Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Caritas in veritate


Nova encíclica pode ajudar a definir Bento XVI como um Papa social
Intervenções sobre a pobreza, o sistema financeiro ou a ecologia têm-se multiplicado desde 2005

Nos próximos dias, como revelou o próprio Papa, vai surgir em público a terceira encíclica do pontificado, desta feita centrada especificamente em temas sociais. O enquadramento deste documento no magistério de Bento XVI e no conjunto da Doutrina Social da Igreja ocupa, esta semana, o Dossier apresentado pela Agência ECCLESIA, que aponta alguns dos temas que, à luz das intervenções do Papa, nesta área, serão abordadas na Caritas in veritate.

"Este documento, que tem a data de 29 de Junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, pretende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral na nossa época, à luz da caridade na verdade", disse esta Segunda-feira aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do Angelus.

O Papa indicou que serão retomados os temas tratados na "Populorum Progressio", documento de referência para a Doutrina Social da Igreja, publicado em 1967 por Paulo VI.

Responsáveis do Vaticano já adiantaram que, neste texto, Bento XVI manifestará a necessidade de potencializar um humanismo que concilie o desenvolvimento social e económico com o respeito pelo ser humano, que diminua as diferenças entre ricos e pobres.

Fala-se desta encíclica desde 2007, mas a sua publicação atrasou-se por dois motivos principais: por questões de tradução, já que o texto sairá também em chinês, e devido à recente crise económica internacional.

As outras duas encíclicas de Bento XVI são "Deus caritas est", de 2006, e "Spe salvi", de 2007, centradas nas "virtudes teologais" da caridade e da esperança.

Bento XVI repete a palavra "caridade", abordando desta feita matérias ligadas ao mundo do trabalho, da economia e do desenvolvimento. Num mundo ainda abalado pela crise financeira que fez desmoronar várias das coisas que dava como certas, o Papa apresenta regras para o mundo económico e exigências de solidariedade.

Já em 1985, numa intervenção que viria a ganhar novo sentido à luz dos últimos acontecimentos da vida económica, o então Cardeal Joseph Ratzinger previa a crise no sistema financeiro mundial. Numa conferência intitulada "Market Economy and Ethics", proferida em Roma, a 23 de Novembro de 1985, Joseph Ratzinger disse que o declínio observado ao nível da ética poderia "levar a um colapso das leis do mercado".

Sobre estas temáticas, que levaram a uma revisão do texto, o Papa oferecerá um contributo incontornável para repensar uma economia dominada por paradigmas dominantes que se vieram a revelar um fracasso.

Ética e mercado não estão de costas viradas, para Bento XVI, e vários responsáveis da Igreja têm subscrito a posição de que a actual crise mostra, sobretudo, uma perda de valores. O ser humano não deve ser um escravo das regras de mercado ou, pior ainda, estar submetido à crença de que as leis desse mercado são boas em si mesmas e levam, necessariamente, ao bem, sem depender da moralidade de cada sujeito.

"Os dois pressupostos não estão completamente errados, como demonstram os sucessos da economia de mercado, mas não são aplicáveis sem limites nem justos em absoluto, como parece evidente pelos problemas da economia mundial actual", escrevia o Papa... há 24 anos.

Tal como Peter Koslowski, Bento XVI acredita que a economia não se rege por leis económicas, apenas, mas por homens. A falta de ética nas estruturas económicas teria levado, por isso, à actual situação de crise.

A liberdade económica não é, assim, uma condição suficiente em si mesma para o sucesso. Aliás, na linha da tradição da Igreja, o actual Papa não vê no capitalismo um modelo único para a economia, embora não entenda a actual crise como uma crise de sistema.

Ideologicamente, a Igreja assume-se como equidistante face ao capitalismo e ao marxismo, sistemas que Bento XVI acusa de terem fracassado, de um ponto de vista ideológico, por causa das suas promessas de criar um mundo melhor deixando Deus de lado ou "entre parênteses".


Documento antecipado

Num discurso aos congressistas da Fundação «Centesimus Annus - Pro Pontifice», a 13 de Junho deste ano, o Papa falava desta encíclica, destacando "s situação que vive neste momento a inteira humanidade".

Nesta ocasião, Bento XVI adiantava que "será publicada proximamente a minha Encíclica dedicada precisamente ao vasto tema da economia e do trabalho: nela serão postos em evidência aqueles que para nós, cristãos, são os objectivos que devem ser perseguidos e os valores que devem ser promovidos e defendidos incansavelmente, a fim de realizar uma convivência humana verdadeiramente livre e solidária".

Para Bento XVI, é fundamental perceber quais são os valores e as regras segundo as quais o mundo moderno se deveria "regular para realizar um novo modelo de desenvolvimento, mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitador da dignidade humana".

Tal como João Paulo II, o actual Papa entende que a liberdade no sector da economia deve enquadrar-se "num sólido contexto jurídico que a ponha ao serviço da liberdade humana integral", uma liberdade responsável "cujo centro seja ético e religioso".

"De facto, a crise financeira e económica que atingiu os países industrializados, os emergentes e os que estão em vias de desenvolvimento, mostra de modo evidente como se devem reconsiderar certos paradigmas económico-financeiros que foram predominantes nos últimos anos", apontou.


Avareza e crise

Num encontro com o clero da Diocese de Roma, a 26 de Fevereiro de 2009, Bento XVI considera que a actual crise financeira e económica estava no centro dos "problemas do nosso tempo".

"Eu distinguiria entre dois níveis. O primeiro é o nível da macroeconomia, que depois de realiza e vai até ao último cidadão, o qual sente as consequências de uma construção errada. Naturalmente, denunciar isto é, um dever da Igreja", indicou.

Nesta ocasião, o Papa adiantou que "há muito tempo que preparamos uma Encíclica sobre estes pontos. E no longo caminho vejo como é difícil falar com competência, porque se não for enfrentada com competência uma determinada realidade económica não pode ser credível. E, por outro lado, é preciso falar também com uma grande consciência ética, digamos criada e despertada por uma consciência formada pelo Evangelho".

"Portanto é preciso denunciar estes erros fundamentais que agora são evidenciados pela queda dos grandes bancos americanos, os erros na base. No final, é a avareza humana como pecado ou, como diz a Carta aos Colossenses, avareza como idolatria", apontou.

Segundo Bento XVI, "devemos denunciar esta idolatria que vai contra o verdadeiro Deus e a falsificação da imagem de Deus com outro deus «dinheiro»".

"Devemos fazê-lo com coragem mas também concretamente, pois os grandes moralismos não ajudam se não forem substanciados com conhecimentos da realidade, que ajudam também a compreender o que se pode fazer concretamente para mudar pouco a pouco a situação. E, naturalmente, para o poder fazer, são necessários o conhecimento desta verdade e a boa vontade de todos", acrescentou.

Noutras várias ocasiões, o Papa defendeu que no actual cenário de crise a prioridade deve ir para "os trabalhadores e suas famílias", pedindo um "forte compromisso comum" para fazer face às dificuldades do momento.

Os bancos também não ficaram fora da mira do Papa, para quem é preciso que exista "solidariedade em relação às faixas mais enfraquecidas" da população e "apoio à actividade produtiva".

Bento XVI considera que este é "um tempo de dificuldade para muitas famílias" a que as instituições bancárias e de crédito devem estar atentas.

Como escreveu no início deste ano, o Papa quer que a Igreja aponte para "os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a acção para a construção da paz".

Para guiar a globalização, defende o Papa, é precisa uma "forte solidariedade global entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo as ricas".


Agir moral

Tal como acontecia no magistério de João Paulo II, somos confrontados nas palavras de Bento XVI, eleito em 2005, com repetidas referências à questão do agir moral, da responsabilidade e da liberdade humanas.

No último Sínodo dos Bispos, em Outubro de 2008, o Papa falara a respeito da recente crise financeira internacional, assinalando que a mesma mostra a "futilidade" da corrida ao dinheiro e ao sucesso.

Perante os 253 delegados sinodais, vindos de todo o mundo, Bento XVI indicou que "a Palavra de Deus, mais do que qualquer outra palavra, é o fundamento de tudo, da verdadeira realidade", criticando quem constrói "sobre a areia", ou seja, quem pensa que "a matéria, as coisas sólidas que podemos tocar são a realidade mais segura".

Exemplificando, Bento XVI afirmou que "hoje vemos, com o desmoronamento dos grandes bancos, que o dinheiro desaparece, que não é nada, é uma realidade de «segunda ordem»".

E nem só de dinheiro deverá falar o Papa na sua terceira carta magna, onde devem ter lugar alertas conta os ataques à dignidade humana - uma questão sempre presente -, o terrorismo, questões ecológicas, a globalização e a luta contra a fome, entre outras. A cultura da vida e da paz, tanta vezes presente nos seus pronunciamentos, deve aqui ocupar um lugar privilegiado, face às novas problemáticas sociais e económicas.


A referência Populorum Progressio

Esta nova encíclica era esperada em 2007, nos 40 anos da publicação da grande Encíclica social de Deus Paulo VI, a Populorum progressio. Apesar dos vários motivos que levaram a que seja publicada apenas em 2009, o actual Papa faz questão de sublinhar que a sua carta tem em vista retomar o ensinamento do seu predecessor nas questões sociais.

Num discurso proferido em 2007, Bento XVI defendia que "neste texto, diversas vezes citado nos documentos sucessivos, aquele grande Pontífice já asseverava que «o desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento económico»"
.
Na nova encíclica, espera-se que, como é tradição, o actual Papa passe em revista o ensinamento de quem o antecedeu, com destaque para Paulo VI e João Paulo II, que deram um grande impulso ao que hoje designamos como Doutrina Social da Igreja, desafiando divisões simplistas e redutoras como conservadores e liberais ou direita e esquerda.

Ao falar de Paulo VI, o Papa alemão indicou, há dois anos, que "a atenção às verdadeiras exigências do ser humano, o respeito pela dignidade de cada pessoa e a busca sincera do bem comum são os princípios inspiradores que é bom ter presentes, quando se programa o desenvolvimento de uma nação. Mas infelizmente, isto não acontece".

"A actual sociedade globalizada regista muitas vezes desequilíbrios paradoxais e dramáticos. Com efeito, quando consideramos o forte crescimento das taxas de crescimento económico, quando paramos para analisar as problemáticas ligadas ao progresso moderno, sem excluir a elevada poluição e o consumo irresponsável dos recursos naturais e ambientais, parece evidente que apenas um processo de globalização atento às exigências da solidariedade pode assegurar à humanidade um porvir de autêntico bem-estar e de paz estável para todos", defende Bento XVI.


Desenvolvimento integral

A questão do desenvolvimento tem merecido, da parte de Bento XVI, um olhar muito atento no contexto do fenómeno complexo que é a globalização.

