Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 31 de maio de 2009

Igreja da Santíssima Trindade – Fátima – Capela da Reserva Eucarística

Esta curta explicação tem como principal destinatário um jovem que ontem abordou uma das minhas irmãs em Fátima manifestando estranheza por não ver o Sacrário, pois meu caro jovem amigo passo a transcrever o texto explicativo de um desdobrável editado pelo Santuário de Fátima:

“Havendo vários Sacrários neste complexo e prevendo-se que este templo venha a ser muito visitado, não há um Sacrário, uma apenas uma Capela da Sagrada Reserva Eucarística por trás da zona do altar”.

Em 12 de Outubro de 2007 aquando da Dedicação da Igreja, em cerimónia presidida pelo enviado especial do Santo Padre, Cardeal Tarcisio Bertone, houve um momento não visível aos presentes em que este se dirigiu à referida Capela para a consagrar.

Espero que te tenha sido de alguma forma esclarecedor e envio-te um abraço e incentivo-te a manter esse vivo interesse sobre tudo o que não entendas ou não estejas momentaneamente a vislumbrar, faz como Santo Agostinho disse «Creio para compreender e compreendo para crer melhor» (Sermão 43, 7, 9)

(JPR)

Bento XVI - A jovem Maria da Visitação

Vídeo em espanhol

Ao meio-dia, dirigindo-se aos largos milhares de fiéis e turistas congregados na Praça de São Pedro, antes do canto do Regina Coeli, Bento XVI comentou de novo o sentido do Pentecostes.

“O Espírito Santo, que com o Pai e o Filho criou o universo, que guiou a história do povo de Israel e falou por meio dos profetas, que na plenitude dos tempos cooperou na nossa redenção, no Pentecostes desceu sobre a Igreja nascente, tornando-a missionária e enviando-a a anunciar a todos os povos a vitória do amor divino sobre o pecado e sobre a morte”.

“O Espírito Santo é a alma da Igreja. Sem Ele, a que é que se reduziria a Igreja? Seria certamente um grande movimento histórico, uma complexa e sólida instituição social, porventura uma espécie de agência humanitária. E é assim que de facto a concebem os que a consideram fora de uma perspectiva de fé.

Na realidade, porém, na sua autêntica natureza e também na sua mais autêntica presença histórica, a Igreja é incessantemente plasmada e guiada pelo Espírito do seu Senhor. É um corpo vivo, cuja vitalidade é precisamente fruto do invisível Espírito divino”.

O Papa recordou que este ano, caindo a 31 de Maio, a celebração do Pentecostes coincide com “a bela festa mariana da Visitação”. Depois de ter concebido por obra e graça do Espírito Santo, é o mesmo Espírito de amor que a leva a ir em ajuda da prima Isabel.

“A jovem Maria, que leva no seio Jesus e, esquecendo-se de si, acorre em ajuda do próximo, é um estupendo ícone da Igreja, na perene juventude do Espírito, da Igreja missionária do Verbo incarnado, chamada a levá-lo ao mundo e a testemunhá-lo especialmente no serviço da caridade. Invoquemos, portanto, a intercessão de Maria Santíssima, para que obtenha para a Igreja do nosso tempo a graça de ser potentemente reforçada pelo Espírito Santo”.

“Sintam, de modo particular, a presença reconfortante do Paráclito as comunidades eclesiais que sofrem perseguição pelo nome de Cristo, para que, participando nos seus sofrimentos, recebam em abundância o Espírito da glória” – concluiu o Papa.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI na missa de Pentecostes – “O Espírito Santo é o fogo que Jesus veio trazer à terra”

Vídeo em espanhol
Neste domingo de Pentecostes, Bento XVI presidiu, de manhã, na basílica de São Pedro, a uma Missa em que, para além do coro da Capela Sistina, actuou também o Coro da catedral de Colónia e a orquestra de câmara desta cidade alemã, que – com quatro solistas, por ocasião do bicentenário da morte de Joseph Haydn – executaram a última das Missas compostas por este músico alemão.

Comentando, na homilia, o texto dos Actos dos Apóstolos que apresenta a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos sob forma de línguas de fogo, Bento XVI recordou que tal correspondia ao que Jesus tinha anunciado antes, ao dizer “Vim lançar fogo sobre a terra, e quanto desejaria que estivesse já aceso”. Ora – observou o Papa – “o verdadeiro fogo, o Espírito Santo, foi Cristo que o trouxe à terra. Ele não o roubou aos deuses, como fez Prometeu, segundo o mito grego, mas fez-se mediador do dom de Deus obtendo-o para nós com o maior acto de amor da história: a sua morte na cruz”.

“Se queremos que o Pentecostes não se reduza a um simples rito ou a uma comemoração, por muito sugestiva que seja, mas seja isso sim um evento actual de salvação, temos que nos predispor, em religiosa expectativa do dom de Deus, mediante a escuta humilde e silenciosa da Sua Palavra. Para que o Pentecostes se renove no nosso tempo, será porventura necessário (sem nada tirar à liberdade de Deus!) que a Igreja esteja menos ofegante com as actividades, e mais dedicada à oração”.

“Isto mesmo no-lo ensina a Mãe da Igreja, Maria Santíssima, Esposa do Espírito Santo” – sublinhou o Papa. A própria Visitação à sua prima Isabel (que a Igreja recorda neste última dia de Maio) foi também uma espécie de pequeno Pentecostes, que suscitou a alegria e o louvor dos corações de Isabel e de Maria, uma estéril e a outra virgem, ambas mães por intercessão divina. Ocasião para Bento XVI evocar a elevada expressão musical desta Missa.

“A música e o canto que acompanham esta nossa liturgia, ajudam-nos, também eles, a sermos concordes na oração. Exprimo pois vivo reconhecimento ao coro da Catedral e à orquestra de câmara de Colónia. Para esta liturgia, no bicentenário da morte de Joseph Haydn, escolheu-se de facto, muito oportunamente, a sua Harmoniemesse, a última das “Messe” compostas pelo grande músico, uma sublime sinfonia para a glória de Deus”.

Voltando ao texto dos Actos dos Apóstolos, o Papa fez notar que ali se utilizam duas grandes imagens: para além do fogo, a tempestade, vista no mundo antigo como sinal da potência divina. Aqui faz pensar no ar, que distingue o nosso planeta dos outros astros e nos permite viver.

“O que é o ar para a vida biológica, é-o o Espírito Santo para a vida espiritual; e como existe a poluição atmosférico, que envenena o ambiente e os seus seres vivos, assim também existe uma poluição do coração e do espírito, que mortifica e envenena a existência espiritual. Assim como não nos podemos habituar aos venenos do ar – e é por isso que o empenho ecológico representa hoje uma prioridade – o mesmo se deveria fazer no que diz respeito ao espírito”.

Bento XVI referiu “tantos produtos que poluem a mente e o coração… - por exemplo imagens que oferecem em espectáculo o prazer, a violência e o desprezo pelo homem” – e a que as pessoas se habituam facilmente… E contudo “intoxica o espírito, sobretudo das novas gerações, acabando por condicionar a sua liberdade”.

“A metáfora do vento impetuoso de Pentecostes faz pensar como é precioso respirar ar puro, tanto com os pulmões – o ar físico, como com o coração – o ar espiritual, o ar saudável do espírito que é o amor!”.

Voltando à imagem do fogo, o Papa citou de novo “a figura mitológica de Prometeu, que – observou – evoca um aspecto característico do homem moderno”, que tende a afirmar-se a si mesmo como deus e a querer transformar o mundo excluindo-O. As potencialidades colocadas nas mãos do homem de hoje contêm enormes riscos, como o mostra a energia atómica, usada para fins bélicos…

“Nas mãos de um homem assim, o fogo e as suas enormes potencialidades tornam-se perigosos: podem voltar-se contra a vida e contra a própria humanidade, como infelizmente demonstra a história. Permanecem como perene advertência as tragédias de Hiroshima e Nagasaki, onde a energia atómica, usada para fins bélicas, acabou por semear morte em proporções inauditas”.

A verdadeira energia que dinamiza o mundo – sublinhou o Papa – é “o fogo” que Jesus trouxe à terra – o seu Espírito Santo:

“A Sagrada Escritura revela-nos que a energia capaz de mover o mundo não é uma força anónima e cega, mas sim a acção do espírito de Deus que planeava sobre as águas no início da criação. E Jesus Cristo trouxe à terra não a força vital, que já aí habitava, mas o Espírito Santo, isto é o amor de Deus renova a face da terra, purificando-a do mal e libertando-a do domínio da morte. Este fogo – puro, essencial, pessoal, o fogo do amor – desceu sobre os Apóstolos reunidos em oração com Maria no Cenáculo, para fazer da Igreja o prolongamento da obra renovadora de Cristo”.

A concluir, uma última anotação sobre o efeito do Espírito Santo nos discípulos de Jesus: “O Espírito de Deus, onde entra, expulsa o medo; faz-nos conhecer e sentir que estamos nas mãos de uma Omnipotência de amor: aconteça o que acontecer, o seu amor infinito não nos abandona. Demonstram-no o testemunho dos mártires, a coragem dos confessores da fé, o intrépido impulso dos missionários, a franqueza dos pregadores, o exemplo de todos os santos, alguns mesmo adolescentes e crianças. Demonstra-o a própria existência da Igreja que, apesar dos limites e das culpas dos homens, continua a atravessar o oceano da história, impulsionada pelo sopro de Deus e animada pelo seu fogo purificador”.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Haydn: Mass in B flat major "Harmoniemesse"

O Divino Espírito Santo

Conheço algumas pessoas que têm dificuldade em contextualizar o Mistério da Santíssima Trindade, incluindo alguns Sacerdotes, todos eles profundamente crentes, mas que não conseguem verbalizar a sua Fé a este respeito.

