Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

terça-feira, 31 de março de 2009

Humildes sempre

Deus resiste aos soberbos, mas aos humildes dá a sua graça, ensina o Apóstolo S. Pedro (1Pe 5,5). Em qualquer época, em qualquer situação humana, não existe - para viver vida divina - senão o caminho da humildade. Será que o Senhor se regozija com a nossa humilhação? Não. Que lucraria com o nosso abatimento Aquele que tudo criou, e mantém e governa tudo o que existe? Deus só deseja a nossa humildade, que nos esvaziemos de nós próprios para ele nos poder encher; pretende que não lhe levantemos obstáculos, a fim de que - falando ao modo humano - caiba mais graça sua no nosso pobre coração.


(“Amigos de Deus” 98 – S. Josemaría Escrivá)

Resposta do Pe. Nuno Serras Pereira (sem comentários)














Caríssimo João Paulo Reis

Muito obrigado pela sua mensagem.
No entanto, verifico que não entendeu a minha missiva ao Senhor Bispo de Viseu.
Deus o abençoe, o guarde de todo o mal e o conforte nas ssua enfermidades e tribulações.
P. Nuno

Resposta Aberta à Carta ao Bispo de Viseu do Pe. Nuno Serras Pereira que aqui é reproduzida

Caro Pe. Nuno,

No seu amor à Igreja e ao Senhor, toldado, neste caso, pela paixão exacerbada, incorre no gravíssimo erro de compartilhar as ideias do relativismo e dos maçons ao pretender remeter o papel da Igreja ao seu foro íntimo, quando escreve “a Igreja não tem que dizer-lhes que não usem o preservativo, mas não pode de modo nenhum aconselhá-las a que o usem”, NÃO, a Igreja tem a obrigação e o dever de se envolver em tudo que à vida dos cristãos diz respeito.

Erra, ofende e não pratica a virtude cristã da caridade, quando reduz todos os seropositivos aos homossexuais e aos promíscuos; pergunto-lhe aonde coloca aqueles, e que são bastantes, que se infectaram pela via sanguínea? Aonde coloca aqueles, infelizmente mais frequente serem aquelas, que casados são infectados devido à infidelidade do conjugue?

Convido-o a explorar o blogue do signatário, se desejar aferir da total fidelidade do mesmo ao Romano Pontífice, à sua defesa permanente e convicta do mesmo, nomeadamente no que às suas declarações sobre o uso do preservativo como medida profilática em África diz respeito.

Com todo o respeito que qualquer ser humano me merece e em total sintonia com os ensinamentos do Senhor, termino dizendo-lhe que a sua condição de sacerdote não lhe confere, nem lhe retira, qualquer qualidade superior de amor a Jesus Cristo Nosso Senhor e à Sua Igreja, ou seja, rogo-lhe que tenha a humildade de não se considerar “primus inter paris”, salvo quando actua em nome Dele ao ministrar os Sacramentos, porque aí não é o Pe. Nuno que actua, mas sim Jesus Cristo Nosso Senhor por sua interposição.

Apresento-lhe os meus melhores cumprimentos, pedindo ao Senhor, que por intercessão da Virgem Santíssima, abençoe e proteja, a si, à sua Ordem e a todos os seus confrades,

João Paulo Reis
Seropositivo e abstinente
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra» (Jo, 20, 7)



Carta aberta ao Bispo de Viseu

Excelência Reverendíssima

Saudações de Paz e Bem

1. S. Tomás de Aquino (Summa contra gentiles III, c. 122) considera que quem fornica, isto é, quem tem trato carnal com pessoa de sexo diferente sem com ela estar casado, pode cometer dois tipos de males – o menor de entre eles, embora grave ou mortal, é o de que esse acto se opõe ao bem da vida da criança que pode resultar desse acto; o segundo, ainda mais grave, é o de recorrendo à contracepção impedir a geração da criança.

2. As Sagradas Escrituras, a Tradição da Igreja e o seu Magistério sempre ensinaram que só é lícita (que só é moralmente boa) a relação sexual entre um homem e uma mulher casados, em que o sémen do marido é ejaculado na matriz feminina, e da qual está ausente qualquer tipo de contracepção.

3. Às pessoas homossexuais ou às pessoas promíscuas infectadas com hiv/sida a Igreja não tem que dizer-lhes que não usem o preservativo, mas não pode de modo nenhum aconselhá-las a que o usem, já que isso representaria uma cooperação formal com o mal intrínseco que elas cometem. A missão da Igreja é a de chamar essas pessoas à conversão e a uma vida de santidade. Claro que a Igreja deverá alertar toda a gente para o cumprimento de todos os mandamentos. Desse modo as pessoas infeccionadas com enfermidades de tipo mortal têm de compreender que ao exercerem determinado tipo de actos poderão estar a transgredir não só o sexto mandamento mas também o quinto. E que a transgressão de dois mandamentos é mais grave ainda do que a de um só.

Sem outro assunto pede-lhe a sua bênção

Servo mísero e inútil

Nuno Serras Pereira, ofm

(Fonte: Infovitae)

Reviver a emoção do dia 2 de abril de 2005


Celebra-se dentro de alguns dias os quatro anos da morte de João Paulo II.

No dia 2 de Abril terão transcorridos 4 anos da morte de João Paulo II, cuja recordação é sempre viva na memória coletiva. João Paulo II, por sua vez, “deixou um sinal profundo na história da Igreja e da humanidade”, sublinhou Bento XVI falando no primeiro aniversário da morte.

No ano passado, durante a missa pelos 3 anos de falecimento, Bento XVI, disse que o pontificado do seu predecessor foi um pontificado que testemunhou ao mundo a misericórdia de Cristo Ressuscitado, vivido por um Papa que soube ser fiel ao Cristo Crucificado.

É ainda intensa a recordação da multidão que atravessou a via da Conciliação, de noite e de dia, para render homenagem aos restos mortais do falecido pontífice e da multidão que tomou conta da Praça São Pedro para os funerais. Uma emoção intensa, a partir do anúncio da morte, às 21h37 do dia 2 de abril de 2005.

VOZ D. SANDRI: Caríssimos irmãos e irmãs às 21h37 o nosso amadíssimo Papa João Paulo II retornou à casa do Pai. Rezemos por ele.


(Fonte: H2O News)

1. Reconciliação: as experiências da sociedade

50. A dimensão sociopolítica da reconciliação. Certas sociedades africanas foram levadas à ruína pelos seus dirigentes políticos. Alguns países foram o teatro de cenas trágicas de xenofobia, onde o estrangeiro simbolizava todos os males da sociedade e servia de bode expiatório: seres humanos foram queimados vivos, feitos em pedaços, famílias foram dispersadas, aldeias destruídas. Noutros países, confirmam algumas Igrejas particulares, certos partidos políticos utilizaram a fibra étnica, tribal ou regional para atrair populações à sua causa na conquista do poder, em vez de favorecer o viver em conjunto.

51. A dimensão socioeconómica da reconciliação. Notámos que a má gestão e a miséria que ela engendrou provocaram o tráfico de seres humanos, a exploração comercial da prostituição e o trabalho de menores; contribuiu em grande parte a destruir os laços de família, desestabilizar comunidades humanas inteiras e mandar para a estrada milhares de refugiados. Ao nível das nações, as zonas ricas em recursos petrolíferos ou mineiros tornaram-se rapidamente focos de conflitos, até mesmo de guerras entre povos vizinhos e nações.

52. A dimensão sociocultural da reconciliação. Alguns meios de comunicação (rádio, imprensa escrita, televisão) difundiram informações e imagens que incitaram as populações à violência e ao ódio, causando sérios danos aos valores que cimentavam o tecido familiar e social: o respeito pelos anciãos, as mulheres como mães e protectoras da vida, etc. As populações estão preocupadas com a perda crescente de identidade cultural, sobretudo por parte da juventude. E o olhar condescendente sobre a Religião Tradicional Africana acentua a desvalorização dos valores que deveriam constituir o património africano. Nota-se que esta relação com a religião do outro transforma-se, em certas partes do continente, em verdadeira rivalidade entre cristãos e muçulmanos.


INSTRUMENTUM LABORIS Cap. II, I, 1. 50-52


(Fonte: site da Santa Sé)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir e co-padroeira da Europa

«Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então ficareis a saber que Eu sou o que sou»


O Salvador pende da cruz diante de Ti porque se tornou obediente até à morte e morte de cruz (Fl 2,8). [...] O Salvador pende da cruz diante de Ti, nu e despojado, porque escolheu a pobreza. [...] O Salvador pende da cruz diante de Ti, com o coração aberto. Derramou o sangue do Seu coração para ganhar o teu. Se o quiseres seguir na santa castidade, o teu coração deverá ser purificado de todo o desejo terreno. [...] Os braços do Crucificado estão estendidos para te atrair ao Seu coração. Quer a tua vida para te dar a Sua. Ave Crux, spes unica! Salvé, cruz santa, nossa única esperança!

O mundo está em chamas. [...] Mas acima de todas as labaredas ergue-se a cruz, que nada pode consumir. É ela o caminho da terra ao céu e leva ao seio da Trindade aquele que a abraça com fé, com amor e na esperança. O mundo está em chamas. Sentes a urgência de as apagar? Eleva o teu olhar para a cruz. Do coração aberto jorra o sangue do Redentor, o sangue que apaga as chamas do inferno. Liberta o teu coração [...] e a torrente do amor divino o encherá até o fazer transbordar e o fará dar fruto até aos confins da terra.

Ouves os gemidos dos feridos de todos os campos de batalha? Não és médica, nem enfermeira, nem podes tratar as suas chagas. Estás fechada na tua cela, e não podes chegar ao pé deles. Ouves o grito de angústia dos moribundos? Desejarias ser sacerdote para lhes dar assistência. Estás emocionada com o sofrimento das viúvas e dos órfãos? Desejarias ser um anjo consolador e ir em socorro deles. Eleva os olhos para o Crucificado. [...] Se és Sua esposa, na fiel observância dos teus votos, o Seu precioso sangue será também teu. Ligada a Ele, estarás presente em todo o lado, como Ele também está. Não estarás aqui nem ali, como o médico, o enfermeiro ou o sacerdote, mas em todas as frentes, em cada lugar de desolação – presente pela força da Cruz. [...]

Os olhos do Crucificado estão postos em ti: interrogam-te, sondam-te. Estás pronta e renovar a tua aliança com Ele? Que Lhe vais tu responder? «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6,68). Ave Crux, spes unica!