Como ficou claro na Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2009, o Papa defende a necessidade de mudança na acção dos líderes políticos, num mundo que marginaliza milhões de pessoas não por falta de recursos, mas como consequência de fenómenos especulativos que colocam o lucro acima da dignidade humana. Como tem vindo a repetir, Bento XVI acredita que a actual crise pode ser uma oportunidade para reajustar as instituições políticas e económicas, de modo a garantir o acesso universal à alimentação e aos bens essenciais.

No seu histórico discurso na sede da ONU, em Abril de 2008, o Papa colocou na agenda internacional "questões de segurança, objectivos de desenvolvimento, redução das desigualdades locais e globais, protecção do ambiente, dos recursos e do clima", considerando que as mesmas "exigem que todos os responsáveis internacionais ajam conjuntamente e demonstrem uma rapidez no agir em boa fé, no respeito da lei e na promoção da solidariedade em relação às regiões mais débeis do planeta".

Um pensamento especial é sempre deixado para os países da África e de outras partes do mundo que permanecem à margem de um "autêntico progresso integral", e por isso correm o risco de sentir apenas os efeitos negativos da globalização.

A primeira viagem de Bento XVI a África, em Março deste ano, serviu para pedir iniciativas internacionais que favoreçam segurança, estabilidade e desenvolvimento. "É urgente e importante que a comunidade internacional coordene esforços para enfrentar a questão das alterações climáticas e cumpra os compromissos em prol do desenvolvimento, concretizando nomeadamente a promessa, muitas vezes repetida pelos países desenvolvidos, de destinarem 0,7% do seu PIB a ajudas oficiais ao desenvolvimento", declarou, nos Camarões.

Nesse país, entregou aos Bispos um documento com duras críticas às multinacionais que "invadem" África para apropriar-se dos recursos naturais, deixando danos significativos no meio ambiente. As próprias instituições financeiras internacionais foram colocadas em causa pelos efeitos "funestos" dos programas de desenvolvimento impostos a muitos países.

Já na sua primeira encíclica, Bento XVI indicava que "a Igreja não pode nem deve tomar nas suas próprias mãos a batalha política para realizar a sociedade mais justa possível. Não pode nem deve colocar-se no lugar do Estado. Mas também não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça".


Pobreza

Para Bento XVI, combater a pobreza implica "olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projecto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos - indivíduos, povos e nações - regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade". Da assistência social, o Papa parte para a ideia de uma família global, marcada por relações de fraternidade e responsabilidade face a um código ético assumido por todos.

Nesta matéria, Bento XVI está a reforçar uma mudança de fundo na Doutrina Social da Igreja, ao defender a "cooperação nos planos económico e jurídico" em substituição de "políticas marcadamente assistencialistas".

Um exemplo desta mudança é a centralidade ocupada pelos temas económicos na Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2009. O Papa pede "uma correcta lógica económica por parte dos agentes do mercado internacional, uma correcta lógica política por parte dos agentes institucionais e uma correcta lógica participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional".

Bento XVI escreve que "a função objectivamente mais importante do mercado financeiro, que é a de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, parece hoje muito frágil: sofre as consequências negativas de um sistema de transacções financeiras - a nível nacional e global - baseadas sobre uma lógica de brevíssimo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gestão técnica das diversas formas de risco".

O Papa requeria ainda "estímulos para se criarem instituições eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade".


Dossier Octávio Carmo 2009-06-30 12:26:51 19541 Caracteres Bento XVI



(Fonte: site Agência Ecclesia)

Nota: creio falar em nome dos diversos leitores do blogue ao expressar o meu agradecimento à ECCLESIA por esta importante peça. Bem Haja!

S. Josemaría Escrivá nesta data:

Comemoração dos primeiros mártires romanos. “Para seguir os passos de Cristo, o apóstolo de hoje não vem reformar nada, e menos ainda desentender-se da realidade histórica que o rodeia… Basta-lhe actuar como os primeiros cristãos, vivificando o ambiente”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1856 )

Papa para todos os sacerdotes

Quando o Cardeal Joseph Ratzinger foi proclamado Papa, eu me lembro como se fosse hoje da alegria de um padre amigo que estava de pé ao meu lado, na Praça de São Pedro. “Cardeal Ratzinger", disse ele, "era um cardeal-sacerdote”. Isso me proporcionou uma visão surpreendente, que agora me faz sentir aquele momento.

Bento XVI inaugurou o Ano Sacerdotal. É a primeira vez desde que a Congregação para o Clero foi fundada, no Concílio de Trento, que a Igreja dá esse destaque especial aos sacerdotes.

É apenas um dos muitos exemplos do quanto ele valoriza o sacerdócio. Em outros locais, a honra de Bento XVI poder ser vista mais claramente nos seus discursos para Padres e Seminaristas. Frequentemente, em tais ocasiões ele tem falado sobre reafirmar a identidade do sacerdote, sobre ser "humilde, mas um verdadeiro sinal do eterno Sacerdote, que é Jesus."

Mais especificamente, ele tem proferido discursos com palavras firmes de orientação e incentivo, principalmente considerando as pressões e desafios nos dias de hoje. Dirigindo-se ao clero, em Varsóvia, na Polónia, em 25 de Maio de 2006, lembrou-lhes que os fiéis "esperam somente uma coisa: que sejam especialistas na promoção do encontro do homem com Deus. Ao sacerdote não se pede para ser perito em economia, em construção ou em política. Dele espera-se que seja perito em vida espiritual”.

Ele acrescentou: "Diante das tentações do relativismo ou do permissivismo, não é de facto necessário que o sacerdote conheça todas as actuais, mutáveis correntes de pensamento; o que os fiéis esperam dele é que seja testemunha da eterna sabedoria, contida na palavra revelada (…) Cristo precisa de sacerdotes que sejam maduros, vigorosos, capazes de cultivar uma verdadeira paternidade espiritual. Para que isto aconteça, servem a honestidade consigo mesmos, a abertura ao director espiritual e a confiança na divina misericórdia”.

Mas o ponto mais enfatizado por Bento XVI tem sido para que os sacerdotes vivam com o Cristo no centro de suas vidas. Num discurso que fez no ano passado para os jovens e seminaristas no Seminário São José, em Yonkers, Nova Iorque, recomendou insistentemente que eles aprofundem a sua amizade com Jesus, o Bom Pastor, e falem de coração aberto com ele.

“Rejeitai qualquer tentação de exibicionismo, carreirismo ou vaidade”, disse. “Tendei para um estilo de vida caracterizado verdadeiramente pela caridade, castidade e humildade, à imitação de Cristo, o eterno Sumo Sacerdote, do qual vos deveis tornar imagem viva. Recordai-vos que aquilo que conta diante do Senhor é permanecer no seu amor e irradiar o seu amor pelos outros”.

A sua principal preocupação é que os sacerdotes se concentrem na Eucaristia – algo que estava claro desde o seu primeiro discurso como Papa, na Capela Sistina, em Abril de 2005: "O Sacerdócio ministerial nasceu na Última Ceia", disse ele. "Todo o restante, então, deve ser a vida de um sacerdote ‘moldada’ pela Eucaristia".

Quatro anos após o monumental dia quando vimos a eleição de Bento XVI na Praça de São Pedro, eu pedi ao meu amigo padre para me explicar o motivo pelo qual ele descreveu o Papa em sua eleição como sendo um "cardeal-sacerdote". "Ele é primeiro padre e depois uma pessoa importante”.

“Veja como ele se ajoelha diante da Eucaristia”, continuou o sacerdote, que vem da Grã-Bretanha e está colocado numa paróquia italiana. "Um gesto muito poderoso, mas não é realmente um gesto, é uma atitude normal quando você respeita a Eucaristia...”.

O padre concluiu: "ele está obviamente interessado na verdade e quer que outros se interessem também pela verdade, e não apenas nele. Os sacerdotes que não têm vocação para serem burocratas, só se tornam um deles quando são oprimidos e desmoralizados por uma diocese severa que possui “grandes iniciativas” e por alguns bispos que querem uma vida tranquila. Mas ele nunca perdeu de vista a razão pela qual se fez sacerdote, o que funciona e não funciona enquanto sacerdote.


Edward Pentin (escritor residente em Roma]


(Fonte: Zenit em http://www.zenit.org/article-22000?l=portuguese com adaptação de JPR)

Keith Jarrett - Prelude and Fugue in C# - J S Bach

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354 -430) Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja

«Senhor, salva-nos!»

Ó meu Deus, o meu coração é como um vasto mar agitado pelas tempestades: que ele encontre em Ti a paz e o repouso. Tu ordenaste aos ventos e o mar que se acalmassem e, sob a Tua voz, eles apaziguaram-se; vem apaziguar as agitações do meu coração, para que tudo em mim se torne calmo e tranquilo, para que Te possa possuir, Tu, o meu único bem, e Te possa contemplar, suave luz dos meus olhos, sem perturbação nem obscuridade. Ó meu Deus, que a minha alma, liberta dos pensamentos tumultuosos deste mundo, «se esconda à sombra das Vossas asas» (Sl 16, 8). Que encontre junto de Ti um lugar de renovação e de paz; e, repleta de alegria, possa cantar: «Deito-me em paz e logo adormeço, porque só Vós, Senhor, fazeis que eu repouse em segurança» (Sl 4, 9).

Que a minha alma descanse, peço-Te, ó meu Deus, que descanse da lembrança de tudo o que está sob o céu, que desperte unicamente para Ti, como está escrito: «Eu durmo, mas o meu coração vela» (Ct 5, 2). A minha alma só está em paz e em segurança, ó meu Deus, debaixo das asas da Tua protecção (Sl 90, 4). Que ela permaneça eternamente em Ti e que seja abraçada pelo Teu fogo. Que, elevando-se acima de si própria, Te contemple e cante alegremente os Teus louvores. No meio das inquietações que me agitam, que os Teus dons sejam a minha suave consolação, até que eu chegue a Ti, ó verdadeira paz.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 30 de Junho de 2009

São Mateus 8, 23-27

Naquele tempo,
Jesus subiu para o barco
e os discípulos acompanharam-n’O.
Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta
que as ondas cobriam o barco.
Jesus dormia.
Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo:
«Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos».
Disse-lhes Jesus:
«Porque temeis, homens de pouca fé?».
Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar
e fez-se grande bonança.
Os homens ficaram admirados e disseram:
«Quem é este homem,
que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Papa anuncia nova encíclica que entende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral, na nossa época, à luz da caridade na verdade


Ao meio-dia, da janela dos seus aposentos, neste dia que é feriado em Roma, pela festa dos seus padroeiros Pedro e Paulo, Bento XVI recitou a oração mariana do Angelus, com as pessoas congregadas na Praça de São Pedro. Na costumada alocução prévia o Papa quis dirigir antes de mais “uma calorosa saudação especial” à comunidade diocesana de Roma, confiada aos cuidados pastorais do Sucessor do Apóstolo Pedro. Invocando sobre todos a bênção de Deus, por intercessão de São Pedro e São Paulo, exortou os romanos a “permanecerem fiéis à vocação cristã, sem se conformarem com a mentalidade deste mundo, mas deixando-se sempre transformar e renovar pelo Evangelho”.