Dito isto, peço-vos antecipadamente desculpa pelo meu aventureirismo, sobretudo considerando a minha formação extremamente elementar e sem quaisquer estudos em teologia, ao propor-me compartilhar convosco a minha visão sobre a Santíssima Trindade e o Divino Espírito Santo em particular.

É-nos fácil entender que o Pai na Sua infinita bondade e para nossa salvação e melhor compreensão nos tenha enviado o Seu Filho, que na essência é Ele próprio feito homem, e que ao assumir a condição de humana, além da Divina que Lhe é inerente, nos permite na nossa simplicidade terrena ter uma forma de O “visualizar”.

Poder beijá-Lo no Presépio, colocá-Lo na palma da mão ou dar-Lhe colo, poder abraçá-Lo na Cruz, beijá-Lo, enfim, assumi-Lo como nosso Pai, Irmão, Mestre, Redentor, Salvador e Amor da nossa vida, dá-nos uma alegria física imediata pois vemo-Lo na representação em imagem ou ícone.

Ora, o Pai através de Jesus Cristo, Seu amadíssimo Filho, foi ainda mais bondoso ao anunciar-nos que nos enviaria o Seu Espírito. É certo que O não vemos, mas com profundo sentido de Fé sentimo-Lo permanentemente no nosso coração, nos mais pequenos actos da nossa vida, quando dizemos ao próximo que o amamos ou nos preocupamos com ele, é o Espírito Santo que está a actuar nosso coração e discernimento. Quando beijamos a Virgem Santíssima ou lhe fazemos uma pequena jaculatória, é o Espírito Santo, que amável e bondosamente nos guia, ou seja, não há momento algum da nossa vida em que Ele não esteja presente, mesmo quando pecamos Ele está dentro de nós, nós é que empedernidos e cedendo às tentações das trevas, Lhe fechamos a porta e tapamos os ouvidos. Mas também é Ele, que sempre misericordioso nos ajuda a arrepender e a confessar os nossos pecados, às vezes, se calhar demasiadas vezes, demoramos tempo a ouvi-Lo, mas a Sua bondade e paciência são inesgotáveis.

Reparem na alegria que sentimos, cada vez que no exame de consciência, nos apercebemos de algo que não havíamos descortinado anteriormente, mas que é merecedor do nosso arrependimento, pois é Deus Pai, conjuntamente com Deus Filho e Deus Espírito Santo, que são um só Deus que na forma deste último, actua sobre nós e nos encaminha.

Hoje, dia de Pentecostes, roguemos ao Senhor que o Divino Espírito Santo nos encha ainda mais com o seu amor e nos ensine a ser bons apóstolos, dignos das promessas de Cristo e bons exemplos de cristãos, a fim de que através das nossas acções possamos ser catalisadores e ajudemos ao despertar e à conversão dos que d’Ele andam arredados.


(JPR)

S. Josemaría Escrivá nesta data:


Visitação da Santíssima Virgem. Assim comenta este mistério do Rosário: “Caminhamos apressadamente em direcção às montanhas, até uma aldeia da tribo de Judá (Luc., I, 39). Chegamos. – É a casa onde vai nascer João Baptista. – Isabel aclama, agradecida, a Mãe do Redentor: Bendita és tu entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! – A que devo eu tamanho bem, que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor? (Luc., I, 42 e 43). O Baptista, ainda por nascer, estremece… (Luc., I, 41). A humildade de Maria derrama-se no Magnificat… - E tu e eu, que somos – que éramos – uns soberbos, prometemos ser humildes”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1681 )

Procura-se



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"Nós não temos necessidade alguma de políticos católicos, temos é que nos livrar deles, e o mais depressa possível. O que precisamos, isso sim é de Católicos fiéis que sejam políticos, e urgentemente. O Católico não é adjectivo, é substantivo, o político é que adjectiva o católico. O Católico está primeiro, é a base, a substância, o fundamento, a identidade que depois se desdobra coerentemente na política."


Pe. Nuno Serras Pereira

Spiritus Domini

Pentecostes

















Giotto

Veni Creator Spiritus

Maio mês de Maria - Ave Maria

sábado, 30 de maio de 2009

A primazia de Cristo – Editorial do Director

Bento XVI voltou a Montecassino, onde tinha ido tantas vezes antes da eleição à Sé de Pedro, para repetir que nada se deve antepor ao amor de Cristo: nihil amori Christi praeponere, segundo a bela e essencial expressão da Regra beneditina que o novo Papa recordou para explicar a escolha do nome assumido como Romano Pontífice. Um nome bem-ditoso e pacífico que há mais de noventa anos não era usado nas sucessões papais, e que desta forma era explicado sobretudo em referência à primazia absoluta de Cristo. Esta primazia não é um conceito abstracto nem sequer uma ideologia, mas a consequência de um encontro como afirma o Papa na sua primeira encíclica na vida quotidiana do cristão. De Joseph Ratzinger, como na de todos os fiéis, segundo um "programa" declarado com clareza no início do seu pontificado: isto é, o "de não fazer a minha vontade, de não perseguir as minhas ideias, mas de me pôr à escuta, com toda a Igreja, da Palavra e da vontade do Senhor e deixar-me guiar por Ele". Através da busca de Deus, aquele quarere Deum ensinado pelo pai do monaquismo ocidental e que Bento XVI em Paris, no memorável discurso pronunciado no Collège des Bernardins, indicou como origem da cultura maturada no continente europeu.

O programa beneditino de nada antepor a Cristo realiza-se todos os dias com gestos concretos. E neste ritmo do dia repetiu o Papa a vida monástica tem um valor exemplar para cada fiel, seja homem ou mulher. Antes de tudo, no espaço reservado à oração, "caminho silencioso" que conduz a Deus, e portanto autêntico "respiro da alma".

Depois vem o trabalho, realidade sempre difícil e que neste tempo de crise mundial com frequência se reveste de preocupação e de angústia para indivíduos e famílias, enlaçando-se com a questão da imigração. E ainda, a cultura, que não diz respeito a âmbitos circunscritos, mas significa também e sobretudo educação das novas gerações e responsabilidade em relação a elas. Estes são temas que preocupam os bispos italianos e que não por acaso estão presentes hoje nas palavras do cardeal presidente da conferência episcopal.

Voltar a Montecassino foi assim para Bento XVI uma nova ocasião para recordar a atenção sobre as prioridades da vida. E para invocar mais uma vez a paz aliás, o dom da paz e o compromisso para a realizar de um lugar pacífico e de civilização que foi inutilmente destruído pela barbárie da guerra moderna, aquela assustadora tragédia na qual a Europa começou a afundar há setenta anos.

Também por isto Paulo vi, precisamente de Montecassino, proclamou São Bento padroeiro do velho continente, resumindo na cruz, no arado e no livro a obra secular dos seus monges. Para ressaltar a responsabilidade dos cristãos que visivelmente devem testemunhar a profundidade e a eficácia das suas raízes. Também na Europa, no contexto global e na busca racional do bem comum.


Giovanni Maria Vian

O Papa num gesto de profunda, mas não surpreendente humildade

Vídeo em espanhol


Bento XVI dirigindo-se hoje às crianças da Obra Missionária referindo-se à sua eleição pelo Conclave, “Não entendi como Deus me escolheu a mim, mas aceito-o embora me pareça ser algo que vai muito para além das minhas forças, mas também sei que o Senhor me ajuda”


(Fonte: “Corriere della será” online em http://www.corriere.it/esteri/09_maggio_30/papa_dio_ha_scelto_me_35ac1656-4d07-11de-82fb-00144f02aabc.shtml com tradução de JPR)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Bruno de Segni (c. 1045-1123), bispo

Do Pentecosts judaico ao Pentecostes cristão

O Monte Sinai é o símbolo do Monte Sião. [...] Reparai até que ponto as duas alianças se ecoam uma à outra, com que harmonia a festa de Pentecostes é celebrada em cada uma delas. [...] O Senhor desceu ao Monte Sião no mesmo dia e de maneira muito semelhante a como tinha descido ao Monte Sinai. [...]

Escreve Lucas: «Subitamente ressoou, vindo do céu, um som comparável ao de forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então aparecer umas línguas à maneira de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles» (Act 2, 2-3). [...] Sim, tanto num como noutro monte se ouve um ruído violento e se vê um fogo. No Sinai, foi uma nuvem espessa, no Sião o esplendor de uma luz muito forte. No primeiro caso, tratava-se de «imagem e sombra» (Heb 8, 5), no segundo caso da realidade verdadeira. No passado, ouviu-se o trovão, hoje discernem-se as vozes dos apóstolos. De um lado, o brilho dos relâmpagos; do outro, prodígios por todo o lado. [...]

«Moisés mandou sair o povo do acampamento, para ir ao encontro de Deus, e pararam junto do monte» (Ex 19, 17). E, nos Actos dos Apóstolos, lemos que «ao ouvir aquele som poderoso, a multidão reuniu-se e ficou estupefacta» (v. 6). [...] O povo de toda a Jerusalém reuniu-se aos pés da montanha de Sião, ou seja, no lugar onde Sião, a imagem da Santa Igreja, começou a ser edificado, a colocar os seus fundamentos. [...]

«Todo o Monte Sinai fumegava, porque o Senhor havia descido sobre ele no meio de chamas», diz o Êxodo (v. 18). [...] Como poderiam deixar de arder aqueles que tinham sido abrasados pelo fogo do Espírito Santo? Assim como o fumo assinala a presença do fogo, assim também, pela segurança dos seus discursos e pela diversidade das línguas que falavam, o fogo do Espírito Santo manifestou a Sua presença no coração dos apóstolos. Felizes os corações que estão cheios deste fogo! Felizes os homens que ardem com este calor! «Todo o monte estremecia violentamente. Os sons da trombeta repercutiam-se cada vez mais» (vv. 18-19). [...] Assim também a voz dos apóstolos e a sua pregação se tornaram cada vez mais fortes, fazendo-se ouvir cada vez mais longe, até que «por toda a terra caminha o seu eco, até aos confins do universo a sua palavra» (Sl 18, 5).


