sempre reinar entre nós
e conduzir-nos a uma vida mais feliz.
Faz, ó Menino Jesus, com que todos
possam reconhecer a verdade do teu nascimento,
para que possam saber
que vieste para trazer
a toda a família humana
luz, alegria e paz.
Tu és Deus e vives e reinas
com o Deus Pai
na unidade do Espírito Santo,
um só Deus, por todos os séculos dos séculos.

Ámen.

A coroação pelo Santo Padre representa a mais alta homenagem que a Igreja católica romana conhece para imagens de Jesus Cristo e da Mãe de Deus. “O gesto do Santo Padre exprime uma profunda verdade. Jesus Cristo já é rei enquanto criança. O Menino Jesus é o único rei capaz de trazer paz ao mundo,” comenta Padre Joaquín Alliende, o presidente da “Ajuda à Igreja que Sofre”.

Diz-se que Santa Teresa de Ávila deu de presente o Menino Jesus de Praga a uma nobre espanhola e que a imagem milagrosa chegou a Praga em 1556, quando a nobre deu a imagem como presente de casamento à sua filha. Desde 1628, a imagem é alojada na Igreja dos carmelitas “Nossa Senhora Vitoriosa” em Praga. Aí, o “Divino Menino” viveu uma história agitada. Na Guerra dos Trinta Anos, foi profanado por soldados protestantes da Saxónia, que lhe quebraram as mãos e o deitaram num monte de entulho atrás do altar e que expulsaram os padres carmelitas. Alguns anos mais tarde, o Padre Cirilo a Matre Dei, um carmelita de Luxemburgo que venerava profundamente o Menino Jesus de Praga, voltou a encontrar a imagem. Diz a lenda que o Menino Jesus lhe pediu encarecidamente que lhe devolvesse as mãos, prometendo-lhe: “Quanto mais me honrarem, mais vos abençoarei!” Na sequência, a veneração do Menino Jesus de Praga voltou a revigorar, espalhando-se pelo mundo inteiro.

Na actualidade, mais de meio milhão de peregrinos por ano visitam a “Igreja de Nossa Senhora Vitoriosa” para pedir consolação e auxílio ao Menino Jesus de Praga e para testemunhar a sua veneração. À imagem milagrosa atribuem-se numerosos milagres e prodígios. O Menino Jesus de Praga, além disso, serviu como fonte de inspiração para o famoso livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI à sua chegada a Praga


Vídeo em espanhol

No discurso pronunciado no aeroporto, Bento XVI evocou o clima de liberdade civil recuperado há vinte anos, com a queda do Muro de Berlim e, neste país, a chamada “revolução de veludo” – restituindo aos países da Europa central e oriental “o justo lugar que lhes toca como actores soberanos no concerto das nações”. O Papa colocou especial ênfase nas raízes cristãs da história e da cultura da nação checa”.

“Se toda a cultura europeia foi profundamente modelada pela herança cristã, isto é especialmente verdade nas terras checas, pois foi através da actividade missionária dos Santos Cirilo e Metódio que a velha língua eslava pela primeira vez tomou forma escrita, no século IX. Apóstolos dos povos eslavos e fundadores da sua cultura, eles são justamente venerados como Padroeiros da Europa”.

Especial lugar ocupou, ao longo da história da Europa, o território checo (Boémia e Morávia), como “encruzilhada de povos, tradições e culturas”:

“Através da história, este território, no coração do continente, encruzilhada entre o norte e o sul, este e oeste, tem sido ponto de encontro para diferentes povos, tradições e culturas. Inegavelmente que isso levou por vezes a fricções, mas a longo prazo manifestou-se como um encontro frutuoso. Daqui a parte significativa desempenhada por estas terras checas na história religiosa, cultural e intelectual da Europa - por vezes como campo de batalha, mas na maioria dos casos como ponte”.

Bento XVI lançou um apelo a todos os checos e outro especialmente à comunidade cristã:

“Agora que se encontra restabelecida a liberdade religiosa, faço apelo a todos os cidadãos desta república para que redescubram as tradições cristãs que modelaram a sua cultura e convido a comunidade cristã a continuar a fazer ouvir a sua voz no momento em que a nação enfrenta os desafios do novo milénio.”