“Rezo constantemente para que Roma mantenha viva a sua vocação cristã, não só conservando inalterado o seu imenso património espiritual e cultural, mas também para que os seus habitantes possam traduzir a beleza da fé recebida em modos concretos de pensar e de agir, e ofereçam assim a todos os que, por variadas razões, vêm a esta Cidade, uma atmosfera densa de humanidade e de valores evangélicos”.

O Papa aludiu também ao “carácter universal” da solenidade de São Pedro e São Paulo, que (disse) “exprime a unidade e catolicidade da Igreja”, com a entrega aos novos Arcebispos Metropolitas do chamado “Pálio, símbolo de comunhão com o Sucessor de Pedro”. Não faltou também uma saudação à delegação do Patriarcado de Constantinopla, vinda nesta ocasião a Roma, como todos os anos, para participar nesta solenidade de São Pedro e São Paulo. “Que a comum veneração destes Mártires seja penhor de uma comunhão cada vez mais plena e sentida entre os cristãos de todas as partes do mundo” – foi o voto do Papa.

Após a recitação do Angelus, Bento XVI referiu que está próxima a publicação da sua terceira Encíclica , confirmando que esta terá como título “Caritas in veritate” (caridade na verdade).

“Retomando as temáticas sociais contidas na Populorum progressio, escrita pelo Servo de Deus Paulo VI, em 1967, este documento – que tem precisamente a data de hoje, 29 de Junho, solenidade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo – entende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral, na nossa época, à luz da caridade na verdade. Confio à vossa oração este ulterior contributo que a Igreja oferece à humanidade no seu empenho a favor de um progresso sustentável, no pleno respeito da dignidade humana e das reais exigências de todos”.

Esta manhã na Basílica de S. Pedro foram 4 os arcebispos brasileiros que receberam o palio das mãos do Papa que depois da recitação do Angelus do meio dia os quis saudar juntamente com os seus familiares e amigos uma saudação afectuosa para os Arcebispos do Brasil que acabaram de receber o pálio, e também para os familiares e amigos que os acompanham: A Virgem Maria – modelo de escuta e adesão fiel à vontade de Deus – vos tome pela mão e acompanhe o vosso empenho pela unidade da Igreja.


(Fonte: site Radio Vaticana)

“Não basta falar. Os Pastores devem tornar-se modelos do rebanho”



Esta Segunda-feira, dia 29, Solenidade de São Pedro e São Paulo, Bento XVI presidiu na Basílica de São Pedro a celebração Eucarística durante a qual impôs o Pálio a 34 arcebispos metropolitas de todo o mundo. O metropolita preside a uma província eclesiástica constituída por diversas dioceses. A imposição do Pálio teve lugar no altar da confissão da Basílica de São Pedro.

Nesta Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, enviou uma delegação para participar na cerimónia de encerramento do Ano Paulino que se realizou na Basílica de São Paulo fora de muros, na tarde deste domingo.

A delegação também participou na cerimónia, desta manhã na Basílica de São Pedro.

-A figura do Bispo pastor e defensor das almas, que procura ver pessoas e realidades do ponto de vista de Deus, vivendo e testemunhando a Palavra e a fé , procurando aprofundar a razão da esperança: estas as linhas fundamentais da densa homilia de Bento XVI, na Missa desta manhã, partindo da I Carta de São Pedro – “texto riquíssimo, que provem do coração e toca o coração” – disse.

“O que é que nos diz são Pedro (nesta sua primeira Carta) sobre a tarefa do padre, precisamente neste Ano sacerdotal – interrogou-se o Papa. “Antes de mais – fez notar, ele compreende o ministério sacerdotal totalmente a partir de Cristo”. Chama a Cristo o “pastor e defensor… das almas”. A palavra traduzida por “defensor” – advertiu – no texto grego é “episcopos” (bispo), palavra que tem na sua raiz o verbo “ver”, ser vigilante, não no sentido externo, mas um ver do alto, das alturas de Deus, na perspectiva de Deus.

“Cristo é o bispo das almas, diz-nos Pedro. Isso significa: Ele vê na perspectiva de Deus. Olhando a partir de Deus, tem-se uma visão de conjunto, vêem-se os perigos, assim como também as esperanças e possibilidades. Na perspectiva de Deus, vê-se a essência, vê-se o homem interior”.

A palavra “bispo” aproxima-se muito da palavra “pastor” – sublinhou Bento XVI. São dois conceitos intercambiáveis.

“É tarefa do pastor apascentar e defender o rebanho e conduzi-lo às justas pastagens. Apascentar o rebanho quer dizer preocupar-se de que as ovelhas encontrem o alimento justo, seja saciada a sua fome e apagada a sua sede. Aparte a metáfora, isto significa: a palavra de Deus é o nutrimento de que o homem tem necessidade. É tarefa do recto Pastor tornar sempre de novo presente a palavra de Deus e dar assim nutrimento aos homens”.

Ele, o Pastor recto, deve também saber resistir aos inimigos, aos lobos. Deve caminhar à frente, indicar o caminho, manter a unidade do rebanho…

“Não basta falar. Os Pastores devem tornar-se modelos do rebanho. A palavra de Deus, quando é vivida, é passada do passado ao presente. É maravilhoso ver como nos santos a palavra de Deus se torna uma palavra dirigida ao nosso tempo. Em figuras como Francisco e depois de novo no Padre Pio e muitos outros, Cristo torna-se verdadeiramente contemporâneo da sua geração, saiu do passado e entrou no presente. Ser pastor – modelo do rebanho – significa viver agora a palavra, na grande comunidade da santa Igreja”.

O Papa prosseguiu chamando a atenção para outra frase da I Carta de São Pedro, muito comentada na Idade Média e de certo modo redescoberta nos últimos tempos: “Adorai o Senhor, Cristo, nos vossos corações, sempre prontos a responder a quem quer que vos peça a razão da esperança que está em vós”.

“A fé cristã é esperança. Abre o caminho para o futuro. E é uma esperança que possui razoabilidade. É uma esperança cuja razão podemos e devemos expor. A fé provém da Razão eterna que entrou no nosso mundo e nos mostrou o verdadeiro Deus. Vai para além da capacidade própria da nossa razão, assim como o amor vê mais do que a simples inteligência”.

“Mas a fé fala à razão e no confronto dialéctico pode fazer face à razão. Sem a contradizer, vai passo a passo com ela, ao mesmo tempo que conduz para além dela – introduz na Razão maior (superior) de Deus”.

“Como Pastores do nosso tempo, temos a tarefa de compreender, nós próprios antes de mais, a razão da fé. A tarefa de não a deixar permanecer simplesmente como uma tradição, mas de a reconhecer como resposta às nossas perguntas. A fé exige a nossa participação racional, que se aprofunda e se purifica numa partilha de amor. Faz parte dos nossos deveres como Pastores penetrar a fé com o pensamento, para estarmos em condições de mostrar a razão da nossa esperança na disputa de nosso tempo”.

Contudo – advertiu Bento XVI – como falar apenas não basta, também não basta pensar. No segundo capítulo desta Carta, São Pedro alude ao Salmo usado na Igreja primitiva no contexto da comunhão – “Saboreai e vede como é bom o Senhor”:

“Se no Sacramento encontramos o Senhor; se na oração falamos com Ele; se nas decisões do quotidiano aderimos a Cristo – então vemos cada vez mais quanto Ele é bom. Então experimentamos que é bom estar com Ele. É dessa certeza vivida que deriva depois a capacidade de comunicar aos outros a fé, de modo credível. O Cura d’Ars não era um grande pensador. Mas ele saboreava o Senhor. Vivia com Ele nas minúcias do dia a dia e não apenas nas grandes exigências do ministério pastoral. Deste modo se tornou alguém que vê”.

A concluir, Bento XVI comentou ainda uma expressão da Carta de São Pedro: “Purificai as vossas almas com a obediência à verdade”.

“É a obediência à verdade que torna pura a alma. É o conviver com a falsidade que a contamina. A obediência à verdade começa com as pequenas verdades do dia-a-dia, que muitas vezes podem ser árduas e dolorosas. Esta obediência estende-se depois à obediência sem reservas perante a própria Verdade que é Cristo. Esta obediência torna-nos não só puros, mas sobretudo também livres para o serviço a Cristo e assim para a salvação do mundo”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Michael Jackson e a “cultura da morte” que se volta contra o ser humano

O astro superpop Michael Jackson se tornou prisioneiro do sucesso e foi vítima do sistema que o produziu. Emblematiza agudamente a crueldade e a desumanidade da cultura pós-moderna, com furor demoníaco. Em Moonwalker, a personagem autobiográfica ainda criança, com um bando de garotos cantavam agressivos: “eu sou cruel”. Há também um Michael Jackson em fuga, primeiro dos fãs, depois de fantasmas e perseguidores, tendo que vestir uma máscara de burro para se disfarçar e, depois, projetando o burro para fora de si, animando-o e dançando com ele, depois de viajar numa espécie de nave espacial cantando ser um “demónio veloz”. Um clipe terrível, evidenciando a mente conturbada, aterrorizada por ratos e aranhas, e outros seres das trevas, numa confusão de cores e medos, sustos e violências, em meio a canções melancólicas, depressi vas, e cheias de desespero, além de um vazio de sentido de vida, que torna tudo assustador a sua volta.

O menino prodígio que se destacou por uma voz magnífica, deixou-se enredar na teia da indústria cultural e pela tentação do híper-individualismo, que o fez sentir-se capaz de reconstruir o seu próprio corpo, buscando ser o que não era, perdendo o rumo de si num afã megalônomo de poder, que acabou corroído por excentricidades e patologias.

Certamente a sua tragédia existencial assumiu uma proporção tão avultada, mais grave, em tantos aspectos, de outros tristes casos da história recente, especialmente da música pop. Para ser (e se manter) o número um (o sucesso pelo sucesso, tudo pelo pódio), Michael Jackson espoliou a sua própria alma e o seu corpo, viveu uma síndrome de Frankestein, tornando-se um andróide dançante, robotizado, despersonalizado, aberrante, e de estilo de vida suicida. É impressionante a desfiguração sofrida, como anulou sua identidade, não conseguindo mais controle sobre o próprio rosto, em que tudo ia ficando artificial, como um homem-bolha, apartado de todos.

Acometido também pela síndrome de Peter Pan, recusou-se a crescer, a se amadurecer, a envelhecer, preferindo se instalar na “terra do nunca”, cujo infantilismo e exotismo o levaram a transgredir mais ainda, endividando-se cada vez mais para se livrar de escândalos sexuais com garotos, não dando conta de manter suas fantasias milionárias. Notícias foram veiculadas dizendo que dormia em uma câmara hiperbárica, para protelar o envelhecimento, pois tinha obsessão pela juventude.