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho de Domingo dia 31 de Maio de 2009 - Pentecostes


São João, 26-27; 16, 12-15

«Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, e que Eu vos hei-de enviar da parte do Pai, Ele dará testemunho a meu favor.

E vós também haveis de dar testemunho, porque estais comigo desde o princípio.» «Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender por agora. Quando Ele vier, o Espírito da Verdade, há-de guiar-vos para a Verdade completa. Ele não falará por si próprio, mas há-de dar-vos a conhecer quanto ouvir e anunciar-vos o que há-de vir.

Ele há-de manifestar a minha glória, porque receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer. Tudo o que o Pai tem é meu; por isso é que Eu disse: 'Receberá do que é meu e vo-lo dará a conhecer'.»

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1974

“Temos de sentir desejos de que o Amor seja amado, e temos de agradecer-lhe que se nos tenha dado, porque por aí não lho agradecem, e nós – tu e eu – não o agradeceremos bastante. Cortai as rosas do caminho – essas rosas que também têm espinhos –, e levai-as ao Senhor: fora a sensualidade – que corta as asas do amor –, fora o egoísmo, fora o comodismo…!”, comenta em 1974.Cheios do Espírito Santo, como bêbados estavam os Apóstolos (Act., II, 13). (…) Tu e eu, depois de ajudarmos os Apóstolos na administração dos baptismos, louvamos a Deus Pai por seu Filho, Jesus, e sentimo-nos também ébrios do Espírito Santo”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1680 )

Quénia - Aluno nonagenário baptiza-se depois de ler a Bíblia

Um bisavô queniano de 90 anos, que é o mais velho aluno primário do mundo, pediu para ser baptizado depois de ter lido pela primeira vez a Bíblia.

Mal aprendeu a ler, o ancião começou a estudar a Bíblia, com a ajuda do padre local e converteu-se à religião cristã. No passado fim-de-semana foi baptizado na Igreja Católica, tendo passado todas as provas de catequese a que os catecúmenos são sujeitos.

Kimani Ng’ang’a Maruge entrou para o Guinness por ser a pessoa mais velha a matricular-se numa escola primária, aos 84 anos, aproveitando o facto de o Governo ter tornado gratuito o acesso ao ensino primário. Foi, durante alguns anos, colega de turma de dois dos seus 30 bisnetos.

“Dedico a minha vida a Deus, a partir de agora e até ao fim”, afirmou Kimani. O queniano adoptou ainda o nome Estêvão, o primeiro mártir cristão: “É um nome daqueles que enfrentaram dificuldades, como eu”, afirmou este homem que continuou os seus estudos apesar de ter tido que ir para um campo de refugiados em 2008.

Kimani, ou Estêvão, chamou a atenção do mundo pela sua escolha de começar os estudos tão tarde na vida. Em 2005 foi para Nova Iorque falar numa cimeira das Nações Unidas sobre a importância do ensino gratuito, e a sua história está a ser adaptada ao cinema.


FA/Zenit


(Fonte: site RR)

Bento XVI – “A actual crise pode transformar-se em catástrofe humana”


Vídeo em espanhol

“Esta crise pode transformar-se em catástrofe humana para os habitantes de numerosos países frágeis” – advertiu Bento XVI, recebendo nesta sexta-feira, em audiência conjunta, oito novos Embaixadores junto da Santa Sé, de diversos continentes: da África – Benim, República Sul-africana, Burkina Faso e Namíbia; da Ásia – Índia e Mongólia; da Europa – Noruega; e da Oceânia – Nova Zelândia. O Santo Padre recordou também a importância de uma abertura recíproca entre as religiões e as sociedades, a bem da paz e de um futuro positivo para a humanidade.

Começando por recordar “o compromisso ao serviço da paz e o fortalecimento de relações fraternas entre as nações” que se encontra bem no centro da missão dos diplomatas, o Papa observou que, “na crise social e económica que o mundo conhece, é urgente tomar uma consciência renovada de que há que promover, de modo eficaz, um combate para estabelecer uma paz autêntica, visando construir um mundo mais justo e mais próspero para todos”. As injustiças entre as nações ou no interior delas, assim como os processos que contribuem para suscitar divisões entre os povos ou marginalizá-los – advertiu o Papa – constituem perigosos atentados contra a paz, criando sérios riscos de conflito”.

“Uma das vias mestras para construir a paz é uma mundialização que tenha como objectivos os interesses da grande família humana. Contudo, para gerir desse modo a mundialização, é preciso uma forte solidariedade global entre países ricos e países pobres, assim como no seio de cada país, mesmo se é rico. Não se pode construir a paz sem procurar corajosamente eliminar as disparidades geradas por sistemas injustos, a fim de assegurar a todos um nível de vida que permita uma existência digna e próspera”.

Estas disparidades têm-se vindo a tornar ainda mais acentuadas em razão da actual crise económica e financeira – fez notar o Papa, que referiu expressamente algumas das suas manifestações, que constituem outras tantas causas de agravamento da situação já débil de tantos países pobres:

“… o refluxo dos investimentos estrangeiros, a queda da procura de matérias primas e a tendência à diminuição da ajuda internacional. A isso se junta a regressão do envio de fundos às famílias que ficaram na terra, da parte dos trabalhadores emigrados, vítimas da recessão que afecta também os países que os acolhem. Esta crise pode-se transformar numa catástrofe humana para os habitantes de numerosos países frágeis”.

Bento XVI recordou que o aumento da pobreza tem consequências graves, eventualmente irreversíveis para as pessoas, a começar pelas crianças. E gera por vezes situações de desespero, acompanhadas de actos individuais ou colectivos de violência que podem desestabilizar as sociedades. Daqui um apelo:

“Faço apelo a um suplemento de fraternidade e solidariedade, e a uma generosidade global realmente vivida. Esta partilha exige aos países desenvolvidos que reencontrem o sentido da medida e da sobriedade, na economia e no modo de viver”.

A concluir o seu discurso aos oito novos Embaixadores, Bento XVI deteve-se sobre “novas formas de violência” que se têm manifestado nos últimos anos, apoiando-se, “infelizmente, sobre o Nome de Deus” para pretender “justificar essas práticas perigosas”. Este fenómeno tem por vezes levado a considerar as religiões como uma ameaça para as sociedades. Atacaram-se e desacreditaram-se assim as religiões, consideradas como não sendo factores de paz. Neste contexto, o Papa considera que “os responsáveis religiosos têm o dever de acompanhar os crentes e de os esclarecer para que possam progredir em santidade e interpretar na verdade as palavras divinas. Estabelecer-se-á assim uma correcta abertura e relação entre religião e sociedade:

“Há que favorecer o emergir de um mundo onde as religiões e as sociedades se possam abrir umas às outras, e isso graças à abertura que praticam no seu seio e entre si. Dar-se-ia assim um autêntico testemunho de vida. E criar-se-ia um espaço que tornaria o diálogo positivo e necessário.

Dando ao mundo o seu próprio contributo, a Igreja católica deseja testemunhar uma visão positiva do futuro da humanidade. Estou convencido da função insubstituível da religião para a formação das consciências e da contribuição que ela pode dar, juntamente com outras instâncias, para a criação de um consenso ético fundamental, na sociedade”.

Para além deste discurso geral aos novos Embaixadores, o Santo Padre entregou a cada um deles uma sua outra intervenção, apropriada à situação dos diversos países.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Maio mês de Maria - Ave Maria

O Evangelho do dia 30 de Maio de 2009

São João 21, 20-25

Naquele tempo,
Pedro, ao voltar-se,
viu que o seguia o discípulo predilecto de Jesus,
aquele que, na Ceia, se tinha reclinado sobre o seu peito
e Lhe tinha perguntado:
«Senhor, quem é que Te vai entregar?»
Ao vê-lo, Pedro disse a Jesus:
«Senhor, que será deste?»
Jesus respondeu-lhe:
«Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha,
que te importa? Tu, segue-Me».
Divulgou-se então entre os irmãos o boato
de que aquele discípulo não morreria.
Jesus, porém, não disse a Pedro que ele não morreria,
mas sim: «Se Eu quiser que ele fique até que Eu venha,
que te importa?»
É este o discípulo que dá testemunho destes factos
e foi quem os escreveu;
e nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Jesus realizou muitas outras coisas.
Se elas fossem escritas uma a uma,
penso que nem caberiam no mundo inteiro
os livros que era preciso escrever.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Pentecostes

No outro dia, a Superiora de uma ordem contemplativa, despediu-se de mim desejando-me “Tenha um bom Pentecostes!”

Agradeci e fiquei a pensar que nunca tinha desejado a ninguém semelhante coisa. “Bom Natal” e “Boa Páscoa” é óbvio o que significam, mas… “Bom Pentecostes”!?

Não tenho dúvidas que aquela monja contemplativa – que há vários anos vive mergulhada nos grandes mistérios de Deus - me tinha desejado uma coisa boa. Por isso, provocada pelas suas palavras, e como o Pentecostes é já depois de amanhã, procurei uma velha pagela com esta oração de São Tomás de Aquino:

“Espírito Santo, amor nascido do Pai e do Filho, inspirai-me sempre o que devo pensar; o que devo dizer; como o devo dizer; o que devo calar; o que devo escrever; o que devo fazer; como devo agir, para alcançar a Vossa glória, a salvação das almas e a minha própria santificação”.

De facto, desejar a alguém que se viva assim, é o melhor que se pode desejar… Por isso: Bom Pentecostes para todos!