O Evangelho do dia 31 de Março de 2009

São João 8, 21-30

Naquele tempo,
disse Jesus aos fariseus:
«Eu vou partir.
Haveis de procurar-Me e morrereis no vosso pecado.
Vós não podeis ir para onde Eu vou».
Diziam então os judeus: «Irá Ele matar-Se?
Será por isso que Ele afirma:
‘Vós não podeis ir para onde Eu vou’?»
Mas Jesus continuou, dizendo:
«Vós sois cá de baixo, Eu sou lá de cima;
vós sois deste mundo, Eu não sou deste mundo.
Ora Eu disse-vos que morrereis nos vossos pecados,
porque senão acreditardes que ‘Eu sou’,
morrereis nos vossos pecados».
Então perguntaram-Lhe: «Quem és Tu?»
Respondeu-lhes Jesus:
«Absolutamente aquilo que vos digo.
Tenho muito que dizer e julgar a respeito de vós.
Mas Aquele que Me enviou é verdadeiro
e Eu comunico ao mundo o que Lhe ouvi».
Eles não compreenderam que lhes falava do Pai.
Disse-lhes então Jesus:
«Quando levantardes o Filho do homem,
então sabereis que ‘Eu sou’
e que por Mim nada faço,
mas falo como o Pai Me ensinou.
Aquele que Me enviou está comigo:
não Me deixou só,
porque Eu faço sempre o que é do seu agrado».
Enquanto Jesus dizia estas palavras,
muitos acreditaram n’Ele.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Preservativos em África: Artigo no "Washington Post" diz que Papa pode ter razão

A distribuição de preservativos não está a ajudar a combater a Sida em África e pode, inclusive, estar a ter o efeito contrário. Quem o defende é Edward C. Green, um cronista do "Washington Post", citando estudos científicos.

Edward C. Green, um cronista do "Washington Post", sai em defesa da posição do Papa Bento XVI contra as campanhas para a utilização de preservativos como forma de combater a propagação do HIV/SIDA em África. Num artigo de opinião intitulado "O Papa pode ter razão", cita vários estudos científicos que indicam que os preservativos não estão a ter sucesso como forma primária de prevenção e que as campanhas podem mesmo agravar a propagação do vírus naquele continente.

Edward C. Green diz que as Nações Unidas ignoraram as conclusões de um estudo que encomendaram a Norman Hearst e Sanny Chen, da Universidade da Califórnia, após em 2003 os investigadores terem concluído a não existência de evidências que os preservativos estivessem a resultar como forma primária de prevenção do HIV em África. O colunista diz que este dado tem sido refutado em diversos grandes artigos de revistas científicas como a Lancet, Science e BMJ, referindo um artigo publicado no ano passado na Science onde 10 especialistas consideram que "o uso consistente de preservativos não atingiu um nível suficientemente alto, mesmo após anos de campanhas alargadas e agressivas para a sua promoção, de modo a fazerem descer o número de novas infecções e das epidemias generalizadas na África Sub-Sahariana".

Edward C. Green diz que ao contrário de países como a Tailândia e o Cambodja, onde a propagação acontecia sobretudo através da prostituição e foi possível instituir políticas eficazes de distribuição de preservativos nos bordéis, em África a situação é diferente.

Defende que isto acontece porque por um lado o vírus não está aí tão concentrado em grupos de risco, como prostitutas, homossexuais ou utilizadores de drogas injectáveis, por outro porque uma parte significativa da população tem diversos parceiros sexuais em curtos períodos de tempo. No Botswana, que tem uma das mais altas taxas de infectados do mundo, 43% dos homens e 17% das mulheres indicaram ter tido relações sexuais regulares como dois ou mais parceiros no ano anterior.


O cronista vai contudo mais longe nas suas conclusões, diz que não só as campanhas não resultam porque não estão a levar ao uso generalizado do preservativo, ao mesmo tempo que as pessoas que os passam a usar normalmente podem por isso ficar mais confiantes para correr riscos em algumas ocasiões. Defende que a solução deveria antes passar por campanhas pela fidelidade, mesmo no caso de relações poligâmicas.



(Fonte: site Expresso em http://clix.expresso.pt/preservativos-em-africa-artigo-no-washington-post-diz-que-papa-pode-ter-razao=f506069 )


NOTA: ver notícia original na inserção anterior

The Pope May Be Right

By Edward C. Green

Sunday, March 29, 2009; A15

When Pope Benedict XVI commented this month that condom distribution isn't helping, and may be worsening, the spread of HIV/AIDS in Africa, he set off a firestorm of protest. Most non-Catholic commentary has been highly critical of the pope. A cartoon in the Philadelphia Inquirer, reprinted in The Post, showed the pope somewhat ghoulishly praising a throng of sick and dying Africans: "Blessed are the sick, for they have not used condoms."

Yet, in truth, current empirical evidence supports him.

We liberals who work in the fields of global HIV/AIDS and family planning take terrible professional risks if we side with the pope on a divisive topic such as this. The condom has become a symbol of freedom and -- along with contraception -- female emancipation, so those who question condom orthodoxy are accused of being against these causes. My comments are only about the question of condoms working to stem the spread of AIDS in Africa's generalized epidemics -- nowhere else.

In 2003, Norman Hearst and Sanny Chen of the University of California conducted a condom effectiveness study for the United Nations' AIDS program and found no evidence of condoms working as a primary HIV-prevention measure in Africa. UNAIDS quietly disowned the study. (The authors eventually managed to publish their findings in the quarterly Studies in Family Planning.) Since then, major articles in other peer-reviewed journals such as the Lancet, Science and BMJ have confirmed that condoms have not worked as a primary intervention in the population-wide epidemics of Africa. In a 2008 article in Science called "Reassessing HIV Prevention" 10 AIDS experts concluded that "consistent condom use has not reached a sufficiently high level, even after many years of widespread and often aggressive promotion, to produce a measurable slowing of new infections in the generalized epidemics of Sub-Saharan Africa."

Let me quickly add that condom promotion has worked in countries such as Thailand and Cambodia, where most HIV is transmitted through commercial sex and where it has been possible to enforce a 100 percent condom use policy in brothels (but not outside of them). In theory, condom promotions ought to work everywhere. And intuitively, some condom use ought to be better than no use. But that's not what the research in Africa shows.

Why not?

One reason is "risk compensation." That is, when people think they're made safe by using condoms at least some of the time, they actually engage in riskier sex.

Another factor is that people seldom use condoms in steady relationships because doing so would imply a lack of trust. (And if condom use rates go up, it's possible we are seeing an increase of casual or commercial sex.) However, it's those ongoing relationships that drive Africa's worst epidemics. In these, most HIV infections are found in general populations, not in high-risk groups such as sex workers, gay men or persons who inject drugs. And in significant proportions of African populations, people have two or more regular sex partners who overlap in time. In Botswana, which has one of the world's highest HIV rates, 43 percent of men and 17 percent of women surveyed had two or more regular sex partners in the previous year.

These ongoing multiple concurrent sex partnerships resemble a giant, invisible web of relationships through which HIV/AIDS spreads. A study in Malawi showed that even though the average number of sexual partners was only slightly over two, fully two-thirds of this population was interconnected through such networks of overlapping, ongoing relationships.

So what has worked in Africa? Strategies that break up these multiple and concurrent sexual networks -- or, in plain language, faithful mutual monogamy or at least reduction in numbers of partners, especially concurrent ones. "Closed" or faithful polygamy can work as well.

In Uganda's early, largely home-grown AIDS program, which began in 1986, the focus was on "Sticking to One Partner" or "Zero Grazing" (which meant remaining faithful within a polygamous marriage) and "Loving Faithfully." These simple messages worked. More recently, the two countries with the highest HIV infection rates, Swaziland and Botswana, have both launched campaigns that discourage people from having multiple and concurrent sexual partners.

Don't misunderstand me; I am not anti-condom. All people should have full access to condoms, and condoms should always be a backup strategy for those who will not or cannot remain in a mutually faithful relationship. This was a key point in a 2004 "consensus statement" published and endorsed by some 150 global AIDS experts, including representatives the United Nations, World Health Organization and World Bank. These experts also affirmed that for sexually active adults, the first priority should be to promote mutual fidelity. Moreover, liberals and conservatives agree that condoms cannot address challenges that remain critical in Africa such as cross-generational sex, gender inequality and an end to domestic violence, rape and sexual coercion.

Surely it's time to start providing more evidence-based AIDS prevention in Africa.

The writer is a senior research scientist at the Harvard School of Public Health.


(Fonte: “The Washington Post” em http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2009/03/27/AR2009032702825_pf.html )

Igreja não anda ao sabor das circunstâncias


D. José Policarpo defende que a «defesa intransigente da verdade» é uma exigência mesmo quando obriga a sofrer

D. José Policarpo defendeu este Domingo que a Igreja tem uma verdade a proclamar que não anda ao “sabor das mudanças do tempo e das circunstâncias”.

“Se nós fossemos capazes de comunicar esta certeza de que a nossa defesa intransigente da verdade, que recebemos da Palavra de Deus, é uma exigência de amor, não entraríamos na polémica do simples confronto de ideias ou das diversas compreensões possíveis da vida”, afirmou.

Na catequese do 5.º Domingo de Quaresma, intitulada «Uma Palavra de Amor», o Cardeal-Patriarca de Lisboa frisou que “a Igreja não comunica uma teoria, mas a verdade em que acredita e que recebeu de Jesus Cristo”.

“Pensar que é amor por pessoas concretas em circunstâncias precisas, alterar ou relativizar a Verdade, é ser infiel à sua missão. A Igreja sabe que é chamada a sofrer pela verdade”, sublinhou D. José Policarpo.

O Patriarca de Lisboa referiu que “Cristo deu à Sua Igreja o privilégio inaudito de falar em seu nome, quer quando proclama o Seu Evangelho, quer quando fala para orientação dos fiéis em cada tempo e em todas as circunstâncias. E isso exige que também a palavra da Igreja seja uma palavra de amor”.

“Esta exigência exprime-se, antes de mais, na evangelização. Anunciar Jesus Cristo e o Seu Evangelho é manifestação de amor a Ele e aos homens, porque acreditamos que o anúncio do Evangelho é bom para eles, lhes abre um horizonte de vida novo. Evangelizar é uma urgência de amor”, apontou.

Neste contexto, o Cardeal-Patriarca destacou que “o dinamismo que une os cristãos é a caridade, é o mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.

“A verdade da Igreja passa por aí; é assim que ela é fiel ao Espírito Santo. Esta caridade fraterna exprime-se na imensa variedade de situações da vida das pessoas e das comunidades: o acolhimento, o aconselhamento, a partilha de bens, a atenção ao sofrimento e à solidão”, indicou.