Uma pergunta intrigante: por que Thriller foi o álbum mais vendido da história, com conteúdo tão aterrorizante? Por que uma música com uma letra tão demoníaca impactou tanto? Uma letra que fala de “algo maligno a espreitar no escuro”, em que é preciso gritar, e que “o terror toma o som antes de você fazê-lo”, um terror (thriller) que congela e paralisa. Uma música com uma estrofe terrível como esta: “porque isso é o terror, noite de terror / e ninguém vai te salvar / da besta pronta para te atacar (...) numa noite assassina de terror.” Pois esta música, com uma letra tão medonha ficou para a história como a música de maior sucesso, a obter um recorde sem precedentes, certificado pelo Guinnes World Records e fazer de Michael Jackson o homem mais conhecido do planeta. O seu fenômeno é um sintoma de um temp o convulsivo, assombrado por uma “cultura da morte”, que se volta contra o ser humano. A sua morte precoce e a reação e histeria dos fãs em todas as partes do globo, comprovam que o mundo está mesmo dominado por ideologias do mal, sustentadas por uma mídia conivente com estas forças, situação esta que requer um contraponto (e mesmo resistência), para que tais ameaças não comprometam de vez a própria civilização.


Prof. Hermes Rodrigues Nery - (Coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté)

Agradecimento: "Infovitae"

S. Pedro e S. Paulo

S. Pedro

Comemoramos hoje o dia dedicado ao príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa da Igreja, São Pedro. Esta festa foi instituída por volta do século IV, antes mesmo de ser definida a data actual da festa do Natal. Ele era um pescador e o seu nome originalmente era Simão, filho de Jonas e irmão de André. Mas Jesus mudou-lhe o nome para Pedro que significa pedra, pois ele seria a rocha forte sobre a qual Jesus edificaria a sua Igreja. Por isso comprovadamente ele foi o primeiro Papa da Igreja Católica Apostólica Romana. Uma parte importante da sua vida está documentada nos Evangelhos e nos Actos do Apóstolos; sobre a sua vida em Roma existem muitas e belas narrativas passadas de geração em geração, algumas delas contadas em diferentes romances inspirados nos primeiros tempos da Igreja.Morreu crucificado como Jesus, mas de cabeça para baixo, pois não se achava digno de morrer de maneira igual ao mestre.

S. Paulo

Judeu, da tribo de Benjamim, originário de Tarso, chamava-se Saulo. Converteu-se ao cristianismo e tornou-se o grande e insuperável missionário, o apóstolo dos gentios. Foi ele quem lançou as bases da evangelização no mundo helénico, fundando numerosas comunidades e percorrendo toda a Ásia Menor, a Grécia e Roma, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo crucificado, morto e ressuscitado pelo poder de Deus. São Paulo foi o primeiro a elaborar uma teologia cristã. Ao lado dos Evangelhos, as suas epístolas são as fontes de todo o pensamento e de toda a vida mística cristã. Isto coloca-o num lugar de destaque entre os maiores pensadores da história do cristianismo. São Paulo era um homem de fortes paixões e de grande poder de liderança e de organização. É a figura mais cosmopolita de toda a Bíblia. Segundo os estudiosos, Paulo era um homem da cidade, e em nenhum lugar de seus escritos mostra qualquer mentalidade ou interesse pela vida rural ou pela vila. Nunca houve conversão mais ruidosa do que a sua, tão pouco houve mais sincera, pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou, de repente, a ser um dos seus mais fervorosos apóstolos.

(Fonte: Evangelgo Quotidiano)

S. Josemaría Escrivá sobre os Apóstolos S. Pedro e S. Paulo

São Pedro e São Paulo, apóstolos. “Venero com todas as minhas forças a Roma de Pedro e de Paulo, banhada pelo sangue dos mártires, centro de onde tantos saíram para propagar por todo o mundo a palavra salvadora de Cristo. Ser romano não implica nenhum particularismo, mas ecumenismo autêntico; supõe o desejo de dilatar o coração, de abri-lo a todos com as ânsias redentoras de Cristo, que a todos procura e a todos acolhe, porque a todos amou primeiro”.

(Fonte http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1855 )

Basílica de S. Pedro

Basílica de S. Paulo Fora de Muros

Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

[…] A Solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo convida-nos, de modo particular, a rezar intensamente e a agir com convicção pela causa da unidade de todos os discípulos de Cristo. O Oriente e o Ocidente cristãos encontram-se muito próximos entre si, e já podem contar com uma comunhão quase completa, como recorda o Concílio Vaticano II, farol que guia os passos do caminho ecuménico. Portanto, os nossos encontros, as visitas periódicas e os diálogos em curso não são simples gestos de cortesia, ou tentativas de alcançar compromissos, mas o sinal de uma comum vontade de fazer o possível para chegarmos quanto antes àquela plena comunhão, implorada por Cristo na sua oração ao Pai, depois da última Ceia: "Ut unum sint".
[…]

Dirijamo-nos agora à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos. Pela sua intercessão materna, o Senhor permita que a Igreja, que está em Roma e no mundo inteiro, permaneça sempre fiel ao Evangelho, para cujo serviço os Santos Pedro e Paulo consagraram a sua própria vida.


Bento XVI – durante o Angelus do dia 29 de Junho de 2007

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e Doutor da Igreja

«Roguei por ti a fim de que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos» (Lc 22, 32)

Cristo Mediador «que não cometeu pecado e cuja boca não proferiu mentira.» (1P 2, 22). Como ousaria eu aproximar-me d'Ele, eu pecador, um grande pecador, cujos pecados são mais numerosos que a areia do mar? Ele é tudo o que há de mais puro e eu de mais impuro. [...] Foi por isso que Deus me deu estes apóstolos, que são homens e pecadores, grande pecadores, que aprenderam por si mesmos e através da sua experiência a que ponto deveriam ser misericordiosos para com os outros. Culpados de grandes faltas, eles perdoarão facilmente os grandes pecados e usarão connosco a medida que serviu para eles (cf. Lc 6, 38).

O apóstolo Pedro cometeu um grande pecado, talvez não haja pecado maior do que aquele. Ele foi tão pronta e facilmente perdoado que nada perdeu do privilégio da sua primazia. E Paulo, que havia desencadeado um furor sem limites contra a Igreja emergente, foi levado para a fé pelo apelo do próprio Filho de Deus. Como paga de tantos males, recebeu tantos bens que se tornou «o instrumento escolhido para levar o nome do Senhor perante os pagãos, os reis e os filhos de Israel» (Act 9,15). [...]

Pedro e Paulo são os nossos mestres: aprenderam plenamente com o único Mestre de todos os homens os caminhos da vida, e ainda hoje no-los ensinam.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Junho de 2009

S. Mateus 16,13-19

Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?»
Eles responderam:
«Uns dizem que é João Baptista;
outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.»
Perguntou-lhes de novo:
«E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu:
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.»
Jesus disse-lhe em resposta:
«És feliz, Simão, filho de Jonas,
porque não foi a carne nem o sangue que to revelou,
mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo:
Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja,
e as portas do Abismo nada poderão contra ela.
Dar-te ei as chaves do Reino do Céu;
tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu
e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»

ou

São João 21, 15-19

Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos
junto ao mar de Tiberíades,
depois de comerem, perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?».
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?».
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?».
Pedro entristeceu-se
por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava
e respondeu-Lhe:
«Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo:
Quando eras mais novo,
tu mesmo te cingias e andavas por onde querias
mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá
e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte
com que Pedro havia de dar glória a Deus.
Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

domingo, 28 de junho de 2009

Bento – XVI – “O homem interior deve reforçar-se”


Esta tarde na Basílica de São Paulo fora de muros Bento XVI presidiu a celebração das Primeiras Vésperas da Solenidade de São Pedro e São Paulo para o encerramento do Ano Paulino. Presente na liturgia uma delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla.No inicio da homilia o Santo Padre revelou que foi efectuado um reconhecimento, o primeiro na historia, do tumulo de Paulo que se encontra sob a Basílica do mesmo nome, aqui em Roma, e que foram encontrados fragmentos de ossos humanos que remontam ao primeiro – segundo século, além de grãos de incenso vermelhos e tecidos de linho. Isto – afirmou o Papa – parece confirmar a unânime e incontestada tradição que se trata dos restos mortais do apóstolo Paulo.

Bento XVI comentando uma passagem da Segunda Carta aos Coríntios,” ainda que em nós se destrua o homem exterior, o interior renova-se diariamente” (4, 16) salientou que o homem interior se deve reforçar. É um imperativo muito apropriado para o nosso tempo em que os homens muitas vezes permanecem interiormente vazios e portanto devem agarrar-se a promessas e narcóticos que depois têm como consequência um ulterior crescimento do sentido de vazio no seu intimo. O vazio interior – a fraqueza do homem interior – é um dos grandes problemas do nosso tempo – acrescentou o Santo Padre. Deve ser reforçada a interioridade - a percepção do coração; a capacidade de ver e compreender o mundo e o homem partindo de dentro, com o coração. Nós precisamos de uma razão iluminada pelo coração, para aprender a agir segundo a verdade na caridade. Isto, contudo - salientou – não se realiza sem uma relação intima com Deus, sem a vida de oração. Precisamos do encontro com Deus, que nos é dado nos Sacramentos. E não podemos falar a Deus na oração, se não deixamos que seja ele mesmo a falar primeiro, se não o escutamos na palavra que nos deu. A este propósito – recordou depois o Papa, Paulo diz-nos: “para que Cristo habite pela fé nos vossos corações, de sorte que, arraigados e fundados na caridade, possais compreender com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo e conhecer a sua caridade que excede toda a ciência”. (Ef 3, 17 ss).

O amor vê mais longe do que a simples razão, é aquilo que Paulo nos diz com estas palavras. E diz-nos uma vez mais que somente na comunhão com todos os santos, isto é na grande comunidade de todos os crentes – e não contra ou sem ela – podemos conhecer a vastidão do mistério de Cristo.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Angelus – “No Ano Sacerdotal serve renovação do clero e uma sua presença mais incisiva no mundo de hoje”


No encontro dominical com os milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus do meio dia Bento XVI anunciou que com a celebração das primeiras Vésperas dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo que presidirá esta tarde na Basílica de São Paulo Fora de Muros, se encerra o Ano Paulino, convocado no bimilenario do nascimento do Apóstolos dos gentios.

“Foi um verdadeiro tempo de graça no qual, mediante as peregrinações, as catequeses, numerosas publicações e varias iniciativas, a figura de São Paulo foi reproposta na Igreja inteira e a sua vibrante mensagem reavivou por todo o lado nas comunidades cristãs, a paixão por Cristo e pelo Evangelho. Portanto, demos graças a Deus pelo Ano Paulino e por todos os dons espirituais que ele nos trouxe.”

O Santo Padre recordou ainda que a divina Providencia dispôs que precisamente há poucos dias, a 19 de Junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, foi inaugurado um outro ano especial, o Ano Sacerdotal, por ocasião dos 150 anos da morte – dies natalis - de João Maria Vianney o Santo Cura d’Ars.