Aura Miguel


(Fonte: site RR)

Aborto selectivo na dita desenvolvida Suécia

Desculpem, mas é escrito a quente e com enorme indignação, mas acabo de ler no jornal “Avvenire”, órgão oficial da CEI – Conferência Episcopal Italiana, ver em http://www.avvenire.it/Mondo/svezia+eugenetica_200905280926562730000.htm que as autoridades suecas autorizaram uma “mãe” a abortar pelo simples facto de a ecografia ter revelado tratar-se de uma menina e ser desejado um rapaz. Reparem, não me estou a referir à China, aonde tanto quanto sei esta prática é comum, isto passou-se na Suécia!!!!

O aborto na Suécia é “uma conquista social” desde 1938 e hoje as estatísticas revelam que 25% das gravidezes terminam em aborto.

Uma vergonha horrorosa, que bem precisa das nossas orações à Nossa Mãe e ao Divino Espírito Santo para que iluminem estas mentes perversas.


(JPR)

Advertido por Deus

1. Em virtude daquela loucura infinita que só o Amor e a Misericórdia que Deus é podem explicar fui Ordenado sacerdote no dia de Santa Maria Goretti, 6 de Julho de 1986. Não foi por acaso que na pagela que fiz distribuir, segundo um costume antigo, citei o Salmo 115 (116): “Como agradecerei ao Senhor tudo quanto fez por mim? Elevarei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor”. Totalmente incapaz de retribuir em gratidão os milagres que Ele operou em mim só podia incorporar-me naquela acção de graças que é o Sacrifício Eucarístico de modo que agindo na Pessoa do próprio Jesus Cristo fosse Ele mesmo a minha Gratidão, só assim condigna. O Cálice da Salvação é o Sangue de Cristo Ressuscitado e Glorioso, que Se torna presente quando na consagração o sacerdote diz: “Tomai, todos, e bebei: este é o cálice do Meu Sangue …”. Daí quem em grande parte a minha resposta à vocação (ao chamamento) sacerdotal, a que nunca me teria atrevido se não fora por uma atitude de Fé na orientação do meu director espiritual, fosse motivada ou marcada por esta gratidão e pela vontade de proporcionar a todos os que viesse a encontrar e que estivessem longe de Jesus Cristo a mesma experiência de Redenção que me tinha sido concedida, sem mérito nenhum da minha parte.

No seguinte mês de Outubro fui enviado para o nosso convento em Coimbra. A comunidade era constituída pelo P. Mário Branco, famosíssimo pregador, poeta, tio do cantor José Mário Branco, o P. Veiga Araújo, confessor de nomeada, exímio no acompanhamento espiritual, o P. Ilídio de Sousa Ribeiro, Doutor em filosofia e escritor, o P. Carlos Barbosa, Doutor em Teologia Dogmática, antigo reitor do colégio dos órfãos, o Frei Andrade Café, seminarista, notável pelo seu espírito de serviço e o Frei Joaquim, um santo.

O frei Joaquim era um irmão de 80 anos que se destacava por passar despercebido. Dormia, comia, trabalhava muito e rezava imenso. Quando tinha algum tempo livre dedicava-o sempre a visitar os presos e os doentes, levando-lhes palavras de conforto, de consolação, de esperança, ensinando-lhes com simplicidade a confiança em Deus, a devoção à Virgem Santíssima, o amor à Igreja.

A sua mansidão, suavidade e humildade eram verdadeiramente singulares. A consciência que tinha da transcendência do “Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor” era profundíssima e por isso passava longos tempos completamente prostrado diante do Sacrário. E essa distância imensa a que se punha da Divindade, esse nulificar-se, essa percepção de ser mendigo do Ser, ocasionava uma radical proximidade de Jesus Cristo, que derramava na sua alma sobreabundantes tesouros da Sua graça.

Viver com um santo, ao contrário do que se possa pensar, nem sempre é fácil, podendo mesmo ser árduo. E a razão é simples. A sua vida é uma luz que continuamente descobre os nossos erros, defeitos e pecados. Não é que ele no-los aponte, só que na presença da sua luminosidade torna-se patente aquilo que antes não víamos. E a descoberta dos nossos monstros interiores, para usar uma expressão de Jean Vanier, é, pelos menos ao princípio, assustadora. Claro que acaba por ser sempre proveitoso, porque nos “obriga” a uma conversão contínua, a uma humildade crescente. Mesmo o processo de aceitação da perfeição do outro tem as suas etapas dificultosas, uma vez que o nosso pecado para se esconder aos nossos olhos, procura encontrar no outro imperfeições ou defeitos com que se irritar. Mas a singeleza e a inocência terminam por triunfar forçando-nos à rendição.

2. Quando cheguei a Coimbra eu ainda não conhecia este varão de grandes virtudes a não ser de um ou outro encontro ocasional, quando ele nas férias vinha a Lisboa para as passar cuidando de prisioneiros e enfermos e deter-se em adoração diante de Jesus sacramentado. Não fazia pois ideia do que me esperava. Mas foi logo na primeira Missa, em dia de semana, pelas 19h e 30m, que celebrei na nossa Igrejinha na Av. Dias da Silva que Deus humanado me advertiu, através dele.

Chegada a hora da Comunhão, como tivesse consagrado uma única partícula, dirigi-me ao Sacrário e retirei a única Píxide que lá havia para distribuir o Pão da vida à assembleia que participava no Santo Sacrifício, no Banquete Sagrado. Colocada em cima do altar para retirar a tampa, senti uma resistência. Tornei, com mais força, a tentar destampar; em vão. Repeti; nada. Insisti; impossível. As pessoas esgazeadas esperavam silenciosas na fila para a Comunhão. Atrapalhado, envergonhado, corado, divisei entre o povo um senhor espadaúdo e alentado, de idade madura e comportamento devoto. O frei Joaquim, como era seu costume, entoava cânticos do ambão e enlevado como estava de nada se apercebia. Com um olhar implorante fiz um trejeito ao senhor corpulento que logo entendeu o meu pedido. Com passo decidido e firme, embora solene, subiu ao altar e tentou abrir a Píxide Sagrada. Não conseguiu. Esforçou-se mais; falhou. Ajuntei-me a ele para intensificar e revigorar o empenho; intento gorado. Incomodado em extremo pela situação, só me lembrando de Nosso Senhor sofrendo tratos às mãos dos ímpios, ali de novo humilhado, suscitando o acontecimento um enorme embaraço e assombro, agradeci a generosidade e gentileza ao senhor e dirigindo-me a todos pedi perdão e convidei-os a fazerem a Comunhão Espiritual. Enquanto se retiravam para os bancos, peguei no vaso Sagrado para o colocar de novo no Sacrário. O frei Joaquim, que de nada se tinha apercebido, dirigiu-se então para mim, naquele seu passo apressado e hesitante que fazia-me lembrar o E.T., pedindo que não esquece-se de lhe dar o Senhor sacramentado. Comuniquei-lhe, com aquela voz segredada própria destas ocasiões litúrgicas, que a Píxide não abria. Ao que ele logo retorquiu como uma brisa leve mas firme: abre, abre. Eu confesso, que apesar de estar com o Senhor nas mãos e junto ao coração, só pensei: agora só me faltava mesmo a teimosia de um velhote! Mas evidentemente não quis discutir ali o assunto nem fazer de conta que não tinha ouvido. Por isso regressei ao altar e coloquei o recipiente sagrado em cima do corporal, pensando para comigo que ele não teria outro remédio senão render-se à evidência. O frei Joaquim aproximou-se e com dois dedos, o polegar e o indicador, agarrou uma pequena cruz, frágil, inclinada, como que a partir, que encimava a tampa, puxou ao de leva e esta abriu! Ouviu-se uma gargalhada geral na assembleia. Exclamei graças a Deus! O povo sossegou na sua hilaridade e distribui a Sagrada Comunhão.

3. Meditando no acontecimento, pensei para comigo, vens cheio de erudições universitárias, lestes milhares de páginas ao longo do curso e não foste capaz de dar Jesus Cristo aos outros. Chamas-te um homem cheio de vigor como se a sua energia resolvesse o assunto. Aprende pois que não é a capacidade nem as forças humanas que são capazes de levar Jesus aos outros. Só a santidade o consegue fazer. É na fraqueza que se revela a força, o poder e a sabedoria de Deus. E a chave para chegar a Jesus é só uma: a Cruz. Deus advertiu-te; toma nota. À honra de Cristo. Ámen.


Pe. Nuno Serras Pereira
28.05.2009

S. Josemaría nesta data em 1933



Depois de conversar com Ricardo Fernández Vallespin, estudante de Arquitectura, oferece-lhe um livro sobre a Paixão do Senhor. Como dedicatória escreve: “Que procures a Cristo, que encontres a Cristo, que ames a Cristo”.


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1770 )

May Feelings – legendado em português


Muitas pessoas não me entendem
Dizem que é chato
Que digo sempre a mesma coisa
Que não ajudo a ninguém
Que é antiquado
Que ninguém o faz
Que não serve de nada
Que não faz sentido
Que estou a perder o meu tempo
No entanto
Um bom amigo
Uma vez disse-me
Não tenhas medo
E lembra-te sempre
Não estás sozinho
Eu rezo o Rosário

50 pessoas
50 esperanças
50 vidas
50 corações
50 almas
50 sonhos
50 filhos
50Ave-marias

Rezas o rosário?

Maio

Mês de Maria


(Fonte: H2O News)

Cáritas Portuguesa distinguida pelo Governo da Indonésia

Pelo apoio prestado às vítimas do tsunami que devastou o Sudeste Asiático, no final de 2004


A Cáritas Portuguesa foi agraciada com um "Certificado de Agradecimento", emitido pelo Presidente da Republica da Indonésia, H. Susilo Bambang Yudhoyono, relativamente ao apoio prestado às vítimas do tsunami que devastou o Sudeste Asiático, no final de 2004.