Nacional Octávio Carmo 29/03/2009 23:56 1902 Caracteres 80 Quaresma


(Fonte: site Agência Ecclesia)

D. José Policarpo - Esperanças e Preocupações

Preservação do bom senso

Nas críticas ao Papa fica-se em geral com a dúvida se, sem querer ofender, quem as faz pensa antes de falar. Isso vê-se bem no recente surto de insultos acerca das declarações feitas numa entrevista a bordo do avião a caminho de África (www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/travels/2009/index_camerun-angola_po.htm). A frase incendiária foi "Direi que não se pode superar este problema da sida só com dinheiro e com slogans publicitários. Se não é a alma, se os africanos não ajudam (empenhando a responsabilidade pessoal), não se pode superá-lo com a distribuição do preservativo: pelo contrário, aumenta o problema."

Basta ler o trecho, o que poucos fizeram, para compreender que o Papa nunca disse que o preservativo dá sida (tema da maior parte das críticas), mas que usar apenas a distribuição do preservativo aumenta o problema. Especialistas sensatos e estudos desapaixonados, como o de Edward C. Green, director do AIDS Prevention Research Project no Harvard Center for Population and Development Studies (http://article.nationalreview.com/ , 19 de Março), concordam com Bento XVI que uma exclusiva distribuição de preservativos agrava o drama da sida.

Esta posição é do mais elementar bom senso. É fácil compreender, por exemplo, que a obrigação de usar cinto de segurança nos automóveis aumenta o risco de acidente, porque os condutores, sentindo-se mais seguros, aceleram. Por isso é que nenhum governo do mundo se limita a exigir o cinto, complementando com limites de velocidade.

A maior parte dessas críticas nasce de uma confusão infantil. Existe uma polémica antiga contra a Igreja por ela recusar o uso do preservativo na contracepção familiar. Isto estabeleceu a ideia de que a moral cristã é sempre contra o preservativo, o que é falso. Para perceber isto é preciso pensar um bocadinho, o que nestas coisas costuma ser difícil.

Se alguém comete adultério, acto homossexual ou visita um prostíbulo, a moral cristã diz que isso é mau. Se fizer, use o preservativo. Primeiro porque essas situações nada têm a ver com um casal a decidir o método contraceptivo. Mas sobretudo porque o pecado que se comete é tão grave que a questão do preservativo se torna irrelevante. É o mesmo que perguntar se, quando se rouba um banco, é permitido levar pistolas sem licença de porte de arma. A resposta de um juiz sensato seria positiva, mas a pergunta é muito estúpida. Quem viola aberta e gravemente um princípio fundamental não se preocupa com o cumprimento de uma regra menor, para mais fora do contexto.

Por isso é que dizer, como se ouve muito, que a atitude da Igreja condena os africanos à sida não faz o menor sentido. Se as pessoas cumprirem os preceitos da Igreja, vivendo a sua sexualidade na castidade e fidelidade conjugal, eliminam totalmente o risco de contágio. Se violam os preceitos da Igreja na sua vida sexual, caem fora dos limites da moral cristã. Nesse caso porquê ligar a esse detalhe secundário? O elementar bom senso recomenda o preservativo.

O Papa disse em seguida: "A solução só pode ser dupla: a primeira, uma humanização da sexualidade, ou seja um renovamento espiritual e humano que traga consigo um novo modo de se comportar um com o outro; a segunda, uma verdadeira amizade, ainda e sobretudo com as pessoas que sofrem; a disponibilidade, até com sacrifícios, com renúncias pessoais, a estar com os que sofrem."

Isto contrasta com a atitude habitual dos especialistas da sida, porque o Papa trata os africanos como pessoas com dignidade, e não como brutos lascivos, incapazes de resistir aos instintos.

Nas campanhas contra a sida deve-se começar por promover uma vida sexual sem promiscuidade. Se falhar, então use-se o preservativo. A medicina em todas as doenças tem sempre esta atitude profiláctica e formativa. Pelo contrário, as organizações internacionais de combate à sida limitam-se a métodos mecânicos e simplistas, dizendo o equivalente a: "Ponha o cinto e acelere à vontade." Porquê esta atitude irresponsável? Será fascínio com o sexo ou desprezo pelos negros?


João César das Neves


(Fonte: site DN em http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1185595&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Geral )

Adoração do Santíssimo - "Tantum ergo" modu gregoriano

RECONCILIAÇÃO, JUSTIÇA E PAZ: UMA NECESSIDADE URGENTE

48.Os temas acima enumerados que requerem a nossa atenção e compromisso e as reflexões suscitadas pelo tema sinodal nas Igrejas particulares oferecem indicações sobre as “perspectivas” ou “obstáculos” encontrados no caminho da reconciliação, da justiça e da paz. Como relembrava o Santo Padre Bento XVI, aos Pastores do continente africano, «o empenho dos fiéis no serviço da reconciliação, da justiça e da paz é um imperativo urgente».


I. No caminho da Reconciliação

49. Para abrir um novo caminho em direcção à harmonia, certos Estados, isso foi salientado, inspiraram-se em modelos tradicionais de reconciliação e de práticas cristãs do sacramento da reconciliação (Conferências nacionais soberanas, Comissão “Verdade e Reconciliação” na África do Sul, etc.). Os resultados são mitigados, por vezes são mesmo imperfeitos, mas convidam, segundo parece, a identificar as experiências que obstaculizam a reconciliação para que a Assembleia sinodal reflicta sobre elas.



INSTRUMENTUM LABORIS Cap. II, 48, I, 49


(Fonte: site da Santa Sé)

Cristo

«Só Cristo é o verdadeiro sacerdote, os outros são seus ministros»

(S. Tomás de Aquino)

Simpósio Internacional sobre a família na República Checa


Nos últimos dias, realizou-se em Praga o Simpósio Internacional sobre a família, promovido pelo Centro nacional para a família, em colaboração com várias associações que trabalham no sector. Mais de cem participantes de vários países da Europa central reflectiram sobre as possibilidades da assistência familiar, com especial enfoque em como superar as dificuldades relacionadas com a vida antes e durante o matrimónio.

Marie Oujezdská, directora do Centro nacional para a família, afirmou:

«Estamos muito felizes de estar aqui. Percebemos que muitas coisas sobre a família não são ditas na sociedade.»

Dr. Marián Hošek, Subsecretário de Estado para o Trabalho e as Políticas Sociais:

«Aprecio as várias palestras, que são muito interessantes, porque nos mostram como a questão deveria ser enfrentada. Aquilo que nós hoje sentimos aqui muitas vezes vai contra a mentalidade difusa na Europa, sobretudo no que diz respeito às iguais oportunidades. Acenou-se para a questão da chamada puericultura, em especial nos primeiros três anos de vida. Deveria-se apoiar o cuidado dessas crianças directamente dentro da família. Considero que este seja um elemento determinante para a política familiar.»

D. Vojtěch Cikrle, Bispo de Brno:

«Eu diria que o desafio consiste no fato do que a Igreja está fazendo para aqueles que crêem. É um contexto muito mais amplo, no que diz respeito, por exemplo, a administração dos sacramentos, para que o homem possa crescer não somente no corpo, mas também no espírito.»


(Fonte: H2O News)

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja

O sol da justiça: a Nova Lei no Templo

Uma mulher culpada de adultério é levada pelos escribas e pelos fariseus à presença do Senhor Jesus. Eles formulam a acusação como traidores, de tal maneira que, se Jesus a absolver, dará a ideia de estar a violar a Lei; se a condenar, dará a impressão de ter alterado a razão da Sua vinda, porque Ele veio para perdoar os pecados de todos. [...]

Enquanto eles falavam, Jesus, de cabeça baixa, escrevia na terra com um dedo. Vendo que eles esperavam uma resposta, levantou a cabeça e disse: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» Haverá coisa mais divina que este veredicto?: aquele que estiver sem pecado que castigue o pecador. Com efeito, como se pode tolerar que um homem condene o pecado de outro quando desculpa o seu próprio pecado? Não é certo que este se condena ainda mais, ao condenar noutro o pecado que ele próprio comete?

Jesus falou assim e escrevia no chão. Por que o faria? Era como se dissesse: «Por que vês o argueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu olho?» (Lc 6, 41). Ele escrevia no chão com o mesmo dedo com que havia redigido a Lei (Ex 31, 18). Os pecadores serão inscritos na terra e os justos no céu, como Jesus disse aos discípulos: «Alegrai-vos por estarem os vossos nomes escritos nos céus» (Lc 10, 20).

Ao ouvirem Jesus, os fariseus «foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos». [...] O evangelista tem razão em afirmar que eles saíram, pois estes homens não queriam estar com Cristo. Aquilo que se encontra no exterior do Templo é terra; no interior encontram-se os mistérios. É que o que eles procuravam nos ensinamentos divinos eram as folhas, não eram os frutos das árvores; eles viviam à sombra da Lei, e por isso não eram capazes de ver o sol da justiça (Mal 3, 20).

O Evangelho do dia 30 de Março de 2009

São João 8, 1-11

Naquele tempo,
Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo
e todo o povo se aproximou d’Ele.
Então sentou-Se e começou a ensinar.
Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus
uma mulher surpreendida em adultério,
colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus:
«Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres.
Tu que dizes?».
Falavam assim para Lhe armarem uma cilada
e terem pretexto para O acusar.
Mas Jesus inclinou-Se
e começou a escrever com o dedo no chão.
Como persistiam em interrogá-l’O,
ergueu-Se e disse-lhes:
«Quem de entre vós estiver sem pecado
atire a primeira pedra».
Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão.
Eles, porém, quando ouviram tais palavras,
foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos,
e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.
Jesus ergueu-Se e disse-lhe:
«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor».
Disse então Jesus:
«Nem Eu te condeno.
Vai e não tornes a pecar».

domingo, 29 de março de 2009

Bento XVI - "Deixai-vos envolver pelo fascínio de Cristo"

Ainda a propósito do Evangelho de hoje Domingo (Jo, 12, 20-33)

Excerto da meditação do então Cardeal Ratzinger na décima quarta estação “Jesus é sepultado” da Via Sacra no Coliseu em 2005

«No momento da deposição, começa a realizar-se a palavra de Jesus: «Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (Jo 12, 24). Jesus é o grão de trigo que morre. Do grão de trigo morto começa a grande multiplicação do pão que dura até ao fim do mundo: Ele é o pão de vida capaz de saciar em medida superabundante a humanidade inteira e dar-lhe o alimento vital: o Verbo eterno de Deus, que Se fez carne e também pão, para nós, através da cruz e da ressurreição. Sobre a sepultura de Jesus resplandece o mistério da Eucaristia.»