Um ulterior impulso espiritual e pastoral que, - tenho a certeza - não deixará de trazer tantos benefícios para o povo cristão e especialmente para o clero.

Bento XVI salientou depois a finalidade deste Ano Sacerdotal:

“tem como objectivo promover o empenho de renovação interior de todos os padres, para um seu testemunho evangélico mais forte e incisivo, no mundo de hoje. O apóstolo Paulo constitui a propósito, um modelo esplêndido para imitar , não tanto no aspecto concreto da vida – a sua de facto foi verdadeiramente extraordinária – mas no amor por Cristo, no zelo pelo anuncio do Evangelho, na dedicação ás comunidades, na elaboração de sínteses eficazes de teologia pastoral. São Paulo é exemplo de sacerdote totalmente identificado com o seu ministério - como será também o Santo Cura d’Ars – consciente de trazer um tesouro inestimável, isto é a mensagem da salvação, mas de trazê-lo num vaso de barro; portanto ele é forte e humilde, ao mesmo tempo, intimamente persuadido que tudo é mérito de Deus, tudo é sua graça…..o presbítero – salientou o Papa – deve ser inteiramente de Cristo e inteiramente da Igreja, á qual á chamado a dedicar-se com amor indivisível , como um esposo fiei em relação á sua esposa.

Queridos amigos – disse Bento XVI a concluir – com a dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, invoquemos agora a intercessão da Virgem Maria, para que obtenha do Senhor bênçãos abundantes para os sacerdotes durante este Ano Sacerdotal há pouco iniciado.

“Nossa Senhora, que São João Maria Vianey tanto amou e fez amar pelos seus paroquianos, ajude cada sacerdote a reavivar o dom de Deus que se encontra nele em virtude da sua ordenação, de maneira que cresça na santidade e esteja pronto para testemunhar, se necessário até ao martírio, a beleza da sua total e definitiva consagração a Cristo e á Igreja


(Fonte: site Radio Vaticana)

Keith Jarrett toca Variações de Goldberg

Museus do Vaticano inauguram exposição sobre São Paulo

Nos Museus do Vaticano foi inaugurada a exposição «São Paulo no Vaticano». Os visitantes poderão encontrar, até ao dia 27 de Setembro, obras nunca antes expostas.

Do espólio fazem parte 130 obras, 40 volumes raros e 25 achados arqueológicos nunca antes expostos, como um sarcófago em terracota do mártir Timóteo recuperado no túmulo de São Paulo juntamente com um tesouro de 160 moedas.

A exposição integra cinco sarcófagos cristãos provenientes do túmulo de São Paulo expostos agora pela primeira vez, três dos quais foram recentemente recuperados.

A inauguração contou com a presença de D. Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício da Cultura. Na cerimónia foram lidas algumas cartas de São Paulo, pela actriz Giuliana Lojodice, a par de execuções musicais.

No convite para a exposição é reproduzida a mais antiga representação do martírio de São Paulo, que aparece num sarcófago de meados do quarto século. Está previsto para o encerramento da exposição, a exibição do documentário de Luciano Emme, «No caminho para Damasco».


(Fonte: Radio Vaticana)

Sacerdotes do Opus Dei


Vídeo em espanhol

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1937

“Jesus fala e dos seus lábios sai a parábola da vide e dos sarmentos: o sarmento separado da vide seca, e será deitado ao fogo; e o que está unido à vide sofrerá a poda, “ut fructum plus afferas” - para que dês mais fruto”, diz hoje, comentando uma passagem do Evangelho. No dia seguinte acrescenta: “Porque me lamento também de tudo o que me rodeia e me sucede, das pessoas que estão comigo, dos seus modos, das suas fraquezas, das minhas…? Não sucede assim para meu bem?”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1854 )

O Papa à Delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla - “Fomos chamados a uma só esperança”


Vídeo em espanhol

Foi com palavras de grande cordialidade e plena comunhão em Cristo que Bento XVI saudou, neste sábado, no Vaticano, a delegação do Patriarcado ecuménico de Constantinopla, enviada pelo Patriarca Bartolomeu I por ocasião da solenidade de São Pedro e São Paulo.

“Juntos, daremos graças ao Senhor por todos os frutos e benefícios que nos trouxe a celebração dos dois mil anos do nascimento de São Paulo. Celebraremos na concórdia a festa dos santos Pedro e Paulo, os protothroni dos apóstolos, como os invoca a tradição litúrgica ortodoxa, isto é, aqueles que ocupam o primeiro lugar entre os apóstolos e são chamados mestres do ecumene”.

“Com a vossa presença, sinal de fraternidade eclesial, vós nos lembrais o compromisso comum na busca da plena comunhão” – observou o Papa.

“A Igreja católica entende contribuir de todos os modos possíveis para o restabelecimento da plena unidade, correspondendo à vontade de Cristo para os seus discípulos e mantendo na memória o ensinamento de Paulo, que nos recorda que fomos chamados a uma só esperança”.

Bento XVI declarou-se confiante no bom prosseguimento, no próximo mês de Outubro, dos trabalhos da Comissão mista internacional para o diálogo teológico entre ortodoxos e católicos, que enfrentará desta vez “um tema crucial para as relações entre o Oriente e o Ocidente, a saber, o papel do bispo de Roma na comunhão da Igreja ao longo do primeiro milénio”. Um estudo “indispensável para aprofundar de modo global esta questão no actual quadro da busca da plena comunhão”.

“Que os participantes no diálogo católico-ortodoxo saibam que as minhas orações os acompanham e que este diálogo conta com todo o apoio da Igreja católica. De todo o coração desejo que se superem, com amor fraterno, as incompreensões e tensões ocorridas entre os delegados ortodoxos aquando das últimas sessões plenárias desta Comissão, de tal modo que este diálogo seja mais amplamente representativo da ortodoxia”.


(Fonte: Radio Vaticana)

Grassrootsfilms: filmes com valores



A nova produção da empresa norte-americana Grassrootsfilms "The Human Experience" tem forte repercussão em nível mundial e foi recentemente apresentada em Roma.

Esta empresa, fundada em 2001 tem como finalidade, através de suas produções audiovisuais, inspirar as pessoas a olharem a realidade com outra perspectiva, ao manifestar valores positivos.

Jeffrey Azize, protagonista do filme, destaca o que esta produção lhe ofereceu:

"Grassroots films é uma produtora com sede em Brooklyn, NY, que busca produzir filmes com sentido, não necessariamente sempre com significado religioso, mas com significado a favor da vida, que leve ao significado último, que é Deus".

"Aprendi que a família vem em primeiro lugar no mundo, não importa onde esteja, pode estar aqui em Roma, poder ser em NY ou na Califórnia, não importa onde esteja...

"A família foi esquecida no mundo e Human Experience é sobre a família, a fé e a esperança".

www.grassrootsfilms.com/thehumanexperience


(Fonte: H2O News)

sábado, 27 de junho de 2009

A guarda do coração

A guarda do coração. Aquele sacerdote rezava assim: "Jesus, que o meu pobre coração seja horto selado; que o meu pobre coração seja um paraíso onde Tu vivas; que o meu Anjo da Guarda o guarde, com espada de fogo, com que purifique todos os afectos antes de entrarem em mim; Jesus, sela o meu pobre coração com o divino selo da tua Cruz ".

S. Josemaría Escrivá - Forja 412

O coração dos santos e a Igreja - Editorial

Em três dias o Papa rezou diante do coração de dois santos muito populares e queridos à devoção católica moderna: na basílica vaticana ajoelhado diante daquele de João Maria Vianney, o Cura d'Ars falecido há um século e meio e proclamado por Pio XI padroeiro dos párocos, e em peregrinação a San Giovanni Rotondo diante do coração de Padre Pio, o capuchinho estigmatizado do Gargano que deveras reuniu à sua volta uma "clientela mundial", como disse Paulo VI três anos depois da morte do frade.

Se até na empobrecida linguagem comum contemporânea o coração indica o que existe de mais íntimo e profundo na pessoa humana, muito mais significativa é a escolha de Bento XVI de venerar, segundo uma antiga tradição cristã, o coração dos santos. No contexto das celebrações litúrgicas do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem, no início do ano que o Papa quis dedicar aos sacerdotes e no proceder das suas visitas na Itália, ritmadas este ano pelas figuras de três santos como Bento, Pio e Boaventura.

O sentido desta escolha simbólica é claro: é a santidade, nos passos de Cristo, o caminho a percorrer para reformar a fundo, precisamente no coração, a Igreja e cada pessoa humana. No dia de Pentecostes Bento XVI recordou a presença do Espírito: de facto, sem ele a Igreja seria apenas um movimento histórico, não obstante grande, ou uma sólida instituição social, "talvez uma espécie de agência humanitária". E em San Giovanni Rotondo o Papa opôs de novo ao "risco do activismo e da secularização" o caminho seguido por Padre Pio: simplesmente "ouvir Cristo para cumprir a vontade de Deus".

Portanto, abrir o coração a Deus e à sua misericórdia. A exemplo e aqui Bento XVI dirigiu-se em particular aos sacerdotes, mas em sentido mais amplo a cada fiel do Cura d'Ars e de Padre Pio, que compreenderam bem a importância da oração e da confissão na sua vida, testemunhando-as e pondo-as à disposição, sem jamais se cansarem, de quem a eles se dirigia. São estes modelos propostos no ano dedicado aos sacerdotes, em contextos sociais e culturais mudados, nos quais "se pode sentir um certo desencorajamento diante da debilidade e até do abandono da fé" nas sociedades secularizadas e face aos quais é então necessário encontrar "novos canais" para comunicar o anúncio cristão.

Em San Giovanni Rotondo, em paralelo com a lucidez habitual da análise repetida também a propósito de fenómenos como os do desemprego ou do acolhimento dos refugiados, difícil, necessária e que se deve prevenir o Papa colocou uma confiança serena, que lhe é de igual modo habitual. A barca da Igreja, assim como a de cada pessoa humana, no mar da vida e no oceano da história, são de facto impelidas pelo sopro do Espírito, que purifica dos pecados e é mais forte que todos os ventos contrários. Compete a cada um abrir o próprio coração a este sopro invisível e poderoso que governa a Igreja e as vicissitudes humanas.

Giovanni Maria Vian - Director

“A Igreja contribui para o desenvolvimento humano e espiritual das pessoas, mas também para o desenvolvimento do país”


Vídeo em espanhol

“As religiões não constituem perigo algum para a unidade da nação” – sublinhou Bento XVI recebendo, neste sábado de manhã, os 31 membros da Conferência Episcopal do Vietnam, na conclusão da respectiva visita “ad limina Apostolorum”.

O Papa começou por evocar a memória do cardeal Paul Joseph Tung, recentemente falecido, durante tantos anos arcebispo de Hanói, dando graças a Deus pelo “zelo pastoral que desenvolveu com humilde e profundo amor paternal em relação ao seu povo e grande fraternidade com os seus padres”.