Com o intuito de retribuir este gesto, o Presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, irá reunir com o Chanceler da Embaixada da República da Indonésia em Lisboa, hoje, dia 28 de Maio, pelas 15:00.

A Cáritas Portuguesa esteve entre as primeiras organizações nacionais a apoiar as vítimas do tsunami e manteve este apoio em projectos de reconstrução e desenvolvimento, ao longo dos últimos anos.

Em termos de vítimas mortais, a Indonésia foi o país mais afectado. De um total de 250 000 mortos, cerca de 150 000 ocorreram neste país, onde, a somar este números, mais de meio milhão de pessoas ficaram desalojadas.

Por esta razão, a Cáritas Portuguesa, na sua estratégia de actuação, procurou desenvolver acções que permitissem, na medida do possível, um restabelecimento rápido das comunidades afectadas. Neste sentido, o investimento feito passou por duas linhas fundamentais:

A criação de postos de trabalho, através de um projecto implementado pelo ICMC (International Catholic Migration Comission), que apoiou 80 projectos locais com o objectivo de criar pequenas empresas familiares. Os beneficiários receberam formação, apoio financeiro, para começarem com o seu próprio negócio, e acompanhamento técnico. Este projecto iniciou-se em Janeiro de 2005 e terminou em Fevereiro de 2007 tendo decorrido em diversas locais da província de Aceh.


Nacional Caritas 2009-05-28 14:40:05 1957 Caracteres Cáritas


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Maio mês de Maria - Ave Maria

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja

«O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas» (Jo 10, 11)

Aquilo que principalmente atrai a benevolência do alto é a solicitude para com o próximo. É por isto que Cristo exige esta disposição a Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Pedro respondeu: «Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo». Jesus disse-lhe: «Apascenta os Meus cordeiros». Por que foi que, deixando de lado os outros apóstolos, Jesus se dirigiu a Pedro falando-lhe sobre eles? É que Pedro era o primeiro entre os apóstolos, o seu porta-voz, o chefe do seu colégio, de tal maneira que foi a ele, e não aos outros, que Paulo veio um dia consultar (Ga 1, 18). Para mostrar bem a Pedro que devia confiar e que a sua negação estava esquecida, Jesus dá-lhe agora a primazia entre os seus irmãos. Não menciona a sua negação e não lhe faz sentir vergonha do passado. «Se Me amas, diz-lhe, permanece à cabeça dos teus irmãos; e o amor fervoroso que sempre Me manifestaste com tanta alegria, prova-o agora. A vida que dizias ser capaz de dar por Mim, dá-a pelas Minhas ovelhas». [...]

Mas Pedro perturba-se pensando que poderia dar a entender que amava muito, não amando verdadeiramente. Pedro diz, tanto como estava certo de mim no passado, assim estou agora confundido. Jesus interroga-o três vezes, e três vezes lhe dá a mesma ordem. Mostra-lhe assim o apreço que dá ao cuidado das Suas ovelhas, dando-lhe, com efeito, a maior prova de amor para com ele.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 29 de Maio de 2009

São João 21, 15-19

Quando Jesus Se manifestou aos seus discípulos
junto ao mar de Tiberíades,
depois de comerem, perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?».
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?».
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?».
Pedro entristeceu-se
por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava
e respondeu-Lhe:
«Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo:
Quando eras mais novo,
tu mesmo te cingias e andavas por onde querias
mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá
e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o género de morte
com que Pedro havia de dar glória a Deus.
Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bento XVI – “Formar autênticos cristãos quer dizer também formar pessoas responsáveis e adultas”


A tarefa da educação exige: enraizamento na Palavra de Deus, discernimento espiritual, projectualidade cultural e social e testemunho de unidade e gratuidade” – sublinhou Bento XVI dirigindo-se hoje ao conjunto dos Bispos italianos, congregados, no Vaticano, em Assembleia Geral.

Referindo a “singular unidade que liga a Igreja em Itália à Sede Apostólica”, o Papa deteve-se a considerar o tema desta assembleia episcopal – a tarefa da educação. “Trata-se – observou – de uma exigência constitutiva e permanente da vida da Igreja, que hoje em dia tende a assumir as características da urgência, e até mesmo da emergência”.

“Num tempo em que é forte o fascínio de concepções relativistas e niilistas da vida, e em que se põe em causa a própria legitimidade da educação, o primeiro contributo que podemos oferecer é testemunhar a nossa confiança na vida e no homem, na sua razão e na sua capacidade de amar. Esta confiança não é fruto de um optimismo ingénuo, mas provêm daquela esperança fiável que nos é dada mediante a fé na redenção realizada por Jesus Cristo”.

Referindo os esforços desenvolvidos em Itália no campo da pastoral juvenil, Bento XVI observou que em todo o caso a tarefa educativa há-de abranger todas as idades, incluindo os adultos, objecto da educação permanente. “Ninguém está excluído da responsabilidade de ocupar-se do seu próprio crescimento e do dos outros, em direcção à plena maturidade de Cristo”.

“A dificuldade de formar autênticos cristãos entrelaça-se, a ponto de se confundir, com a dificuldade de fazer crescer homens e mulheres responsáveis e maduros, nos quais a consciência da verdade e do bem e a livre adesão a eles esteja no centro do projecto educativo, capaz de dar forma a um percurso de crescimento global devidamente predisposto e acompanhado”.

Numa alusão ao Ano Paulino, que está para se concluir, o Papa recordou como o Apóstolo dos Gentios convida os fiéis a imitá-lo. “Um autêntico educador (observou) põe em jogo, antes de mais, a sua pessoa, e sabe unir autoridade e exemplaridade na tarefa de educar os que lhe são confiados”. Evocado também o Ano Sacerdotal, que terá início no próximo mês de Junho:

“Somos chamados, juntamente com os nossos sacerdotes, a redescobrir a graça e a tarefa do ministério presbiteral: um serviço à Igreja e ao povo cristão que exige uma profunda espiritualidade. Em resposta à vocação divina, tal espiritualidade deve nutrir-se da oração e de uma intensa união pessoal com o Senhor para o poder servir nos irmãos através da pregação, dos sacramentos, de uma ordenada vida de comunidade e da ajuda aos pobres”.

No conjunto do ministério sacerdotal – observou o Papa – “sobressai a importância da tarefa educativa, para que cresçam pessoas livres e responsáveis, cristãos maduros e conscientes”.

Não faltou no discurso do Papa aos Bispos Italianos uma referência ao “sentido de solidariedade que se encontra profundamente radicado no coração” dos seus concidadãos, exprimindo-se “com particular intensidade em algumas circunstâncias dramáticas da vida do país”, como se pôde ver recentemente por ocasião do devastante terramoto que atingiu algumas áreas dos Abruzzi.

Bento XVI evocou a visita que efectuou, há um mês, àquelas terras, tendo assim ocasião de “verificar pessoalmente, não só os lutos, sofrimento e desastres produzidos, mas também a fortaleza de alma daquelas populações, juntamente com o movimento de solidariedade prontamente desencadeada em todas as partes da Itália”. O Papa fez questão de assegurar aos bispos dos Abruzzi, e através deles às comunidades locais, a sua oração constante e a sua afectuosa proximidade.


(Fonte: site Radio Vaticana)

S. Josemaría nesta data em 1974

Em 1974 vai rezar ao santuário de Nossa Senhora Aparecida no Brasil: «Com que alegria fui à Aparecida! Com que fé todos rezavam! Eu disse à Mãe de Deus, que é vossa e minha mãe: “Minha Mãe, nossa Mãe, eu rezo com toda esta fé dos meus filhos. Queremos-te muito, muito…”. E parecia-me escutar, no fundo do coração: “com obras”!».


(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1679 )

O Ano Sacerdotal: a carta do Cardeal Claudio Humes - Prefeito da Congregação para o Clero

Caros Sacerdotes,

O Ano Sacerdotal, anunciado por nosso amado Papa Bento XVI, para celebrar o 150º aniversário da morte de S. João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, está às portas. O Santo Padre o abrirá a 19 de Junho p.f., festa do Sagrado Coração de Jesus e Dia Mundial de oração pela santificação dos sacerdotes. O anúncio deste ano especial teve uma repercussão mundial positiva, especialmente entre os próprios sacerdotes. Todos queremos empenhar-nos com determinação, profundidade e fervor, a fim de que seja um ano amplamente celebrado em todo o mundo, nas dioceses, nas paróquias, em cada comunidade local, com envolvimento caloroso do nosso povo católico, que sem dúvida ama seus padres e os quer ver felizes, santos e alegres no trabalho apostólico quotidiano.

Deverá ser um ano positivo e propositivo, em que a Igreja quer dizer antes de tudo aos sacerdotes, mas também a todos os cristãos, à sociedade mundial, através dos meios de comunicação global, que ela se orgulha de seus sacerdotes, os ama, os venera, os admira e reconhece com gratidão seu trabalho pastoral e seu testemunho de vida. Realmente, os sacerdotes são importantes não só pelo que fazem, mas também pelo que são. Ao mesmo tempo, é verdade que alguns deles apareceram envolvidos em problemas graves e situações delituosas. Obviamente, é preciso continuar a investigá-los, julgá-los devidamente e puni-los. Estes casos, contudo, dizem respeito somente a uma percentagem muito pequena do clero. Na sua imensa maioria, os sacerdotes são pessoas muito dignas, dedicadas ao ministério, homens de oração e de caridade pastoral, que investem toda sua vida na realização de sua vocação e missão, muitas vezes com grandes sacrifícios pessoais, mas sempre com amor autêntico a Jesus Cristo, à Igreja e ao povo, solidários com os pobres e os sofridos. Por isso, a Igreja está orgulhosa de seus sacerdotes em todo o mundo.