(Fonte: site da Santa Sé)

Agradeço ao celebrante da Santa Missa de hoje, Pe. João Freitas, que na sua homilia fez referência às palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger.

Bento XVI – “Não é hora de palavras e de discursos, mas de real e radical mudança que leve a fazer germinar e crescer uma nova humanidade”


Ao meio-dia, da janela dos seus aposentos do Palácio Apostólico, o Papa recitou a oração mariana do Angelus, a primeira depois do regresso da África onde efectuou de 17 a 23 deste mês a sua primeira viagem apostólica ao continente africano com etapas nos Camarões e Angola.

Dirigindo-se aos milhares de pessoas congregadas na Praça de São Pedro o Santo Padre abençoou as sementes espalhadas em terras africanas sublinhando que já não é hora de palavras e discursos.

Mais do que um auspicio, uma admoestação a uma real e radical mudança que leve a fazer germinar e crescer uma nova humanidade, livre do domínio do pecado e capaz de viver em fraternidade, segundo o exemplo do Evangelho e pensando nos desafios que marcam o caminho da Igreja no continente africano, mas também em todas as partes do mundo.O Papa agradeceu a todos aqueles que colaboraram no bom êxito da sua viagem apostólica reservando-se as reflexões mais aprofundadas para a audiência geral da próxima quarta feira, manifestando a emoção profunda que provou no encontro com as comunidades católicas e as populações dos Camarões e de Angola. O Santo Padre sublinhou dois aspectos: “ a alegria visível no rosto da gente de sentir-se parte da única família de Deus e o forte sentido do sagrado que se respirava nas celebrações litúrgicas.

A visita permitiu-me ver e compreender melhor a realidade da Igreja em África na variedade das suas experiencias e dos desafios que se encontra a enfrentar neste tempo.

Citando depois o Evangelho deste Domingo, Bento XVI recordou as palavras de Jesus antes da paixão:”se o grão de trigo cair na terra e não morrer, fica só ele; mas se morrer, dá muito fruto”.

Já não é hora de palavras e de discursos, na liturgia pascal e para a África – afirmou depois o Papa – chegou a hora decisiva, para a qual o Filho de Deus veio a este mundo e não obstante a sua alma esteja perturbada, ele dá a sua disponibilidade para realizar até ao fundo a vontade do Pai, que é dar a vida eterna a nós que a perdemos.

Uma redenção que o Papa deseja para a África onde, numa grande festa de fé experimentámos que esta nova humanidade está viva, embora com os seus limites humanos.

Depois da recitação do Angelus o Papa quis saudar os numerosos africanos que vivem em Roma, entre os quais muitos estudantes, hoje presentes na Praça de São Pedro para levar a sua solidariedade ao Papa objecto de ataques dos media e de expoentes de governos da União Europeia pela sua frase sobre a SIDA/AIDS.

“Caríssimos, quisestes vir aqui manifestar alegria e reconhecimento pela minha viagem apostólica á África. Agradeço-vos de coração, Rezo por vós, pelas vossas famílias e pelos vossos países de origem”.

Bento XVI anunciou também que na próxima quinta feira dia 2 de Abril com inicio ás 18 horas presidirá na Basílica de São Pedro a Santa Missa por ocasião do 4º aniversario da morte do seu amado predecessor o Servo de Deus João Paulo II.

“Convido a participar especialmente os jovens de Roma, para nos prepararmos juntos para o dia mundial da juventude que será celebrado a nível diocesano no Domingo de Ramos.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Cerrar fileiras na unidade

Creio não haver dúvidas que existem tensões e dissensões entre os cristãos, não vale a pena “taparmos o Sol com uma peneira”, mas vale a pena, por amor a Jesus Cristo Nosso Senhor, sermos humildes, pormos de lado as nossas vaidades e cheios de amor unirmo-nos perante a avalanche de ataques de que a Igreja na pessoa do Santo Padre tem sido alvo.

Àqueles que por um motivo ou outro não simpatizam com Bento XVI, rogo-lhes que pensem no superior interesse da nossa fé, que deverá ser inabalável em Jesus Cristo Nosso Senhor, e da nossa Igreja e não se esqueçam do exemplar comportamento de humildade do Papa e sobretudo, que não se deixem intoxicar pela bem orquestrada comunicação social que diariamente o tenta denegrir.

Há dias, escrevi que por um lado era bom sinal, e reitero a afirmação de então, dizer mal da Igreja, dos seus valores e do Papa, vende, senão não lhe dariam a projecção que dão, mas há sempre o risco, de os menos informados sobre os métodos de deturpação, se deixarem convencer e para estarem de bem com a “maioria” prevalecente, facilmente cedam e se juntem, ainda que inconscientemente, à maledicência. Também é certo, que muitos que nunca pensaram interessar-se por temas da Igreja, despertem na sua curiosidade e se informem e ao analisarem as diferentes fontes, se indignem com a mentira e dela se aproximem.

Somos muitos milhões, tenhamos pois a mesma atitude e coragem dos primeiros cristãos, com humildade, com caridade e amor, proclamemos aos “sete ventos” a nossa fé e não nos deixemos intimidar e arrastar pelo comodismo do silêncio.

Que nunca nos pese na consciência «Por isso, não se podem desculpar. Pois, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram nem lhe deram graças, como a Deus é devido. Pelo contrário: tornaram-se vazios nos seus pensamentos e obscureceu-se o seu coração insensato. Afirmando-se como sábios, tornaram-se loucos» (Rom 1, 20-22)


(JPR)

Comunicar o sofrimento


“Quando sou fraco, então sou forte”, esse foi o título do Congresso realizado no Ano Paulino pela Conferência Episcopal Italiana em colaboração com o Instituto “Camillianum” de Roma. Com a finalidade de “comunicar o Evangelho no mundo da fragilidade e da saúde” vozes interdisciplinares reflectiram a partir da óptica de São Paulo sobre a enfermidade e o sofrimento.
Na mesa redonda “Saúde, fragilidade e meios de comunicação”, o jornalista italiano Piero Damosso, assegurou como São Paulo hoje ensina que o princípio que deve mover o mundo é o amor e não o poder e o domínio.

O papel dos comunicadores católicos é de grande responsabilidade diante da sociedade, para dar a conhecer experiências valiosas, afirma Damosso.

O cristianismo é um grande recurso para a sociedade, acrescentou o jornalista.

“Quando não existe o princípio do amor, de uma unidade relacional na sociedade, é muito difícil alcançar grandes objectivos comunitários e sociais”. “Conseguir fazer entender, desde os nossos colegas até o grande público, que estas experiências são muito valiosas, são um recurso para a sociedade porque permitem que a sociedade tenha objectivos em comum nos âmbitos da dor e sofrimento, porque por exemplo, na relação entre um enfermo e um médico. O que existe? Somente o médico deve curar? Ou quem sabe também existe algo que o doente pode ensinar ao médico?

“É preciso que creiamos que é possível, porque as pessoas querem histórias positivas e sentem um grande interesse pela religião... creio que o cristianismo é um grande recurso para todos, porque nos ajuda a entender que no fundo o mais importante não é sonhar uma sociedade perfeita mas sim fazer o bem às pessoas próximas neste momento”.


(Fonte: H2O News)

Mozart Missa Requiem em D Menor IV - Rex Tremendae

sábado, 28 de março de 2009

Uma opção para o futuro

A viagem de Bento XVI aos Camarões e a Angola Yaoundé e Luanda foi uma visita a toda a África. Não só sob um ponto de vista ideal e simbólico, como também o próprio Papa quis ressaltar várias vezes, mas inclusive pela amplidão e alcance dos discursos que pronunciou, dirigidos explicitamente a todos os povos do continente, com uma particular e eloquente atenção para as mulheres e jovens, colocando-se na perspectiva da celebração de um acontecimento importante não só para a Igreja católica, isto é, a realização em Outubro próximo da segunda assembleia especial do Sínodo dos bispos para a África.

Iniciada com uma polémica mediática contra Bento XVI, ardilosa, infundada, e totalmente europeia sobre os métodos de contrastar a sida, a visita papal infelizmente funestada quase na sua conclusão pela morte de duas jovens angolanas algumas horas antes do encontro com a juventude foi uma nova ocasião que a Santa Sé teve para recordar com forte determinação a todo o mundo a importância crescente do continente africano. E os habitantes de Yaoundé e de Luanda, que saíram em dezenas de milhares pelas ruas para acolher e ver Bento XVI, compreenderam e gritaram repetidamente que entre eles tinha chegado um amigo. Toda a África Austral estava depois representada na missa celebrada na imensa esplanada de Cimangola, diante de mais de um milhão de pessoas.

Afligida por muitos males e por graves injustiças, explorada por novos colonialismos e quase ignorada pela informação internacional, a África tem imensas potencialidades e riquezas cobiçadas por muitos. Várias vezes o Papa recordou esta análise e continuamente fez apelo aos povos do continente, para que assumam as próprias responsabilidades e possam superar as dificuldades que impedem o seu pleno desenvolvimento: fome, violência, doenças, corrupção. Apostando sobretudo na solidariedade e na democracia, com a recusa de políticas impostas de fora, como as neocolonialistas que espoliam as riquezas locais e com frequência fazendo propaganda da chamada saúde reprodutiva, visando de facto apoiar o aborto como método de controle dos nascimentos.

A mensagem política em sentido alto de Bento XVI é portanto uma opção aberta da Igreja de Roma ao lado da África, no contexto de toda a família humana. Do mesmo modo, a reflexão do Papa a partir das leituras bíblicas durante as diversas celebrações soube falar ao coração de sociedades naturalmente religiosas e nas quais o catolicismo nalgumas regiões há muito tempo radicado está maduro, com características e conteúdos que vão muito além dos confins africanos.

Foram portanto significativas sobretudo as palavras dirigidas aos jovens: sobre a importância de Deus, a presença de Cristo, a juventude da Igreja, a abertura ao futuro. Na África e no resto do mundo.


Giovanni Maria Vian (Director)

Observador do Vaticano na ONU defende que «comunidade cristã é a mais discriminada no mundo»

O Conselho da ONU para os direitos humanos aprovou na passada Quinta-feira, em Genebra, na Suíça, uma resolução sobre a difamação das religiões. A iniciativa partiu do Paquistão em nome dos Países da Organização da Conferência Islâmica e foi aprovada por uma estreita maioria de 23 votos a favor, 11 contrários e 13 abstenções.

O texto da resolução expressa uma “profunda preocupação” pela frequente difamação das religiões. No entanto, o documento cita apenas o Islamismo.