O Papa evocou as palavras que constam na bandeira da presidência da República checa – “a verdade vence” – fazendo votos de “que a luz da verdade continue a guiar esta nação, tão abençoada através da história pelo testemunho de muitos santos e mártires”.

“A verdade do Evangelho é indispensável para uma sociedade próspera, pois abre à esperança e torna-nos capazes de descobrir a nossa inalienável dignidade de filhos de Deus... O autêntico progresso da humanidade é favorecido pela convergência da sabedoria da fé com as luzes da razão. Possa o povo checo beneficiar sempre desta síntese feliz”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

J.S Bach: Concerto for Piano and Orchestra No. 5 in f, BWV 1056 (Glenn Gould)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
3º Sermão sobre o Salmo 36 (a partir da trad. de Solesmes
«Seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de...»
Dá os bens deste mundo e receberás os bens eternos. Dá a terra e receberás o céu. Mas a quem os dar? [...] Escuta o que a Escritura te diz sobre como emprestar ao próprio Senhor: «Quem dá ao pobre empresta ao Senhor» (Pr 19,17). Deus não precisa de ti, seguramente: mas outro precisará. O que deres a um, outro o receberá. Porque o pobre nada tem para te dar; bem o queria, mas nada encontra para dar; nele há apenas essa vigilante vontade de rezar por ti. Mas quando um pobre reza por ti, é como se dissesse a Deus: «Senhor, recebi um empréstimo, sê a minha caução». E então, se o pobre com quem lidas está insolvente, tem um bom fiador, pois Deus diz-te: «Dá em segurança, sou Eu quem responde por ele [...], sou Eu quem dará, sou Eu quem recebe, é a Mim que dás.»

Acreditas que Deus te diz: «Sou Eu quem recebe, é a Mim que dás?» Sim, seguramente, pois Cristo é Deus, e nisto não pode haver dúvida. Porque Ele disse: «Tive fome e destes-Me de comer». E como lhe perguntamos: «Senhor, quando foi que te vimos com fome?», Ele quer mostrar que é de facto o fiador dos pobres, que responde por todos os seus membros [...]. Ele declara-nos: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 35ss).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 27 de Setembro de 2009


São Marcos 9,38-43.45.47-48

Disse-lhe João: «Mestre, vimos alguém expulsar demónios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não nos segue.»
Jesus disse-lhes: «Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim.
Quem não é contra nós é por nós.
Sim, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.»
«E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar.
Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga,
Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena,
E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O humanismo que exclui Deus é um humanismo desumano

A disponibilidade para Deus abre à disponibilidade para os irmãos e para uma vida entendida como tarefa solidária e jubilosa. Pelo contrário, a reclusão ideológica a Deus e o ateísmo da indiferença, que esquecem o Criador e correm o risco de esquecer também os valores humanos, contam-se hoje entre os maiores obstáculos ao desenvolvimento. O humanismo que exclui Deus é um humanismo desumano. Só um humanismo aberto ao Absoluto pode guiar-nos na promoção e realização de formas de vida social e civil — no âmbito das estruturas, das instituições, da cultura, do ethos — preservando-nos do risco de cairmos prisioneiros das modas do momento. É a consciência do Amor indestrutível de Deus que nos sustenta no fadigoso e exaltante compromisso a favor da justiça, do desenvolvimento dos povos, por entre êxitos e fracassos, na busca incessante de ordenamentos rectos para as realidades humanas. O amor de Deus chama-nos a sair daquilo que é limitado e não definitivo, dá-nos coragem de agir continuando a procurar o bem de todos, ainda que não se realize imediatamente e aquilo que conseguimos actuar — nós e as autoridades políticas e os operadores económicos — seja sempre menos de quanto anelamos[158]. Deus dá-nos a força de lutar e sofrer por amor do bem comum, porque Ele é o nosso Tudo, a nossa esperança maior.

[158] Cf. Bento XVI, Carta enc. Spe salvi (30 de Novembro de 2007), 35: AAS 99 (2007), 1013-1014.
Caritas in veritate [78 (b)] – Bento XVI