Este ano seja também ocasião para um período de intenso aprofundamento da identidade sacerdotal, da teologia do sacerdócio católico e do sentido extraordinário da vocação e da missão dos sacerdotes na Igreja e na sociedade. Isso exigirá congressos de estudo, jornadas de reflexão, exercícios espirituais específicos, conferências e semanas teológicas em nossa faculdades eclesiásticas, pesquisas científicas e respectivas publicações.

O Santo Padre, em seu discurso de anúncio, durante a Assembleia Plenária da Congregação para o Clero, a 16 de Março p.p., disse que com este ano especial pretende-se “favorecer esta tensão dos sacerdotes para a perfeição espiritual da qual sobretudo depende a eficácia do seu ministério”. Por esta razão, deve ser, de modo muito especial, um ano de oração dos sacerdotes, com eles e por eles, um ano de renovação da espiritualidade do presbitério e de cada presbítero. A adoração eucarística pela santificação dos sacerdotes e a maternidade espiritual de monjas, de religiosas consagradas e de leigas referente a sacerdotes, como já proposto, tempos atrás, pela Congregação para o Clero, poderiam ser desenvolvidas com frutos reais de santificação.

Seja um ano em que se examinem de novo as condições concretas e a sustentação material em que vivem nossos sacerdotes, às vezes submetidos a situações de dura pobreza.

Seja, ao mesmo tempo, um ano de celebrações religiosas e públicas, que levem o povo, as comunidades católicas locais, a rezar, a meditar, a festejar e a prestar uma justa homenagem a seus sacerdotes. A festa na comunidade eclesial constitui uma expressão muito cordial, que exprime e nutre a alegria cristã, uma alegria que brota da certeza de que Deus nos ama e festeja connosco. Será uma oportunidade para desenvolver a comunhão e a amizade dos sacerdotes com a comunidade que lhes foi confiada.

Muitos outros aspectos e iniciativas poderiam ser nomeados para enriquecer o Ano Sacerdotal. Aqui deverá entrar a justa criatividade das Igrejas locais. Por esta razão, convém que cada Conferência Episcopal, cada diocese, cada paróquia e comunidade local estabeleçam, quanto antes, um verdadeiro e próprio programa para este ano especial. Obviamente, será muito importante começar o ano com um evento significativo. No próprio dia da abertura do Ano Sacerdotal em Roma com o Santo Padre, 19 de Junho, as Igrejas locais são convidadas a participar, de algum modo, quiçá com um ato litúrgico específico e festivo. Os que puderem vir a Roma para a abertura, venham para manifestar assim a própria participação nesta feliz iniciativa do Papa. Deus, sem dúvida, abençoará este empenho com grande amor. E a Santíssima Virgem Maria, Rainha do Clero, intercederá por todos vós, caros sacerdotes!


Cardeal D. Cláudio Hummes
Arcebispo Emérito de São Paulo
Prefeito da Congregação para o Clero


(Fonte: site Radio Vaticana)

Banco Alimentar organiza nova campanha de recolha de alimentos

Dias 30 e 31 de Maio, 23.000 mil voluntários recolhem alimentos nos supermercados

O Banco Alimentar Contra a Fome organiza no próximo fim-de-semana, dias 30 e 31 de Maio, uma nova campanha de recolha de alimentos.

Numa altura em que a solidariedade é mais do que nunca necessária, os Bancos Alimentares Contra a Fome voltam a apelar "à generosidade do público em mais uma campanha de recolha de alimentos", manifesta a organização.

"A solidariedade sempre renovada dos portugueses volta a ser posta à prova num momento de particular dificuldade e necessidade: nunca como agora fez tanto sentido a ideia de que é possível fazer a diferença apenas com um pequeno gesto".

Em 15 regiões do país (Lisboa, Porto, Coimbra, Évora e Beja, Aveiro, Abrantes, São Miguel, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima, Oeste, Algarve, Portalegre, Braga e Santarém), mais de 23.000 mil voluntários devidamente identificados vão estar à porta dos estabelecimentos comerciais a convidar os portugueses a associarem-se a uma causa que já conhecem, doando as suas contribuições em alimentos.

Em 2008 foram mais de 250 mil pessoas que receberam ajuda através dos Bancos Alimentares.

De acordo com os dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome, ao longo de 2008 foram apoiadas com produtos mais de 1.600 instituições, que concederam ajuda alimentar a mais de 250 mil pessoas comprovadamente carenciadas.

No ano passado os quinze Bancos Alimentares Contra a Fome em actividade distribuíram um total de 17.500 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 26,2 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 69,6 toneladas por dia útil.

Nacional Agência Ecclesia 2009-05-27 16:43:53 1620 Caracteres Solidariedade


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Santiago de Compostela: convocado oficialmente Ano Santo em 2010

Cruz da Jornada Mundial da Juventude vai passar por Santiago

O arcebispo de Santiago de Compostela, D. Julián Barrio, convocou oficialmente o Ano Santo para 2010.

O anúncio foi feito esta Terça-feira, juntamente com o convite para "todos os diocesanos de Espanha, Europa e de outros continentes, a peregrinar ao túmulo do Apóstolo Tiago".

O Ano Santo é um acontecimento "de graça que queremos celebrar e compartilhar com todas as Igrejas particulares", evidenciou o Arcebispo numa conferência de imprensa, apelando ainda para que "não se desvirtue o caminho de Santiago".

O arcebispo apresentou ainda a sua carta pastoral intitulada «Peregrinos da fé e testemunhas de Cristo Ressuscitado».

A carta, que se converte no mapa de qualquer peregrino que chega a Santiago, apresenta o caminho como "um itinerário interior, uma experiência interna que revitaliza a vivência cristã diante do encontro com Deus, com os demais e consigo mesmo".

Na conferência de imprensa foi também apresentado o cartaz oficial do Ano Santo, que retrata os peregrinos entrando pela Porta Santa até a luz, que é o túmulo do apóstolo Tiago.

As actividades preparatórias do Ano Santo vão ser marcadas pela peregrinação da Cruz da Jornada Mundial da Juventude, entre os dias 3 e 8 de Agosto. Santiago de Compostela vai ainda receber a Peregrinação Europeia de Jovens, de 5 a 8 de Acosto.

Durante o anos de 2010, Santiago vai acolher diferentes encontros e congressos, como o encontro dos delegados diocesanos de Meios de Comunicação da Igreja na Espanha, organizado pela Conferência Episcopal Espanhola e a delegação diocesana de Meios de Comunicação de Santiago de Compostela.

Está ainda previsto um Congresso europeu sobre educação e família, em Maio 2010, o Congresso «Humanismo e Progresso», um Congresso Mundial da Família e o Encontro de Famílias.
Serão organizadas também exposições e concertos na Catedral, em San Martín Pinario e no Seminário Maior de Santiago.

Redacção/Zenit

Internacional Agência Ecclesia 2009-05-27 16:58:24 2368 Caracteres Santiago de Compostela


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Nota de JPR:

O Ano Jubilar de Santiago (Xacobeu) celebra-se sempre que o dia de S. Tiago, 25 Julho, ocorra a um Domingo, devido aos anos bissextos sucede que o seguinte ao de 2010 será apenas em 2021.

Maio mês de Maria - Ave Maria

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Guigues o Cartuxo (? - 1188), prior da Grande Cartuxa

«Quero que, onde Eu estiver, estejam também Comigo»

É necessário seguir Cristo, é necessário aderir a Ele, não O devemos abandonar até à morte. Como dizia Eliseu ao seu mestre: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei» (2R 2, 2). [...] Então, sigamos Cristo e unamo-nos a Ele! «A felicidade é estar perto de Deus» diz o salmista (72, 28). «A minha alma está unida a Ti, a Tua mão direita me sustenta» (Sl 62, 9). E São Paulo acrescenta: «Quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito» (1Cor 6, 17). Não apenas um só corpo, mas também um só espírito. Do espírito de Cristo, todo o Seu corpo vive; pelo corpo de Cristo, chegamos ao espírito de Cristo. Por conseguinte, permanece pela fé no corpo Cristo e um dia serás um só espírito com Ele. Pela fé, estás desde já unido ao Seu corpo; pela visão, também serás unido ao Seu espírito. Não é que no alto vejamos sem o corpo, mas os nossos corpos serão espirituais (1Cor 15, 44).

«Para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia»: eis a união pela fé. E mais adiante pede: «que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça»: eis a união pela visão.

Eis o modo de nos alimentarmos espiritualmente do corpo de Cristo: ter n'Ele uma fé pura, procurar sempre, através da meditação assídua, o conteúdo desta fé, encontrar o que procuramos pela inteligência, amar ardentemente o objecto da nossa descoberta, imitar na medida do possível Aquele que amamos; e, imitando-O, aderir a Ele constantemente para chegarmos à união eterna.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Maio de 2009

São João 17, 20-26

Naquele tempo,
Jesus ergueu os olhos ao Céu e disse:
«Pai santo,
não peço somente por eles,
mas também por aqueles que vão acreditar em Mim
por meio da sua palavra,
para que eles sejam todos um,
como Tu, Pai, o és em Mim e Eu em Ti,
para que também eles sejam um em Nós
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que Tu Me deste,
para que sejam um, como Nós somos um:
Eu neles e Tu em Mim,
para que sejam consumados na unidade
e o mundo reconheça que Tu Me enviaste
e que os amaste como a Mim.
Pai, quero que onde Eu estou,
também estejam comigo os que Me deste,
para que vejam a minha glória, a glória que Me deste,
por Me teres amado antes da criação do mundo.
Pai justo, o mundo não Te conheceu,
mas Eu conheci-Te
e estes reconheceram que Tu Me enviaste.
Dei-lhes a conhecer o teu nome
e dá-lo-ei a conhecer,
para que o amor com que Me amaste esteja neles
e Eu esteja neles».