“Que o exemplo de santidade, humildade e simplicidade de vida dos grandes pastores do vosso país seja para vós estimulante no vosso ministério episcopal ao serviço do povo vietnamita, ao qual desejaria manifestar a minha profunda estima”.

Recordando depois o “Ano do Sacerdócio” agora iniciado, Bento XVI exprimiu a convicção de que esta iniciativa “permitirá dar a conhecer a grandeza e a beleza do ministério dos padres”.

“Para ser um guia autêntico e conforme ao coração de Deus e ao ensinamento da Igreja, o padre deve aprofundar a sua vida interior e tender à santidade, como o mostrou o humilde cura de Ars “.

O Papa convidou a dar graças a Deus pelo florescer, no Vietnam, de vocações religiosas, nomeadamente femininas, na variedade dos respectivos carismas. E congratulou-se com a atenção que os bispos vietnamitas reservam aos fiéis leigos e à vocação laical no campo da família.

Uma palavra especial reservou-a Bento XVI aos jovens, sobretudo rurais, que imigram para as cidades à busca de um emprego ou para realizarem estudos superiores:

“Seria desejável uma pastoral apropriada para estes jovens migrantes internos, começando por reforçar, também aí, a colaboração entre as dioceses de origem dos jovens e as dioceses de acolhimento, prodigalizando-lhes conselhos éticos e orientações práticas”.

A concluir, referindo as relações Igreja - Estado, o Papa sublinhou que “a Igreja contribui para o desenvolvimento humano e espiritual das pessoas, mas também para o desenvolvimento do país”.

“A participação da Igreja neste processo (de desenvolvimento) é um dever e uma contribuição importante, sobretudo no momento em que o Vietnam se abre gradualmente à comunidade internacional. Uma sã colaboração entre a Igreja e a comunidade internacional é possível. A Igreja convida todos os seus membros a comprometerem-se lealmente na edificação de uma sociedade justa, solidária e equitativa”.


(Fonte: Radio Vaticana)

Nomeado novo Bispo auxiliar de Braga: o Padre Manuel Linda, do clero da Diocese de Lamego

Bento XVI nomeou hoje para bispo auxiliar da diocese de Braga, o Pe. Manuel Linda, reitor do Seminário de Vila Real, Vigário Episcopal para a Cultura e Coordenador da Pastoral da diocese de Vila Real.

Nascido a 15/04/1956 na Freguesia de Paus, Concelho de Resende, Distrito de Viseu, Diocese de Lamego. Frequentou os Seminário Menor (Resende) e Maior (Lamego) da Diocese de Lamego, bem como o Instituto de Ciência Humanas e Teológicas (Porto), já como aluno da Diocese de Vila Real. Recebeu a Ordenação Presbiteral a 10 de Junho de 1981.

Na carta enviada a D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, e à diocese para onde irá exercer o seu múnus episcopal, D. Manuel Linda agradece a confiança depositada nele e "espero não defraudar". Na carta enviada aos bispos de Vila Real - D. Joaquim Gonçalves e D. Amândio Tomás - reconhece que tem "dois amores especialíssimos: um, é a Universidade Católica; o outro, o Seminário de Vila Real".


(Fonte: Radio Vaticana)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena e Doutor da Igreja

«A menina não morreu; está a dormir»

Toda a leitura do evangelho nos é muito proveitosa, quer para a vida presente como para a futura. Mas mais ainda o evangelho deste dia, pois contém a totalidade da nossa esperança e anula todos os motivos de desespero [...]. Um certo chefe da sinagoga conduzia Cristo até junto da filha e dava ao mesmo tempo ocasião a uma hemorroísa de vir a encontrar Jesus [...]. Cristo conhecia o futuro e não ignorava que tal mulher viria ao seu encontro. É ela quem fará o chefe dos judeus compreender que Deus não tem necessidade de Se deslocar, que não é necessário mostrar-Lhe o caminho nem solicitar a Sua presença física. Pelo contrário, é preciso acreditar que Deus está presente em todo o lado, que Ele está aqui com todo o Seu ser e para sempre. É preciso acreditar que Ele tudo pode, sem dificuldade, dando uma simples ordem, e que envia a Sua força sem a transportar ; que com uma palavra anula a morte, sem mexer um só dedo da mão; que dá a vida se assim o decidir, sem recorrer à medicina [...].

Ao chegar à casa e ao ver as pessoas chorar a menina como se fora morta, Cristo quer trazer à fé aqueles corações incrédulos. Sabendo que pensavam ser muito mais fácil fazer sair uma pessoa do sono do que fazer ressucitá-la de entre os mortos, Cristo declara que a menina estava adormecida e não morta.

Verdade é que, para Deus, a morte é um sono. Porque Deus faz um morto regressar à vida em menos tempo que o que levamos a acordar do sono alguém que dorme. [...]. Escutai o que diz o apóstolo Paulo : «Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta final - pois a trombeta soará - os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados» (1Co 15,52) [...]. Aliás, como teria ele podido condensar em palavras a rapidez de um acontecimento em que a força divina excede a própria rapidez? Como poderia o tempo intervir no dom de uma realidade eterna, não submetida ao tempo?


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 28 de Junho de 2009


São Marcos 5, 21-43

Naquele tempo,
depois de Jesus ter atravessado de barco
para a outra margem do lago,
reuniu-se grande multidão à sua volta,
e Ele deteve-se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo.
Ao ver Jesus, caiu a seus pés
e suplicou-Lhe com insistência:
«A minha filha está a morrer.
Vem impor-lhe as mãos,
para que se salve e viva».
Jesus foi com ele,
seguido por grande multidão,
que O apertava de todos os lados.
Ora, certa mulher
que tinha um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de vários médicos
e gastara todos os seus bens,
sem ter obtido qualquer resultado,
antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus,
veio por entre a multidão
e tocou-Lhe por detrás no manto,
dizendo consigo:
«Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada».
No mesmo instante estancou o fluxo de sangue
e sentiu no seu corpo que estava curada da doença.
Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo.
Voltou-Se para a multidão e perguntou:
«Quem tocou nas minhas vestes?»
Os discípulos responderam-Lhe:
«Vês a multidão que Te aperta
e perguntas: ‘Quem Me tocou?’»
Mas Jesus olhou em volta,
para ver quem O tinha tocado.
A mulher, assustada e a tremer,
por saber o que lhe tinha acontecido,
veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade.
Jesus respondeu-lhe:
«Minha filha, a tua fé te salvou».
Ainda Ele falava,
quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga:
«A tua filha morreu.
Porque estás ainda a importunar o Mestre?»
Mas Jesus, ouvindo estas palavras,
disse ao chefe da sinagoga:
«Não temas; basta que tenhas fé».
E não deixou que ninguém O acompanhasse,
a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga,
Jesus encontrou grande alvoroço,
com gente que chorava e gritava.
Ao entrar, perguntou-lhes:
«Porquê todo este alarido e tantas lamentações?
A menina não morreu; está a dormir».
Riram-se d’Ele.
Jesus, depois de os ter mandado sair a todos,
levando consigo apenas o pai da menina
e os que vinham com Ele,
entrou no local onde jazia a menina,
pegou-lhe na mão e disse:
«Talitha Kum»,
que significa: «Menina, Eu te ordeno: levanta-te».
Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar,
pois já tinha doze anos.
Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus recomendou-lhes insistentemente
que ninguém soubesse do caso
e mandou dar de comer à menina.

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1933

Jesus… calado. - Jesus autem tacebat. – Porque falas tu? Para te consolares ou para te desculpares? Cala-te. – Procura alegria nos desprezos; sempre serão menos do que mereces. - Porventura podes tu perguntar: Quid enim mali feci? - que mal fiz eu?”, escreve durante um retiro espiritual.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1853 )

Uma questão de dignidade

A África é o continente que acumula todos os sofrimentos de maneira desproporcionada: pobreza extrema, doenças, analfabetismo, violências, guerras, divisões tribais, pandemias, corrupção política… A lista é muito longa e é escandaloso que ninguém fale disso.
Este é o desabafo do antigo arcebispo da Guiné-Conakry.

Mons. Robert Sarah, actual Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos denunciou recentemente que a “África está a ser explorada injustamente pelos países ricos porque, para obter ajuda do Ocidente, os governos africanos têm de aceitar o aborto, o preservativo, a esterilização feminina e a ideologia do género (que impõe a igualdade dos sexos), associada à pressão política, económica e mediática que impõe um determinado tipo de cultura que desrespeita as culturas e tradições locais”.

Junta-se a esta voz autorizada do bispo, um outro alerta, mais recente ainda, do Comité Internacional da Cruz Vermelha. Se não desviarmos o rumo, mais de 2 milhões e meio de pessoas estão ameaçadas pela fome no Quénia, Etiópia, Somália e Djibouti.

E nós… atascados em abundância e distraídos com as nossas crises… Será que o Ocidente perdeu de vez a sua dignidade?

Aura Miguel
(Fonte: site RR)

Pudor

2521. A pureza exige o pudor. O pudor é parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se à castidade e comprova-lhe a delicadeza. Orienta os olhares e as atitudes em conformidade com a dignidade das pessoas e com a união que existe entre elas.

2522. O pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa e exige que se cumpram as condições do dom e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia. Inspira a escolha do vestuário, mantém o silêncio ou o recato onde se adivinha o perigo duma curiosidade malsã. O pudor é discrição.

2523. Existe um pudor dos sentimentos, tal como existe um pudor corporal. Ele protesta, por exemplo, contra as explorações exibicionistas do corpo humano em certa publicidade, ou contra a solicitação de certos meios de comunicação em ir longe demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.

2524. As formas de que o pudor se reveste variam de cultura para cultura. No entanto, ele continua a ser, em toda a parte, o pressentimento duma dignidade espiritual própria do homem. Nasce com o despertar da consciência pessoal. Ensinar o pudor às crianças e adolescentes é despertá-los para o respeito pela pessoa humana.


(Catecismo da Igreja Católica)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Basílio da Selêucia (?-c. 468), bispo

«Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete»

Vi o Senhor fazer milagres no Evangelho e o meu discurso cauteloso é neles que toma segurança. Vi o centurião prostrar-se aos pés do Senhor; vi as nações enviarem a Cristo as primícias dos seus frutos. A cruz ainda não se ergueu e já os pagãos se precipitam para o Mestre. Ainda não se escutou: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19) e já os povos acorrem. Acorrem antes de serem chamados, ardem de desejo do Senhor. Ainda a pregação não começou e já eles se apressam ao encontro do Pregador. Pedro [...] ainda está a ser ensinado e já eles se reúnem à volta Daquele que lhe dá o ensinamento; a luz de Paulo ainda não refulgiu sob o estandarte de Cristo e já as nações vêm adorar o rei com incenso (Mt 2, 11).