A Santa Sé posicionou-se contra a resolução, por considerar que a liberdade de expressão se relaciona com a liberdade religiosa. Em declaração à Rádio Vaticano, o observador permanente da Santa Sé na ONU, D. Silvano Maria Tomasi, referiu que “se se começa a abrir a porta a um conceito de difamação que se aplica às ideias, de certo modo, o Estado começa a decidir quando uma religião é difamada ou não, e isso acaba atingindo a liberdade religiosa”.

“O desafio é o encontrar um equilíbrio sadio, que una a própria liberdade ao respeito pelos sentimentos dos outros. E o caminho para alcançar esse objectivo é o de aceitar os princípios fundamentais da liberdade, que estão inscritos nos tratados internacionais”.

D. Silvano Tomasi destacou que, a nível mundial, os cristãos são o grupo religioso mais discriminado. “Fala-se de 200 milhões de cristãos, de uma confissão ou de outra, que se encontram em situações de dificuldade, porque existem estruturas legais ou culturas públicas que conduzem a uma certa discriminação contra os cristãos”.

“Este é um dado que não se fala muito, embora seja real. Basta pensar nos episódios de violência registados nos últimos meses em vários contextos políticos e sociais”.

No entanto, segundo o observador permanente da Santa Sé na ONU as discriminações acontecem também em países de maioria católica. “Existem situações particulares que levam a uma certa marginalização daqueles que realmente acreditam e vivem a sua fé cristã”.

“Existem posicionamentos, até mesmo declarações públicas de parlamentares, que atacam esse ou aquele aspecto da fé cristã, e isso tende a colocar os cristãos à margem da sociedade e a excluir a contribuição de seus valores à sociedade".

Internacional Agência Ecclesia 28/03/2009 12:43 2203 Caracteres Direitos humanos


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Manifestação pela Vida em Madrid

As ruas de Madrid, capital espanhola, vão acolher este Domingo, a «Marcha pela Vida», uma iniciativa das organizações Direito de Viver, HazteOir.org, Medicina pela vida e Pro-Vida Madrid.

O objectivo é promover a primeira semana pela vida, uma primeira manifestação civil contra a proposta de aborto que o governo espanhol discute. O evento será uma festa de cores, música e alegria contra a minoria que, segundo a organização, propaga a morte. Ao final, será lido um manifesto a favor da vida.
São esperadas cerca de cem mil pessoas. Várias escolas estão também envolvidas num concurso sobre «Desenho pela Vida».


Redacção/Rádio Vaticano

Internacional Agência Ecclesia 28/03/2009 12:34 646 Caracteres Aborto


(Fonte: site Agência Ecclesia)

Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:

São Cirilo de Alexandria (380-444), Bispo, Doutor da Igreja


«Se o grão de trigo morrer, dá muito fruto»


Cristo, primícias da nova criação [...], depois de ter vencido a morte, ressuscitou e sobe para o Pai como oferenda magnífica e esplendorosa, como as primícias do género humano, renovado e incorruptível. [...] Podemos considerá-Lo o símbolo do feixe das primícias da colheita que o Senhor exigiu a Israel que oferecesse no Templo (Lev 23, 9). O que representa este sinal?

Podemos comparar o género humano às espigas de um campo, que nascem da terra, ficam à espera de crescer e, depois de amadurecerem, são apanhadas pela morte. Era por isso que Cristo dizia aos Seus discípulos: «Não dizeis vós que, dentro de quatro meses, chegará o tempo da ceifa? Pois bem, Eu digo-vos: erguei os olhos e vede. Os campos estão brancos para a ceifa. O ceifeiro já recebe o salário e recolhe o fruto para a vida eterna» (Jo 4, 35-36). Ora, Cristo nasceu entre nós, nasceu da Virgem Santa como as espigas brotam da terra. Aliás, não hesita em dizer de Si próprio que é o grão de trigo: «Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.» Deste modo, ofereceu-Se por nós ao Pai, à maneira de um feixe e como primícias da terra.

Porque a espiga de trigo, como aliás nós próprios, não pode ser considerada isoladamente. Vemo-la num feixe, constituído por numerosas espigas de um mesmo braçado. Cristo Jesus é único, mas aparece-nos como um feixe, e constitui efectivamente uma espécie de braçado, no sentido em que contém em Si todos os crentes, em união espiritual, evidentemente. Se assim não fosse, como poderia São Paulo escrever: «Com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar lá nos céus» (Ef 2, 6)? Com efeito, uma vez que Se fez um de nós, nós formamos com Ele um mesmo corpo (Ef 3, 6). [...] Aliás, é Ele quem dirige estas palavras a Seu Pai: «Que todos sejam um como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti» (Jo 17, 21). O Senhor constitui, pois, as primícias da humanidade, que está destinada a ser armazenada nos celeiros do céu.

O Evangelho de Domingo dia 29 de Março de 2009


São João 12, 20-33

Naquele tempo,
alguns gregos que tinham vindo a Jerusalém
para adorar nos dias da festa,
foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia,
e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André;
e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á,
e quem despreza a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará.
Agora a minha alma está perturbada.
E que hei-de dizer? Pai, salva-Me desta hora?
Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora.
Pai, glorifica o teu nome».
Veio então do Céu uma voz que dizia:
«Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O».
A multidão que estava presente e ouvira
dizia ter sido um trovão.
Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou».
Disse Jesus:
«Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir;
foi por vossa causa.
Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado.
Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo.
E quando Eu for elevado da terra,
atrairei todos a Mim».
Falava deste modo,
para indicar de que morte ia morrer.

Ser-se seropositivo do VIH/HIV e praticar-se a abstinência

Escreve-vos de coração aberto um seropositivo em VIH/HIV, que embora não se encontrando no fulgor da sua juventude, optou pela abstinência total, ou seja, dentro do matrimónio, já que hoje não conceberia ter relações fora deste.

Porquê tal decisão? Por amor a Deus Nosso Senhor que sempre me protegeu e à minha muito amada mulher, que graças a Ele não cheguei a contagiar. Perguntar-me-ão, foi difícil a opção assumida? Dir-vos-ei com toda a honestidade, cresceu dentro de mim naturalmente e sempre que a tentação me bate à porta, agradeço ao Senhor por me pôr à prova e “parto para outra…”.

É difícil à Igreja transmitir no mundo de hoje a opção pela abstinência, mas não tenho dúvidas que com a adequada formação espiritual e de cidadania no que ao respeito pelo próximo concerne, a mensagem conseguirá passar.

Dito isto, subscrevo no entanto as palavras na Mensagem de Quaresma de D. Ilído Leandro, Bispo de Viseu, «…, quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir e de não provocar a doença na outra pessoa. Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório.»

D. Ilídio começa por apoiar o Santo Padre explicando-nos «O Papa, quando fala da SIDA/AIDS ou de outros aspectos da vida humana, não pode fazer doutrina para situações individuais e casos concretos.» […] «Ainda bem que o Papa não cede a tentações de simpatia, facilitismo ou conveniência!... Esta é parte da sua cruz pascal (também da Igreja, dos Bispos, dos Sacerdotes, dos Cristãos) – ter valores e causas a defender para a realização integral da pessoa humana e gastar a vida por eles, ao serviço da dignidade e sentido da pessoa e da sua plenitude. Será falta de hábito e de cultura da exigência e da honestidade, numa sociedade tão relativa, tão mínima e tão pouca ambiciosa e coerente na defesa das pessoas e dos seus valores? Será tão fácil o escândalo farisaico de quem não sabe interpretar as diferenças entre valores e princípios gerais, por um lado e situações concretas e pessoais, por outro?»

Peço-vos, com toda a humildade que me vai no coração, que rezem por todos os seropositivos, incluindo o signatário, para que saibam sempre em total amor ao próximo, não se transformar em factores de transmissão da doença, seja preferencialmente pela abstinência, no que às relações sexuais se refere, seja no dia-a-dia, e.g., quando recorrem a actos clínicos, tão simples como o fazer análise de sangue, de informar o profissional de saúde que irá fazer a colheita da sua condição, sentirão destes uma reacção de surpresa e de enorme gratidão ou quando fruto do acaso sangram diante de terceiros, não permitindo a aproximação destes ao local e tentando, se possível, praticar o acto curativo em si próprio. «Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.» (Mc 12,31)

«Eu mesmo lhe hei-de mostrar quanto ele tem de sofrer pelo Meu nome.» (Act 9, 16)


(JPR)
P.S. – Este texto estava nas suas linhas gerais escrito há já vários dias, pelo que a sua publicação não é fruto de um impulso, mas de muita meditação e oração, ao publicá-lo apenas procuro servir o Senhor, manifestando-Lhe o meu amor, bem como ao meu próximo.
Obrigado pela vossa compreensão!

Mensagem de Quaresma de D. António Carrilho - Bispo do Funchal

Reflexões teológicas sobre o tema do sínodo (4)

4. A paz do Reino

46. De qual paz se trata? «Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá» (Jo 14, 27), diz-nos Jesus. Porque a paz do mundo é precária e frágil. A paz verdadeira é-nos oferecida à maneira de Cristo e em Cristo: «Ele é a nossa paz: de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro da separação e suprimido em sua carne a inimizade (…) a fim de criar em si mesmo um só Homem Novo, estabelecendo a paz (…) por meio da cruz, na qual ele matou a inimizade. Assim, ele veio e anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz aos que estavam perto, pois, por meio dele, nós, judeus e gentios, num só Espírito, temos acesso ao Pai» ( Ef 2,14-18).

47. A missão de servir a paz há-de consistir, para nós, em construi-la em cada um dos membros do Corpo de Cristo, para que todos nós nos tornemos mulheres e homens novos, capazes de operar esta pacificação de África. A paz, com efeito, não é antes de tudo produto das estruturas ou de pessoas externas. Ela nasce sobretudo dentro, no interior das pessoas individuais e das próprias comunidades. A conversão do coração «num coração novo» e «num espírito novo» (Ez 36,26) é a fonte de uma acção transformadora eficaz. Graças a uma vida autêntica de discípulo, fruto da metanóia (cf. Mc 1,15), esperamos a transformação dos comportamentos, dos hábitos e das mentalidades. A nossa identidade de discípulos revela-se, então, essencial para a transformação da nossa sociedade, e do mundo em geral, num mundo melhor, mais verdadeiro, mais justo, mais pacifico, mais reconciliado, mais fraterno e mais feliz, e isto com a colaboração de todos os homens de boa vontade. Deste modo, as pessoas desanimadas pela vida por causa dos conflitos políticos incessantes, das guerras cíclicas, da pobreza e das injustiças sociais, políticas e económicas hão-de reencontrar a esperança e o gosto de viver.