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Já é tempo de saber toda a verdade

Por três vezes, o grupo SLN esteve para ser vendido. Só não o foi devido à oposição de quatro dos seus accionistas, disse ontem, na Comissão de Inquérito ao caso BPN, Oliveira e Costa, o único homem envolvido neste caso de polícia que até hoje está acusado e preso.Disse-o em tom de acusação para provar que não fora isso e “ninguém estaria ali…”.

Esta certeza de Oliveira e Costa é a mais angustiante das dúvidas para os contribuintes portugueses. Ninguém que tenha seguido os trabalhos da Comissão pode com certeza contradizê-lo. E isso não é apenas mau, é péssimo.

A simples hipótese de que todo o desvario de gestão, hoje comprovado pudesse simplesmente continuar a ser desconhecido dos supervisores e de todos nós é, por si só, um novo atestado de incompetência aos reguladores e mais um golpe na frágil confiança no sistema bancário e no próprio sistema de justiça nacional.

Não podemos continuar na dúvida. Quinze meses depois da saída do banco de Oliveira e Costa, seis meses depois da nacionalização do BPN, os portugueses têm o direito a saber que, pelo menos aqui, Oliveira e Costa não tem razão. Mais cedo ou mais tarde, as autoridades sempre lhe lançariam a rede que o levou à prisão. Acompanhado de todos os seus cúmplices. Porque não é mais crível que este tivesse sido um crime de um homem só.

Esperemos que amanhã o relatório a apresentar pela gestão pública do Banco não nos desiluda. E nos diga, não só quanto custará a factura da nacionalização, mas quem fez o quê e como se chegou ali. Seis meses é tempo mais do que suficiente para apurar a verdade!


Graça Franco


(Fonte: site RR)

Imagem da Virgem Peregrina de Fátima visita no Vaticano a 20 de Junho

No próximo dia 20 de Junho, festa do Imaculado Coração da Virgem Santa Maria, uma das Imagens Peregrinas de Nossa Senhora de Fátima visitará o Vaticano, onde será colocada à veneração dos fiéis, na Basílica de S. Pedro.

Para o final das celebrações, a pedido do Cardeal D. Angelo Comastri, Vigário do Santo Padre para a cidade do Vaticano, está prevista a presença do Santo Padre Bento XVI, para a bênção apostólica.

Esta visita integra-se na peregrinação nacional que a Imagem realiza por Itália, desde o passado mês de Abril e até ao próximo mês de Setembro, motivada pela comemoração do 50º aniversário da consagração do país ao Imaculado Coração de Maria.

A celebração no Vaticano foi projectada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), com a colaboração na organização do Movimento Mariano da Mensagem de Fátima de Itália, e já tem o programa definido.

A Imagem Peregrina será acolhida na Praça de S. Pedro na manhã do dia 20. De seguida será levada à Basílica do Vaticano, para entronização junto do Altar da Confissão. Seguir-se-á a recitação do Rosário e, às 10:30, a Missa, presidida pelo Cardeal D. Angelo Bagnasco, presidente da CEI, concelebrada pelos bispos italianos. No final da concelebração, está prevista a presença do Papa, para a bênção apostólica.

Para esta deslocação ao Vaticano, a Imagem de Nossa Senhora sairá da Paróquia de S. Lorenzo Martine, em Trezzano Sul Naviglio / Milano, no dia 19 de Junho, local onde regressará na noite do dia 20, estando previsto o acolhimento pela comunidade paroquial.


Sobre a Imagem Peregrina da Virgem de Fátima: http://www.fatima.pt/portal/index.php?id=1513


(Fonte: Santuário de Fátima – Boletim Informativo - 76/2009, de 27 de Maio de 2009, 15h00)


Nota de JPR:

O Cardeal Angelo Bagnasco esteve em Peregrinação a Fátima acompanhado de jovens Sacerdotes da sua Arquidiocese, Génova, entre 12 e 15 de Janeiro deste ano, aonde celebrou no dia 14 o seu sexagésimo quinto aniversário.

Bento XVI pede aos leigos que assumam maiores responsabilidades na vida da Igreja


Na tarde desta terça-feira, na abertura do Congresso Diocesano de Roma, Bento XVI defendeu a retomada das acções de evangelização, incentivando os jovens que, cresceram numa sociedade individualista, a experimentar a beleza de representar a Igreja.

Às centenas de fiéis presentes na Basílica de São João de Latrão, na abertura deste encontro diocesano, o pontífice pediu que criem grupos missionários nos seus locais de trabalho, já que é nestes ambientes que passam grande parte do dia. E exortou também a um renovado espírito missionário, para mostrar aos homens e às mulheres o amor de Deus.

Antes de proferir o seu discurso, Bento XVI foi saudado pelo Cardeal Agostinho Vallini, seu vigário para a diocese de Roma, o qual recordou que a Igreja sofreu nos últimos meses, ao ver que os discursos e decisões do Papa foram interpretados de maneira errada. No seu discurso, o Papa pediu maior sintonia entre a diocese e os movimentos eclesiais. Chamou a atenção para o sofrimento das novas gerações com o enfraquecimento das relações pessoais, mas disse que o cristianismo é capaz de superar o individualismo e a solidão.

Para Bento XVI, os leigos devem deixar de ser apenas colaboradores do clero e assumir maiores responsabilidades na vida da Igreja, na sua tarefa de promover a evangelização. “Todos fazem parte do povo de Deus, desde o Papa até a última criança baptizada” - salientou.

Em seguida, o pontífice alertou para as “rivalidades, controvérsias e invejas” existentes dentro da Igreja, afirmando que os movimentos devem estar atentos aos seus percursos de formação e à pertença à comunidade paroquial.

Voltou a esclarecer que o Concílio Vaticano II não foi um momento de ruptura com o passado, e criticou os excessos de interpretações sociológicas sucessivas ao encontro. “O Concílio foi um evento de real e profunda renovação” – frisou.

Este Congresso da diocese de Roma intitula-se “Pertença eclesial e co-responsabilidade pastoral”. O encontro final será novamente em São João de Latrão, na próxima sexta-feira, e será o cardeal vigário a proferir a intervenção conclusiva.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Bento XVI – “Difundir no mundo o espírito de sobriedade e de amor para contrastar as varias formas de egoísmo”

Os cristãos difundam no mundo o espírito de sobriedade e de amor para contrastar as várias formas de egoísmo que destroem a sociedade desumanizando o trabalho e empobrecendo o mundo. Foi o que salientou o Papa na audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, em que Bento XVI ilustrou a vida de São Teodoro, o Estudita. Nascido na França em 759, foi um grande defensor das imagens sagradas no segundo período da crise iconoclasta, ao lado do Patriarca de Constantinopla, Nicephorus.

São Teodoro promoveu também a reforma dos aspectos disciplinares, administrativos e espirituais da vida monástica. Quis fazer de cada mosteiro uma comunidade bem organizada, um verdadeiro “Corpo de Cristo”, no qual os monges assumissem o compromisso de respeitar os deveres cristãos com grande rigor. Não admitia que sob o pretexto da oração e da contemplação, o monge se dispensasse do trabalho, que é na realidade, o meio para encontrar Deus. Para ele, o amor ao trabalho era uma virtude tão importante como a obediência e a humildade.

São Teodoro comportou–se como um verdadeiro pai espiritual dos monges, ouvindo-os e mostrando-lhes a sua verdadeira amizade espiritual.

A resistência de São Teodoro contra a iconoclastia de Leão V, o Arménio, custou–lhe o exílio em diversos lugares da Ásia Menor. No fim da sua vida, regressou a Constantinopla, mas não ao seu mosteiro. Morreu em 826, com 67 anos de idade. Entre as suas obras, destacam-se a Pequena e a Grande Catequese, o Livro panegírico, as Composições poéticas, o Testamento espiritual e as Cartas.

Esta saudação do Papa em língua portuguesa, durante a audiência geral:

Uma saudação amiga e encorajadora para todos os peregrinos de língua portuguesa! Este nosso encontro tem lugar na novena do Pentecostes, que quer recriar sentimentos de fraterna benevolência e humilde adoração nos corações e comunidades, como argila nas mãos de Deus à espera do sopro vivificador do Espírito Santo. Venha Ele sobre os grupos brasileiros das dioceses de Bauru, São José dos Campos e São Paulo e também sobre os fiéis cristãos de Paderne e de Lisboa. Sobre todos os presentes e seus familiares, desça a minha Bênção


(Fonte: site Radio Vaticana)

"O caso-Galileu. Uma releitura histórica, filosófica e teológica"

É (Congresso Internacional, em Florença, 26-30 de Maio) o evento central de uma série de iniciativas reconhecidas e apoiadas pela Santa Sé por ocasião do Ano Internacional da Astronomia 2009 , convocado sob a égide das Nações Unidas. Um ano que coincide com o IV centenário das primeiras observações ao telescópio, da parte de Galileu.

Organizado pela Fundação Nielson, dos jesuítas de Florença, este Colóquio conta com a colaboração e adesão de 18 instituições culturais e científicas que se dedicam a estudos sobre Galileu ou se encontram historicamente envolvidas na questão Galileu. De entre elas, a Universidade Gregoriana e as Universidade de Pisa, Pádua e Florença, nomeadamente. Participam como observadores o Observatório Astronómico (“Specola”) do Vaticano, o Conselho Pontifício para a Cultura e a Academia Pontifícia das Ciências. A confrontar-se sobre “o caso Galileu” com uma amplitude e perspectivas até agora inéditas, serão teólogos, historiadores e filósofos que, à luz dos mais recentes estudos a este respeito, procurarão reexaminar o caso e estabelecer se este pode ou não considerar-se definitivamente encerrado. Recorde-se que Galileu nasceu em Pisa, Norte da Itália, em 1564 e faleceu em 1642, tendo sido condenado em 1633 pelo Tribunal eclesiástico conhecido na época por Inquisição.