E agora eis que um centurião Lhe diz: «Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente». Aqui está de facto um novo milagre: o servo cujos membros estão paralisados conduz o seu amo ao Senhor; a doença do escravo devolve a saúde ao seu proprietário. Este, buscando a saúde do servo, encontra o Senhor e, enquanto tenta conquistar a saúde do seu escravo, deixa-se conquistar por Cristo.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de Junho de 2009

São Mateus 8, 5-17

Naquele tempo,
ao entrar Jesus em Cafarnaum,
aproximou-se d’Ele um centurião,
que Lhe suplicou, dizendo:
«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico
e sofre horrivelmente».
Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo».
Mas o centurião respondeu-Lhe:
«Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa;
mas diz uma só palavra
e o meu servo ficará curado.
Porque eu, que não passo dum subalterno,
tenho soldados sob as minhas ordens:
digo a um ‘Vai!’ e ele vai; a outro ‘Vem!’ e ele vem;
e ao meu servo ‘Faz isto!’ e ele faz».
Ao ouvi-lo, Jesus ficou admirado
e disse àqueles que O seguiam:
«Em verdade vos digo:
Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé.
Por isso vos digo:
Do Oriente e do Ocidente virão muitos sentar-se à mesa,
com Abraão, Isaac e Jacob, no reino dos Céus,
ao passo que os filhos do reino
serão lançados nas trevas exteriores,
onde haverá choro e ranger de dentes».
Depois Jesus disse ao centurião:
«Vai para casa. Seja feito conforme acreditaste».
E naquela hora, o servo ficou curado.
Quando Jesus entrou na casa de Pedro,
viu que a sogra dele estava de cama com febre.
Tocou-lhe na mão e a febre deixou-a;
ela então levantou-se e começou a servi-los.
Ao cair da tarde, trouxeram-Lhe muitos possessos.
Jesus expulsou os espíritos com uma palavra
e curou todos os doentes.
Assim se cumpria o que o profeta Isaías anunciara, dizendo:
«Tomou sobre si as nossas enfermidades
e suportou as nossas doenças».

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Oração de agradecimento pelo “Apóstolo dos leigos”

Obrigado Senhor, por me teres dado a conhecer os ensinamentos do Teu servo S. Josemaría Escrivá.

Obrigado Senhor, por através dos seus ensinamentos me haveres devolvido a certeza do meu amor por Ti, seja qual for a circunstância e ambiente.

Obrigado Senhor, por através de S. Josemaría me teres ensinado a seguir o seu exemplo e a, de cabeça bem erguida, gritar “Abba, Abba” no meio do mundo que me rodeia.

Obrigado Senhor, por haveres iluminado S. Josemaría a criar o Opus Dei como forma de estar na Igreja tornando-a presente em todos os lugares e local de eleição para a santificação na vida corrente.

Obrigado Senhor, por me haveres ensinado através de S. Josemaría, a confrontar-me e a sentir a necessidade absoluta de acção para além das palavras, que ainda que muito bonitas, por si só não são suficientes para manifestar o amor por Ti e divulgar-Te.

Obrigado Senhor, por continuares a proteger a Obra fundada por S. Josemaría e a fazeres dela instrumento de excelência para uma boa formação digna das Tuas promessas.

Obrigado Senhor, pela Tua jóia Josemaría Escrivá, que na Tua infinita bondade resolveste conceder à Tua Igreja e compartilhar com os seus fiéis.

Obrigado Senhor meu Deus e meu Pai!

(JPR)

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1975

Festa de São Josemaría Escrivá de Balaguer.

Ao dar o meio-dia, morre repentinamente em Roma, depois de ter dirigido um olhar cheio de carinho, pela última vez, a uma imagem da Virgem de Guadalupe que tinha em lugar de honra no quarto de trabalho. Cinco anos antes, durante a sua estada no México, tinha murmurado em frente de um quadro em que a Senhora dá uma rosa a São João Diego: “Assim queria eu morrer: olhando para a Santíssima Virgem, e que ela me desse uma flor”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1852 )

"No esteio de São Paulo" - Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada

Homilia na festa de São Josemaria Escrivá, Fundador do Opus Dei
(Fátima, Basílica de Nossa Senhora, 26 de Junho de 2008)

1. Introdução. Por uma providencial circunstância, a festa de São Josemaria Escrivá ocorre três dias antes da solenidade de São Pedro e São Paulo que, nesta ocasião, dará início ao Ano Paulino, por uma muito feliz iniciativa do Santo Padre Bento XVI.

Antes, contudo, de alinhavar algumas breves considerações sobre esta efeméride e de a relacionar com a vida e missão do santo fundador do Opus Dei, permitam-me que expresse a muita alegria que me vai na alma, por me encontrar neste tão abençoado lugar. Se é sempre com viva emoção que venho a Fátima, apraz-me registar o privilégio que me foi concedido de presidir a esta celebração eucarística, na proximidade dos restos mortais da Irmã Lúcia e dos Beatos Jacinta e Francisco. Aos três videntes, que certamente já gozam da visão de Deus e de Nossa Senhora, peço por todos os que nos acompanham nesta celebração, também por meio da rádio e da televisão, para que nos alcancem a graça de uma autêntica conversão e de uma vida santa.
Não quero deixar de evocar também o venerado e saudoso Senhor D. Alberto Cosme do Amaral, primeiro Bispo de Leiria-Fátima e primeiro sacerdote português do Opus Dei, que também repousa nesta basílica, em sepultura deste altar-mor. Tenho por especial graça de Deus as muitas vezes em que pude ouvi-lo e falar-lhe: o exemplo da sua fidelidade a Deus e do seu terno amor à Mãe do Céu dão razão à minha esperança de que já goza da bem-aventurança celestial. Animado por esta íntima certeza, ouso pedir-lhe que nos obtenha a graça que Deus promete aos seus servos que são bons e fiéis (cfr. Mt 25, 21.23).

2. Uma lição de esperança e de caridade. Antes ainda de São Lucas, no seu segundo livro, nos relatar a conversão de São Paulo (cfr. Act 9, 1-19), noticia o evangelista a presença do futuro apóstolo, no martírio de um dos primeiros diáconos da Igreja. Refere-o pelo nome que usava antes de ser cristão, «Saulo», e indica aproximadamente a sua idade, quando diz que era, na altura, «um jovem». Afirma também que foi a seus pés que depuseram os seus mantos os que delapidaram Santo Estêvão (cfr. Act 7, 58-60).

Não deixa de ser curioso que a primeira menção a um dos maiores santos de toda a história da Igreja seja a da sua participação num crime: o martírio de Estêvão! Um homicídio de que foi, pelo menos, cúmplice, se não mesmo autor. Esta paradoxal referência prova que Deus não faz acepção de pessoas e, portanto, todos os homens são objecto do Seu misericordioso amor.

São Paulo aprendeu bem a lição, pois nunca entendeu o chamamento de que foi alvo como uma distinção que lhe fosse devida ou que ele de algum modo merecesse, mas apenas e só como uma gratuita manifestação da bondade divina: com efeito, «Deus escolheu as coisas vis e desprezíveis segundo o mundo e aquelas que não são nada, para destruir as que são e para que nenhuma criatura se glorie diante d’Ele» (1 Cor 1, 28).

Um tal ensinamento é lição de esperança, mas também uma responsabilidade, pois a ninguém é lícito esconder-se na sua indignidade para recusar a bênção da santidade. É também exigência de caridade: Estêvão, porque sabia que a graça tudo pode, rezou pelos seus assassinos e, decerto, é em parte a esta sua prece e ao sacrifício da sua vida que se deve a conversão de Saulo (cfr. Act 7, 60).

3. Homens de carácter. Há ainda um outro aspecto que merece ser sublinhado. O jovem Saulo, não obstante o seu ódio contra a verdadeira religião (cfr. Act 9, 1), apresenta-se como um homem decidido, um jovem de grande determinação, dotado, em suma, de uma forte personalidade. É certo que, naquela etapa inicial da sua vida, todas essas suas capacidades estavam ainda ao serviço de uma má causa, mais por ignorância do que por malícia, mas é inegável a valia deste substrato humano, que será o fundamento do edifício espiritual que, sem este admirável esteio, porventura não teria condições para se firmar.
Outro tanto, salvando as devidas distâncias, se pode dizer do jovem Josemaria. Nascido no seio de uma família cristã e, por isso, desde pequeno habituado à prática da fé, o santo fundador do Opus Dei foi também, desde a sua infância, uma pessoa de grande personalidade. Esta sua qualidade ser-lhe-ia imprescindível para levar por diante a missão que Deus lhe iria pedir, pois só com muitos sacrifícios se abrem novos caminhos de santidade e de apostolado na Igreja e no mundo.

«O Reino dos Céus sofre uma forte oposição e são os esforçados que o conquistam» (Mt 11, 12). Saulo de Tarso e Josemaria Escrivá souberam sê-lo, sendo fiéis no «bom combate» da fé (cfr. 2 Tm 4, 7), não lutando contra os outros, mas contra as suas paixões, o «homem velho» (cfr. Rm 6, 6) de que se queixava o converso de Damasco, por o reconhecer como o principal inimigo da sua virtude… A realidade dessas suas lutas recorda que a santidade cristã não é susceptível de ser alcançada senão com esforçado empenho.

Vem a talho de foice reproduzir o que, a este propósito, escreveu São Josemaria: «Dizes-me que sim, que queres. - Está bem. Mas queres como um avaro quer ao seu ouro, como uma mãe quer ao seu filho, como um ambicioso quer às honras, ou como um pobrezito sensual, ao seu prazer? – Não? – Então não queres» (Josemaria Escrivá, Caminho, 20ª edição, Ed. Rei dos Livros, Lisboa 2002, pág. 121, nº 316).

4. Uma luz sobrenatural. O mistério da graça de Deus não cabe na compreensão humana: não decorre de nenhuma causa terrena, porque é obra libérrima e gratuita daquela sapiente Vontade que «quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tm 2, 4).
Saulo, quando percorre furiosamente os caminhos de Damasco, não só não experimenta nenhuma atracção pelo ideal cristão, como respira «ameaças e morte contra os discípulos do Senhor» (Act 9, 1). E, contudo, «uma luz fulgurante vinda do Céu» subitamente o envolve e derruba: é Jesus, a quem Saulo persegue, que lhe aparece! (Act 9, 3-5). Assim age Deus na vida dos homens, de forma que não lhes caiba qualquer dúvida quanto à natureza sobrenatural da graça que lhes foi concedida, ao arrepio de tudo o que poderiam humanamente esperar!
Algo semelhante aconteceu também ao jovem Padre Josemaria, naquele já remoto 2 de Outubro de 1928, quando lia e meditava, no seu quarto, alguns apontamentos espirituais. Nesse momento, sem que nada pudesse pressagiar essa graça sobrenatural, «viu» o Opus Dei, não como a conclusão lógica de um seu anseio pastoral, mas como uma empresa exclusivamente de Deus que, por isso, sem jactância, se podia e devia chamar trabalho divino, uma obra de Deus, ou seja, em latim, Opus Dei.