INSTRUMENTUM LABORIS III, 1, 46-47


(Fonte: site da Santa Sé)

Termos e transmitirmos optimismo sobrenatural

Recorramos sempre à intercessão de S. Josemaría, também no dia 28, aniversário da sua ordenação sacerdotal. Peçamos-lhe que nos faça participar do seu optimismo sobre­natural, do seu amor ao mundo, para sabermos levar por todo o lado, com a segurança dos filhos de Deus, esta formosíssima batalha de amor e de paz a que o Senhor nos convocou.

(Excerto carta de Março 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría)

Curso Básico em Cuidados Paliativos (clique na imagem para ver com mais detalhe)


Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São Teófilo de Antioquia (?-c. 186), bispo

«Estabeleceu-se um desacordo entre a multidão, por Sua causa»


Com os olhos do corpo, observamos o que se passa na vida e na terra; discernimos a diferença entre a luz e a escuridão, entre o branco e o preto, entre o feio e o belo [...]; o mesmo acontece com aquilo que o ouvido abarca: sons agudos, graves, agradáveis. Mas também temos ouvidos no coração e olhos na alma, sentidos que podem captar a Deus. Com efeito, Deus deixa-Se percepcionar porque aqueles que são capazes de O ver, depois de se lhes terem aberto os olhos da alma.

Todos nós temos olhos físicos, mas alguns têm-nos velados, e não vêem a luz do sol. Se os cegos não vêem, não é porque a luz do sol não brilhe. É a si próprios, e aos seus olhos, que os cegos devem essa privação. O mesmo se passa contigo: os olhos da tua alma estão velados pelos teus pecados e as tuas más acções [...]; quando tem um pecado na alma, o homem deixa de conseguir ver a Deus. [...]

Se quiseres, porém, podes curar-te. Confia-te ao médico, e Ele te curará os olhos da alma e do coração. E quem é o médico? É Deus, que cura e vivifica, por meio do Seu Verbo e da Sua Sabedoria. Foi por meio do Verbo e da Sabedoria que Deus fez todas as coisas [...]. Se compreenderes este facto, e se viveres uma vida de pureza, piedade e justiça, poderás ver a Deus. Que a fé e o temor de Deus sejam os primeiros a entrar no teu coração, para que possas compreendê-Lo. Quando te tiveres despojado da tua condição mortal e te tiveres revestido de imortalidade (1Cor 15, 53), verás a Deus segundo os teus méritos, a esse Deus que te ressuscitará a carne, tornada imortal, tal como te ressuscitará a alma. Nessa altura verás a Deus imortal, desde que tenhas acreditado Nele já nesta vida.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Março de 2009

São João 7, 40-53

Naquele tempo,
alguns que tinham ouvido as palavras de Jesus
diziam no meio da multidão:
«Ele é realmente o Profeta».
Outros afirmavam: «É o Messias».
Outros, porém, diziam:
«Poderá o Messias vir da Galileia?
Não diz a Escritura
que o Messias será da linhagem de David
e virá de Belém, a cidade de David?»
Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus.
Alguns deles queriam prendê-l’O,
mas ninguém Lhe deitou as mãos.
Então os guardas do templo
foram ter com os príncipes dos sacerdotes e com os fariseus
e estes perguntaram-lhes:
«Porque não O trouxestes».
Os guardas responderam:
«Nunca ninguém falou como esse homem».
Os fariseus replicaram:
«Também vos deixastes seduzir?
Porventura acreditou n’Ele algum dos chefes ou dos fariseus?
Mas essa gente, que não conhece a Lei, está maldita».
Disse-lhes Nicodemos,
aquele que anteriormente tinha ido ter com Jesus
e era um deles:
«Acaso a nossa Lei julga um homem
sem antes o ter ouvido e saber o que ele faz?»
Responderam-lhe:
«Também tu és galileu?
Investiga e verás que da Galileia
nunca saiu nenhum profeta».
E cada um voltou para sua casa.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cristianofobia

Realizou-se, recentemente, em Viena um encontro com o sugestivo título: “Intolerância e discriminação contra os cristãos”.

Não, não foi organizado pela Igreja! Este encontro partiu da iniciativa de um vice-presidente do Parlamento Europeu e membro da OSCE para as questões de racismo, xenofobia e discriminação. Em causa estava o que, actualmente, se passa na União Europeia. Alguns, chamam-lhe “cristianofobia” – expressão, aliás, que já foi utilizada pelas Nações Unidas.

Os episódios sucedem-se, alguns deles revelados nesta reunião de Viena, são conhecidos: na Grã-Bretanha, uma funcionária do aeroporto foi despedida por usar um crucifixo e uma enfermeira suspensa por ter rezado com uma doente. Em França, incendiaram uma escola católica e uma capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima e, na vizinha Espanha, a agressividade surge a vários níveis, a começar pela tentativa de impedir médicos católicos de exercerem o seu direito fundamental à objecção de consciência.

Mas, além destas e de outras denúncias, o aspecto mais importante deste encontro foi romper o tabu do”politicamente correcto” que costuma definir como reaccionários ou obscurantistas os que falam destas coisas.

Ora, ao assumir-se publicamente que a discriminação existe e ao colocar, agora, a questão da intolerância contra os cristãos no contexto internacional, este encontro de Viena veio prestar um grande serviço à comunidade.


Aura Miguel


(Fonte: site RR)

Bispos da UE deixam apelos para as Europeias

«Construir a casa Europa» é o título da declaração da Comissão dos Episcopados Católicos da UE (COMECE) para as próximas eleições europeias, consideradas como “uma oportunidade para construir uma Europa melhor”.

“Nós, Bispos da COMECE, apoiamos e promovemos a União Europeia como projecto de esperança para todos os seus cidadãos”, pode ler-se.

O texto apela à participação de todos os cidadãos, lembrando as responsabilidades especiais dos cristãos, após 64 anos de desenvolvimento pacífico e 20 anos depois da queda da Cortina de Ferro.

“Participando nas eleições para o Parlamento Europeu, todos os cidadãos têm a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento e a melhoria da União Europeia”, afirma a COMECE.

Num tempo de crise financeira e económica, a UE apresentou-se, segundo os Bispos, como uma referência para “preservar a estabilidade e a solidariedade entre os seus membros”.

“Hoje, 2009, a União Europeia traz em si a capacidade e os meios de responder aos desafios mais urgentes e mais duros do nosso tempo”, acrescenta a COMECE.

A declaração lembra que a Igreja Católica manifestou “desde o início” o seu apoio ao projecto de integração europeia e continua a fazer o mesmo, ainda hoje. “Todos os cristãos têm não só o direito, mas também o dever de se comprometerem activamente neste projecto, exercendo o seu direito ao voto”, refere-se.

Por outro lado, é pedido ao Parlamento Europeu que defenda os princípios fundamentais “da dignidade humana e da promoção do bem comum”.

Neste contexto, pede-se aos eurodeputados que tudo façam para “respeitar a vida humana, da concepção à morte natural”, “apoiar a família fundada no matrimónio”, “promover os direitos sociais dos trabalhadores” e “levar por diante uma governação financeira apoiada em valores éticos”.

As mudanças climáticas, as relações da UE com os países em vias de desenvolvimento ou a promoção de uma política externa que promova a paz no mundo são outras preocupações apresentadas.

Recorde-se que as eleições europeias em Portugal estão marcadas para o dia 7 de Junho.


(Fonte: site Radio Vaticana)

Acorda, Família Cristã!

1. Introdução. Depois de termos recitado o terço de Nossa Senhora, na Capelinha, e de termos acompanhado a sua veneranda imagem pela esplanada da Cova da Iria, abençoada pelas repetidas aparições de Maria e pela oração e penitência de milhões de peregrinos, reunimo-nos agora nesta Basílica, junto às sepulturas dos três Pastorinhos, para a celebração da Eucaristia e o acto da consagração das famílias ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria.

Fazemo-lo no âmbito desta jornada de oração pela família, nesta hora difícil para tantas gentes portuguesas, não apenas pelas carências materiais que experimentam no seu dia-a-dia, mas também e principalmente pelas muitas dificuldades que a cultura dominante opõe à dignidade e santidade da família cristã.

E fazemo-lo numa data especialmente feliz, porque cumprem-se hoje vinte e cinco anos sobre a consagração do mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, realizada pelo saudoso João Paulo II em Roma, diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário que se venera na Capelinha deste santuário. A essa consagração, há tanto tempo pedida por Maria e finalmente realizada pelo anterior Papa, seguiu-se, quase de imediato, a pacífica revolução do Leste europeu que, depois de várias décadas de opressão e de perseguição religiosa, recuperou a liberdade pela mão da Mãe do Céu.

É com análoga esperança que hoje nos dirigimos a Nossa Senhora, na certeza de que a nossa prece não deixará de ser atendida pela Senhora mais brilhante do que o Sol e de que, mais uma vez, Ela irá fazer brilhar a sua luz sobre esta noite de trevas por que passa a nossa sociedade. Cremos em Maria; cremos no seu amor misericordioso; cremos na sua poderosa intercessão junto de Deus!

Acreditamos que esta nossa consagração ao seu Imaculado Coração e ao Sagrado Coração de Jesus é prenúncio de um novo tempo, a aurora de uma nova evangelização, de um renascimento espiritual do mundo inteiro, de uma autêntica conversão de todas a cada uma das nações, das nossas famílias e dos nossos corações!

2. O poder da oração. Fátima é o lugar em que a Omnipotência suplicante, título que alguns autores espirituais atribuíram muito certeiramente a Maria, escolheu para nos ensinar a lição do verdadeiro poder.

Quando, há quase um século, a Europa debatia-se numa impiedosa luta fratricida, a primeira guerra mundial, Nossa Senhora marcou aqui, na Cova da Iria, um encontro com três crianças analfabetas que, despreocupadamente, pastoreavam as suas ovelhas por estas paragens. A Mãe do Céu não apareceu aos poderosos deste mundo, não se fez ver nos campos de batalha, não se dirigiu aos Estados-Maiores nem aos parlamentos, não convocou os governantes, nem chamou os ricos. Preferiu aquelas três crianças, que escolheu para suas interlocutoras, para que depois fossem elas as portadoras da sua mensagem para o mundo inteiro e as primeiras fiéis executantes dos seus ensinamentos. Elas, que mal sabiam rezar as contas que seus pais lhes tinham vivamente aconselhado; elas, que viviam alheias à guerra em que também se vertia sangue português; elas, que na sua ignorância desconheciam a existência da Rússia, bem como a impiedade da sua tirania; elas, que na sua inocência pensavam que os pecados da carne fossem a omissão da abstinência, foram, não obstante a sua objectiva insignificância, as escolhidas para confidentes da Senhora do doce nome!