Numa conferência de imprensa, em Janeiro, para apresentar este Colóquio de Florença, o Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, Mons. Gianfranco Ravasi e o Director do Observatório do Vaticano, Padre José Funes, passaram em revista alguns dados históricos e os passos que foram dados nas últimas décadas no reconhecimento dos erros cometidos no que diz respeito a Galileu.

Já o Concílio Vaticano II deplorou “certas atitudes mentais, por vezes até entre cristãos, devidas ao facto de não se ter suficientemente advertido a legítima autonomia da ciência, o que, suscitando controvérsias, levou muitos espíritos a considerar que Ciência e Fé são realidades que se contrapõem” (GS 36).

Num discurso à Academia das Ciências, a 10 de Novembro de 1979, na comemoração do nascimento de Einstein, João Paulo II pedia aos teólogos, cientistas e historiadores para aprofundarem o caso Galileu e remover, no leal reconhecimento dos erros, as diferenças, a bem de uma “frutuosa concórdia entre ciência e fé, entre Igreja e mundo”. Nessa ocasião o Papa expôs alguns pontos importantes para fazer luz sobre o caso a começar pela explicita afirmação de Galileu, segundo o qual as duas verdades, da ciência e da Fé respectivamente, nunca se podem contrapor, pois que tal como a Sagrada Escritura e a natureza, ambos provêm de Deus.

Galileu, crente convicto e fundador da física moderna, era ao mesmo tempo profundamente consciente da presença do Criador na sua investigação cientifica e na iluminação divina da sua mente. A ele se ficou também a dever – afirmava João Paulo II – a enunciação de importantes normas de carácter epistemológico para harmonizar a Sagrada Escritura com a Ciência. A fim de examinar profunda e desapaixonadamente esta problemática, o Papa Woytyla instituiu em 1981 uma Comissão de Estudo que concluiu as suas pesquisas interdisciplinares dez anos depois. À luz desses estudos, numa audiência à Pontifícia Academia das Ciências, em 1992, João Paulo II fazia sua a questão Galileu e sublinhava de modo particular o aspecto epistemológico, ligado à hermenêutica bíblica: na cultura da época, a representação geocêntrica do mundo era aceite como plenamente concorde com o ensinamento da Bíblia. “O problema da compatibilidade do heliocentrismo e da Escritura – observava o Papa – obrigava os teólogos a interrogar-se sobre os seus critérios de interpretação da Sagrada Escritura. A maior parte deles não souberam fazê-lo”. A não percepção da distinção formal entre a Sagrada Escritura e a sua interpretação levou a maioria dos teólogos de então a “transpor indevidamente para o campo da doutrina da fé uma questão que na realidade pertencia à investigação cientifica”. Palavras estas que constituíam uma convicta homenagem à figura de Galileu, crente e cientista, relegando para o passado incompreensões e mal entendidos entre o espírito da ciência e da fé cristã. Mais recentemente um tributo à astronomia e à sua função na marcação dos tempos de oração ficou a dever-se a Bento XVI, no Ângelus de 21 de Dezembro passado, solstício de Inverno, circunstância que ofereceu ao Papa a “oportunidade para saudar todos aqueles que iriam participado de algum modo no Ano mundial da Astronomia, proclamado por ocasião do IV centenário das primeiras observações por telescópio de Galileu Galilei”. O Papa recordava também alguns dos seus predecessores apaixonados pela Astronomia: Silvestre II, que foi mesmo professor desta matéria, Gregório XIII, ao qual se deve o calendário gregoriano, e São Pio X, construtor de relógios solares. Na homilia da Epifania, o Papa referiu-se novamente ao Ano da Astronomia e a Galileu, a propósito do símbolo da estrela, tão importante na narração evangélica dos reis magos. Eles eram, com muita probabilidade, astrónomos – considerou Bento XVI, que naquela mesma ocasião recordou a peculiar concepção cosmológica presente no cristianismo, que mesmo na época actual dá sinais interessantes de novo florescimento, graças à paixão e à fé de não poucos cientistas que, nas pegadas de Galileu não renunciam nem à religião, nem à fé; antes pelo contrário, valorizam-nas a ambas profundamente, na sua recíproca fecundidade.

A abertura do Colóquio teve lugar às 17 horas desta terça-feira, na Basílica de Santa Cruz (onde se encontra o túmulo de Galileu), com a participação do Presidente da Republica italiana, Giorgio Napolitano, do arcebispo de Florença, D. Giusppe Betori e de outras personalidades eclesiásticas e civis.

Nos próximos três dias, os trabalhos prosseguem no Palácio dos Congressos, onde “o caso Galileu” será enfrentado de vários pontos de vista por 27 oradores. Finalmente no sábado 30, os congressistas transferir-se-ão à Villa (residência campestre) de Arcetri, nos arredores de Florença, onde Galileu viveu nos últimos anos.


(Fonte: site Radio Vaticana)

O feminismo caducado

Temos de exigir que a actividade profissional se adapte à nossa condição feminina, e não ao contrário.

Na luta pela igualdade entre os sexos, nós, as mulheres, assumimos de forma espontânea que os papéis masculinos eram os acertados e dignos de imitação.

Escondemos os nossos sentimentos por medo de sermos rotuladas de fracas, tentamos ser frias e competitivas, e exibimos um aspecto varonil. Sacrificamos a nossa alma feminina para em troca sermos aceites no universo masculino, e assim atraiçoamo-nos a nós mesmas, renunciando à feminilidade que nos é consubstancial.

Recordemos Concepción Arenal. Em meados do século XIX, assistia às aulas de Direito com roupa de homem, para lograr satisfazer o seu interesse por este curso ou como Clara Campoamor, em 1931, que na luta pelo direito ao voto feminino, renunciou à sua condição de mulher: «Senhores Deputados: eu, antes de ser mulher, sou um cidadão».

O feminismo igualitário e a ideologia de género conseguiram fazer que a sociedade incorporasse a ideia de que trabalhar em casa, ser boa esposa e mãe, é atentatório da dignidade da mulher, coisa humilhante, que degrada, escraviza, e a impede de se desenvolver em plenitude. Para ser-se uma mulher moderna, tem de libertar-se do jugo da feminilidade, em especial da maternidade, visto como sinal de repressão e submissão: a ditadura da procriação.

Esta ideologia, implantada nas mais altas instâncias políticas, gerou o desprestígio em torno das mulheres que trabalham em casa ou se dedicam aos filhos, e estigmatizando-as, em contraste com aquelas que renunciam à maternidade ou ao cuidado personalizado dos filhos para se «realizarem» profissionalmente, que são tidas como heroínas libertadas e paradigmas da emancipação.

Esta inversão de estereótipo, favorecida pela atitude de algumas líderes políticas, distorce a imagem real das mulheres e prejudica a vida familiar, pois favorece a organização laboral como se as obrigações familiares não existissem.

Longe do mundo idealizado das imagens estereotipadas de mulheres hiper-libertadas que exultam na sua pletórica vida profissional, na vida real cruzamo-nos com demasiadas mulheres que, apesar do seu evidente êxito profissional, se sentem pessoalmente frustradas e insatisfeitas, cansadas de imitar os modos de agir masculinos, amarradas a uns papéis que não lhes pertencem e que não encaixam na sua essência mais profunda.

Mulheres que demonstraram sobejamente, que são tão capazes como qualquer homem de trabalhar com brilho e eficácia, a quem a sua natureza, rejeitada e reprimida, depois se faz cobrar em forma de depressão, ansiedade e infelicidade. Chegou o momento de reivindicar que a actividade profissional se tem de adaptar à nossa condição feminina e não ao contrário.

O novo feminismo defende um reconhecimento social para o trabalho da mulher, cuja forma de ver a vida e compreender a realidade é um valor inquestionável que deverá reflectir-se numas condições laborais específicas e, portanto, não idênticas às dos homens; com uma especial atenção à maternidade, que, longe de ser opressiva, é, na maioria dos casos, profundamente libertadora, enriquecedora, e torna a mulher um ser mais pleno.

Está na hora de reclamar a nossa peculiar «memória histórica», exigindo a devolução da nossa integridade e dignidade femininas, sem as quais nenhuma mulher pode alcançar o equilíbrio pessoal e a felicidade. Porque para a mulher, sê-lo é tudo. E o resto, é apenas isso mesmo.

http://www.conoze.com/doc.php?doc=8965


María Calvo Charro
Professora de Direito Administrativo da Universidade Carlos III


Agradecimento: “É o Carteiro!”

Nota: ligeiras adaptações na tradução da responsabilidade de JPR

Catholic News Service comenta a viagem do Papa à Terra Santa

Judeus agradecem visita do Papa à Terra Santa

Secretário de Estado do Vaticano indica que na Igreja não há lugar para quem nega o Holocausto»

O Congresso Mundial Judaico agradeceu a visita que Bento XVI realizou à Terra Santa. O agradecimento pela viagem apostólica foi endereçado pelo presidente do Congresso, Ronald S. Lauder, ao Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano.

Segundo o comunicado divulgado, apesar de complexa "a viagem foi positiva e foi fundamental para reforçar a compreensão recíproca entre cristãos e judeus".

O Cardeal Bertone considerou que "a Igreja reconhece o carácter único do Holocausto", segundo o comunicado. Ao mesmo tempo, o cardeal sublinha, claramente que nas instituições da Igreja, "não há lugar para aqueles que negam o Holocausto".

Segundo o comunicado, o Secretário de Estado convidou os líderes do Congresso Hebraico Mundial e os estudiosos a colaborarem no exame dos arquivos de Pio XII no período anterior a 1939. O Vaticano realizou progressos para garantir o acesso dos historiadores aos documentos sobre Pio XII dos anos entre 1939 e 1945.

Redacção/Rádio Vaticano

Internacional Agência Ecclesia 2009-05-26 17:38:25 1023 Caracteres Santa Sé


(Fonte: site Agência Ecclesia)