Ante essa realidade, que lhe foi dada ver como algo real e não mera conjectura, São Josemaria sentiu-se sempre como um mero instrumento e, por isso, dizia com sincera humildade, que se considerava fundador sem fundamento. E, aos primeiros homens e mulheres que, seguindo-o a ele, assumiram também esse labor de almas, fez-lhes ver, logo de início, que não era aquela iniciativa apostólica um empreendimento pessoal, mas um manifesto querer divino e, por isso, dever-se-iam sentir responsáveis diante de Deus, que os tinha chamado para esse serviço à Igreja e a todas as almas.

5. Um novo horizonte de apostolado. A evangelização que Saulo promovia entre os gentios, fazendo-lhes saber que também eles eram chamados a fazer parte da Igreja, o novo e definitivo povo de eleição, completava o apostolado de Simão, que pregava preferencialmente aos judeus a realização, em Cristo Nosso Senhor, das profecias messiânicas. Por essa razão e também pelo seu comum martírio na cidade eterna, Pedro e Paulo são co-fundadores da Igreja romana e expoentes da unidade e catolicidade eclesial.

Quando, no dia 2 de Outubro de 1928, o Padre Josemaria Escrivá se apercebeu do que o Senhor
lhe pedia, deu-se também conta de que essa sua missão era, de certo modo, inédita, como o fora, dois mil anos antes, a de Paulo, mas que se inseria perfeitamente na pastoral da Igreja universal. Até então, o chamamento para a santidade estava centrado na consagração religiosa, entendida como principal via de acesso à perfeição da caridade. São Josemaria, por vontade de Deus, abriu esse horizonte de santidade aos cristãos que vivem e trabalham no meio do mundo.

Graças à luz divina que o Senhor fez brotar na mente e no coração daquele jovem sacerdote diocesano de vinte e seis anos, são já inumeráveis os fiéis que aprenderam a santificar-se nas circunstâncias da sua existência secular, seguindo o sempre amável exemplo da Sagrada Família de Nazaré.

Não deixa de ser significativo que o único bem-aventurado a quem foi dado mandar no Filho de Deus, São José, para além de o instruir e sustentar, tenha sido um simples artesão, casado e carpinteiro de profissão (cfr. Lc 2, 51). A mais santa de todas as criaturas humanas, a única que merece o superlativo da perfeição – a Santíssima Virgem Maria – foi, neste mundo, uma mulher que, pelo labor do seu lar e pela sua dedicação ao seu marido e Filho, alcançou a plenitude da graça. E, para que não restasse qualquer dúvida acerca da eficácia divina do fiel cumprimento dos deveres familiares e profissionais, o próprio Messias não desdenhou esses afazeres, em que consumiu a quase totalidade da sua vida terrena.

6. O chamamento universal à santidade. Quando São Paulo pregou aos gentios o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e os admitiu na Igreja, causou a indignação de alguns zelosos fiéis que, por procederem do judaísmo, entendiam que as prescrições da antiga Lei eram também exigíveis aos conversos do paganismo. Graças ao Concílio de Jerusalém, celebrado no ano 50 da era cristã, o Espírito Santo esclareceu definitivamente a Igreja, pela voz autorizada do seu infalível magistério, sobre esta controvérsia, confirmando-se assim o que o profético zelo apostólico do Doutor das Gentes antecipara.

Algo semelhante ocorreu também com a doutrina e a praxe do chamamento universal à santidade. Este ensinamento, embora velho como o Evangelho e como o Evangelho novo, foi entendido por alguns como sendo de duvidosa ortodoxia quando S. Josemaria o propôs aos leigos que dele se aproximavam, com ânsias de uma maior intimidade com Deus e de uma mais activa participação no apostolado da Igreja. Hoje, graças a Deus e ao Concílio Vaticano II, esta mensagem é já conhecida em toda a Igreja e praticada por muitos fiéis, que procuram percorrer este caminho da santificação.

Mas – poder-se-ia questionar – a universal difusão deste chamamento à santidade não faz desnecessária a mensagem de São Josemaria Escrivá? E, tendo a Igreja universal assumido essa competência, que sentido faz então o apostolado que o Opus Dei desenvolve? Não bastam as dioceses e as paróquias para promover a santidade dos fiéis que vivem no meio do mundo? Que necessidade há de novas instituições que promovam o que é, afinal, a missão eclesial em relação aos leigos?!

Na realidade, quer a divulgação deste ensinamento, quer ainda a premente necessidade de atender quantos cristãos tendem à santidade no meio do mundo, não só não questionam a actualidade do apostolado do Opus Dei como fazem ainda mais necessária e urgente esta pastoral específica.

Com efeito, quando Deus suscitou este novo serviço pastoral na sua Igreja, mediante o carisma que concedeu ao seu fundador, não quis apenas recordar um princípio evangélico que tinha sido de algum modo esquecido na prática da vida eclesial, mas dotar a própria Igreja de uma estrutura pastoral capaz de proporcionar os meios necessários para que os leigos pudessem, efectivamente, alcançar a santidade no seu próprio ambiente familiar e social.

Quando este anúncio se fez universal, graças aos ensinamentos do Concílio Vaticano II, a Igreja comprometeu-se de algum modo a oferecer aos leigos um acompanhamento pastoral apto para a efectiva realização do proclamado chamamento à santidade. Pois bem, esse instrumento específico da Igreja universal é, precisamente, a prelatura do Opus Dei. Neste sentido, esta estrutura jurisdicional é, pela sua própria natureza, um serviço que a Igreja universal presta às Igrejas particulares e que se consubstancia numa efectiva catequese de contínua formação espiritual, ascética, doutrinal e apostólica, que capacita os leigos para a integral realização da sua vocação baptismal.

7. Um bem para toda a Igreja. De modo análogo a como a Igreja de Paulo não concorre contra a Igreja de Pedro (cfr. 1 Cor 1, 10-13), também não faz sentido opor as instituições hierárquicas que, como as dioceses e a prelatura do Opus Dei, realizam, cada qual a seu modo, a missão da Igreja. Obviamente, também não faria sentido desprezar outras instituições eclesiais que, como os novos movimentos, também promovem, à sua maneira, o apostolado laical. De algum modo, quer a prelatura do Opus Dei, como estrutura hierárquica de âmbito internacional, quer esses institutos aprovados pela Igreja, enriquecem espiritual e apostolicamente as Igrejas locais que, por meio dos organismos diocesanos e das paróquias, asseguram a cura pastoral ordinária dos fiéis.

A distinção entre esta assistência espiritual comum, que corresponde às paróquias e dioceses, e uma pastoral da santidade laical, que é missão específica da prelatura do Opus Dei, parece encontrar reflexo nos ensinamentos paulinos, quando o apóstolo afirma que Cristo o não enviou a baptizar, mas a pregar o Evangelho (cfr. 1 Cor 1, 17). Com efeito, a administração dos sacramentos compete prioritariamente às entidades hierárquicas territorialmente competentes, mas o ministério da formação dos leigos é uma incumbência que requer agentes pastorais – sacerdotes e leigos – vocacionados para esse trabalho de almas, depois de recebida uma conveniente preparação, no âmbito de uma estrutura jurisdicional especialmente vocacionada para esse fim.

A diversidade de instrumentos não obsta à coesão da Igreja, na mesma medida como – segundo o inspirado ensinamento paulino – os múltiplos órgãos do corpo humano não rivalizam entre si mas, pelo contrário, concorrem para o bem da unidade: «Há, com certeza, diversidade de graças, mas o Espírito é o mesmo; e os ministérios são diversos, mas o Senhor é o mesmo; e as operações são diversas, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é dada a cada um para utilidade comum […]. Do mesmo modo que o corpo é um e tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, embora sejam muitos, são contudo um só corpo, assim também é Cristo. Com efeito, todos fomos baptizados num mesmo Espírito, para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, servos ou livres, e todos temos bebido de um só Espírito» (1 Cor 12, 4-7, 12-13).

8. O bom combate. «Quanto a mim – escreve o velho Paulo a Timóteo – estou já oferecido em libação, e o tempo da minha partida aproxima-se. Combati o bom combate, acabei a minha carreira, guardei a fé. De resto, está-me preparada a coroa da justiça que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; porém, não só a mim, mas também àqueles que esperam com amor a Sua vinda» (2 Tm 4, 6-8). Numa carta anterior, dirigida também ao mesmo colaborador, Saulo de Tarso, tinha-o animado a perseverar na luta cristã até ao fim: «Tal é a recomendação que te faço, meu filho Timóteo, […] a fim de que combatas o bom combate, conservando a fé e a boa consciência» (1 Tm 1, 18-19).

Em termos similares se poderia ter dirigido aos seus filhos espirituais São Josemaria Escrivá, naquele já longínquo 26 de Junho de 1975, em que se concluiu a sua vida terrena. Também ele, depois de uma vida intensa em obras e amores – «porque obras são amores e não boas razões» – podia dizer que tinha combatido o bom combate, conservando a fé. Mais ainda, imitando o Apóstolo das Gentes, espalhou essa centelha divina pelas sete partidas do mundo, incendiando milhares de corações com aquele mesmo lume divino que Nosso Senhor veio trazer à terra (cfr. Lc 12, 49).

Se é verdade que o santo fundador do Opus Dei já terminou a sua carreira, não concluiu contudo a sua missão: no Céu, São Josemaria continua a interceder por todos os que a ele recorrem, para que, seguindo não apenas as suas palavras mas também o exemplo heróico da sua vida, sejam perfeitos como o nosso Pai celestial é perfeito (cfr. Mt 5, 48). A sua vida deve ser para cada um de nós o que foram para ele, ainda adolescente, as pegadas que um religioso descalço deixara sobre a neve: aquele rasto foi o detonador da sua conversão, o início providencial de uma nova e definitiva etapa da sua caminhada para Deus.

9. Conclusão. Porque morreu pobre, como aliás sempre tinha vivido, o fundador do Opus Dei não deixou testamento, mas deixou-nos, por herança, o seu imenso amor a Nossa Senhora.
Dessa sua tão intensa devoção mariana é também testemunha este templo, aonde amiúde peregrinou, com o espírito penitente dos antigos romeiros. S. Josemaria Escrivá é, com efeito, o primeiro peregrino de Fátima que subiu às honras dos altares. Supliquemos-lhe que, juntamente com os pastorinhos, peça por nós a Deus, para que, a vida santa e o empenho apostólico de São Paulo sejam uma realidade na existência de cada um de nós. E, se porventura um tal propósito nos parecer impossível, tenhamos por certo que nunca nos faltará a nossa Mãe do Céu. Nossa Senhora, como aqui prometeu à Lúcia, também a cada um de nós oferece, agora e sempre, a sua maternal intercessão: «Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus» (cfr. P. Fernando Leite, As aparições de Fátima, 14ª ed., Apostolado da Oração, Braga 1989, pág. 10).


Pe. Gonçalo Portocarrero de Alamada

Nota: publicado com autorização prévia do autor