E, porque responderam afirmativamente ao chamamento mariano, como dois mil anos antes o fizera a donzela da Nazaré (cf. Lc 1, 26-38), foram os instrumentos fiéis da divina Providência para derrotar o materialismo ateu. A elas, à sua oração e penitência, se ficou também a dever a mudança realizada por essas datas no nosso país, a braços com um regime manifestamente anticristão. Com efeito, pouco tempo depois, foram restabelecidas as relações diplomáticas da Santa Sé com esta nação fidelíssima, que o foi sempre no seu povo e em alguns dos seus chefes, permitiu-se de novo que a Igreja cumprisse a sua missão pastoral e autorizou-se o regresso da quase totalidade dos nossos Bispos, então exilados pelo poder político.

3. O sinal de Fátima. Queridas famílias cristãs! Neste nosso tempo trava-se uma guerra mundial contra a santidade da vida humana e contra a natureza e dignidade da família e do matrimónio cristão, ignobilmente equiparado a uniões que repugnam até ao mais elementar bom senso! É verdade que poderosíssimas organizações internacionais e não poucos Estados, alguns até de nações com tradição cristã, com a cumplicidade de múltiplos órgãos de comunicação social, estão empenhados em destruir a família e a Igreja. Não vos deixeis contudo desalentar pela vossa fraqueza e exiguidade, nem olheis com temor para o poder de tantos e tão poderosos inimigos, porque o Senhor «dispersa os homens de coração soberbo, depõe do trono os poderosos e eleva os humildes, enche de bens os famintos e aos ricos despede de mãos vazias» (cf Lc 1,51-53).

Agora, como em 1917, ou como há dois mil anos, Deus quer servir-se de vós, como o fez há dois milénios com aquela pobre e humilde virgem de Nazaré (cf Lc 1, 26-27) ou, mais recentemente, com aquelas três crianças que aqui foram as confidentes da Rainha do Céu!

Em pleno Ano Paulino, vem a propósito recordar o ensinamento do Apóstolo das Gentes aos cristãos de Corinto, também eles ínfimos, em quantidade e qualidade, sobretudo se comparados com as hostes que os acossavam e perseguiam: «entre vós – constatava Paulo de Tarso – não há muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos nobres; mas as coisas loucas, segundo o mundo, escolheu-as Deus para confundir os sábios; e as coisas fracas, segundo o mundo, escolheu-as Deus para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis e desprezíveis segundo o mundo e aquelas que não são nada, para destruir as que são, para que nenhuma criatura se glorie diante d’Ele. É por Ele que estais em Jesus Cristo, a Quem Deus tornou, para nós, em sabedoria, justiça, santificação e redenção» (1Cor 1, 26-30).

Eis o verdadeiro milagre de Fátima: a sabedoria dos ignorantes, a força dos fracos e o poder dos humildes - numa palavra, a eficácia sobreabundante da graça de Deus! Há porventura coisa mais maravilhosa do que o feito daquelas três crianças?! Houve porventura alguém que ganhasse uma tão espantosa batalha como a que os videntes alcançaram com a derrota do totalitarismo que, durante décadas, oprimiu todos as nações da Europa do Leste?!

Conta-se que um poderoso dirigente da Rússia soviética, ao ser advertido da previsível oposição do Papa a uma sua medida contrária à liberdade e à justiça, teria comentado:

- Mas onde estão os exércitos do Papa?!

Se pensava em tanques e em armas de destruição, razão tinha para se rir da diminuta força de segurança que tem a seu cargo a defesa do minúsculo Estado do Vaticano. Mas não são os guardas suíços o exército do Santo Padre, porque o verdadeiro exército do Papa somos nós, todos os cristãos, todos os membros vivos da Igreja militante, cuja principal arma é a oração e o sacrifício, nomeadamente a recitação do terço de Nossa Senhora! Foram estas as divisões e os blindados que venceram o tenebroso regime soviético! Foi a oração dos Pastorinhos, e de quantos seguiram o seu exemplo, a força que venceu o ateísmo e alcançou, imprevisivelmente, a conversão de tantos povos e nações! As nossas balas são as contas que desfiamos ao rezar o terço de Nossa Senhora e é com a força do amor a Deus e a intercessão maternal de Maria que declaramos guerra ao ódio e à injustiça! Porque «esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé!» (1Jo 5, 4).

4. Apelo à conversão. Não é possível vir a Fátima e não ficar gratamente espantado com o espectáculo habitual das multidões ingentes que ininterruptamente acorrem a este santo lugar. Como explicar a sua presença se aqui, na Cova da Iria, não há outros milagres do que a edificante penitência dos peregrinos, nem outra sabedoria do que a das suas singelas preces?! Mas é este, precisamente, o verdadeiro milagre de Fátima, que permanece oculto para os néscios e poderosos, mas que para nós, pela graça de Deus, brilha mais do que o sol dançante daquele 13 de Outubro de 1917!

Se nos enaltece a recordação das aparições de Nossa Senhora e nos anima a generosa resposta dos Pastorinhos e de quantos aqui reencontraram o caminho do Céu, não esqueçamos que também nós, aqui e agora, somos interpelados por Deus, através de Maria: «Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e Me abrir a porta, entrarei em sua morada, cearei com ele e ele comigo» (Ap 3, 20).

Esta é a conversão que agora importa, mais do que a conversão de longínquos Estados ou nações: o milagre da nossa conversão pessoal, o milagre da nossa fé em Deus, o milagre sempre renovado da nossa esperança filial em Maria, o milagre do amor que se abre à vida e se dá sem condições, como Nossa Senhora neste dia da Anunciação: «Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38).

Naquela hora bendita da encarnação do Verbo, tudo mudou na realidade, mas quase ninguém se apercebeu da chegada do Rei do Universo, já feito homem verdadeiro no seio virginal de sua Mãe. Na aparente monotonia da vida sempre igual daquela pequena localidade da Galileia, quase ninguém foi capaz de compreender que as tão desejadas promessas messiânicas já se tinham cumprido, não ao jeito de um novo império terreno, como alguns erradamente pensavam, mas na discreta intimidade da alma e do bendito ventre da «cheia de graça» (Lc 1, 28), a virgem, desposada com São José, que concebe do Espírito Santo o Filho unigénito de Deus e em cuja família, humana e divina, se inicia a salvação da humanidade! Só Aquela que, pela graça de Deus, se entregou ao mistério e nele viveu pela fé, pela esperança e pela caridade, viveu a experiência daquele Amor que em si tudo renova.

5. Conclusão.

Família cristã, sê fiel à grandeza da tua vocação!

Sê fiel ao desígnio de Deus que, na unidade da sua única essência e na trindade das suas Pessoas é a família por excelência, o paradigma da verdadeira comunhão de vida e de amor!

Família cristã, sê fiel à tua missão evangelizadora e grita a beleza do verdadeiro amor, que se realiza na doação a Deus e aos outros até ao fim, e não na mentira precária do prazer, que mais não é do que expressão do mais cruel egoísmo.

Família cristã, sê fiel à tua condição de igreja doméstica, santuário da civilização do amor, segundo o bendito exemplo de Jesus, Maria e José, a Sagrada Família de Nazaré!

Família cristã, converte-te e consagra-te ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, que será o teu refúgio e o caminho que te levará até Deus!

Famílias cristãs, em nome de Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos abençoo, porque vós sois verdadeiramente o «sal da terra» e a «luz do mundo»! (cf. Mt 5, 13.14).

Benditas sejais!

Homília na Basílica do Santuário de Fátima, na Solenidade da Anunciação do Senhor - 25 de Março de 2009


Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada


(Fonte: Infovitae)

Mensagem de Quaresma D. António Vitalino Dantas

Reflexões teológicas sobre o tema do sínodo (3)

3. A justiça do Reino

44. A justiça que Jesus Cristo nos convida a procurar é antes de mais a do Reino (cf. Mt 6,33). Esta justiça é aquela que ilustra José, chamado «o justo» (Mt 1,19), porque escutou a sua consciência habitada pela Palavra de Deus, e ofereceu a Maria, sua esposa e ao menino em seu seio, o que lhes era devido: a protecção da vida. Esta justiça maior do Reino ultrapassa a da Lei; ela também é virtude. Não nega a justiça humana, mas integra-a e transcende-a. É por isso que ela se torna uma via que conduz ao perdão, à reconciliação verdadeira e que restaura a comunhão.

45. A Igreja Família habitada por Cristo, Palavra do Pai, sente-se interpelada a servir a justiça do Reino. Deve, ante de mais, viver a justiça no seu seio, nos seus membros, para que os nossos irmãos e irmãs em África vejam o caminho árduo da redenção e por ele enveredem. Com efeito, a cada pessoa é devido, em justiça, o respeito pela sua dignidade de filho ou filha de Deus. Ora, no cenário do continente Africano, «os homens […] mantêm a verdade prisioneira da injustiça» (Rom 1,18). É preciso libertá-la. E «em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus» (Rom 3,24), como discípulos de Cristo ao serviço da justiça, «nós também devemos dar a nossa vida pelos irmãos» e irmãs (1 Jo 3, 16). Assim, nossa terra viverá, também ela, pacificada: «a paz é o fruto da justiça (cf. Is 32, 17)».


INSTRUMENTUM LABORIS III, 1, 44-45


(Fonte: site da Santa Sé)

Mozart Missa Requiem em D Menor III - Tuba Mirum

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

São João da Cruz (1542-1591), Carmelita, Doutor da Igreja Cântico Espiritual, estrofe 1 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 1218)


«Procuravam, então, prendê-Lo, mas ninguém Lhe deitou a mão»


Onde Te escondeste, meu Bem-Amado,Deixando-me num gemido constante?Fugiste, qual veado,Havendo-me ferido; Por tiClamando, eu fui. Ah, em vão Te segui!

«Onde Te escondeste?» É como se a alma dissesse: «Verbo, Esposo meu, mostra-me o lugar da Tua morada.» O que equivale a pedir-Lhe que manifeste a Sua divina essência, porque «o lugar da morada do Filho de Deus», diz-nos São João, «está no seio do Pai» (Jo 1,18) ou, falando noutros termos, é a essência divina, invisível a todo o olhar mortal, impenetrável a todo o entendimento humano. Isaías, dirigindo-se a Deus, diz-Lhe: «Na verdade Vós sois um Deus escondido» (Is 45, 15).

Por isso, é de notar que, por muito íntimas que sejam as comunicações, por muito sublime que possa ser o conhecimento que uma alma tenha de Deus nesta vida, o que ela percebe não é a essência de Deus e nada tem de comum com Ele. Na realidade, Deus está sempre escondido da nossa alma. Quaisquer que sejam as maravilhas que lhe sejam desveladas, a alma deve sempre tê-Lo por escondido e procurá-Lo em sua morada, dizendo: «Onde Te escondeste?» De facto, nem a comunicação sublime nem a presença sensível são testemunho seguro da favorável presença de Deus numa alma, nem a secura e a carência de tais dons serão um indício da Sua ausência. É o que nos diz o profeta Job: «Passa diante de mim e eu não O vejo, afasta-Se de mim e não me apercebo» (Job 9, 11).

Devemos daqui tirar um ensinamento. Se uma alma for favorecida com sublimes comunicações, conhecimentos e sentimentos espirituais, não deve nunca persuadir-se de que possui a Deus ou que vê clara e essencialmente a Deus, nem que esses dons signifiquem ter mais a Deus ou estar mais em Deus do que os outros; da mesma forma, se todas estas comunicações sensíveis e espirituais vierem a faltar-lhe deixando-a na aridez, nas trevas e no desamparo, não deve ela nunca pensar que nesse estado Deus lhe falta [...]. O principal intento da alma, neste verso, não é pois pedir devoção afectuosa e sensível, que não dá certeza nem evidência da posse do Esposo nesta vida: ela reclama a presença e a clara visão da Sua essência, que quer fruir, de maneira firme e segura, na outra vida.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 27 de Março de 2009

São João 7, 1-2.10.25-30

Naquele tempo,
Jesus percorria a Galileia,
evitando andar pela Judeia,
porque os judeus procuravam dar-Lhe a morte.
Estava próxima a festa dos Tabernáculos.
Quando os seus parentes subiram a Jerusalém, para irem à festa,
Ele subiu também, não às claras, mas em segredo.
Diziam então algumas pessoas de Jerusalém:
«Não é este homem que procuram matar?
Vede como fala abertamente e não Lhe dizem nada.
Teriam os chefes reconhecido que Ele é o Messias?
Mas nós sabemos de onde é este homem,
e, quando o Messias vier, ninguém sabe de onde Ele é».
Então, em alta voz, Jesus ensinava no templo, dizendo:
«Vós Me conheceis e sabeis de onde Eu sou!
No entanto, Eu não vim por minha própria vontade
e é verdadeiro Aquele que Me enviou
e que vós não conheceis.
Mas Eu conheço-O,
porque d’Ele venho e foi Ele que Me enviou».
Procuravam então prender Jesus,
mas ninguém Lhe deitou a mão,
porque ainda não chegara a sua hora.

quinta-feira, 26 de março de 2009

“A economia social de mercado” livro de Flavio Felice para ajudar a enfrentar a crise económica


Diante desta crise financeira mundial, é necessário conhecer profundamente o fenómeno do mercado a partir de uma óptica cristã. Alguns aspectos desta visão se encontram no livro “A economia social de mercado”, apresentado em Roma recentemente.

O autor deste volume, Flavio Felice, catedrático da Pontifícia Universidade Lateranense, oferece nesta obra elementos-chave para esta leitura cristã da crise actual. D. Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense, explica:

No encontro, abordou-se a divisão entre ricos e pobres.

“Onde falta o mercado, falta evidentemente também o trabalho e onde falta o trabalho, não se respeita plenamente a dignidade humana”, concluiu o Reitor Fisichella.

D. Rino Fisichella, reitor da Pontifícia Universidade Lateranense afirmou ainda:

“É um tema muito importante, sobretudo neste período de crise, como a que estamos vivendo, e nesta pequena obra, breve, porém muito valiosa do nosso professor, encontram-se provocações muito importantes, como a capacidade de saber compreender o que é o mercado, quais são os papéis sociais do mercado, assim como de que mercado social necessitamos neste momento”.

“Houve algumas tentativas de publicações sobre este tema, do porquê o mundo não deve estar dividido entre países ricos e pobres. Requer-se uma igualdade para que as riquezas da terra e as riquezas produzidas sejam distribuídas equitativamente entre todos, de modo que a pobreza seja superada na medida do possível e de maneira que ninguém possa viver e sofrer uma condição de falta de igualdade e de dignidade”.


(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)

Zapatero e o aborto (louvados sejam os nossos irmãos espanhois pela coragem e combatividade)


Sugerimos veja em "Full Screen" para ler as citações, imagens pungentes que podem incomodar os mais sensíveis.

Ainda a propósito do preservativo

O Papa é um chefe religioso. Quando fala para os milhões de católicos que, por todo o mundo, acorrem a escutar a sua palavra, estes não esperam que fale como um funcionário da Organização Mundial de Saúde ou como um qualquer ministro. Nem tão-pouco como um demagogo ou um profeta. Sucessor de Pedro, que foi mandatado por Cristo para fazer a Sua Igreja, o Papa quando vai itinerante pelo mundo, evangeliza na mais pura tradição do que foi e é essa Igreja. O que significa o testemunho da verdade, do caminho e da luz, sem qualquer embuste fácil de correcção política. Foi o que Cristo fez, irritando os poderes políticos, económicos e sociais do seu tempo, que o julgaram, açoitaram e crucificaram.

Este incidente tão mediatizado revelou dois interessantes aspectos da forma mentis deste tempo em que vivemos. A primeira tem a ver com o comportamento dos que não têm fé, e por isso não acreditam em nada do que estou aqui a escrever. Dúvida que me surge: se não acreditam porque é que se incomodam tanto com o que o Papa diz? Será porque, como alguns vaticinam, as religiões poderão substituir, no século XXI, as ideologias? E isso é, só por si, ameaçador? E quem deu cabo das ideologias? Foram as religiões? Não me parece. A segunda tem a ver com a religião à la carte, adoptada pelos que acreditam mas não concordam, e querem uma religião à medida das concessões que foram fazendo ao longo da sua vida e, de acordo com cada circunstância concreta, uma ementa de interpretações onde caiba tudo e eles próprios.

Em todos os discursos proferidos pelo Papa na sua visita aos Camarões, não há qualquer referência ao preservativo. Na resposta a um jornalista sobre esta questão, Bento XVI responde nos seguintes termos "(…) não se pode solucionar este flagelo apenas com a distribuição de profilácticos: pelo contrário, existe o risco de aumentar o problema." Quem lide de perto com a sida sabe que é mesmo assim (veja-se o caso português em que apesar da distribuição gratuita de preservativos e da troca de seringas não melhora os seus indicadores). O combate a este flagelo passa hoje, graças ao progresso científico, por outras coisas, mais complexas, mais difíceis e mais caras e às quais os doentes africanos não têm acesso (nem muitos portugueses…). Tão-pouco o Papa foi aos Camarões recomendar a abstinência sexual como solução para a sida. Exortou sim à humanização das relações interpessoais em geral, e da sexualidade em particular.

Para além disto - um ínfimo episódio no contexto da digressão africana - o Papa falou de tudo o que realmente interessa: a corrupção, o desperdício de recursos, o tribalismo, a lei do mais forte, a particular situação das mulheres, a fome, a doença, o imperativo da paz. Os milhões de africanos que caminharam ao encontro do Papa fizeram-no com o espírito de confiança que a Igreja cimentou nesses países onde está, não apenas na liturgia dos templos, mas no terreno, junto das populações, cuidando, tratando, acolhendo, provendo, como pode, à satisfação das suas necessidades mais básicas. Neste Continente que tantos dão de barato como "perdido", a Igreja desenvolve diariamente mil e uma acções junto daqueles que a geografia privou de toda a dignidade.

Pode-se não acreditar, não ter fé, acreditar e discordar mas não se pode inventar uma outra religião mais conforme aos ditames intelectuais que hoje nos regem, com outra lógica, com outros fundamento. A Igreja que foi a África foi de visita aos seus filhos mais abandonados. Não foi cobrar impostos nem pedir votos, nem fazer campanha mediática. Foi levar a esperança e dizer a verdade. Por isso mesmo é que os africanos a receberam de coração aberto.


Maria José Nogueira Pinto


(Fonte: site DN online)

Vaticano prepara documento sobre Internet


O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais prepara um documento sobre a Internet, onde quer sublinha o grande potencial da rede no campo da evangelização ao mesmo tempo que alerta para os riscos que podem derivar da utilização indevida.

Este documento está a ser preparado por bispos dos cinco continentes e será, de acordo com D. Claudio Maria Celli, Presidente do Conselho Pontifício, uma actualização da Instrução pastoral Aetatis Novae, datada de 1992, “numa altura em que ainda não havia Internet”.

“As novas tecnologias trouxeram novas sensibilidades. Certamente que os princípios da Instrução pastoral Aetatis Novae continuam válidos, mas são necessárias algumas orientações para uma pastoral que tenha em conta esta nova realidade”.

O novo documento, que será apresentada na Assembleia Plenária de Outubro aos membros do Conselho Pontifício, tem como objectivo fazer ver “como a Igreja se integra na nova cultura digital, utilizando os meios que a tecnologia coloca à disposição”.

O Presidente do Conselho Pontifício reconhece que quando se fala do acolhimento da mensagem da Igreja sobre as comunicações sociais, importa ter consciência dos diferentes contextos culturais referidos. “É diferente o acolhimento das comunidades cristãs na Europa ou nos Estados Unidos do acolhimento das comunidades de um país em vias de desenvolvimento, onde o crescimento humano e socio-cultural é limitado por diversos problemas”.

No entanto, referiu D. Celli, a esperança é que o ensinamento da Igreja possa levar a comunidade a reflexões sobre estas questões”.

Numa entrevista à SIR, D. Celli referiu ainda estar a ser preparado um seminário para 100 jovens africanos provenientes de regiões com graves problemas. O encontro quer introduzir a comunicação social como veículo de paz e de respeito. A organização está a cargo do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais e está agendado para Abril, em Nairobi, capital do Quénia.

“Os meios de comunicação social vão ser apresentados como instrumentos de reconciliação, para alcançar uma paz mais duradoura”, referiu, adiantando o desejo de “dar espaço a iniciativas que permitam, especialmente aos jovens, entrarem em contacto com as novas realidades mediáticas”.

“Os jovens serão chamados a reflectir sobre a modalidade em como os novos media incidem na sua vida e na sua inserção no mundo”.


Internacional Agência Ecclesia 25/03/2009 15:42 2375 Caracteres 149 Comunicações Sociais

(Fonte: site Agência Ecclesia)